Arquivo diário: 3 de Janeiro de 2022

EDITORIAL Nº 813 – 1/1/2022

Feliz 2022
O Mundo comemora o nascimento do Novo Ano.
Comem-se as passas, erguem-se e cruzam-se as taças de champanhe. O fogo de artifício sobe e ilumina com estrondo os céus.
Cruzam-se olhares, dão-se abraços e beijos calorosos. Desejos de Paz e de Amor.
Um novo ano é um sinal de esperança, de luta e de inspiração para atingirmos os nossos sonhos.
É como um livro em branco onde todos os dias temos a oportunidade de escrever uma nova página memorável da nossa vida.
É a oportunidade de um recomeço para renovar valores e oportunidades. E para sonhar! São sempre melhores os sonhos do futuro do que as histórias do passado.
Os sonhos nunca envelhecem e é sempre tempo de sonhar um novo sonho.
A nossa vida não muda com o virar do ano!
Somos nós que temos de decidir o que queremos, definir metas, contornar obstáculos e procurar viver cada momento com felicidade.
O começar é o mais difícil do trabalho! Mas, tem de ser! É como atravessar uma ponte. De um lado fica tudo para trás, do outro abre-se um novo caminho, desconhecido, é certo, mas que é uma nova esperança, uma brisa nova que trás a essência da vida.
O tempo é a nossa vida e a vida é todos os dias. Estamos vivos e isso dá-nos a oportunidade de mudar tudo o que foi mau. E lembramo-nos de como é bom viver.
E houve muita coisa má. Estes dois últimos anos foram atípicos vividos numa crise sanitária sem precedentes que destapou as fragilidades sociais, económicas e ambientais em que vivemos.
Mas, a chegada de um novo ano trás sempre uma grande diversidade de sentimentos. Tentemos ser mais humanos, mais dignos, mais honestos, mais verdadeiros no amor e na vida.
O futuro não se prevê, cria-se.
Sonhe para ser feliz!
Feliz Ano de 2022.

IMAGINANDO

Parte 104
Chegou a Hora do ser Humano sentir o Grande Poder
Séculos volvidos, chegou a hora do ser humano sentir o grande poder que existe em si e criar a felicidade através de sua realidade.
Muitos ciclos levaram para que o conhecimento chegasse ao homem, apesar de grandes mestres, através de suas palestras e pela palavra terem desvendado essa mesma mensagem, mas que infelizmente para alguns ainda se torna segredo.
Nunca foi entendida pela maioria, embora uma minoria com esse conhecimento não deixasse que a maioria soubesse, para que continuasse a escravizar.
Cada um pode alcançar a sua felicidade através da realidade que cria para si e isto está ao alcance de todos. Apenas terá que aprender o caminho, escutando sua voz interior.
Não tenha medo.
Avance para o desconhecido.
Saia da Zona de Conforto.
Medo é uma ilusão criada pela mente concreta e um alimento para o seu ego.
Mesmo quando cai, saiba levantar-se.
Você está aqui para aprender e o erro faz parte do nosso caminho evolutivo.
O Universo também aprende consigo.
Aprenda como compreender e usar a lei da atração.
Todos sem exceção temos esse poder e é essa parte, que pretendemos ajudar a quem esteja disponível para tal.
Tenha em consideração, que você não é deste planeta.
Apenas está aqui a aprender para depois regressar à sua verdadeira Morada.
Este planeta é um local de experiências.
Muitos irmãos de outras orbes estão fazendo o mesmo que você, aqui.
Aprender.
Tenha sempre presente esta frase:
Somos Seres Multidimensionais experienciando uma vida human.
 
Termino, desejando a todos os Leitores um Santo e Feliz Natal.
O Ano de 2022, com a ajuda de todos nós a mobilizar positivamente o Consciente Coletivo, vai ser de muita paz e mudança para melhor.

