Arquivo diário: 15 de Maio de 2023

Viva o Rei Carlos III


Carlos III foi coroado no dia 6 de Maio de 2023 como rei do Reino Unido numa cerimónia na Abadia de Westminster, em Londres, que seguiu rituais ancestrais, durante a qual jurou defender a lei e a igreja.
O arcebispo de Canterbury colocou, às 12:03, na cabeça do rei Carlos III a coroa de Santo Eduardo, a mais importante joia real britânica, de ouro maciço, incrustada com rubis, ametistas e safiras, e que é tradicionalmente usada nas coroações dos reis desde 1661.
Antes, perante o arcebispo de Canterbury, Carlos III tinha jurado honrar e defender a lei e a igreja anglicana durante o seu reinado, e comprometeu-se a respeitar todas as fés e de todos os povos que compõe o Reino unido e a Commonwealth.
Assistiram à cerimónia na Abadia de Westminster cerca de 2.000 convidados, entre os quais os príncipes de Gales, William e Kate Middleton, que são agora os herdeiros da coroa. Carlos III herdou o trono de sua mãe, Isabel II, falecida a 8 de setembro de 2022.
Ao seu lado, Carlos III teve a Rainha Consorte Camila Parker Bowles (consorte significa que apesar de ter um título parecido com o do marido, ela não tem os mesmos poderes políticos e militares), pois em fevereiro do ano passado, a Rainha Isabel II deixou claro o seu desejo de que a nora usasse o título de Rainha Consorte. Fonte do Palácio explica a atual escolha: “Faz sentido referir-se a Sua Majestade como a Rainha Consorte para distinguir de Sua Majestade a Rainha Isabel II”.
Apesar de todo o tempo que passou, não consigo esquecer a Princesa Diana, e tudo o que ela poderia significar para a Coroa Britânica e para o Reino Unido e restante Commonwealth.
Este é então o momento de refletir sobre que tipo de rei será Carlos III. Escrutinado pelos media desde tenra idade, sem saber exatamente como reagir à pressão das câmaras, é ainda muito jovem quando o ouvimos aqui dizer que a sua natureza de pessoa privada não se coaduna com a performance pública. Uma condição que, por certo, lhe marcou a imagem ao longo dos anos, sobretudo depois do conto de fadas falhado com a princesa Diana.
O “verdadeiro” Carlos acabou por ser ofuscado pela história que dele criaram as penas afiadas e as objetivas sedentas da comunicação social. Assim sendo, que Carlos vamos (re)descobrir agora que se torna rei aos 74 anos?

lendas, historietas e vivências

ESTRADA DA ESTAÇÃO

Descrever aqui todas as memórias que nos ligam à ESTRADA DE PARALELOS da Estação a Mangualde era um nunca mais acabar. Calcorrear aquele percurso de 3 kms de curvas e contra curvas subindo para a vila até chegar ao colégio não seria fácil se, quando em grupo de seis ou sete jovens, não se recorresse à habitual brincadeira.Se o tempo era bom !…No inverno com chuva e ventos gélidos soprando em nortada…aí havia que recorrer a muitos agasalhos e segurando o guarda-chuva com força tentávamos cumprir a nossa missão de chegar às aulas… completamente encharcados. Assim, bem preferíamos os dias de neve forte, (que saudades!) o chapéu carregado duma grossa camada, não era fácil de segurar decidindo-se fechá-lo e aguentar o percurso até lá acima. No regresso já à tardinha era bem melhor porque a descer andávamos mais depressa e havia a oportunidade de fazermos as lutas das bolas de neve que nos deixavam molhados dos pés à cabeça. Chegando a casa tiravam-se os casacos e junto da bela lareira e depressa ficávamos quentinhos. De todos os anos, de todos os dias que fizemos este percurso ficaram marcas memoráveis…que despertam a saudade. E só se lamenta que dos jovens que vivenciaram todos estes momentos apenas restem três ou quatro que, eventualmente, poderão ler esta crónica…
Hoje já nem há neve por estas bandas e a chuva é pouca. A modernidade no casario está a esticar-se pelo percurso clássico da via, a qual deveria ser melhor compreendida na sua história. A água das valetas já não segue para o aqueduto. A mina no pinhal à borda da estrada, que nunca perdia a água e matava a sede a quem subia para a vila, terá sido arrasada? Logo a seguir a célebre “Quinta da Mónica” evaporou-se e a “ modernidade,” tão simples quanto feia, já lhe está a ocupar o sítio. Também já não há a fila de abrunheiros nas bandas laterais, cujos frutos doces como mel eram a primeira merenda antes de chegarmos a casa e, quando ainda verdes, serviam de balas nas lutas entre a rapaziada. Nos pinheiros mansos, que se estendiam pelo lado poente, as pinhas eram inúmeras, com o calor abriam e mostravam os pinhões iguaria muito apetecível para a malta no feminino que os apanhava por entre as ervas secas, enquanto os rapazes subiam aos pinheiros atirando com as pinhas recheadas para o chão. Tudo são as memórias que enobrecem este percurso e vão aos poucos desaparecendo fruto do progresso. Por tudo isto não deixamos de lastimar que neste país, os testemunhos históricos, mesmo os mais modestos, sejam tantas vezes destruídos para servir os interesses materiais de uns tantos cidadãos. Mas ainda temos esperança que esta ESTRADA DE PARALELOS volte à sua dignidade. A sua recuperação é imprescindível como testemunho duma época que, embora vivida com sacrifícios em consequência da segunda Guerra Mundial, deixou em quem a calcorreou as saudades dum tempo irrepetível.

