Arquivo diário: 1 de Abril de 2021

MANGUALDE e PARIS unidos pela solidariedade


O Município de Mangualde e a Fundação “Nova Era Jean Pina”, sedeada em França, estabeleceram, no ano transato, um protocolo de colaboração entre as duas cidades com vista a promover a cooperação institucional através da entrega de donativos de bens alimentares, roupa, brinquedos ou outros bens para a Loja Social de Mangualde, para   as famílias mais vulneráveis e com carência económica, sinalizadas quer pelo setor social do município quer pelos parceiros da Rede Social.
A Fundação entregou no Natal bens alimentares que reforçaram os cabazes que o município distribuiu por mais de uma centena de famílias e, esta semana, recebeu uma remessa de calçado de mulher e de criança para fazer face a esta necessidade.
“Mais do que um protocolo de partilha e de entreajuda solidário para quem mais precisa, estes gestos de nobreza enriquecem os territórios pela nobreza das pessoas”, sublinha Maria José Coelho, vereadora da Ação Social do Município de Mangualde, em agradecimento à Fundação Nova Era Jean Pina, na pessoa do seu fundador, João Pina, um luso-francês, do Distrito da Guarda e com familiares na cidade de Mangualde.

Mês de Prevenção dos Maus Tratos na Infância

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens é uma instituição ofícial não judiciária, que visa promover os direitos das crianças e jovens e prevenir ou pôr termo a situações que possam afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral.
Durante o mês de abril - Mês de Prevenção dos Maus Tratos na Infância, estão previstas diversas iniciativas que procurarão sensibilizar e alertar, informar e envolver a comunidade.
Dando voz à História do Laço Azul* e procurando sensibilizar a comunidade para esta temática e, dada a impossibilidade de desenvolver as ações previstas na rua, a CPCJ de Mangualde vem convidar a comunidade a participar numa iniciativa que se irá realizar a nível local e nacional, no dia 30 de abril, colocando um laço azul ou uma peça de roupa azul à janela ou varanda de casa.
“Serei o que me deres…que seja amor”, ajude-nos a dar visibilidade à campanha do Laço Azul e colabore connosco.
*História do Laço Azul
(Blue Ribbon)
“O Azul funciona para mim como um constante lembrete/alerta para lutar pela proteção das crianças”
Bonnie W. Finney
A Campanha do Laço Azul (Blue Ribbon) iniciou-se em 1989, na Virgínia, E.U.A. quando uma avó, Bonnie W. Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro para fazer com que as pessoas se questionassem.
A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que a interpelaram foi trágica, contando os episódios de maus-tratos à sua neta. O seu neto já tinha sido morto por maus tratos, de forma brutal. E porquê azul? Porque apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul servir-lhe-ia como um alerta constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus tratos.
A história de Bonnie Finney demonstra-nos como o efeito da preocupação de um único cidadão pode ser eficaz no despertar das consciências da população, relativamente aos maus-tratos contra as crianças, na sua prevenção e na promoção e proteção dos seus direitos.

MENSAGEM DE PÁSCOA DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MANGUALDE


Caros(as) mangualdenses,
Estamos de novo em tempo de Páscoa e pela segunda vez consecutiva num tempo marcado pela pandemia de Covid-19. Um tempo perturbado, inibido, e desconfigurado da nossa vida comum.
Temos registado no nosso concelho, à semelhança do país e do mundo, momentos que têm oscilado entre níveis de contágio moderado e elevado. Invisível, mas poderoso, o novo coronavírus ainda continua a impor um regime de vida com restrições. Tradições como a celebração da Páscoa continuam sem poderem ser vividas na sua plenitude, de comunhão, de partilha e de convivência, embora a essência dos seus valores perdure a todos os constrangimentos.
Só com o compromisso e o empenho de todos(as), em termos de comportamento e de atitude, conseguiremos repor duradouramente a normalidade e retomar a boa vivência das nossas relações e tradições.
Não posso deixar de registar e enaltecer o civismo dos(as) Mangualdenses que, na sua larga maioria, têm dado provas do seu sentido de responsabilidade e idoneidade social.
Depois de um ano tão desgastante e exigente, quero realçar o papel dos profissionais da saúde, do socorro e da segurança e todos aqueles que cuidaram dos doentes e dos mais vulneráveis, nomeadamente dos mais idosos.
Neste contexto, em que a gestão municipal se tornou mais complexa, nunca deixámos de conjugar o acompanhamento e gestão da pandemia com o sentido de progresso duradouro. Realço também o espírito de resiliência das famílias, das instituições e das empresas em circunstâncias tão desgastantes.
Quero deixar ainda uma especial palavra de solidariedade aos familiares das vítimas da covid-19 e às instituições mais marcadas por este flagelo.
O processo de vacinação em curso fundamenta uma legítima esperança de normalização da nossa vida familiar e social.
Neste período de Páscoa, em que revivemos a vitória da vida sobre a morte e relevamos a esperança de um futuro melhor, apesar dos constrangimentos que ainda vivemos, quero expressar a todos(as) os(as) mangualdenses, do território e da diáspora, Votos de Boa Páscoa.
Uma Páscoa Feliz para todos(as)!

