Arquivo diário: 14 de Outubro de 2022

SANFONINAS

No meio da multidão
Sistemas de vigilância permitem identificar com inimaginável grau de nitidez um indivíduo a quilómetros de distância no meio duma multidão.
Nunca o suspeitou George Orwell. O seu ‘Grande Irmão’ tal capacidade não tinha; por isso, pôs Winston e Júlia, os protagonistas do romance 1984, a encontrarem-se no meio de um comício. Assim passariam inteiramente despercebidos.
Dessa mesma ilusão se fez eco uma das perguntas da série anedótica «Elefante», popular há umas décadas: «Como é que um elefante passa despercebido no Rossio?». «Em manada» – era a resposta.
Numa das saborosas crónicas do jornal Reconquista, de Castelo Branco, com que regularmente nos brinda, conta João Lourenço Roque como é deleitoso passatempo do «Portador de BI definitivo» ter «lugar cativo em bancos de jardim, mirando guloso e embasbacado as “gajas boas” que passam» (Digressões Interiores, Coimbra, 2011, p. 120).
Do ancião e não só!
E se substituirmos ‘banco de jardim’ por ‘banco de corredor de uma grande superfície’, mais nos aproximaremos desse passar despercebido no meio da multidão, habitualmente apressada e entretida com o telemóvel.
Para ele, porém, o tal ‘portador de BI definitivo’, ver gente rejuvenesce-o e, se ainda gozar de boa vista e tiver aguçado espírito de observação, deliciar-se-á com a extravagância dos penteados, o exotismo das tatuagens (as visíveis e as invisíveis imaginadas…), aquelas calças esfarrapadas, o difícil equilíbrio da senhora em milimétricos saltos altos… E mesmo que a cena se repita à exaustão, imaginará o mundo bem diversificado das mensagens de telemóvel que os transeuntes recebem ou velozmente digitam mesmo em andamento.
Não o deixarão indiferente os contrastes: o senhor de ar preocupado, taciturno, a correr; a senhora a dar ordens à secretária ou à empregada doméstica, enquanto ajeita o cabelo; o ancião, como ele, apoiado em improvisada bengala de cana-da-índia; o casal a empurrar, vaidoso, o carrinho de gémeos…
Ousará, por vezes, querer penetrar no âmago dos pensamentos Põe-se a adivinhá-los pelos rostos. E sentirá pena por, de dia para dia, o sorriso andar cada vez mais arredio, por mais tardes que ali passe a olhar. E seria tão benéfico esse suave movimentar dos músculos em todas as faces!…