Síndrome de Burnout: a pressão em época de exames


“A Síndrome de Burnout é definida pela exaustão física, emocional ou mental acompanhada por motivação e desempenho reduzidos e atitudes negativas em relação a si mesmo e aos outros. Resulta de um esforço elevado para satisfazer as exigências solicitadas explicita ou implicitamente, até que a sobrecarga de trabalho é tal forma elevada e prolongada, que a pessoa entra em crise.” Disponível em https://www.oficinadepsicologia.com/burnout-em-epoca-de-exames/
Recordo-me, em tempos que fui estagiária num serviço de Psiquiatria, a quantidade de rapazes e raparigas internadas por privação de sono devido às horas de estudo para entrar a faculdade. Era difícil de alcançar ao estado de sofrimento emocional e psicológico daqueles adolescentes, quando nós próprios ainda eramos adolescentes… O olhar vazio, os tiques nervosos, o medo constante de desiludir, eram os sinais da proximidade da hora da visita. Seria de se esperar, uma recepção entusiasmada, mas o silêncio constrangedor e os olhares acusadores eram os comportamentos aguardados. Sorte, de quem os tinha, porque muitos dias eram ausentes de visitas, potenciando ainda mais o sentimento de rejeição e desilusão, implicitamente sentido pela família mais próxima.
Todos sabemos a exigência de obter melhores notas para ter aprovação, validação na sociedade, neste caso, na comunidade escolar ou académica. Tudo é medido em números, e é apenas valorizado o resultado final. O esforço, a dedicação são estandartes para o sucesso escolar, no entanto por serem subjetivos e difíceis de quantificar, mantém-se ocultos na avaliação final. Temos futuros adultos, ansiosos para estabelecer objetivos que agradem os pais, avós e amigos, desconetando do momento de aprendizagem. No fundo apreender conhecimento é algo idealista, o que é fundamental é “despejar” a matéria no papel, e ter a nota que faz sorrir os pais.
As ferramentas para atingir o sucesso escolar, são lógicas e acessíveis a qualquer aluno: Gestão de tempo (planear antecipadamente o estudo); manter-se saudável (ter um ritmo de sono regular e boa alimentação, previne o desgaste físico); Descansar (com atividades que sejam prazerosas, para manter o foco no estudo). No entanto, esquecemos, dentro do papel familiar, que devemos de fornecer um ambiente seguro, onde a exposição dos medos e ansiedades são aceites e potenciar o processo de ser pessoa, através do reforço e apoio nos momentos mais negativos. Motivar que tem capacidade para atingir, de forma realista, o que quiser. Afinal dizer “Sinto muito orgulho de ti”, custa assim tanto? Consolar nos momentos mais difíceis da vida, é uma das variadas formas de amar….