Elísio Oliveira,
Presidente da Câmara Municipal de Mangualde

MUNICÍPIO DE MANGUALDE VOLTA A APOIAR ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR DO CONCELHO


O Município de Mangualde volta a apoiar os estudantes do Ensino Superior residentes do concelho através da atribuição de bolsas de estudo, cuja situação económica do respetivo agregado familiar não lhes permite frequentar um curso superior pelos seus próprios meios. Após avaliação e análise das candidaturas para o ano letivo de 2020/2021, e de acordo com os critérios de avaliação consignados no Regulamento, foram mais de 40 os estudantes que tiveram direito à atribuição das Bolsas de Estudo. As bolsas atribuídas, com um valor global de 12.500€, são entregues a residentes no concelho que concluíram com sucesso o ano letivo anterior, e que ajudam a suportar os encargos correspondentes à frequência de cursos universitários.
Inserida nas políticas educativas e sociais do Município de Mangualde, a atribuição de bolsas de estudo ao ensino superior aos alunos e alunas do concelho vem assim apoiar para que estes possuam as condições e os recursos que lhes permitam frequentar o ensino superior e terminar os seus estudos.
“É fundamental promover a igualdade de oportunidade, particularmente nesta fase em que o acesso ao mundo do conhecimento pode fazer a diferença na vida dos jovens. Neste contexto em que a pandemia fragilizou o rendimento das famílias, esta medida torna-se ainda mais pertinente”, destaca o presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Elísio Oliveira.

sustentabilidade ambiental EM MANGUALDE


Com o objetivo de incentivar para a sustentabilidade do planeta, a Câmara Municipal de Mangualde, em colaboração com o Planalto Beirão, irá distribuir miniecopontos pelo município. O Município de Mangualde integra a Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB), com mais 19 municípios da região e, nesse sentido, promove o Plano de Sensibilização e Educação Ambiental (PSEA) ao abrigo do projeto Ideia com Futuro — Reciclar no Planalto Beirão.
O principal objetivo do Plano de Sensibilização e Educação Ambiental é incentivar à separação dos resíduos valorizáveis de papel/cartão, plástico/metal e vidro, garantindo que possam depois ser reciclados e transformados em matéria-prima para novos produtos e, dessa forma, evitando que sejam depositados em aterro.
O arranque da entrega dos miniecopontos contou com a presença de um represente do Planalto Beirão, José Portela, do presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Elísio Oliveira, e do Vereador da Câmara Municipal, João Lopes. Devido à pandemia da COVID-19, os agentes do Planalto Beirão irão deixar os seus miniecopontos na caixa de correio, de forma a garantir a segurança de todos.
No ano de 2020, apesar de ser um ano marcado pela pandemia de COVID-19, registou-se um aumento de resíduos recicláveis. Demonstrando que a separação dos resíduos continua a ser uma das preocupações dos cidadãos.

dia mundial da floresta


Para assinalar, mais uma vez, o Dia Mundial da Floresta, que se celebra a 21 de março, o Município de Mangualde associou-se à iniciativa do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas na plantação simbólica de um exemplar carvalho-alvarinho. A instituição desafiou todos os municípios da região centro e da Direção Regional de Conservação da Natureza e Floresta do Centro.
A Escola Básica do 2º e 3º ciclos da Ana Castro Osório de Mangualde voltou a ser palco desta iniciativa com a plantação de um exemplar de carvalho-alvarinho, realizada no interior do perímetro escolar. No decorrer da iniciativa, foram visitadas outras árvores plantadas em sessões passadas, verificando-se a sua vitalidade e relevância no plano paisagístico e educativo da comunidade escolar.
A apadrinhar a iniciativa deste ano esteve presente o presidente de Câmara Municipal de Mangualde, Elísio Oliveira, bem como Ana Marto, Professora daquela escola, um elemento do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Mangualde, e um aluno representante de cada turma do 1º ao 3º ano de ensino, cumprindo com todas as normas impostas pela DGS, não colocando em risco a saúde pública dos educandos.
“Estas atividades são relevantes na formação escolar, sendo sempre fundamental alertar para a necessidade de valorização do ambiente como garantia de futuro e da sustentabilidade ambiental e geracional” destacou Elísio Oliveira.