Paradoxo do queijo


Desde a idade da pedra que o homem tem utilizado as rochas para o seu desenvolvimento.
Mesmo com o avanço da tecnologia, as rochas continuam a ter uma enorme importância em alguns sectores de actividade, principalmente na construção, requerendo cada vez mais um melhor processo de lavra nas pedreiras.
Mas o que é uma pedreira? Uma pedreira é uma mina a céu aberto de onde são extraídas rochas e minerais, com destino à produção de materiais de construção ou pedras decorativas. Na sua extração, os trabalhadores utilizam equipamentos para efetuar furos, cortes e explosões, com a finalidade de soltar grandes blocos de pedra dos maciços rochosos de granito, basalto ou calcário, que são posteriormente serrados em blocos menores e comercializados.
A pedra é um material de construção básico, utilizado em grandes construções, monumentos e esculturas, mas também em pontes, túneis e barragens. É usado ainda para construir estradas e fabricar cimento. Devido à sua ampla utilização, há pedreiras em quase todos os países do mundo. No entanto, para explorar uma pedreira é necessário licenciamento e fiscalização, pois trata-se de uma atividade que promove grandes mudanças ambientais e interfere com o património.
A utilização intensa de explosivos resulta em custos muito menores do que o desmonte mecânico da pedra, mas tem associado problemas de ordem ambiental, tais como o ruido e as vibrações transmitidas à vizinhança, para além das poeiras libertadas no ar. Uma pedreira necessita ainda de grandes áreas para exploração, extração, zonas de defesa, depósitos de minerais e terras removidas. Têm portanto também um enorme impacto visual e de erosão causado no solo.
Por todos estes impactos, a licença de exploração de uma pedreira, dependendo da sua classificação, é da responsabilidade da Câmara Municipal ou da Direção Regional de Economia. No caso de uma pedreira localizada em zonas cativas ou de reserva, é necessário também um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística.
Sendo um recurso limitado, uma pedreira abandonada pode tornar-se um problema económico e social. No entanto, estes impactos podem ser revertidos e existem vários exemplos no mundo de reaproveitamento de pedreiras desativadas e que permitem continuar a gerar receita. Transformadas em lagoas ou aterros sanitários, mas também em locais de lazer com utilidade comercial ou turistica, como salas de espectáculos ao ar livre (Curitiba - Brasil), estádios de futebol (Braga - Portugal), hoteis de luxo (Xangai – China) ecoparques e zonas para a prática de desportos.
Portugal é apelativo em quase tudo e nem as pedreiras escapam. Com um potencial mineiro considerável, para além das importantes jazidas de Cobre e Zinco (Corvo e Aljustrel), Tungsténio (Panasqueira), tem multiplas ocorrências de feldspato, quartzo, caulino, sal, rochas ornamentais, agregados e águas minerais e de nascente. Dispõe ainda de outros recursos minerais relevantes que interessa prospetar no seu espaço marítimo, um dos maiores do mundo (corresponde a cerca de 18 vezes a sua área terrestre).
Por tudo isto, é importante estarmos atentos e que a ambição de desenvolvimento da economia nacional por via da exploração mineira, não tenho como resultado o paradoxo do queijo.
“Paradoxo do queijo: Um queijo suíço tem buracos. Quanto mais queijo, mais buracos. Quantos mais buracos, menos queijo. Quanto mais queijo, menos queijo.”

CONSULTÓRIO

OUVIR MÚSICA É BOM PARA A MENTE E PARA O CORAÇÃO!
Escutar música é bom para o espírito, para a saúde do coração e não só!
A música acalma igualmente a dor a ansiedade.
Então não vale a pena hesitar! Escutem quotidianamente as vossas músicas preferidas.
Música e saúde
Investigadores americanos analisaram uma série de estudos que respeitavam o efeito da música sobre a saúde realizados, a maior parte das vezes, junto de pessoas com problemas cardíacos. Constataram assim que o facto de escutar música diminui a hipertensão e a frequência dos batimentos cardíacos.
A música diminui a tensão arterial
Em relação aos doentes cardíacos que não escutavam música, os que se deixaram seduzir por uma música agradável durante 30 minutos por dia, viram a sua tensão arterial diminuir, assim como a sua frequência cardíaca e a angústia.
Como explicar esse fenómeno? A música melhora a circulação sanguínea. Mais precisamente, a música estimula a secreção de endorfina, uma hormona que actua sobre os vasos sanguíneos e provoca a sua dilatação. Em contrapartida, um trecho musical considerado desagradável ou stressante terá um efeito inverso com uma constrição dos vasos sanguíneos, desfavorável ao coração. Daí ser necessário escolher músicas agradáveis, alegres ou relaxantes.
A música atenua a dor
Após uma cirurgia cardíaca, as pessoas que escutam música começaram a referir uma atenuação das dores, em relação aos doentes que eram mantidos em silêncio.
A música diminui a ansiedade
Em pessoas que tiveram uma crise cardíaca, escutar uma música suave durante uma vintena de minutos, contribui para diminuir a ansiedade.
E que música escutar?
Vai depender do que pretendemos obter com música! Se queremos ânimo, devemos ouvir uma música bem ritmada, alegre, descontraída… Mas se o que se pretende é mais a tranquilidade, o relaxamento, devemos procurar ritmos mais lentos, mais tranquilos…
Pessoalmente aconselho a Música Clássica! Na música clássica encontramos todos os tipos de ritmos, de instrumentações que poderemos, facilmente, selecionar de acordo com o nosso estado de ânimo. Não consigo trabalhar sem escutar Mozart, Chopin, Beethoven e tantos outros génios da música!
Em conclusão, a música é benéfica para a mente, para a saúde em geral e, particularmente, para o bom funcionamento do coração.
Escutar música, diariamente é, portanto, uma boa atitude a tomar, mas é preciso escolhê-la bem. Deve ser agradável e relaxante.

