Arquivo mensal: Dezembro 2021

Procuram-se professores (com resiliência!)

Há uns 5/6 anos a esta parte que grande parte das salas dos professores do norte e centro do país parecem asilos. “Esta sala de professores mais parece o Vale dos Caídos”, brincava a sério uma colega há dias! Só se vê colegas com mais de 50 anos. Esta é a realidade crua e dura das escolas do nosso país. A situação não era tão preocupante na zona de lisboa e sul do país pois sempre ia entrando “carne nova”.
Os vários estudos que vinham a ser apresentados pelas várias instituições previam que se nada fosse feito, várias dezenas de turmas iam ficar sem docentes em várias disciplinas.
Ora bem, o Ministério da Educação nada fez e andou sempre a assobiar para o lado como se nada se passasse. Preocupou-se com Ubuntus, DAC e DUA’s para sobrecarregar ainda mais aqueles que ainda vão tendo paciência para ser professores.
Pior, ainda contratou uns pareceres e uns estudos de uns doutores que nunca meteram os pés numa sala de aula pública para nos “enfeitiçar” com as maravilhas destas novas filosofias.
Ora bem, o abandono escolar não se faz só de alunos. Faz-se também de professores. São aos milhares os que se afastam daquela que dizem ser uma das mais nobres profissões do mundo: transformar quem não sabe em alguém que sabe.
Não me refiro apenas à quantidade de docentes que abandona a profissão por via das aposentações mas sim ao maior receio de qualquer profissional: a abdicação e a renúncia. Professores que, permanecendo no “quadro” ou não, já há muito deixaram de acreditar, perderam o amor à escola.
Uns dizem que os miúdos estão insuportáveis, outros dizem que é só por causa deles que ainda não se foram embora. Uns dizem que estão indiferentes e apáticos, outros que são irrequietos e insolentes. Mas estão de acordo com algumas coisas. Que não foi para isto que estudaram. Que não é nada disto que queriam. Que antes, ao menos, respeitava-se a “figura do professor” e que hoje nem se sabe bem o que isso é. Que há uma degradação contínua do sistema educativo. Que estão velhos.
Existem milhares de portugueses licenciados e profissionalizados para lecionar mas que jamais o farão com as condições infernais que o Ministério da Educação criou nas escolas portuguesas e nem me refiro apenas à questão salarial ou à (inexistente progressão nas carreiras para os contratados) mas sim ao absurdo da rotina profissional (turmas e horários sobrecarregados, testes, planos de aulas, planos de recuperação, aulas de apoio, reuniões sobre reuniões, resmas de atas, grelhas, relatórios, plataformas disto e daquilo) que os obrigam a trabalhar de dia e de noite, madrugada fora, relegando a família para segundo plano.
Um trabalho que está a ser cada vez mais trabalho inútil de papelada, muitas vezes sem qualquer consequência na aprendizagem dos alunos. Se pagar para trabalhar, só para não descer nas listas dos concursos, já é ridículo e absurdo, juntar-lhe o desgaste de trabalho inútil, é o toque final para o desastre total!

SANFONINAS

ELAS SÃO FELIZES!
Paisagem dum verde contínuo, sem vedações. Pasciam tranquilas e vim a saber que andavam por ali à solta. Sabiam onde era o curral e para lá iam quando o sol ameaçava pôr-se. Nem precisavam de chamamento ou sinal. De manhã, ao levantar-me, abri a janela e uma das vaquinhas estava mesmo ali, indiferente ao movimento dos humanos a acordar no pequeno hotel. Foi em Galway, na Irlanda, 11 de Setembro de 1994.
Em Maio de 1990, pernoitara eu em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira. Saíamos de manhã para a Praia da Vitória, pela estrada supostamente uma via rápida. Avisaram-me de duas coisas: 1ª) pode em Angra estar tempo de Verão e na Praia ser Inverno; 2ª) é via rápida, sim, mas vaca tem prioridade e deves parar para a deixar passar.
Claro, veio-me à cabeça A Visita da Cornélia, o programa televisivo de 1977 para sempre ligado aos inesquecíveis Raul Solnado e José Manuel Fialho Gouveia. E também – essa, uma imagem mais antiga – a do queijinho da «vaca que ri».
Aconteceu, pois, que, ao barrar de manteiga a torrada quentinha, me chamou a atenção a frase gravada na embalagem:
«Feita com natas de leite de vacas felizes e sal… nada mais!».
Congratulei-me com o seu criador. Pela originalidade e pelo significado profundo. «Felizes»! E outra frase havia: «365 dias de pastagem».
Por isso me surgiram as memórias de Galway e dos Açores e, concomitantemente, a indesmentível boa disposição da Cornélia e o focinho simpático da «Vaca que ri».
Deixo ligado o rádio o dia inteiro para que o meu gato Clyde se não sinta sozinho. Há produtores que põem música ambiente nos estábulos. Maluqueira! – dir-se-á. Acho que não. Se nós só gostamos de muros para termos o prazer de os saltar… porque se há-de privar os animais dessas regalias!
Raro será o humano que lide com animais no seu quotidiano que não entenda o significado da felicidade, do «sorriso», do ronronar sereno, do alegre dar ao rabo de um animal. Facultando-lhes nós essa possibilidade acabamos por nós próprios dela sermos os primeiros beneficiários. Não há quem não compreenda a imagem da senhora ou do senhor que, na fuga precipitada da aterradora lava do Cumbre Vieja, em La Palma, leva ao colo o cão ou o gato como tesouro prioritário a salvar. A felicidade de uns, penhor da felicidade do outro. Ainda que pertencendo a reinos diferentes. O reino, aqui, não interessa! A Felicidade derruba fronteiras!