Dia Internacional da Água assinalado com visita à ETAR Poente


De modo a assinalar o dia internacional da Água, o executivo e técnicos da Câmara Municipal de Mangualde, visitaram as instalações da ETAR Poente. Para assinalar este dia, também foi convidado o ex-Presidente da Câmara Municipal de Mangualde e atual Deputado da Assembleia da República, João Azevedo. Esta obra esteve em curso mais de 3 anos tendo sido lançada e iniciada com a presidência de João Azevedo e concluída com a presidência de Elísio Oliveira. Trata-se de uma obra de referência ambiental no concelho de Mangualde em que o ciclo urbano da água está presente.
Este foi um investimento de mais de 3 milhões de euros e tem a capacidade de tratar cerca de 3.000m3 de águas residuais por dia. O concelho de Mangualde dispõe, agora, de uma nova ETAR capaz de tratar os esgotos de cerca de 12.000 habitantes.
A fossa, a céu aberto, da Lavandeira, que durante cerca de 40 anos recebeu esgotos provenientes da cidade de Mangualde e era uma fedorenta nódoa urbana, foi objeto de remoção de lamas e já se encontra totalmente desativada estando o espaço agora aterrado e preparado para receber um novo investimento empresarial.
Para Elísio Oliveira: “Este é um dos maiores e mais importantes investimentos deste mandato (2017-2021) e que põe fim a uma chaga urbana. O tratamento das águas residuais, o ciclo urbano da água, as economias circulares estão presentes neste investimento, que ainda tem alguns melhoramentos a serem feitos e que estão a ser estudados.”

Recentes dados da ONU, dão conta que os recursos hídricos do planeta enfrentam uma ameaça sem precedentes. Atualmente, cerca de 2,2 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 4,2 mil milhões vivem sem saneamento adequado. Espera-se que os efeitos das mudanças climáticas aumentem estes números, se não houver uma urgente atuação.
Até 2050, entre 3,5 e 4,4 mil milhões de pessoas terão acesso limitado a água, dos quais mais de mil milhões viverão em cidades.

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE MANGUALDE

RENASCIMENTO - A abertura da Biblioteca Municipal de Mangualde em 1997 constituiu uma mais-valia para o Concelho.
Como foi o acolhimento pelo público interessado?
Mª JOÃO FONSECA - A Biblioteca Municipal de Mangualde nasceu da vontade da autarquia em participar na promoção de uma política de desenvolvimento da leitura, lançada em 1986 a nível nacional, através da integração da Biblioteca na Rede Nacional de Leitura Pública. O projeto da Biblioteca Municipal resultou assim de um Protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Mangualde e o extinto IPLL (Instituto Português do Livro e da Leitura), assentando numa partilha de responsabilidades entre a administração central e a administração local.
Quando me candidatei ao lugar de Bibliotecária em 1995, o edifício estava construído e cumpria as diretrizes emanadas pelo IPLL para a instalação da nossa Biblioteca Municipal. Os dois anos anteriores à sua abertura foram destinados ao estudo, planeamento e implementação dos serviços, bem como à elaboração de cadernos de encargos e concursos para a aquisição de todo o equipamento, desde mobiliário, livros, equipamentos audiovisuais, e contratação de técnicos com formação especifica na área. Da parte da autarquia encontrei um enorme entusiasmo e cuidado no cumprimento das diretrizes e dos prazos a cumprir. Por todos era manifestada uma grande curiosidade sobre o funcionamento da nova Biblioteca Municipal. A expectativa era elevada, até porque Mangualde não possuía Biblioteca e o Cineteatro tinha encerrado. A cidade precisava de um novo espaço de cultura.
A Biblioteca inaugurou no dia 22 de novembro de 1997 com a presença do Ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho e demais entidades do IPLL, bem como dos responsáveis locais. Naquele dia a Biblioteca encheu-se de pessoas pela primeira vez, e estas percorreram as salas de leitura e restantes espaços com uma enorme curiosidade e brilho nos olhos. Foi o início de uma nova fase. O edifício era novo e a conceção dos espaços e serviços ofereciam a Mangualde as novidades que caracterizavam as modernas Bibliotecas de então: o livre acesso aos livros, o empréstimo domiciliário, a existência de diversos suportes, como era o caso do audiovisual, e ainda, zonas de descontração e um auditório para realização de eventos.
Desde o primeiro dia sentimos o interesse por parte da comunidade neste novo serviço. No dia a seguir à inauguração, começamos a receber o público. Os primeiros anos foram de grande intensidade nomeadamente ao nível da utilização por parte das crianças do 1º ciclo e pré-escolar das escolas de todo o concelho. Não existiam ainda as Bibliotecas Escolares e os jovens dos vários ciclos de ensino recorriam muito à Biblioteca Municipal para pedir ajuda nas pesquisas documentais e orientação nos trabalhos. A sala de audiovisuais onde podiam ouvir música, ver filmes e, posteriormente usar computadores, estava sempre repleta, ao ponto de fazerem fila para entrar.
Apesar da falta de hábitos quer de leitura quer culturais por parte do público adulto, a receção ao novo serviço foi muito boa e a comunidade foi-se aproximando da Biblioteca à medida que se foi apercebendo da sua potencialidade.
Ao longo destes, quase, 25 anos a Biblioteca tem procurado ajustar-se às mudanças da sociedade, reinventando-se, para ir ao encontro da comunidade. Ela é um polo dinamizador da cultura em Mangualde e a comunidade sabe que pode contar com ela para as mais diversas iniciativas. É uma casa de todos e para todos.