MANGUALDE – UMA TERRA COM FUTURO

Feira dos Santos - Tradição na modernidade, sempre
Aproximamo-nos do primeiro fim-de-semana completo de Novembro, e com ele da maior festividade do concelho de Mangualde: A Feira dos Santos.
A Feira dos Santos é o maior evento que anualmente se realiza em Mangualde, pelo significado que tem em termos económicos, sociais e culturais. Para além de sentido comercial, inicialmente para transação dos variados produtos agrícolas, foi evoluindo com os tempos para uma feira em que era possível encontrar todo o tipo de produtos. Até meados do século XX era, para muitos, a melhor oportunidade de negócio e ponto de encontro obrigatório que marcava a vida social do ano na Beira Alta.
A evolução económica e social que a democracia e a integração europeia trouxeram a Portugal, a proliferação de novas formas de comércio, os novos hábitos de consumo, os novos meios de transporte e comunicação, a evolução urbana de Mangualde foram moldando a forma como Feira dos Santos foi evoluindo. Houve momentos de maior glória e outros de alguma decadência, mas a tudo a Feira dos Santos soube sobreviver, adaptando-se e inovando. Sendo algo de identitário para todos os mangualdenses, foi em bom tempo que em 2010 retornou às ruas do centro de Mangualde, onde a sua verdadeira alma e coração sempre estiveram. Foi então possível abri-la ao novo ritmo dos tempos, torná-la mais atrativa para os que nos visitam, dar mais conforto e segurança aos feirantes, trazer novos negócios e novos produtos, voltar a ter exposições de máquinas agrícolas e de animais, mostrá-la ao mundo por via das transmissões televisivas. Hoje, a Feira dos Santos é uma das mais importantes montras dos nossos produtos endógenos, daquilo que mais e melhor nos define como produtores de excelência. Adaptando-se aos tempos, a Feira dos Santos de hoje conjuga provas dos nossos excelentes vinhos do Dão e queijos da Serra com demonstrações gastronómicas protagonizadas por chefs de renome, sem deixar de manter bem vivo o culto da tradição das febras que tanta fama lhe granjeou. A participação de artesãos confere-lhe um brilho de qualidade e a animação de rua veste de alegria as ruas da cidade, trazendo para a calçada a agitação de que todos nos sentimos inundados.
A Feira dos Santos é, por tudo isto, o melhor e mais emblemático cartaz turístico do concelho de Mangualde.
Dois anos depois e agora que a pandemia nos deu tréguas, aqui está de novo a nossa Feira dos Santos sempre diferente, sempre apetecível na sua autenticidade. Para que este sucesso, com 300 anos, se mantenha com vigor e atratividade temos que continuar a inovar e a surpreender, alimentando assim a eterna expetativa das futuras gerações

AGRICULTURA/TURISMO INVESTIMENTO QUE ULTRAPASSA OS 250 MIL EUROS ESTÁ A SER IMPLEMENTADO EM MANGUALDE


Em visita às vindimas do concelho, o Executivo Municipal ficou a conhecer o novo projeto da Quinta dos Monteirinhos.
O Município de Mangualde vai acolher um novo projeto que irá dinamizar o turismo no concelho. O Presidente da Câmara Municipal, Marco Almeida, o Vereador Rui Costa e o Presidente da Junta de Freguesia de Moimenta de Maceira Dão e Lobelhe do Mato, Jorge Marques, visitaram a Quinta dos Monteirinhos, localizada em Moimenta de Maceira Dão, e aproveitaram para ficar a conhecer o mais recente projeto da Quinta.
A visita decorreu no contexto das vindimas da Quinta do Monteirinhos e permitiu também ao Executivo ficar a conhecer o projeto de diversificação da agricultura, que consiste na implementação de um restaurante/sala de eventos e uma garrafeira/sala de provas, num investimento que ultrapassa os 250.000€.
Para o Presidente da Câmara, Marco Almeida, «este é mais um grande investimento da família Monteirinhos no nosso concelho. A Quinta dos Monteirinhos é uma grande referência no setor vitícola, que nos posiciona também enquanto território». O autarca mangualdense salienta ainda que o setor do turismo está a passar bons momentos e que o concelho de Mangualde a médio prazo irá ter mais investimentos de grande qualidade.
Este investimento no setor do turismo irá valorizar o concelho de Mangualde e a região Centro, nos setores da restauração e alojamento, e estimular ainda mais o enoturismo.
Para Miguel Ginestal, representante da família proprietária da Quinta dos Monteirinhos «esta é a primeira fase de um investimento que vai valorizar a nossa quinta e a nossa marca. Numa segunda fase, vamos apostar num enoHotel, uma unidade de alojamento que irá ter como principal motivação e como o próprio nome indica, o vinho, neste caso o vinho do Dão, Quinta dos Monteirinhos».