MALALA YOUSAFZAI


Para a maior parte das pessoas este é um nome sobejamente conhecido. Nós próprios o referimos em dois artigos publicados neste Jornal, em Novembro de 2013 e Novembro de 2014, com o título, respetivamente, de “igualdade entre os sexos” e “o prémio Nobel da paz”.
Malala nasceu no Paquistão em 12 de Julho de 1997. Tornou-se conhecida por, desde muito nova, ter procurado defender os direitos das mulheres no que toca ao acesso à educação, na sua região natal do Vale do Swat, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impediam as jovens de frequentar a escola. O seu ativismo tornou-se um movimento internacional.
No início de 2009, quando tinha 11-12 anos de idade, escreveu um blog para a BBC, sob pseudónimo, no qual descrevia o quotidiano durante a ocupação talibã.
No dia 9 de Outubro de 2012, um talibã, armado de uma pistola, dirigiu-se a um grupo de meninas que estavam num autocarro depois de terminado o dia letivo, perguntou quem era a Malala, acrescentando que, se não fosse imediatamente identificada, as mataria a todas. Seguidamente apontou a arma à cabeça de Malala e disparou três tiros atingindo-a na parte esquerda da cabeça. Caiu inanimada e assim permaneceu durante alguns dias, já no Hospital, para onde havia sido conduzida.
Quando o seu estado o permitiu, foi transferida para o Hospital de Birmingham, na Inglaterra, onde foi devidamente tratada, mas os talibãs reiteraram a intenção de a matar.
Ainda antes da atribuição do prémio Nobel da paz, em 2013, uma revista alemã classificou-a como “a mais famosa adolescente de todo o mundo”. Em 29 de Abril do mesmo ano foi capa da Revista “Time” e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em 12 de Julho discursou na sede da ONU, pedindo o acesso universal à educação. Em 3 de Setembro inaugurou em Birmingham (Inglaterra) a maior biblioteca pública da Europa. Ainda nesse mesmo ano foi homenageada com o prémio “Sakharov”.
A cantora americana Madonna dedicou sua música “Human Nature” a Malala, numa apresentação em Los Angeles, no dia do ataque, e fez uma tatuagem nas costas evocativa de Malala.
Em 2016 foi laureada com o título de doutora honoris causa pela Universidade de Pádua (Itália) e no ano seguinte recebeu a cidadania do Canadá e o título de doutora honoris causa da Universidade de Ottawa.
Mais de dois milhões de pessoas assinaram uma petição da campanha de direito à educação, que conduziu à primeira lei de acesso à educação no Paquistão.
Em 2020, com 22 anos, terminou a sua graduação e conquistou o diploma universitário em filosofia, política e economia, pela Universidade de Oxford.
A 9 de Novembro de 2021, casou com Asser Malick, natural do Punjab, uma zona da Índia próxima do Paquistão. É um desportista de críquete, uma modalidade com bastante expressão na Índia e no Paquistão, sendo atualmente diretor geral do conselho de críquete. O casamento teve lugar em Birmingham, sendo a cerimónia reservada apenas aos familiares.
E por aqui ficamos devido ao limite de espaço.

Ano novo, novos deputados!

Um governo que surgiu após uma derrota para salvar a carreira política de António Costa foi descrito com muita assertividade por Luís Marques Mendes: este governo não serve para fazer reformas. Serve para gerir, para negociar, serve para dar aqui e ali, de forma a aguentar-se no poder e distribuir o que resta. O PS é tudo isto que também João Marques de Almeida retrata muito bem: “O PS não mudou. É o mesmo partido do tempo de Sócrates, sem o antigo líder. O antigo número um foi-se embora, e subiu o antigo número dois, António Costa. No resto, são os mesmos que continuam no poder: muitos ministros foram os mesmos, muitos deputados são os mesmos, e os mesmos dirigentes.”
O mínimo que o PS podia fazer nestas eleições era apresentar novas caras nas listas de candidatos a deputados, no entanto, o PS tem 45% do atual Governo nas listas de candidatos a deputados. Ana Catarina Mendes, presidente do grupo parlamentar socialista, tem o descaramento de justificar a inclusão de quase metade do Executivo nas listas do PS às legislativas pelo “bom trabalho” e “bons resultados”. Não sei em que país é que ela vive mas não deve ser em Portugal, senão vejamos: as escolas não têm professores, os hospitais não têm médicos nem enfermeiros, os tribunais estão entupidos com processos a arrastarem-se anos sem fim, a economia vive dependente dos subsídios e o estado afoga-nos com impostos, taxas e burocracias!