RENASCIMENTO - Que atividades desenvolve a Biblioteca?
Mª JOÃO FONSECA- A biblioteca pública é o centro local de informação, tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros. Os serviços da biblioteca pública devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso para todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social. (UNESCO, 1994).

Tem sido com base nestes princípios da UNESCO que a Biblioteca tem desenvolvido toda a sua ação, promovendo a educação, a informação, a cultura e o lazer, através de diversas atividades e tendo sempre como base o livro e a leitura.
Para além das atividades internas de organização, tratamento documental e difusão da informação, a Biblioteca faz acompanhamento do leitor, facilitando-lhe o acesso à informação, promovendo o uso do catálogo online, o serviço de informação e de referência e o acesso à Internet. A este nível, pontualmente, e também por solicitação do público, são dinamizadas breves formações com o objetivo de complementar ou desenvolver conhecimentos e/ou competências nos utilizadores.
Das atividades mais significativas da Biblioteca Municipal temos as da área da promoção da leitura. Desenvolvidas desde o início da sua abertura ao público, elas pretendem promover a leitura numa perspetiva lúdica, embora sejam muitas vezes um complemento à aprendizagem escolar. Algumas destas atividades realizam-se com regularidade, como é o caso das sessões de leitura e ateliers temáticos, dirigidas maioritariamente às crianças de pré-escolar e 1º ciclo e também a idosos. Outras, decorrem no âmbito de projetos continuados como o “Livro sobre Rodas” ou “Biblioteca para avós”, entre outros. São ainda desenvolvidas atividades temáticas e sazonais que se enquadram em determinados contextos, como por exemplo as “atividades de tempos livres” dinamizadas para crianças e jovens nos períodos de férias que envolvem a leitura, o cinema e jogos, ou atividades em volta de uma temática ou de momentos comemorativos, como “Dormir com Livros” ou “Leituras Enfeitiçadas”. Estas últimas decorrem anualmente, uma por volta do Dia Mundial do Livro (23 de abril) e outra a propósito do Halloween (31 de outubro) e têm tido grande impacto junto do público-alvo (crianças e pais). Para além das citadas, a Biblioteca já dinamizou muitas outras, como o Clube de Leitura (um para crianças outro para adultos), e iniciativas em parceria com as escolas e com a comunidade, como o comércio local, pastelarias, a rádio, etc. Ao longo dos anos fomos adaptando as atividades à realidade e às exigências sentidas.
Neste âmbito, temos que considerar ainda as atividades culturais para o público em geral, como exposições, peças de teatro, cinema, concertos, encontros com escritores, conferências e seminários, que são uma evidência de uma oferta diversificada.
Nos últimos anos a Biblioteca Municipal tem assumido a organização das atividades e projetos culturais do Pelouro da Cultura da autarquia permitindo-lhe dinamizar eventos como o “Em Quarto Crescente” ou as “Sextas da Lua”, marcas da atual política cultural do Município. Tem ainda promovido o desenvolvimento de projetos interconcelhios como “Alto Mondego Rede Cultural” que permitiu espetáculos belíssimos como “Mundos Cruzados” ou “A Volta” e, o mais recente, “Cultura no Dão”.
Também foi com a ação direta da Biblioteca Municipal que nasceu a Orquestra POEMa, que desde 2013 tem vindo a promover a música no concelho, reunindo jovens do Agrupamento de Escolas de Mangualde e das Bandas Filarmónicas do concelho, com professores qualificados do Conservatório de Música Azeredo Perdigão de Viseu. Estamos também a acompanhar o projeto de Formação Especializada do Ensino da Música no 1º Ciclo, que considero uma mais-valia para o sucesso escolar das crianças de Mangualde.