Eleições para a Estrutura Concelhia das Mulheres Socialistas-Igualdade e Direitos da Secção de Mangualde


Decorreram no passado sábado, dia 8 de outubro, as eleições para a estrutura concelhia das Mulheres Socialistas - Igualdade e Direitos da secção de Mangualde. A lista candidata à comissão política, encabeçada por Rosalina Alegre, registou 87,5% dos votos das mulheres que participaram naquele ato eleitoral.
Esta estrutura integra a secção concelhia do Partido Socialista e tem como grande objetivo capacitar e dotar de ferramentas as militantes socialistas, promovendo a sua participação cívica e política.
As estruturas concelhias das Mulheres Socialista MS-ID foram criadas em 2020 e existem atualmente 152 pelo território nacional.

João Pedro Cruz venceu as eleições para a Concelhia do PS em MangualdE


As eleições para a Concelhia do Partido Socialista em Mangualde decorreram com normalidade no passado dia 8 de Outubro. O acto eleitoral teve lugar nas instalações da Junta de Freguesia de Mangualde.
João Pedro Cruz, actual Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mangualde era o Candidato e venceu as eleições com 94% dos votos.
Os militantes activos com quotas em dia, num universo de 78% do eleitorado, escolheram para Presidente da Concelhia do Partido Socialista de Mangualde João Pedro Cruz, primeiro subscritor da Lista A , que tem como compromisso e é um dos seus principais objectivos “a defesa dos interesses de Mangualde e dos Mangualdenses que estarão sempre acima de todos os outros interesses, sejam eles quais forem”.

Pelo nosso concelho


Proposta para um parque infantil e fitness para Gandufe.
À imagem dos parques criados nas várias aldeias e até na cidade de Mangualde, verificamos que, infelizmente, este tipo de investimentos não tem utilidade.
As crianças de hoje não são como as suas homólogas de há 20 ou 30 anos atrás e, lamentavelmente, não sentem as mesmas necessidades. São nativas digitais e não há como contrariar isso. Elas têm tudo o que precisam para ocupar os seus tempos livres no bolso ou na mochila. Telemóveis com mais capacidade e potencialidades do que os pais, oferecem-lhe tudo o que necessitam para ocupar os tempos livres. 
Neste período que atualmente vivemos, em que tantos sacrifícios têm sido pedidos aos portugueses, é importante perceber no que diz respeito ao Fitness se é em Gandufe que está o público alvo para essa atividade ou se será algures que se encontra esse dorso de potenciais utilizadores.
O projeto em análise não corresponde a nenhuma das necessidades que Gandufe tem e não precisamos de as procurar porque são bastantes.
Tanto Gandufe como a freguesia de Espinho necessitam de pavimentar ruas e caminhos, criar infraestruturas de saneamento básico e de água da rede quer para que os seus habitantes tenham uma vida com alguma dignidade, quer para atrair outras pessoas para o mundo rural que teima em ficar deserto.
Gandufe, tem um parque de merendas/lazer abandonado, tem extensões de área pública sem iluminação, tem um parque desportivo totalmente abandonado, casas em ruína ou abandonadas a carecer de intervenção em toda a freguesia. Não tem uma ligação rodoviária condigna à localidade de Cunha Baixa, a estrada principal que atravessa a freguesia (Moimenta/Abadia). Tem perigos que urge corrigir para segurança e conforto dos seus utilizadores e não se vislumbra uma atitude política para os prevenir.
Tudo isto nos leva à conclusão de que o projeto de um parque infantil com fitness não tem qualquer prioridade nesta localidade e pode ser considerado até um ato de escárnio em relação ao povo da aldeia que anseia outras melhorias essenciais. Sejamos objetivos!
Manifestar é usar o nosso direito à liberdade de expressão e à participação ativa como cidadãos do nosso país, da nossa terra.
A utilização dos nossos impostos deve ser feita para melhorar a vida do povo e não para criar “estrelas” que não acrescentam nenhuma melhoria na vida das pessoas.
De visita à torre de Gandufe, monumento histórico, verifico naquele pequeno largo uma casa abandonada com as vidraças partidas, encurralando a torre, ou melhor o que ainda cresce dela.
Tentei ir visitar a fonte de Ricardina que serviu de mote a Camilo Castelo Branco para escrever o seu “Retrato de Ricardina”, impossibilitado por se encontrar numa propriedade privada, mas, o ridículo foi a pesquisa que fiz na internet “Fonte da Ricardina - Turismo de Mangualde
https://www.turismodemangualde.pt › fontericardina

