Arquivo diário: 2 de Dezembro de 2021

EDITORIAL Nº 811 – 1/12/2021

José Régio no seu”Cântico Negro” diz:
Sei que não vou por aí !
Não, não vou por aí!
Só vou por onde me levam meus próprios passos…
E nunca vou por aí !
Quando alguém se candidata a Presidente de uma Autarquia, por determinado partido e vencendo as eleições é eleito, nesse momento torna-se representante de todos os munícipes, quer tenham, ou não votado nele.
É assim que funciona a Democracia para bem de toda a Comunidade.
E, se o Presidente não despe as suas vestes partidárias e não tem como dever máximo o interesse do seu Concelho, como diz Régio, “ não deve ir por aí…”
Mangualde nos últimos tempos foi governado pelo Partido Socialista. Ao contrário Viseu pelo Partido Social Democrata.
E, dois Concelhos tão próximos, tão dependentes um do outro, quase nunca se entenderam.
Recordo com muita saudade o amigo Dr. António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, que alguns meses antes da sua morte prematura, por COVID, me dizia num almoço que tivemos :- “Vê, mudou o Presidente e já se fez o acordo”.
Referia-se ao importante contrato assinado a 2 de Julho de 2020 na Barragem de Fagilde entre os Presidentes da Câmaras de Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Satão que criou a Empresa Intermunicipal denominada “ Àguas da Região de Viseu”.
Acontecimento da mais alta importância para a Região, adiado vezes sem conta.
O Jornal Renascimento na altura deu alargada reportagem publicando a fotografia dos intervenientes, na Barragem de Fagilde, sobre este importante acontecimento para toda a Região de Viseu.
E, nessa reportagem feita na altura pelo Renascimento, Almeida Henriques, no seu discurso afirmou:- “ com certeza que se os intervenientes fossem outros não estaríamos aqui!”
Não se pode entender como se metem os interesses partidários e outros à frente dos verdadeiros interesses do nosso Concelho.
O Jornal Renascimento com os seus quase 95 anos é um Património de Mangualde. Um defensor da Liberdade e dos mais altos interesses do Concelho.
Por isso compete-lhe denunciar vivamente tudo o que é contrário ao progresso e desenvolvimento da nossa Terra e denunciará tudo o que não for condicente com estes princípios.
As Instituições têm de ser livres, funcionar segundo regras democráticas, para tudo e para todos, não por amizades ou partidarismos.
Infelizmente há coisas que não funcionam assim. Há uma mão escondida, que por vezes torce as coisas.
É preciso cortar essa mão!
“ Não, não podemos ir por aí…”

IMAGINANDO

Parte 102
ONDAS CEREBRAIS
Parte 4
Dando continuidade aos textos anteriores, podemos verificar à medida que a consciência se afasta do medo e das preocupações da Mente concreta, as Ondas cerebrais também se alteram, porque os vários caminhos neuronais estão sendo ativados, alterando o campo eletromagnético do cérebro. Começamos a sentir uma sensação de paz interior.
Obs: Os neurónios são células do nosso sistema nervoso cuja função é a condução dos impulsos nervosos.
Quando nossa consciência é perturbada pelo stress ou alguma preocupação, verificamos que nosso cérebro não está sendo coerente, razão porque as nossas criações também não estão em conformidade. Nossos cérebros não são capazes de pensar com clareza, por haver uma redução de cerca de 80%, que o impedem de pensar, devido à falta de oxigénio.
Mas quando nos libertamos desse stress e a ter pensamentos positivos na nossa consciência, começamos a tornar-nos coerentes. Neste estado, nossas mentes têm a capacidade de usar a sua criatividade no mundo físico.
Fazendo uma comparação, numa Coerência Cardíaca, regista-se uma redução de cortisol (substância produzida pelas glândulas suprarrenais) e expansão de amplitude de Ondas Alfa no cérebro, colocando também em coerência os outros sistemas orgânicos, como a digestão e circulação, estimulando ainda o Sistema imunitário.
Continua

“Se comer doce o bichinho da cárie pega, se não escovar ele come!”