A nossa casa é o nosso mundo


Nada será com dantes. Habituamo-nos a ouvir “o novo normal”, e pensamos isto vai passar e vamos voltar a ter a nossa vidinha de volta, mas não. Nada voltará a ser como antigamente. Com mais ou menos medidas, a pandemia não se podia evitar, resta agora aproveitar os pontos positivos da mudança.
Se por um lado a pandemia teve muitos impactos negativos, trouxe uma nova oportunidade para o interior do país. O teletrabalho, na grande maioria das situações, provou que a nossa casa é o nosso mundo. Os pais a trabalharem em simultâneo na sala, as crianças a estudarem juntas no quarto e a cozinha a servir de zona comum, mostrou que não é facil adaptarmo-nos a esta nova realidade, este novo estilo de vida, que parece ter vindo para ficar.
Trabalhar a partir de qualquer lado associado à rápida evolução da era digital, abre a possibilidade dos trabalhadores poderem viver onde quiserem, assim como as empresas deixarem de se centralizar nas grandes cidades. A procura de um local com mais qualidade de vida traz mais recursos às regiões, como hospitais, escolas, cultura e serviços, até agora esquecidas pelos centros de decisão.
O aumento da produtividade, a redução muito significativa de tempo em deslocações e um melhor equilibrio entre a vida profissional e pessoal, levará muitas empresas e profissionais a repensar as metodologias de trabalho e a adaptarem o teletrabalho como uma medida futura. O ambiente agradece, com menos deslocações, redução da concentração nas cidades, transportes menos saturados, menos filas nos locais de lazer e menos poluição de forma geral.
Para o teletrabalho ter sucesso, será necessário adaptarnos as nossas casas, para habitações mais amplas, com melhores condições e que repondam às necessidades de todos os elementos do agregado familiar, com especial atenção aos mais pequenos. A solução não está nos grandes centros urbanos, que são caros e inacessiveis para a maior parte das familias, mas sim no interior do país.
Neste momento, os grandes prejudicados com o pos-pandemia são as crianças. Privadas de forma massiva do ensino presencial no passado, agora vão estando em isolamento à vez. Deixadas à sua sorte, apenas com o apoio dos pais e da boa vontade dos professores, com os testes à porta e sem qualquer mecanismo de retaguarda para garantir o aproveitamento escolar nestes periodos, o futuro está certamente comprometido. Chamados de “nativos digitais”, com acesso aos tablets e aos smartphones, passam grande parte do dia a ver conteúdos, por vezes impróprios, a jogar jogos, por vezes de extrema violência e a comunicar nas redes sociais, sujeitos os mais variados riscos, quando ainda estão a desenvolver a capacidade de discernir o que é verdadeiro ou falso e o bom ou mau. É urgente alterar esta tendência e mais uma vez o interior pode contribuir, com espaços ao ar live, que contribuam para aumentar a criatividade e o desporto nas crianças, cada vez mais sedentárias e dependentes das tecnologias.
A pandemia poderá assim ter contribuido para um equilibrio do território e uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos. É uma oportunidade para o interior do pais se afirmar e reforçar a sua oferta como um local ideal para viver e combater a desertificação. Reforçar a identidade rural aliada à inovação e à modernidade.