SANFONINAS

Nunca mais!
Decerto se ouviu de novo, com emoção, tanto no 25 de Abril como no 1º de Maio, o grito «Fascismo nunca mais!». Um bom desejo, de facto – para nós, Portugueses, e para o mundo, quando, agora, se vai sabendo de tantos fascismos por esse planeta além, tanta tortura e mortandade!…
Reencontrei, há dias, a Genoveva.
– Então, já temos novidades em relação à casa?
– Oooh!… Nunca mais disseram nada! Garantiram-nos que voltariam para ver o estado em que se encontra e nada. Nunca mais disseram nada!
«Nunca mais!». O desalento estampado no rosto de quem dispõe de casa pertencente a um departamento do Estado, em mui precárias condições de habitabilidade. Aquando das grandes chuvadas, o telhado abateu. Lá se conseguiu, depois das mais variadas diligências e empenhos, que uns senhores viessem ver o que se passava. Que voltariam, disseram. Não voltaram. Não deixaram contactos. E Genoveva, já septuagenária, o marido com alzheimer, espera. Desespera!
Quando por i tanto se apregoa das casas devolutas, quantas do Estado e de instituições públicas não conhecemos nós!…
Mas, confesso, o que me doeu foi esse «nunca mais» embrulhado na mais profunda melancolia e desvontade de viver assim!…
Claro, também me lembrei daquela tarde em que, regressado da pedreira, ao saber que eu pregara mentira da grossa, meu pai pegou no cavalo-marinho e ameaçou, com voz grossa:
– Tu nunca mais me voltas a mentir, ouviste?
O cavalo-marinho era um pedaço de pneu de camioneta, preparado em jeito de chicote, que pendia atrás da porta. E meu fofo bem sabia quão doloroso ele era!
Preferia que Genoveva me tivesse respondido:
– Ainda não vieram; mas lá virão decerto.
Gostava que esse «ainda não» reflectisse réstias de esperança. E que, aliás, de semblantes carregados, olhares tristes, a expressão «nunca mais» começasse a ser visceralmente banida, substituída por um sorridente «ainda não». E não é que – com esse, mais suave, ‘ainda não’ – até nos sentiríamos melhor?!…

consultório

PÉ DIABÉTICO

O pé do doente com diabetes deve merecer toda a atenção.
Perto de metade das amputações, dos pés, das pernas ou das coxas, são de doentes que sofrem de diabetes.
Qual a causa?
A diminuição da sensibilidade no pé que não deixa que o doente se dê conta que faz infecções que, por vezes, são muito graves.
Por isso, a necessidade de um cuidado especial com o pé do diabético
E porque o nome de pé do diabético?
O pé do diabético não é uma doença, mas um conjunto de riscos que se podem potencializar se se reunirem algumas condições.
Primeiro elemento perigoso: o diabético é portador, muito frequentemente, de uma afecção neurológica, a neuropatia diabética, que torna o pé insensível à dor. Os diabéticos não se dão conta, muitas vezes, que têm uma ferida no pé, quer seja provocado por um arrastar do pé durante a marcha, quer por um calo ou uma pedra no sapato (em sentido literal).
Se aparece uma ferida, outra afecção que também está presente – a arterite diabética (inflamação da parede das artérias que pode levar à obstrução das mesmas) -, vai complicar a ferida uma vez que o sangue arterial, fruto da obstrução arterial, não vai chegar ao pé indo, assim, facilitar o agravamento da ferida e da infecção.
O que se pode fazer contra o pé do diabético?
O mais importante é que os doentes diabéticos tenham consciência do risco e vigiem, de modo mais atento e regular, os seus pés. Qualquer pequeno problema (uma greta, uma micose, uma vesícula, um calo, unhas mal cortadas) deve ser referido ao médico de família ou ao podólogo profissional, que poderá tomar conta do caso.
E, para evitar o aparecimento ou o agravar das lesões, devem tomar-se algumas precauções:
Higiene escrupulosa dos pés que inclui, não somente uma limpeza cuidada, mas uma boa hidratação e aplicação de cremes. As gretas são consideradas feridas dos pés.
Escolha de calçado confortável e abandono de palmilhas ou solas que magoem.
Antes de calçar os sapatos devem os mesmos ser bem sacudidos e, se necessário passar a mão por dentro, para se certificar que não têm elementos que possam causar feridas (pedras ou areias, pontas de pregos, nós, etc.).
Nunca deve andar descalço, para limitar o risco de feridas.
O controlo da diabetes ajuda, também, no controle do pé do diabético.
Quem se deve consultar por causa do pé do diabético?
Em primeiro lugar o seu médico. Além do diagnóstico, tratamento e controlo da situação, ele poderá indicar o recurso a um podólogo profissional que saberá tratar e controlar o pé do diabético.
Não se esqueça de observar a planta dos pés.
Nem sempre temos o cuidado de olhar regularmente a planta dos pés. Um meio simples e prático é colocar um espelho no chão e, sentado no rebordo da cama, ou no banco da casa de banho, é fácil olhar o que habitualmente não vemos…

PRESIDENTE DA REPúBLICA DÁ “PUXÃO DE ORELHAS” A ANTÓNIO COSTA E PROMETE SER MAIS ATENTO E INTERVENIENTE


No passado dia 4, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu uma mensagem aos Portugueses, a partir do Palácio de Belém, sobre a atual situação politica do País, na mensagem que a seguir transcrevemos salienta-se o “puxão de orelhas” a António Costa e a promessa de ser mais atento e interveniente