RENASCIMENTO - Que perspetivas se apresentam para o futuro?
Mª JOÃO FONSECA - Estamos de novo a reinventar-nos. Antes da pandemia as salas de leitura da nossa Biblioteca estavam ocupadas com estudantes do Ensino Secundário e universitários, que se habituaram a usar a Biblioteca para estudar, e para estar com os amigos. Os mais jovens corriam para os computadores para mais uns minutos de jogo. Os pais, no final da tarde ajudavam os filhos com os trabalhos de casa, e até os explicadores usavam a Biblioteca para acompanhar os seus explicandos. O mesmo acontecia com alguns leitores assíduos que diariamente vinham ler as publicações periódicas que oferecemos, ou requisitar livros através do empréstimo domiciliário.
O espaço, as boas condições climáticas, o bom acesso à internet, e a nossa simpatia (modéstia à parte), foram fundamentais para garantir o conforto e o gosto de usar a Biblioteca.
A pandemia veio abalar estas rotinas. Estamos a retomar os serviços presenciais com as limitações que a DGS nos impõe, salvaguardando a saúde de todos. Estamos num período de transição, mas penso que nada voltará a ser igual.
A missão da Biblioteca continuará a mesma, abrangendo a educação, formação, informação e cultura, e passará sempre pela promoção do acesso à informação e a bens culturais por todos, sem qualquer discriminação. Será sempre um espaço de democratização da cultura e de igualdade. Contudo, creio que o futuro passará cada vez mais pela oferta digital, como já começou a acontecer, e pela capacidade que temos que ter em criar novos serviços para a comunidade; serviços atrativos e modernos que estimulem o uso da Biblioteca. Teremos que antecipar as necessidades, continuar a ser pro-ativos e fazer sentir à comunidade que a Biblioteca está pronta a servi-la.
A Biblioteca tem de ser sentida como indispensável à população, onde as manifestações culturais continuem a acontecer. Um local de encontro e onde possamos encontrar respostas…

RENASCIMENTO - Que ligações tem com as outras Bibliotecas?
Mª JOÃO FONSECA - A Biblioteca Municipal sempre teve bom relacionamento com as todas as Bibliotecas da proximidade. Desde logo, com as Biblioteca Escolares do Agrupamento de Escolas de Mangualde, com as quais conta para diversas iniciativas, e com as quais colabora a diversos níveis. Não faria sentido de outra forma, uma vez que existem grandes objetivos comuns para a mesma comunidade. Ao longo destes anos têm sido desenvolvidas muitas iniciativas em parceria.
No que diz respeito às Bibliotecas Públicas de outros Municípios, logo nos primeiros anos de existência promovemos um projeto de partilha de contos com outras 10 bibliotecas da região. Cada uma das 11 bibliotecas visitava as restantes para apresentar o seu conto. Foi uma experiência muito interessante que estreitou laços de trabalho que perduraram. Além desse projeto tem havido troca de atividades e ajuda entre os profissionais da área.
Apesar desta proximidade, só muito recentemente foi constituída a Rede Intermunicipal de Bibliotecas de Viseu Dão Lafões. O Protocolo foi assinado em outubro de 2020, entre a Comunidade Intermunicipal (CIM), a Direção Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e os 14 Municípios que integram a Comunidade intermunicipal de Viseu Dão Lafões. O objetivo da RIBVDL é trabalhar em conjunto no desenvolvimento de serviços, numa lógica de otimização de recursos. Pretendemos criar uma oferta de serviços partilhados na Comunidade Intermunicipal, contribuindo para a prestação de um serviço de biblioteca pública de qualidade, promotor da identidade regional, com vista à promoção e desenvolvimento das literacias, incluindo a digital, junto da população do seu território.