O povo brasileiro tem uma leveza poética ao descrever um desaire, e algures um dentista abreviou a causa principal das cavidades dentárias. Torna-se cada vez mais persistente a existência de problemas dentários associados à tenra idade, sendo frequente surgirem crianças com 3\4 anos com dentes “estragados” que se caracteriza por alteração da cor dos dentes ou dentes partidos com cor escurecida. Antigamente considerava-se que a higiene oral era só pertinente na dentição permanente, visto que os dentes temporários- de leite- iriam ser substituídos pelos definitivos entre os 7 e os 12 anos. E mimar a criança com doces, ou alimentos açucarados era uma forma de cativar a sua atenção, descurando a importância de manter uma boa higiene oral. Ainda é frequente dar o biberão de leite ao deitar par facilitar o sono, o que promove o aparecimento de bactérias na cavidade oral e pode desenvolver cáries devido acumulo de alimentos açucarados nos dentes… Escusado será deduzir, que ao biberão de leite é quase sempre adicionado chocolate, mel para tornar mais apetecível ao petiz irritável que na sua fase birrenta acha que dormir é para tolos! Só quem não cuidou de garotos é que desconhece a sua teimosia noturna… E nós adultos cingidos pelas rotinas, acabamos por ceder!
Mas os dentes de leite cariados se não forem tratados, vão prejudicar os dentes definitivos por estarem em contato com a provável infeção no canal onde esteve o dente de leite. Mesmo que este caía, a infeção permanece no local existindo uma grande probabilidade de o dente definitivo “nascer” já com cárie!
Durante as consultas de Saúde Infantil, são introduzidos ensinos acerca da higiene oral desde os 6 meses. Quase sempre são valorizados estes ensinos com intuito de alivio da dor durante a erupção dos dentes, no entanto a escovagem após a presença dos mesmos é tão ou mais necessária para prevenção da dor provocada pelos problemas dentários, especialmente após ingestão de alimentos adocicados. As bactérias, beneficiam do açúcar para criar um ácido que destrói o esmalte do dente e só com a escovagem a sua atividade será reduzida.
Questione durante as consultas na sua USF\UCSP se já existe um dentista a pertencer à unidade, porque pode ter direito a usufruir dos serviços para o seu filho\a. Fazendo uma variante do “Vão-se os anéis, ficam os dedos”, o preferível é ficar com os dentes e livrar-se das cáries, evitando os custos avultados, especialmente nos tempos que vivemos!

PORMENORES E PARTICULARIDADES


CRAVELHOS , TRANCAS E TRAMELAS  
Graças à vida percorro ruas e ruelas da minha aldeia na sua santa solidão, à sombra de velhas arvores outonais e nem sequer reparo em particularidades e simples pormenores que nela existiram mas que fazem parte das minhas recordações e do nosso espólio rural. E hoje só num latejar desvairado e febril, só numa visível projeção dos meus sonhos os podemos imaginar como sombras crepusculares fazendo parte de uma memória coletiva das nossas aldeias. Os cravelhos, eram fechos em madeira, que antigamente eram muito comuns nas portas das palheiras e lojas do gado. Podiam localizar-se do lado esquerdo ou direito da porta, sensivelmente a meia altura, mas sempre no exterior. Muitas portas, além do cravelho, tinham no fundo um buraco para que os gatos pudessem entrar e sair livremente (as gateiras). As portas com cravelhos eram apenas fechadas no exterior. Portas e portões tinham rudimentares fechaduras, apenas fechavam o trinco, mas de um pequeno orifício pendia um fio ou um simples cordel que se puxava para abrir. As portas raramente eram fechadas à chave, eram tempos em que as pessoas se pautavam pelos valores da honestidade e da confiança, do espirito comunitário, da partilha e da amizade entre vizinhança. Mas numa verdadeira vida mais robusta ou singela para que resultasse um perfeito equilíbrio, trancavam-se as portas. A tranca era uma barra em madeira ou ferro que encaixava em covas escavadas nas ombreiras das portas. Colocava-se atravessada para a fechar quando esta era dividida ao meio. Ainda hoje se usa a expressão de quando as portas não tinham trancas e prevalecia o beneficio do alheio: “depois de casa roubada trancas à porta“. A tramela é uma tranca moldada em madeira , com um ferro ao centro pregada no batente da porta podendo ser girada . Existiam casa com portas em que a parte inferior era fechada , existindo na parte superior uma abertura para arejamento e entrada de luz para o interior da casa , eram as portas com postigo . E o povo sempre ufano quando o cravelho era ineficaz, não enjeitava o rifão: “cravelho que encravou, para abrir se arrombou “. Dir-se-ia que para os amigos do alheio não existiam entraves, houvesse cravelhos, trancas ou tramelas.

