Arquivo diário: 1 de Outubro de 2021

SANFONINAS

Aquele pacote de açúcar
Gosto do açúcar amarelo. Desde pequeno. Faz torrões. O branco não. À socapa, roubava-se um para a boca. Um, dois, três – se a mãe ou o pai não nos descobriam de açucareiro de alumínio aconchegadinho ao peito…
Aprendi na escola que fora uma descoberta relevante. Primeiro, na Ilha da Madeira. E o açúcar, nesse século XV, fez as delícias de comerciantes. Veio, no século XVII, a concorrência do Brasil e toda a magnífica construção de engenhos, manobrados pela mão-de-obra negra ida de S. Tomé, Guiné e Angola. «Senhor de engenho», o senhor importante. Surgiram ao lado os solares (outro nome teriam, quiçá), casas apalaçadas a mostrar o estatuto elevado do senhor e que, depois, os brasileiros de torna-viagem copiaram em Portugal. Grande riqueza o açúcar brasileiro até que os bandeirantes adregaram entrar sertão adentro e deram em encontrar pepitas de ouro nos terrenos de aluvião.
Servia para a doçaria conventual, ninguém se preocupava nem sabia o que era isso da diabetes. Os doces, uma tentação; e os boticários até proclamavam os benefícios do açúcar no tratamento de maleitas várias.
Hoje, ai de ti se comes um torrão, olham-te de soslaio. «Ai tomas o café com açúcar? Eu já não tomo! Sabe-me melhor o café a café!». Pronto. Azar do açúcar, que não há boticário cientista que ora lhe proclame as benfeitorias.
Por isso apreciei deveras aquele pacote de açúcar. Houve um tempo em que coleccionei para uma das minhas afilhadas. Agora, seriam precisas 1001 gavetas ou álbuns para arrumar tudo, tantas são as campanhas. Gostei muito daquele, surgido assim que a epidemia aliviou. Bem pensados os dizeres. Profunda e bem ajustada a mensagem:’
Volte ao… BOM DIA SR. JOSÉ! É O JORNAL E UM CAFÉ!
Aquele reencontro matinal, descontraído, ante de nos encafuarmos no emprego, olhos fixos no computador. Saboreia-se o café, folheia-se o jornal, sente-se a textura do papel…
Abençoado quem tal pensou. Abençoado quem tenha voltado a poder usufruir da benesse tão eloquentemente assim enunciada! Oxalá que muitos! Muitos!