CONSULTÓRIO

CICATRIZES!
COMO PODEMOS EVITÁ-LAS?
Acabou de sofrer uma queda e o joelho ficou machucado? O que fazer?
Como tratar uma ferida para que ela cicatrize melhor e o mais rápido possível?
Em primeiro lugar deve limpar-se muito bem a ferida, com água e sabão. Se se cortou ou feriu com um objecto sujo é preciso, para além disso, desinfectá-las com uma solução antisséptica. Veja se tem actualizada a sua vacinação contra o Tétano
Eliminar todos os restos de areia, limalhas ou poeiras… Impedem uma boa cicatrização e podem, se não forem removidos, formar uma espécie de “tatuagem”.
Cobrir com um penso impermeável e não aderente, como os indicados em relação às bolhas nos pés, com plástico transparente. O objectivo? Manter a ferida em meio húmido, o que favorece a cicatrização. Sobretudo não a deixar secar ao ar livre.
Manter o penso no mesmo sítio, no mínimo de 48 horas. Se é retirado mais cedo, as células que estão em processo de regeneração, correm o risco de serem arrancadas.
Como melhorar a cicatrização?
A cicatrização é um processo natural de regeneração do nosso corpo. Mal a derme, situada por debaixo da superfície da pele, é ferida, o organismo produz fibras de colagénio, que é uma proteína. Estas combatem a ferida e a epiderme (a superfície da pele) pode, então, regenerar-se.
Para favorecer este processo devem usar-se cremes com colagénio ou de ácido hialurónico, disponíveis em farmácia, que se podem aplicar directamente sobre a ferida por baixo de penso. Estas substâncias aceleram a reparação da derme e, também, da epiderme.
Não somos todos iguais face às cicatrizes…
Todos nós temos as nossas “feridas de guerra” que nos fazem recordar as travessuras da nossa infância. Mas tudo foi resultante de quedas ou acidentes? Não necessariamente!
As peles jovens originam cicatrizes mais marcadas.
Nas pessoas de idade, as cicatrizes são menos marcadas, mas o processo de cicatrização é mais lento. Corre-se o risco de a ferida se tornar uma chaga crónica.
De origem asiática ou africana? A tendência é a sobre-cicatrizar resultando uma cicatriz mais espessa, saliente, que se chama quelóide. Pelo facto de serem mais pigmentadas, as cicatrizes tornam-se mais evidentes.
As zonas do corpo em constante movimento, como as costas, originam cicatrizes mais largas porque os bordos da ferida têm tendência a afastar-se.
Quanto mais nítida a ferida, melhor cicatriza. Uma ferida surgida na sequência de uma queda deixa mais cicatrizes que o golpe de uma faca ou de uma intervenção cirúrgica.
Como atenuar uma cicatriz?
Uma vez a ferida cicatrizada, alguns gestos podem melhorar a aparência final:
Se persiste alguma vermelhidão, evitar a exposição ao sol. A cicatriz iria pigmentar-se ainda mais.
Se a cicatriz parece rígida, massajar para a tornar mais macia. Pode usar Vaselina esterilizada.
Se a cicatriz tem aspecto saliente, bombeado, aplicar placas de compressão em silicone, disponíveis nas farmácias, para achatar.
Podem-se fazer desaparecer as cicatrizes?
Várias técnicas foram desenvolvidas para tentar atenuar as cicatrizes
Entre elas, a injecção de colagénio para encher as cicatrizes escavadas, que podem aparecer a seguir a um acne.
Ou então o laser e o “peeling” (ou abrasão) que eliminam as camadas superficiais da pele.
Não se esperem, contudo, resultados miraculosos. E não se afaste o risco de poder a cicatriz tornar-se mais pronunciada do que anteriormente.
Muitas vezes o tempo, faz milagres e uma cicatriz feia de início pode tornar-se quase invisível alguns anos mais tarde!