REFLEXÕES

PATRIMÓNIO CULTURAL

Recorrendo de novo a uma planta (Levantamento Aerofotogramétrico esc.1:2000 ) de toda a área das quintas da Raposeira e outras, continuarei a expôr aquilo que me parece importante para quem estiver interessado num conhecimento mais alargado e sério sobre a área da ocupação romana no sopé do Monte Senhora do Castelo. Resulta das pesquisas à superfície que enunciei no começo destes trabalhos. Mas mais fortemente quando, em cumprimento das directivas do IPPAR adoptadas na década de 90, segundo as quais, qualquer obra ou trabalho que implicasse remoção de terras em áreas do País onde se supunha haver vestígios arqueológicos ou, por um acaso fortuito, tivesse surgido um qualquer vestígio teria de, previamente, ser sujeito a pesquisas para evitar estragos ou mesmo o desaparecimento de possíveis ruinas importantes para a História do nosso País. E assim por conveniência da Autarquia e do IPPAR, acompanhei e pesquisei na abertura de valas em terrenos que iriam mais tarde ou mais cedo dar lugar à construção, já que a abertura da Avenida iria criar, futuramente, grande reboliço tanto a nível de urbanizações como da arquitectura. Foi na sequência desses trabalhos que se recolheu importante informação sobre muitos vestígios que infelizmente acabaram destruídos – uns por incapacidade de orientação das autoridades locais, outra pela inoperância dos serviços superiores… Enfim, má sorte se tem abatido na área histórica mais importante do concelho de Mangualde. Nesta planta está delineada a área que se presume ter tido ocupação de povos antigos estendendo-se da antiga estrada Mangualde / Fornos de Algodres até, sensivelmente, ao actual Pingo Doce. Com a numeração procurarei identificar os locais mais significativos.
LEGENDA:
1 - Monte Ermida Sra do Castelo (aonde, como já se disse anteriormente, se teria erguido um Castro ou uma citânia com posterior ocupação romana)
2- Avenida Sra do Castelo
3 e 6- Área em cuja superfície se encontravam fragmentos de cerâmica
4 - Via romana