Vontade de ajudar

Estudos revelam que
Existem 900 milhões de pessoas no mundo que todos os dias passam fome;Cerca de metade da comida produzida no mundo vai para o lixo.
Isto faz sentido?
O mundo não está em equilíbrio e as consequências não são apenas éticas, mas também ambientais. O gasto desnecessário dos recursos usados na produção excessiva de alguns alimentos e a emissão dos gases resultantes da decomposição daqueles que não são consumidos têm consequencias graves e Portugal também conta para os números.
A produção intensiva, más condições de armazenamento e transporte, prazos de validade demasiado curtos e o marketing agressivo, que leva os consumidores a comprar em excesso, são os motivos para todo este desperdício. Acresce a preferência por produtos perfeitos, mas muitas vezes sem qualquer sabor, e que resulta numa perda de quase 30% da produção agrícola na Europa. Apesar de usados na indústria de sumos, compotas e molhos, o preço pago ao agricultor é tão baixo que por vezes não cobre os custos de produção, não sendo por isso uma solução economicamente viável.
Outro fator importante é o abandono da dieta mediterrânica, com consequências graves e que atirou Portugal para o top 5 na obesidade infantil. A OMS divulgou que 1 em cada 10 rapazes na europa é obeso. As causas são a diminuição do consumo de frutas e legumes, associado ao sedentarismo. O exercício físico e as brincadeiras de antigamente foram substituidas pelas novas tecnologias. Os jovens tendem a alimentar-se cada vez pior e correm o risco de ficar para sempre com comportamentos pouco saudáveis, com impactos graves na saúde quando adultos. Este comportamento está relacionado com as diferenças socio-económicas. A fruta é cara quando comparada com o pão. É necessário uma política que ataque estas diferenças e diminua as desigualdades. A recente medida do Governo de proibição de produtos prejudiciais à saúde nas escolas públicas em todos os bares e nas máquinas automáticas, tem como objetivo contrariar esta tendência. O Governo pretende com esta medida, que as escolas públicas comecem a oferecer refeições “nutricionalmente equilibradas, saudáveis e seguras”.
Para combater o desperdício surgem projetos com origem tanto nos pequenos produtores como nas grandes cadeias de hipermercados. Desde parcerias, a plataformas digitais que promovem os pequenos produtores nacionais, à venda e distribuição de cabazes com os produtos que são rejeitados devido ao seu aspeto, a preços acessíveis, quer a nível nacional mas também incentivando a exportação. Todos estes projetos combatem o desperdício alimentar e reduzem o gasto dos recursos utilizados na sua produção. Neste sentido, a fruta desidratada tem ganho cada vez mais espaço no mercado quer nacional quer internacional. De fácil transporte e validade prolongada, não deve substituir a fruta fresca, mas é um ótimo complemento à dieta e contribui para o combate ao desperdício.
2021 é o Ano Internacional das Frutas e dos Legumes proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. É preciso promover a consciencialização e a atenção dos intervenientes políticos e públicos para os benefícios nutricionais e de saúde do consumo de frutas e legumes. É preciso apoiar os pequenos produtores e incentivar a realização de feiras locais, parcerias com lojas de produtos naturais e a exportação.
Temos o dever ético de ajudar quem precisa, quem passa fome, distribuindo os excedentes de produção, cujo destino mais certo é o lixo. É preciso ter vontade de ajudar.


CONSULTÓRIO

Vacinação contra a gripe
Está na altura de falarmos, de novo, da vacinação antigripal.
A gripe é uma doença viral aguda causada pelo vírus da gripe (vírus Influenza). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), durante as epidemias anuais de gripe, a taxa de ataque global é de 5 a 10% na população adulta e 20 a 30% nas crianças.
A infecção processa-se através das secreções respiratórias e tem um período de incubação de cerca de 2 dias. A doença dissemina-se rapidamente entre a população. As crianças que frequentam creches e infantários, de acordo com a OMS, são as principais disseminadoras do vírus na comunidade.
Como ainda vivemos em tempos de Pandemia, tal como no ano anterior, a Direcção Geral da Saúde (DGS) instituiu, de acordo com a Norma 006/2021, de 25/09/2021, novas regras de vacinação que abrangem a gratuitidade a novos grupos, e não só, e que passo a transcrever algumas partes:
Em 2021, em contexto de pandemia COVID-19, mantêm-se as medidas excecionais e específicas no âmbito da vacinação gratuita contra a gripe, nomeadamente o início mais precoce, a vacinação faseada e a inclusão na gratuitidade dos profissionais que trabalham em contextos com maior risco de ocorrência de surtos e/ou de maior suscetibilidade e vulnerabilidade.
A 1ª fase da vacinação gratuita, que tem início a 27 de setembro, destina-se à vacinação em determinados contextos, incluindo residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados, profissionais do SNS e grávidas.
A 2ª fase integrará os outros grupos-alvo abrangidos pela vacinação gratuita, incluindo os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos.
Para as pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita no SNS, a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias comunitárias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%.
A. Recomendações da vacinação:

  1. A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os seguintes grupos prioritários: - Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; - Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade; - Grávidas; - Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados;
  2. Recomenda-se também a vacinação das pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos.
  3. A vacina deve ser administrada, de preferência, até ao fim do ano civil.
  • A vacinação deverá ser adiada em caso de doença febril, moderada ou grave ou doença aguda.
  • A administração da vacina contra a gripe deve respeitar um intervalo mínimo de 14 dias em relação à administração da vacina contra COVID-19. 2
    Vacinação gratuita no SNS - A vacina contra a gripe é gratuita, no âmbito Serviço Nacional de Saúde, para os seguintes grupos:
  1. Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
  2. Grávidas;
  3. Residentes em instituições incluindo ERPI (estruturas residenciais para pessoas idosas), utentes de Serviço de Apoio Domiciliário e Doentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, reclusos em estabelecimentos prisionais.
  4. Pessoas com mais de 6 meses de idade com determinadas patologias crónicas e condições.
  5. Profissionais de saúde, bombeiros, de apoio a Lares, Residências de idosos ou de Apoio temporário, etc…
    O Serviço Nacional de Saúde, este ano, adquiriu 2,24 milhões de doses de vacinas para administrar gratuitamente. A 1ª fase de administração está prevista ter o seu início na 1ª semana de Outubro.
    A vacina deve ser administrada, preferencialmente, a partir de 15 de Outubro, podendo ser administrada durante todo o Outono/Inverno.

As pessoas vacinadas na época anterior também devem ser vacinadas, mesmo que a composição antigénica da vacina seja idêntica. É que a imunidade conferida tem uma duração limitada no tempo.
A pneumonia é a complicação mais frequente da gripe no idoso sendo o agente causador mais frequente, o Pneumococo, cujo nome científico é Steptococcus pneumoniae. Por isso, nas pessoas idosas, é de aconselhar, vivamente, a administração simultânea da vacina contra a Pneumonia.
As vacinas são eficazes e seguras.
O principal objectivo da vacinação é evitar as formas graves e as complicações, reduzindo a incidência de doença grave e a mortalidade prematura.

Resultados eleitorais em Viseu e Mangualde


As cidades fazem-se a partir dos seus habitantes.
As recentes Eleições Autárquicas tiveram como limite a imaginação.
É mais difícil nas eleições legislativas e europeias disfarçar derrotas.
Mesmo antes do acto eleitoral já todos os partidos faziam todas as reflexões e anunciavam vitórias. Eram todos vencedores!…
Para muitos a noite de eleições foi uma festa, para outros uma desilusão e uma derrota.
Porém, mesmo as vitórias, nalguns casos, foram sem luzes e noutros casos com um sabor amargo a derrota.
O Primeiro Ministro de vez em quando, demasiadas vezes, vestiu o casaco de Secretário Geral do PS, mas foi abusador e excessivo.
Costa carregou a “Bazuca” às costas e deu “bazucadas” a torto e a direito. E transformou o acto eleitoral, com tanto material bélico, quase numa guerra.
Para muitos acabou a festa e segue-se o funeral.
O eleitorado não anda de olhos fechados e votou conforme entendeu.
Em Viseu, Fernando Ruas, volta à casa que conhece, a sua casa, e que governou durante 24 anos. É a sétima conquista da Presidência da Câmara de Viseu. Saíu há oito anos e regressou.
A sua oposição andou a prometer mundos e fundos e Fernando Ruas vai exigir que essas promessas durante a campanha eleitoral sejam cumpridas pelo Governo. Vai virar-se o feitiço contra o feiticeiro. Que venha o Centro Oncológico, a nova Autoestrada e o Comboio.
A votação em Viseu deu-lhe uma maioria absoluta, mas o PS, subiu e por isso terá uma governação mais complicada.
Fernando Ruas é um “Dinossauro” da politica e saberá contornar os escolhos que lhe lançarem.
No Concelho de Mangualde, ganhou o Partido Socialista. Foi porém uma vitória com um acentuado sabor amargo.
Perdeu em relação a 2017, na Câmara , 14,71%, baixou de 6 Vereadores para 4. A nova equipa com excepção de dois elementos que transitam do anterior elenco, é nova, sem experiência de governação. Em contra partida na oposição estão dois Vereadores com grande experiência já que foram Vice-Presidentes da Câmara em anteriores mandatos.
Na Assembleia Municipal o PS também sofreu reveses. Elegeu 13 Deputados, (tinha 16) o PSD/CDS-PP 6 e o CHEGA 2.
Nas Juntas de Freguesia perdeu a Freixiosa para a Coligação PSD/CDS-PP.
A Coligação Juntos por Mangualde – PSD/CDS-PP, não conseguiu atingir as metas que tinha concebido, uma grande mudança, mas recuperou alguma coisa.
Vamos acreditar que após tantas promessas o Interior não seja esquecido.
A maior parte dos Autarcas locais, quase nenhuns, têm dimensão nacional. Afinal o seu Poder Local é uma insignificância.
É bom que atendendo ao momento presente e ao futuro difícil que se avizinha, termine a política do cimento, das festas, de iniciativas irrelevantes mais para promoção pessoal do que de interesse para os Concelhos.
Caminhar para tornar o País mais próspero, mais dinâmico, mais equilibrado, mais igualitário.
Há uma grande diferença entre ser um bom candidato à Câmara e ser um bom Presidente.
Há casos de candidatos que ganharam as eleições se ter transformado numa completa desilusão, em péssimos Presidentes de Câmara. E no mandato seguinte não serem reeleitos.
Os Candidatos e os Presidentes são como os melões. Só depois de abertos podemos avaliar a sua qualidade.
O futuro falará!…