NOVAS MEDIDAS DE COMBATE À COVID19


Ao final do dia 25 de novembro, após reunião do Conselho de Ministros, o Primeiro Ministro, António Costa, anunciou em conferência de imprensa, as medias de combate à Covid19 saídas daquela reunião.
Portugal é “graças ao elevado sentido cívico dos portugueses, o país da Europa com a maior taxa de vacinação “, o que “tem consequências benéficas” permitindo que “um menor número de internamentos, internamentos em unidades de cuidados intensivos e, sobretudo, menos óbitos”. Assim, a primeira medida anunciada foi o reforço da vacinação para pessoas que já se encontram elegíveis - com mais de 65 anos e que receberam a segunda dose há mais de cinco meses; pessoas com prescrição médica para vacinação e pessoas que estiveram infetadas e estão recuperadas há mais de 150 dias, bem como pessoas com mais de 50 anos vacinados com a Janssen.
Também, Perante a autorização da EMA em relação à vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos, António Costa afirmou que o Governo está preparado para vacinar as cerca de 637 mil crianças dessa faixa etária.
Apesar de tudo e como, “estamos a entrar numa fase de maior risco”, devido ao crescimento da pandemia no resto da Europa, à proximidade do Inverno e da época de convívios familiares e festivos é chegado o momento de adotar “novas medidas” que envolvam cidadãos, famílias, empresas e todas as entidades do setor público.
Novas Medidas

  • Recomendações gerais: Testagem regular - sempre que possível fazer autotestes, por exemplo antes ajuntamentos;
    Teletrabalho recomendável, “sempre que possível, para evitar o agravamento da evolução da pandemia”.
  • Utilização de máscara passa a ser obrigatória em espaços fechados e todos os recintos não excecionados pela DGS
  • Volta a ser obrigatório apresentar certificado digital para entrar em: Restaurantes; Estabelecimentos turísticos e alojamento local; Eventos com lugares marcados; Ginásios.
  • É obrigatório — mesmo para quem esteja vacinado — apresentar teste negativo para: Visitar lares; Visitar pacientes internados em estabelecimentos de saúde; Frequentar grandes eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos; Para entrada em discotecas e bares.
  • Testes negativos obrigatórios para todos os voos que cheguem a Portugal
    Semana de contenção de contactos (medidas destinadas especificamente para a semana de 2 a 9 de janeiro)
  • Teletrabalho vai ser obrigatório nesta semana, sempre que as funções o permitam;
  • O recomeço das aulas ocorre apenas a 10 de janeiro — para compensar o atraso da retoma do ano letivo, os alunos vão gozar de menos dois dias de férias no Carnaval e menos três na Páscoa;
  • As discotecas vão estar encerradas neste período.
  • As creches vão estar encerradas durante este período.
    Segundo o primeiro-ministro, estas medidas aplicam-se “a todos os graus de ensino” e “às atividades dos ATL [Atividades de Tempos Livres] e outras atividades congéneres”, mas não às universidades, já que “têm um calendário próprio”.
    Hoje, dia 1 de dezembro Portugal entra em situação de calamidade, e todas as medidas anunciadas entram também em vigor à excepção da «semana de contenção» de contactos

MUNICIPIO ASSINALOU O DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Dr.ª Maria José Coelho
A Dr.ª Maria José de Jesus da Silva Coelho é Vereadora na Câmara Municipal de Mangualde.
Fez três mandatos seguidos e inicia agora um quarto.
Tem uma longa carreira na Administração Local desde 1986. Com formação Superior em Comunicação Social e em Marketing tem uma Tese em Desburocratização dos Serviços Administrativos e foi Coordenadora Técnica nos Serviços Técnicos na Divisão de Obras Públicas.
Teve vários Pelouros importantes nos seus anteriores mandatos, como o Turismo, tendo neste seu quarto a Acção Social, Saúde, Urbanismo, Habitação, Emigração, Toponímia, Feiras e Mercados Quinzenais.
A Acção Social, que já dirigiu nos últimos anos, é hoje de uma grande importância e responsabilidade, pois a crise criada principalmente pela pandemia, fragilizou muitas famílias.
Para desenvolver a sua acção no campo social está, neste momento, a aguardar as transferências de competências.