Já no PSD, Rui Rio fez uma autêntica limpeza aos seus cabeças de lista pelos 22 círculos eleitorais às legislativas, dos quais 11 são novos em relação a 2019, o que representa uma renovação de 50%. Por aqui nada de novo, foi apenas Rui Rio a ser ele mesmo. Os “notáveis” que não o apoiaram foram retirados das listas o que no meu entender foi muito arriscado mas não foi inédito. Pedro Santana Lopes lembrou e bem que “Cavaco Silva nas listas de Deputados, depois de ter ganho, “só” com 51%, o Congresso da Figueira, em Maio de 1985, tirou das listas vários que se lhe tinham oposto. Mostrou quem mandava. Mês e meio depois ganhou as eleições e ficou lá dez anos. Excesso de conciliação, principalmente depois de uma clarificação, seria sinal de fraqueza.”
Que fique bem claro que sou frontalmente contra a existência de uma espécie de “senadores” no parlamento. Se limitaram os mandatos dos presidentes de Câmara e das Juntas de Freguesia a 3 mandatos consecutivos, também o deveriam ter feito relativamente a quem legisla, mas faltou coragem.
Em 2022, haja coragem para mudar.

Feliz ano novo e muita saúde!
E já agora, façam o favor de ser felizes.

Autoconhecimento: um caminho de reflexão


Há sempre uma altura do ano que somos impelidos a refletir sobre a nossa vida. Quase sempre a transição do ano confere esse comportamento analítico, revivendo histórias e memórias que foram presentes na nossa vida. Por vezes estamos assoberbados com as tarefas diárias para conceder tempo para pensar sobre nós próprios, e colocamos em terceiros responsabilidades como se a culpa seja direcionada para outros.
Mas afinal anular o que sente e pensa fornece mais segurança? Desconhecer o que pode mudar na sua vida irá proporcionar mais tranquilidade? Será que a apatia do viver é melhor do que o despertar para a realidade de ser uma pessoa única? Porque se não o fizer o mais certo é a angústia, o tédio serem os seus companheiros nos diálogos insípidos, sendo alheio a aproximação da frustração e do envelhecimento precoce!
Sair do piloto automático não é tão óbvio, e estímulos externos, tais como desemprego, doença prolongada, rutura de uma relação, morte de um ente próximo, são os principais desencantadores de refletirmos sobre a nossa vida. Sair do papel secundário para o papel de protagonista da sua própria vida dá um poder de autonomia dignos de um artista que cria uma obra prima: o enredo da sua vida.
Claro que existe uma parte acomodada de si próprio que vai lutar com unhas e dentes para se manter agrilhoado ao pré-estabelecido, ao que já existe, ao que é suposto ser seguro. Pode até reconhecer alguém que é essa voz que impede de refletir por si próprio, mas considere que a sua vida é efémera para ser desperdiçada em longos suspiros sonhando no que é impossível. Questione-se: Qual a melhor coisa que tem em si? O torna de si uma pessoa única? O que lhe traz paz? O que lhe faz sorrir? Sente que é estimado por quem o rodeia? Gosta da versão presente de si?
Pode sentir que as respostas obtidas são insatisfatórias, mas recorde que o poder de as alterar está nas suas mãos. Retire o negativismo no seu discurso, porque já existe alguém que vibra em deitar no chão a sua autoestima, mas só faz efeito se aceitar sem se perdoar. Ninguém é perfeito, e apontar o dedo ao outro é sinal que essa pessoa ainda tem um caminho de perdão para percorrer! Saber escutar a si próprio é sinal de crescimento e oportunidade de criar mudanças e aumentar a confiança! Quer seja uma decisão de novo ano ou não, aproveite a vida e conheça a si próprio para ter mais vivacidade em si!