FILIPE PINTO

Assumi este desafio com o intuito de fazer mais e melhor pela minha freguesia e pelo meu povo. Depois do sufrágio eleitoral, do passado dia 26, os eleitores da Freixiosa deram-me a confiança e a responsabilidade de governar esta freguesia. Para eles vai o meu primeiro agradecimento. Obrigado por confiarem na juventude e por não terem medo de confiarem o futuro da Freixiosa a esta equipa.
Agradeço também a todos os que acreditaram em mim e não tiveram receio de dar a cara por este projeto. Sem os elementos desta equipa não era possível este feito. São pessoas de garra, de convicções e que acima de tudo amam a sua freguesia.
À direção de campanha, deixo o meu grande agradecimento. Por terem garantido e suportado esta campanha. Mesmo com todas as dificuldades, possibilitaram que os candidatos tivessem o maior sucesso possível nas suas candidaturas.
Ao Eng. Joaquim Patricio agradeço o convite e a aposta em mim. Mostrou que confia na juventude e que os jovens têm uma palavra a dizer em relação ao nosso futuro.
Por fim, quero agradecer aos meus pais, à minha família e aos freixiosenses, por este apoio incondicional.
Viva o PSD! Viva a Freixiosa!
Filipe Pinto

Agradecimento


Caras e caros Mangualdenses,
Quero, muito sensibilizado e de forma muito sentida, agradecer a todos quantos participaram neste ato eleitoral e, de maneira muito especial, a cada um dos que apoiaram e trabalharam para a candidatura “Juntos por Mangualde”, com sentido de responsabilidade, humildade, coragem, sabedoria e dedicação ao nosso concelho.
Terminada que está a contenda eleitoral, é o momento certo para todos trabalharmos para o bem comum, para o desenvolvimento de Mangualde.
Agora é tempo de todos aqueles que foram eleitos trabalharem com rigor, transparência e sentido de missão para com o povo de Mangualde.
Podem contar comigo, de forma inequívoca, para continuar a dar voz à nossa terra, pensando no bem-estar de todos vós, sim de todos vós.
Foi, é e sempre será para mim um privilégio trabalhar para colocar Mangualde no comboio da frente, na senda da prosperidade e da qualidade de vida dos seus habitantes.
Força concelho de Mangualde
Um grande abraço
Joaquim Patrício