“UMA ÁRVORE ERGUIDA POR CADA MULHER ABATIDA”
No âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, dia 25 de novembro, a Câmara Municipal de Mangualde, em parceria com a UMAR (União das Mulheres Alternativa e Resposta – núcleo de Viseu), promoveu uma iniciativa de homenagem às mulheres assassinadas por violência doméstica em 2021.
As mulheres assassinadas este ano em Portugal, 23, até 15 de novembro, é uma realidade que todos os dias deve ser lembrada, alertando e sensibilizando toda comunidade para o flagelo da violência doméstica e para a defesa dos Direitos Humanos das mulheres e raparigas como sendo universais e intransmissíveis.
Na sessão, que teve lugar no auditório da Câmara Municipal de Mangualde, estiveram presentes Maria José Coelho, vereadora da Câmara Municipal de Mangualde, Inês Coelho da UMAR de Viseu e Cecília Loureiro da UMAR de Aveiro.
Maria José Coelho, agradeceu a presença de todos e sentidamente referiu a necessidade de se assinalar este dia, particularmente, pela forma pouco sentida com que a sociedade ainda olha estas questões.
Inês Coelho, fez uma análise mais numérica, dando a conhecer números e dados estatísticos referentes a este ano que decorre, enquanto que Cecília Loureiro, falou um pouco da UMAR e das suas ações no que respeita à violência contra a Mulher.
No final, todos os presentes foram convidados a sair e, as 23 vitimas assassinadas, até 15 de novembro, foram homenageadas com os seus nomes em cada uma das árvores ali erguidas. A título de curiosidade, estas árvores ficarão em local próprio e irão ser plantadas a 8 de março 2022, quando se assinala o dia da Mulher.
Ao declarações ao nosso jornal, a Vereadora Maria José Coelho referiu que nesta realidade da Violência contra as mulheres “Mangualde acompanha aquela que é a tendência vivida a nível nacional, verificando-se a existência deste fenómeno, sendo que, a maioria das vítimas, que recorrem aos serviços, pertencem ao sexo feminino, situação que a estatística e os dados oficiais também confirmam.”, adiantando ainda que “A entidade que possui os dados oficiais é a Guarda Nacional Republicana, no entanto, segundo dados do Diagnóstico Social 2020, foram reportadas 29 situações de Violência Doméstica, sendo que, na sua grande maioria (93%) das ofendidas, pertencem ao sexo feminino.
De referir, ainda, que a problemática com maior expressão, ao nível de sinalizações na CPCJ é a violência doméstica, sendo as crianças e jovens, muitas vezes vítimas indiretas, com todos os impactos negativos, presentes e futuros, que a vivencia de tal situação acarreta.”
A Vereadora indica-nos ainda quais os meios/entidades disponiveis a prestar auxilio a estas mulheres. “A nível nacional a RNAVVD – Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, que é constituída por um conjunto de serviços e respostas vocacionados para o apoio às vítimas, e inclui:
A CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género
O Instituto da Segurança Social, I. P. (ISS, I. P.)
As casas de abrigo
As estruturas de atendimento
As respostas de acolhimento de emergência
As respostas específicas de organismos da Administração Pública e
O SIVVD – Serviços de Informação a Vítimas de Violência Doméstica
NUMEROS DE TELEFONE: 112 e  800202148
Os serviços prestados através da RNAVVD são gratuitos.
Localmente, as forças de segurança, nomeadamente GNR, a Autarquia e a CPCJ, de acordo com as suas diferentes áreas de intervenção são também entidades que prestam apoio e desenvolvem trabalho nesta área.” Apesar de todos estes meios e do muito que se tem feito para colmatar estas situações “O medo é ainda um fator de entrave à denuncia, aliado ao desconhecimento dos direitos e do tipo de apoios disponíveis, aos quais as vítimas poderão recorrer, em caso de necessidade.”, salienta Maria José que, deixando ainda uma mensagem para as mulheres e para a sociedade em geral “A violência doméstica é um crime público, cabendo, a todos nós enquanto membros desta sociedade quebrar o velho ditado “entre homem e mulher não se mete a colher”, no sentido de agirmos para não pactuar com as situações de violência, nomeadamente sobre as mulheres, denunciando as situações de que tenhamos conhecimento.
Este é um dever de todos e de cada um de nós, no combate a este flagelo, tão presente, mas ainda tão “escondido” e estigmatizado socialmente,  que tantas mulheres e famílias assola e que deixa marcas profundas.”
Ainda referente a esta temática, teve lugar, no passado dia 26, no auditório da Biblioteca Municipal de Mangualde a peça de teatro “Sem medo Maria”.

É NATAL EM MANGUALDE – 2021


PROGRAMA (Sujeito a alterações)
Todas as iniciativas irão realizar-se sob as medidas de controlo à pandemia (COVID19) em vigor.
Lotação limitada – Inscrição obrigatória – Uso de máscara obrigatório – Higienização das mãos à entrada.