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

O CASAMENTO E O DIVÓRCIO

Segundo os dados publicados pela Pordata, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, por cada 100 casamentos registados em Portugal no ano de 2020, verificaram-se 91 pedidos de divórcio. Este número traduz um aumento de 30% em relação ao ano anterior e coloca-nos no topo da média europeia. A explicação para o desenvolvimento da crise protagonizada pelos casais parece estar relacionada com o confinamento a que foram sujeitos. Estavam cansados da convivência permanente, durante 24 horas por dia, motivada pela dificuldade de sair e principalmente pela atividade profissional que passou a ser desenvolvida em teletrabalho.
Na verdade, quando os elementos de um casal já não se suportam um ao outro, a única solução consiste em pôr termo ao casamento. É preferível à prática de certos atos que se traduzem em violência.
Tempos houve em que o divórcio não era permitido. Era o que se verificava antes da implantação da República. Logo no Governo Provisório do Presidente Teófilo Braga, sendo Ministro da Justiça Afonso Costa, foi publicado o Decreto de 3 de Novembro de 1910, conhecido pela “Lei do Divórcio” que no seu artigo 1º determinava que o casamento se dissolve pela morte de um dos cônjuges e pelo divórcio. Entretanto, o regime sofreu uma modificação radical em 7 de Maio de 1940, pela celebração da Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português, a qual veio abolir o divórcio para os casamentos católicos celebrados depois do dia 1 de Agosto de 1940. Partiu-se da presunção de que os nubentes, ao optarem pelo casamento católico, renunciavam a requerer o divórcio. Porém, na sequência do Protocolo Adicional à Concordata, assinado em 15 de Fevereiro de 1975, pelo Decreto-Lei nº 261/75, de 27 de Maio, foi reposta a possibilidade de divórcio também para os casamentos católicos.
A reforma do Código Civil de 1966 veio conceder a igualdade de direitos e deveres dos cônjuges e admitir duas modalidades de divórcio : por mútuo consentimento e litigioso. Esta modalidade podia ter por fundamento causas subjetivas (violação grave ou reiterada de um ou de vários deveres conjugais) e causas objetivas (separação de facto).
A Lei nº 61/2008, de 31 de Outubro veio introduzir profundas alterações no sistema jurídico do divórcio, sendo de salientar as que se referem ao divórcio litigioso. Desde logo na própria designação. Passou a ser designado “divórcio sem o consentimento de um dos cônjuges”. A eliminação do vocábulo litigioso evidencia uma outra alteração, a eliminação da culpa quanto aos fundamentos.
Ao elenco das causas de rutura anteriormente previsto, foi acrescentada uma cláusula de caráter geral, em que é dada relevância a quaisquer outros factos que mostrem rutura definitiva do casamento, independentemente da culpa de qualquer dos cônjuges ou do decurso do tempo.
O divórcio por mútuo consentimento pode ser instaurado na conservatória do registo civil mediante requerimento assinado por ambos os cônjuges ou pelos seus procuradores, acompanhado de documentos que contêm diversos acordos.

Procuram-se professores (com resiliência!)

Há uns 5/6 anos a esta parte que grande parte das salas dos professores do norte e centro do país parecem asilos. “Esta sala de professores mais parece o Vale dos Caídos”, brincava a sério uma colega há dias! Só se vê colegas com mais de 50 anos. Esta é a realidade crua e dura das escolas do nosso país. A situação não era tão preocupante na zona de lisboa e sul do país pois sempre ia entrando “carne nova”.
Os vários estudos que vinham a ser apresentados pelas várias instituições previam que se nada fosse feito, várias dezenas de turmas iam ficar sem docentes em várias disciplinas.
Ora bem, o Ministério da Educação nada fez e andou sempre a assobiar para o lado como se nada se passasse. Preocupou-se com Ubuntus, DAC e DUA’s para sobrecarregar ainda mais aqueles que ainda vão tendo paciência para ser professores.
Pior, ainda contratou uns pareceres e uns estudos de uns doutores que nunca meteram os pés numa sala de aula pública para nos “enfeitiçar” com as maravilhas destas novas filosofias.
Ora bem, o abandono escolar não se faz só de alunos. Faz-se também de professores. São aos milhares os que se afastam daquela que dizem ser uma das mais nobres profissões do mundo: transformar quem não sabe em alguém que sabe.
Não me refiro apenas à quantidade de docentes que abandona a profissão por via das aposentações mas sim ao maior receio de qualquer profissional: a abdicação e a renúncia. Professores que, permanecendo no “quadro” ou não, já há muito deixaram de acreditar, perderam o amor à escola.
Uns dizem que os miúdos estão insuportáveis, outros dizem que é só por causa deles que ainda não se foram embora. Uns dizem que estão indiferentes e apáticos, outros que são irrequietos e insolentes. Mas estão de acordo com algumas coisas. Que não foi para isto que estudaram. Que não é nada disto que queriam. Que antes, ao menos, respeitava-se a “figura do professor” e que hoje nem se sabe bem o que isso é. Que há uma degradação contínua do sistema educativo. Que estão velhos.
Existem milhares de portugueses licenciados e profissionalizados para lecionar mas que jamais o farão com as condições infernais que o Ministério da Educação criou nas escolas portuguesas e nem me refiro apenas à questão salarial ou à (inexistente progressão nas carreiras para os contratados) mas sim ao absurdo da rotina profissional (turmas e horários sobrecarregados, testes, planos de aulas, planos de recuperação, aulas de apoio, reuniões sobre reuniões, resmas de atas, grelhas, relatórios, plataformas disto e daquilo) que os obrigam a trabalhar de dia e de noite, madrugada fora, relegando a família para segundo plano.
Um trabalho que está a ser cada vez mais trabalho inútil de papelada, muitas vezes sem qualquer consequência na aprendizagem dos alunos. Se pagar para trabalhar, só para não descer nas listas dos concursos, já é ridículo e absurdo, juntar-lhe o desgaste de trabalho inútil, é o toque final para o desastre total!