João Paulo Gouveia, Presidente da Concelhia do PSD de Viseu


No passado domingo, decorreram as eleições autárquicas em 308 municípios portugueses. Em Viseu, a concelhia local do Partido Social-Democrata, garantiu mais uma vitória com maioria absoluta. O PSD conquistou também 21 das 25 freguesias viseenses e, na Assembleia Municipal, alcançou uma clara maioria no número de deputados eleitos (14).
Após o apuramento de todos os resultados eleitorais, o Jornal Renascimento ouviu João Paulo Gouveia, Presidente da Concelhia do PSD de Viseu. O atual e futuro Vice-Presidente da autarquia lembra que agora o que importa é, “com determinação, continuar a desenvolver Viseu”.
João Paulo Gouveia mostra-se, assim, satisfeito com os resultados obtidos. “É uma honra muito grande continuar a servir Viseu e saber que os viseenses, uma vez mais, confiaram em nós para continuar a desenvolver a Melhor Cidade para Viver, de forma próspera e dinâmica”. Com efeito, o PSD mantém a liderança da Câmara Municipal, apesar dos resultados e da campanha eleitoral do PS, que o Presidente da concelhia social-democrata classificou como “canto de sereia”.
“Houve um claro aproveitamento político, que começou há alguns meses, mas agudizou-se nos últimos dias. Na reta final, recorreram a novos anúncios de milhões e promessas mentirosas, para ver se enganavam as populações no último dia de campanha, sem possibilidade de as mentiras, as inverdades serem denunciadas. Mas, como ficou provado, os viseenses são sábios e inteligentes, não caíram neste engodo político sem paralelo e no passado dia 26 deram a devida reposta”.
Quanto à campanha do PSD, João Paulo Gouveia afirma que esta revestiu-se de grande seriedade e procurou envolver todas e todos os viseenses. “Realizámos vários Fóruns Temáticos Sempre por Viseu, dedicados às mais diferentes áreas e dimensões da nossa vida em comunidade. No terreno, percorremos todo o concelho, sempre respeitando as orientações das Autoridades de Saúde, de forma a ouvir todas as opiniões”.
E quanto ao futuro? “Temos um projeto sólido, assente na defesa intransigente dos valores da nossa terra – Viseu – e com base no trabalho comprovado do Dr. Fernando Ruas, personalidade única no poder local, com uma experiência de 24 anos à frente dos destinos da Câmara Municipal de Viseu, acompanhado por uma equipa jovem, renovada e muito motivada”.