29 de novembro a 13 de dezembro
Por um Sorriso: Campanha de Recolha de Brinquedos
Átrio da Câmara Municipal e Loja Social |9:00h. – 17:00h.
4 dezembro
Inauguração da iluminação e decoração de Natal 2021
13 a 31 de dezembro
Juntos de Férias: Projeto de promoção da Leitura |BMM – Parceria PNL/Ler+ e RNBP/DGLAB
Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves | 9:30h |17:30h.
17 a 31 de dezembro
Teatro Musical “O Colar Encantado” | CulturDão
Versão online exclusiva para os alunos do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de MGL
2, 7, 9 dezembro
Leituras de Natal: O Pássaro da Alma |Michal Snunit
Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves | 11:00h |15:00h.
14, 16, 20 e 23 dezembro
Leituras de Natal: O Melhor Presente do Mundo | Mark Sperring
Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves| 11:00h |15:00h.
12 dezembro
NOTAS de NATAL: CORO MOZART | Parceria com a Fundação INATEL
1ª parte: Pedro, Romana e Margarida
Auditório do Complexo Paroquial |15:00h.
16 dezembro
Audição de Natal do CEM Nancy
Auditório da Biblioteca Municipal |21:00h.

(Programação da 1ª quinzena de dezembro)

A AEM dá início ao curso EFA – Técnico/a Comercial de Nível Secundário


A Associação Empresarial de Mangualde ao longo de todo o seu percurso como entidade formadora certificada, tem abraçado vários projetos na área da educação e formação de adultos. A AEM tem assumido o compromisso de promover cursos e desenvolver ações de formação destinadas ao seu tecido empresarial e à população em geral, este compromisso tem sido amplamente alcançado.
Neste âmbito, a AEM deu início no passado dia 09 de novembro a um curso EFA de nível Secundário, que confere uma Dupla Certificação: Escolar – 12º ano de escolaridade e Profissional – Técnico/a Comercial, assumindo assim, mais um projeto em prol do desenvolvimento na educação e formação de adultos em situação de desemprego.
Os cursos EFA - Educação e Formação de Adultos têm assumido um destaque particular para esta associação, cujo objetivo é elevar os níveis de qualificação escolar e profissional da população da nossa região e potenciar condições de empregabilidade.
O curso EFA de Técnico/a Comercial, tem uma duração de 1870 horas com vertente de estágio, pelo que os formandos serão inseridos no tecido empresarial de Mangualde e zonas limítrofes. Os mesmos usufruem de vários apoios existentes, nomeadamente: Bolsa de Formação, Subsídio de Alimentação, Subsídio de Transporte e Subsídio de Acolhimento.
A formação decorrer em período laboral, das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.

SENSIBILIZAR…


Município de MANGUALDE ASSOCIOU-SE À CAMPANHA NACIONAL “ESTENDAL DE DIREITOS”
A CPCJ de Mangualde, em colaboração com o Município de Mangualde e com o Agrupamento de Escolas de Mangualde, associou-se à Campanha Nacional “Estendal dos Direitos”.  Uma iniciativa promovida pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, inserida na Comemoração do aniversário da adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) por parte das Nações Unidas, celebrada a 20 de novembro.
A Convenção sobre os Direitos da Criança é um documento que expressa um vasto conjunto de direitos fundamentais de todas as crianças, não só civis e políticos, mas também económicos, sociais e culturais. 
A iniciativa teve um balanço claramente positivo, onde os objetivos desta ação saíram reforçados.
MUNICÍPIO DE MANGUALDE SENSIBILIZA PARA O TRÁFICO DE SERES HUMANOS
O Município de Mangualde promoveu, no dia 24 de novembro, duas ações de sensibilização sobre o tráfico de seres humanos. A ação teve como objetivo dotar as pessoas de informação relativa ao modus operandi do Tráfico de Seres Humanos, sensibilizando-as para as diversas formas de exploração e de recrutamento, a fim de prevenir a sua vitimação.
SEMANA “NO CAMINHO DA INCLUSÃO”
O Município de Mangualde, em parceria com a Associação Pais-em-Rede, Núcleo de Mangualde e o CLDS, assinalará o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado a 3 de dezembro, com um conjunto de atividades que estão a decorrer durante toda a semana de 29 de novembro a 3 de dezembro, em vários espaços da cidade, apelando à participação da população.
A celebração desta data tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência. Também, promover uma mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar, para que se crie um mundo mais inclusivo e equitativo para as pessoas com deficiência, seja ela física ou mental.
3 de dezembro
14h00 | SEMINÁRIO “Trabalhar com a Diferença”, que se realizará no dia 3 de dezembro (Dia Internacional da Pessoa com Deficiência), na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves – Mangualde
19h00 | Teatro “O Enigma de Caetana” dinamizado pela AMARTE, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves - Mangualde