REFLEXÕES

Patrimonio Cultural
Ruinas romanas da Raposeira
A minha análise do problema das ruinas da Raposeira, poderia continuar por tempos, já que muito ficou por dizer. Poderei eventualmente numa segunda leitura a cada um dos textos acrescentar pormenores ou factos que poderiam, em todo o processo do estudo da área histórica, dar ainda mais razão aos juízos que fiz sobre inúmeras falhas que detectei quando se realizaram os trabalhos de restauro. E teria também de interrogar alguns intervenientes por que motivo se “desprezaram” verdades comprovadas dando lugar à mentira ou erros históricos jamais recuperáveis. Não podem ser estas as atitudes de qualquer historiador ou investigador…não se podem, nem devem, apagar certezas colocando a pura imaginação especulativa num texto ou num restauro. Por isso digo que diversas soluções encontradas para as Ruinas da Raposeira foram um crime de lesa Cultura e Património. Mas o que está feito, para ser corrigido era indispensável mais dinheiro e pessoas isentas e profundamente empenhadas. Assim vamos esquecer que o concelho de Mangualde acabou por ficar castrado neste seu enorme e único Bem histórico. Temos dentro dos limites do concelho zonas e sítios de grande importância, pouco ou nada conhecidas e serão apagadas com o decorrer dos anos. Visíveis e visitáveis temos duas Antas, alguns troços e vias romanas, em algumas aldeias vestígios de Villae ou vicus, mas estas lá ficarão até que venha uma retroescavadora fazer o seu trabalho de destruição em nome de uma qualquer ignorância progressista. Em alguns desaterros já eu vi em tempos - as pedras talhadas, cerâmica de construção e “opus signinum” desapareceram à frente da pá. Cada quinta ou quintarola que se torne apetecível para implantação duma bela moradia, ou dum bairro sem critérios estéticos, é uma provável fonte de desprezo histórico e levará uma enorme pincelada de tinta negra apagando-lhe o Futuro. Recordo também que numa quinta nos arrabaldes teria havido um local de culto muito antigo- um penedo com diversos sulcos sugerindo um sol associado a umas quadrículas e uns sulcos verticais na lateral. Como entendemos ser um testemunho que não me cabia avaliar ou estudar por estar fora dos meus horizontes históricos, comunicou-se ao Serviço Regional de Arqueologia da zona Centro, em Coimbra, tendo –se deslocado a Técnica Superior - Dra Ana Leite – que estudou o monumento localizando-o na Idade do Ferro – penso que o Relatório foi enviado à Câmara Municipal, mas disso mais nada sei. Nem tão pouco que medidas de protecção terão sido tomadas…Provavelmente nenhumas. É um desígnio estranho o deste território….

SANFONINAS

O Homem, espécie vulnerável
Muitos de nós terão apreciado já o vídeo em que o dinossauro Frankie The Dino decide entrar na sede da ONU, onde, a 31 de Outubro, ia começar a Cimeira do Clima (a 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas).
Enorme, Frankie vai até ao púlpito e, perante o assombro amedrontado dos participantes, faz o discurso. Conta como é que a sua espécie se extinguiu e avisa que, a continuarmos assim, também a espécie humana depressa se extinguirá. «Não escolham a extinção!», suplica no final, «já basta o que nos aconteceu!».
Afina pelo mesmo diapasão o habitual postal de Boas Festas, enviado aos seus amigos pelo Doutor Jorge Paiva, do Instituto Botânico da Universidade de Coimbra, acérrimo paladino da biodiversidade.
E se a primeira imagem do postal mostra as encantadoras flores do pau-brasil, a segunda é a fotografia dele próprio, Jorge Paiva, não por ele mas como um dos muitos milhões de seres humanos, também eles, como o pau-brasil, em risco verdadeiro de extinção, caso se continuem a desrespeitar as leis da Natureza.
Não há – sabemo-lo bem – dia nenhum em que não sejamos acordados com a notícia de inundações, os glaciares da Antártida a desfazerem-se, um tufão, um terramoto, um ciclone, um espojinho… Espojinho era o nome que se dava, no campo, a um remoinho, que nos levava o chapéu pelos ares, nos arrebatava num ápice as folhas da mão. Era! Agora, os espojinhos são tornados que, de um momento para o outro, vindos do nada, tudo viram do avesso!…
Há que agir.
Já.
«Se nada for feito», conclui Jorge Paiva no seu bilhete postal, «a desertificação aumentará drasticamente; os ciclones aumentarão em número e violência e os incêndios florestais serão mais devastadores. Chegará o momento em que não haverá para onde migrar, pois vivemos numa enorme gaiola e não há planeta próximo com condições para a vida humana. Actualmente, somos já uma espécie vulnerável».