Autárquicas em Mangualde

Realizaram-se no passado dia 26 de Setembro as Eleições Autárquicas.
Por ser Candidato à Assembleia Municipal de Mangualde, como Independente, nas listas da Coligação PSD/CDS-PP, para cumprimento da Lei, nas Edições do Renascimento, de 1 e 15 de Setembro, não assinei os Editoriais, nem saiu a minha fotografia no Jornal.
No entanto, decidi enviar uma carta pessoal aos meus conterrâneos de Fagilde, procurando interessá-los no acto eleitoral e pedir a sua reflexão sobre a quem entregariam o seu voto.
Não pedi os seus votos, porque os votos não se devem pedir, mas merecer.
E fica na consciência de cada um saber em quem deve votar.
Há pouco tempo tive o gosto de conhecer na Aldeia da Freixiosa, um habitante que se tem dedicado a desenvolver a sua terra, à sua custa, pelo muito amor que lhe tem. E saiu no Renascimento uma notícia sobre isso.
Visitei-o e fiquei deveras impressionado com tudo o que fez e muito mais porque nunca teve apoios de ninguém. Teve sim, críticas e questões judiciais, porque há sempre quem, por egoísmo, só pense em si.
Enviei-lhe a citada carta, para seu conhecimento e para ele ver que há muitas mais pessoas a pensar como ele. E, eu, sou uma dessas pessoas.
Respondeu-me com uma simpática mensagem.
Impressionou-me a mensagem, por ser bem escrita, ponderada e oportuna e pedi-lhe permissão para a publicar.
Publico-a agradecendo a sua amizade e também com certeza, o seu Voto.
“Caro amigo Antonio Fortes,
com um pouco de atraso de minha parte, obrigado pela sua bela mensagem.
Parabéns pela sua disposição e forte convicção de trabalhar pela sua terra.
Este país está precisando de gente assim, disposta a trabalhar em prol do bem comum.
Portugal é uma esquina privilegiada do continente europeu (e do planeta).
Aliás, por isso mesmo foi resgatado pelos “primos” europeus em 1986, como um morto-vivo, um náufrago à deriva num mar revolto. Foi resgatado pela União Europeia e, a partir daí, rios de dinheiro foram aqui despejados pelos contribuintes europeus, através dos chamados fundos comunitários, que permitiram a criação de modernas infraestruturas, modernização das cidades e uma enorme melhoria na qualidade de vida de seus cidadãos. E, assim, temos hoje um Portugal moderno, um lado “A” do país, integrado ao mundo desenvolvido e civilizado, um Portugal que, aos poucos, vai-se tornando “uma das caras da Europa”, o Portugal urbano, das rotas de turismo, das cimeiras e congressos internacionais, das mídias sociais, o Portugal para onde muitos querem vir passear, trabalhar e mesmo vir para aqui viver…
Portugal foi o Estado europeu que deu a largada ao ciclo das Grandes Navegações, abrindo as rotas marítimas que colocariam a Europa em contato permanente com outros povos, culturas e civilizações do Oriente e, depois, com os povos nativos das Américas, em especial da América do Sul. E, por isso tudo, deveria ser considerado mesmo um patrimônio histórico europeu e abraçado pelos europeus. Mas, por outro lado, Portugal tem também uma história um tanto sinuosa, o que lhe valeria também a qualificação de um país um tanto estranho… Portugal foi o país que saiu na frente (em relação às outras nações europeias) e chegou por último, pois, a partir de um certo ponto, perder-se-ia pelos caminhos da História. Mas isso é conversa que iria longe (entender as razões disso) e aqui o espaço é curto; ficará para outra oportunidade.
Mas só para concluir: temos ainda um lado “B” do país, aparentemente desconhecido, que são os espaços rurais travados, abandonados ou semi-abandonados, o Portugal das aldeias e entornos, um ambiente permeado pelo que chamo de uma certa cultura do atraso, que se apresenta através de várias facetas. E onde coisas um tanto estranhas acontecem, decorrentes de comportamentos e práticas nocivas de uns poucos indivíduos; práticas que, ao que tudo indica, vêm de longe e contam com o suporte do que chamo de uma certa Banda Podre do Judiciário, que se manifesta sorrateiramente através de tráfico de influência e mercantilização da justiça, ainda que isso possa estar contextualizado, ser específico, deste lado “B” do país. Naturalmente, tais coisas ou fatos só acontecem e repetem-se indefinidamente devido a uma dessas facetas, que é a indiferença da comunidade. E indiferença generalizada mata qualquer sentimento de comunidade e de pertencimento. Essas são questões importantes que precisariam ser trabalhadas no âmbito da Política, com coragem e determinação.
Mas, enfim, a nossa região está especialmente localizada, com bons ares, boas vistas panorâmicas e com a A25, o Caminho da Europa, passando à sua porta. Portanto, com vontade política, coragem e determinação haverá muito a se fazer por aqui para torna-la uma região referencia em Portugal e na Europa. Vamos em frente!
Não tenho partido nem ideologia. Voto naqueles que, no momento, considero os mais preparados para o exercício das funções a que se candidatam, sem extremos, sem radicalismos, sempre com uma crítica construtiva, com inteligência política, sem demagogias e falsos discursos, e tendo o bem comum, os interesses maiores do país e da sociedade como referência.
Nesta eleição em Mangualde (e por extensão, nas nossa aldeias Fagilde e Freixiosa) estou com Joaquim Patrício, o que inclui o amigo Fortes e o amigo Felipe. Portanto, fico torcendo pela vitória de vocês.
Um forte abraço.
José Costa.”