“Muito boa noite,
Portugueses,
Duas palavras. Uma sobre o passado. Outra sobre o futuro.
Uma sobre o passado. Apesar de alguns grandes números muito positivos da nossa economia, e de apoios a famílias e empresas, esses grandes números ainda não chegaram à vida da maioria dos Portugueses.
Eles esperam e precisam de mais e melhor.
Esperam e precisam de um poder político que resolva, mais e melhor, os seus problemas.
E isso exige capacidade, confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade, autoridade.
E a autoridade, para existir, ser confiável, ser credível, ser respeitada, tem de ser responsável.
Onde não há responsabilidade, na política, como na Administração, não há autoridade, respeito, confiança, credibilidade.
Um governante sabe que ao aceitar sê-lo aceita ser responsável por aquilo que faz e não faz e também por aquilo que fazem ou não fazem aqueles que escolhe, e nos quais é suposto mandar.
Como pode um Ministro não ser responsável por um colaborador que escolhera manter na sua equipa mais próxima, no seu gabinete, a acompanhar, ainda que para efeitos de informação, um dossier tão sensível como o da TAP — onde os Portugueses já meteram milhões de euros — e merecer tanta confiança que podia assistir a reuniões privadas preparando outras reuniões, essas públicas, na Assembleia da República?
Como pode esse Ministro não ser responsável por situações rocambolescas, muito bizarras, inadmissíveis ou deploráveis — as palavras não são minhas — suscitadas por esse colaborador levando a apelar aos serviços mais sensíveis de proteção da segurança nacional, que, aliás, por definição, estão ao serviço do Estado e não de Governos?
Como pode esse Ministro não ser responsável por argumentar, em público, sobre aquilo que afirmara o seu subordinado, revelando pormenores do funcionamento interno e incluindo referências a outros membros do Governo?
A responsabilidade política e administrativa é essencial para que os Portugueses acreditem naquelas e naqueles que governam.
Não se resolve apenas pedindo desculpa pelo sucedido. Responsabilidade é mais do que pedir desculpa, virar a página e esquecer. É pagar por aquilo que se faz ou se deixou fazer.
Não se afasta por razões de consciência pessoal de quem aprecia essa responsabilidade por muito respeitáveis que sejam. É uma realidade objetiva. Implica olhar para os custos objetivos daquilo que aconteceu na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do Ministro, do Governo e do Estado.
Não se mistura sendo política com a Justiça.
Não se apaga dizendo que já passou.
Não passou. Nunca passa. Reaparece todos os dias, todos os meses, todos os anos. Porque tem de existir para que os Portugueses se não convençam de que ninguém responde por nada, nem manda em nada. Ou melhor, acabam por só responder, eventualmente, os mais pequenos, mesmo se porventura eles tivessem atuado de forma errada.
Foi por tudo isto que entendi que o Ministro das Infraestruturas deveria ter sido exonerado. E que ocorreu uma divergência de fundo com o Primeiro-Ministro. Não sobre a pessoa, as suas qualidades pessoais, até o seu desempenho.
Mas sobre uma realidade, a meu ver, muitíssimo mais importante — a responsabilidade, a confiabilidade, a credibilidade, a autoridade do Ministro, do Governo e do Estado.
No passado, com maior ou menor distância temporal, foi sempre possível acertar agulhas.
Desta vez não.
Foi pena. Não por razões pessoais ou de disputa entre cargos que a Constituição distingue muito bem entre si, em termos de peso institucional, absoluto e relativo.
Mas por razões de interesse nacional.
E agora a palavra sobre o futuro.
Vai o Presidente da República retirar do caso ilações, ou seja, conclusões imediatos ou a prazo?
Sim.
Duas conclusões se retiram e que, aliás, se completam entre si.
Primeira conclusão — tudo visto e ponderado, continuar a preferir a garantia da estabilidade institucional. Não fazer aquilo que por aí andam como cenários— implicando, imediata e direta ou indiretamente, o apelo ao voto popular antecipado.
Os Portugueses dispensam esses sobressaltos, essas paragens, esses compassos de espera, num tempo, como este, em que o que querem é ver os governantes a resolverem os seus problemas do dia a dia. Os preços dos bens alimentares. O funcionamento das escolas. A rapidez na justiça. O preço da aquisição da habitação.
Como Presidente da República escolhi há mais de sete anos tudo fazer para garantir a estabilidade constitucional. E penso ter conseguido, vindo de um hemisfério político — da direita — conviver esses mais de sete anos com Governos do outro hemisfério político — o da esquerda — sem conflitos institucionais sensíveis.
Comigo não contem para criar esses conflitos. Ou para deixar crescer tentativas, isoladas ou concertadas, para enfraquecer a função presidencial, envolvendo-a em alegados conflitos institucionais. Até porque todos sabemos bem como foram e como acabaram esses conflitos no passado.
Não haverá, pois, da minha parte nenhuma vontade de juntar problemas aos problemas que, neste momento, os Portugueses já têm.
Segunda conclusão — o que sucedeu terá outros efeitos no futuro.
Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam.
Porque até agora eu julgava que, sobre essa matéria, existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial.
Viu-se que não.
Que há uma diferença de fundo.
Assim, para prevenir o aparecimento e o avolumar de fatores imparáveis e indesejáveis de conflito, terei de estar ainda mais atento e mais interveniente, no dia a dia.
Para evitar o recurso a poderes de exercício excecional que a Constituição me confere e dos quais não posso abdicar.
Para esse efeito importa ir, ao longo destes mais de dois anos, sinalizando, de modo mais intenso, tudo aquilo que possa afastar os Portugueses dos poderes públicos.
No fundo, aquilo que signifique maior deterioração das instituições, criação ou agravamento de fraquezas na Democracia e na confiança que nela deve continuar a existir por parte da maioria esmagadora dos Portugueses, e que se não pode perder, porque uma vez perdida esse facto é irreversível.
Estas as lições para o Presidente da República, de um momento, em que a responsabilidade dos governantes não foi assumida como deveria ter sido com a exoneração do Ministro das Infraestruturas.
Primeira lição — Continuar a ser como até hoje, garantia de estabilidade no relacionamento institucional com todos os órgãos do poder político, a começar nos órgãos de soberania.
Segunda lição — ter sempre presente, como último fusível de segurança político, que é o Presidente da República no nosso sistema constitucional, que deve assegurar ainda de forma mais intensa que aqueles que governam cuidam mesmo da sua responsabilidade, cuidam mesmo da confiabilidade, cuidam mesmo da credibilidade, cuidam mesmo da autoridade, tentando que pontuais, mas-decisivas correções de percurso poupem — aquilo que ninguém deseja, a começar por mim — interrupções desse percurso. Porque aí chegados, já será tarde para deixar de agir em conformidade.
Portugueses,
Para que as duas conclusões retiradas sejam passiveis de concretização, espero poder contar com a sensatez, o sentido de Estado e o patriotismo de todos e, claro está, como sempre, mas sempre com a experiência, a prudência e a sabedoria do Povo português.
E, claro está, conta sempre com a experiência, a prudência e a sabedoria do Povo Português.
Muito boa noite.”