SANFONINAS

ELAS SÃO FELIZES!
Paisagem dum verde contínuo, sem vedações. Pasciam tranquilas e vim a saber que andavam por ali à solta. Sabiam onde era o curral e para lá iam quando o sol ameaçava pôr-se. Nem precisavam de chamamento ou sinal. De manhã, ao levantar-me, abri a janela e uma das vaquinhas estava mesmo ali, indiferente ao movimento dos humanos a acordar no pequeno hotel. Foi em Galway, na Irlanda, 11 de Setembro de 1994.
Em Maio de 1990, pernoitara eu em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira. Saíamos de manhã para a Praia da Vitória, pela estrada supostamente uma via rápida. Avisaram-me de duas coisas: 1ª) pode em Angra estar tempo de Verão e na Praia ser Inverno; 2ª) é via rápida, sim, mas vaca tem prioridade e deves parar para a deixar passar.
Claro, veio-me à cabeça A Visita da Cornélia, o programa televisivo de 1977 para sempre ligado aos inesquecíveis Raul Solnado e José Manuel Fialho Gouveia. E também – essa, uma imagem mais antiga – a do queijinho da «vaca que ri».
Aconteceu, pois, que, ao barrar de manteiga a torrada quentinha, me chamou a atenção a frase gravada na embalagem:
«Feita com natas de leite de vacas felizes e sal… nada mais!».
Congratulei-me com o seu criador. Pela originalidade e pelo significado profundo. «Felizes»! E outra frase havia: «365 dias de pastagem».
Por isso me surgiram as memórias de Galway e dos Açores e, concomitantemente, a indesmentível boa disposição da Cornélia e o focinho simpático da «Vaca que ri».
Deixo ligado o rádio o dia inteiro para que o meu gato Clyde se não sinta sozinho. Há produtores que põem música ambiente nos estábulos. Maluqueira! – dir-se-á. Acho que não. Se nós só gostamos de muros para termos o prazer de os saltar… porque se há-de privar os animais dessas regalias!
Raro será o humano que lide com animais no seu quotidiano que não entenda o significado da felicidade, do «sorriso», do ronronar sereno, do alegre dar ao rabo de um animal. Facultando-lhes nós essa possibilidade acabamos por nós próprios dela sermos os primeiros beneficiários. Não há quem não compreenda a imagem da senhora ou do senhor que, na fuga precipitada da aterradora lava do Cumbre Vieja, em La Palma, leva ao colo o cão ou o gato como tesouro prioritário a salvar. A felicidade de uns, penhor da felicidade do outro. Ainda que pertencendo a reinos diferentes. O reino, aqui, não interessa! A Felicidade derruba fronteiras!