Fonte da Ricardina. Camilo Castelo Branco eternizou a velha e esquecida fonte das imediações da Igreja de São Pedro, na Abadia de Espinho.
Caros amigos deixo aqui a minha indignação, com este monumento abandonado e sem acessos a fazer parte de um roteiro turístico.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MANGUALDE VAI ELEGER NOVO PROVEDOR NO PRÓXIMO DIA 29 DE OUTUBRO

PELO DEVER DE SERVIR
Irmãos
Passados que estão cerca de seis meses à frente dos destinos da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, para onde viemos, em espírito de missão, dar satisfação à solicitação que nos foi feita, também, por Sua Ex.ª Reverendíssima o Sr. Bispo de Viseu, temos vindo a ser confrontados com vários e sucessivos pedidos de disponibilidade para continuarmos no desempenho do cargo.
Como já tivemos a oportunidade de dizer, esta foi uma fase das nossas vidas com a qual nunca pensámos poder vir a ter que nos confrontar. Tudo foi, portanto, fruto do acaso e da vontade de terceiros.
Porém, por força das respetivas circunstâncias, a esta nova realidade tivemos que ajustar os nossos planos de vida, inteirarmo-nos de uma realidade que desconhecíamos e criar ideias que nos permitissem gerir da melhor forma possível os destinos da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, resolvendo os múltiplos e complexos problemas com que, a cada momento, nos fomos vendo confrontados. E com que motivação o fizemos! Cada decisão nossa bem sucedida era motivo de grande satisfação. Afinal, o prazer de servir, fazendo-o bem, é a nossa única recompensa. E quanto trabalho já foi feito, com relevante interesse e inequívocas poupanças para a Santa Casa da Misericórdia!
Chegados até aqui, aos apelos que têm vindo a ser feitos por utentes, pessoal de serviço, irmãos e outras entidades, junta-se, agora, a nossa disponibilidade para continuar a servir a Instituição, seja pela experiência entretanto adquirida no exercício de funções, o que nos dá mais conforto e maior confiança nas tarefas futuras a realizar, seja pelo atrás referido ajuste feito nos nossos planos de vida, que se adequaram, entretanto, a esta nova realidade e exigência.
Por isso, os elementos da atual Comissão Administrativa, com os demais que haverão de integrar a respetiva “Lista”, manifestam, aqui, a sua disponibilidade para, se for essa a vontade dos Irmãos, a expressar no ato eleitoral do próximo dia 29 de Outubro do corrente ano de 2022, continuarem a gerir os destinos desta grande Instituição, que é a Santa Casa da Misericórdia de Mangualde.
E qual é o nosso programa de ação?
Desde logo, no campo dos princípios, servir a Instituição com todo o nosso empenho, saber, transparência e honestidade, fazendo-se, em cada momento, tudo aquilo que, dentro das possibilidades existentes, for considerado do melhor interesse para a Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, seus utentes, Irmãos e servidores.
Depois, porque não é demais referi-lo, já que muitos, ainda, o desconhecem, fazê-lo de forma graciosa, não só porque essa é uma imposição do “Compromisso”/Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, mas, também, porque, se estamos para “servir” não o poderá ser a troco de qualquer compensação ou benefício próprios.
Por outro lado, no essencial, propomo-nos, dentro do possível, dotar a Instituição de todos os meios necessários não só à sua normal funcionalidade, de modo a satisfazer, plenamente, os interesses dos utentes que nela se acolhem, mas, também, a preservar e aumentar o seu património, bem como a adotar as políticas de gestão rigorosa com vista à sua própria sustentabilidade, em tempos que se adivinham de grandes dificuldades económicas e sociais.
Assim, pretendemos:

  • Cumprir as normas que constituem o Compromisso/Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, respeitando os princípios gerais nele consagrados e as competências dos respetivos órgãos;
  • Operacionalizar o Lar Morgado do Cruzeiro mediante a integração do edifício primitivo, cujas obras de remodelação estão em vias de conclusão e onde parte dos trabalhos foram realizados com meios próprios, em detrimento de adjudicações adicionais a terceiros, do que resultaram significativas poupanças para a Instituição.
    Concluída esta obra o Lar Morgado do Cruzeiro, com os seus dois edifícios, fica com uma capacidade de acolhimento total de cerca de 80 utentes.
  • Socorrendo-nos, para tal, de fundos europeus, por via do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), é nosso propósito:
    a) - Ampliar a Unidade de Cuidados Continuados;
    b) - Remodelar o Lar de Nossa Senhora do Amparo, cuja construção se mostra, em alguns aspetos, desajustada das necessidades atuais, dotando-a, designadamente, de mais e melhor conforto para os utentes e de equipamentos que promovam a eficiência energética e a utilização de energias renováveis para auto-consumo;
    c) - Restaurar a Ermida de Nossa Senhora do Castelo, que apresenta sinais evidentes de degradação;
  • Diligenciar no sentido da reativação do Restaurante Ermitão, de modo a preservar e rentabilizar este simbólico elemento patrimonial da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, proporcionando, também, à população em geral a oportunidade de desfrutar desta infraestrutura em lugar tão privilegiado;
  • Preparar o terreno contíguo às instalações da Misericórdia, comprado no passado dia 29 de Junho, de modo a poder ser utilizado, para além do mais, como espaço de lazer e divertimento para os utentes e crianças da creche, dotando a Instituição de um equipamento porventura único;
  • Promover frequentes ações de formação dos funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde com vista ao melhor desempenho das suas funções, designadamente do pessoal cuidador, de modo a que os nossos utentes possam usufruir do melhor tratamento e bem estar possíveis, ao mesmo tempo que se motivam e valorizam os referidos recursos humanos através de regulares avaliações de desempenho;
  • Valorizar a importância das famílias no acompanhamento dos utentes;
  • Formular a dinamização de uma bolsa de “Voluntariado”;
  • Trabalhar em rede com outras Instituições do concelho;
  • Promover o “Apoio domiciliário diferenciado;
  • Dar curso às obrigações de culto e de assistência espiritual previstas no Compromisso/Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, com a dignidade e o respeito devidos pelo cerimonial centenário, bem como promover a angariação de novos Irmãos e motivar para uma participação cada vez mais ativa na vida da Instituição todos aqueles que já o são, desenvolvendo-se e fortalecendo-se o espírito da Irmandade;
  • Enfim, promover todo o tipo de ações que contribuam para uma cada vez maior afirmação e projeção da imagem da Instituição, sua sustentabilidade, preservação e aumento do seu património, permanente melhoria das condições dos seus utentes e envolvimento de participação ativa de todos os Irmãos nos momentos mais marcantes da vida da Misericórdia, onde nós seremos uns meros executores daquela que for a vontade dos mesmos Irmãos.
    É certo que tudo isto não passa de propósitos. Todavia, afirmamos aqui a seriedade dos mesmos, que só não serão levados à prática se, de todo, for impossível a sua execução.
    Aos Irmãos, porém, cabe o poder e o dever de julgar esses mesmos propósitos e de dar aos elementos desta Lista a credibilidade de que entenderem serem estes merecedores, sendo certo que, aos mesmos, apenas os move o prazer e o dever de servir.
    Convidamos, por isso, os Irmãos a juntarem-se a nós no ato eleitoral que terá lugar no próximo dia 29 do corrente mês de Outubro, no Salão Nobre do Lar de Nossa Senhora do Amparo, entre as 15.00 horas e as 17.00 horas.