IV edição da Mostra Social de Mangualde – Mostra de Serviços de Apoio Social e Potencialidades do Concelho de Mangualde

O Município de Mangualde e o Conselho Local de Ação Social de Mangualde promovem, entre, hoje dia 15 e o dia 21 de maio a IV edição da Mostra Social de Mangualde – Mostra de Serviços de Apoio Social e Potencialidades do Concelho de Mangualde. Trata-se de um evento bianual, cuja 1.ª edição decorreu em 2016, representativo do tecido social do concelho e visa a divulgação, junto da comunidade, do meritório trabalho desenvolvido pelas instituições sociais e a promoção da partilha de experiências e boas práticas.
Esta iniciativa visa valorizar e divulgar os serviços e os projetos existentes, na área social, no município, promovendo o seu conhecimento junto da população. Visa ainda reforçar e consolidar a cultura de rede e de parcerias abertas e eficazes, assim como afirmar Mangualde como um Território com Valor(es).
Várias atividades em vários locais do concelho
Tem por base os valores sociais, sendo um evento dinâmico e interativo, contando com a dinamização, por parte das instituições participantes, das seguintes ações: workshops/ateliês temáticos; ateliês dirigidos à população infantojuvenil e sénior; atividades culturais e desportivas; animação musical, entre outras ações. Alguns eventos carecem de inscrição, gratuita, mas obrigatória

Programa:
Segunda, 15 de maio - Início de exposição de quadros Vítor Lopes Átrio da CMM - Papelaria Adrião
09h30 · Auditório CMM - Sessão Direitos e Deveres - GIP
14h00 · Edifícios Ex-Colégio - Desconstrução de Estereótipos de géneros nas Escolhas Profissionais - CMM · QI Questão de Igualdade
14h00 · Auditório CMM - Definição e prevenção primária - Liga Portuguesa Contra o Cancro - Dr. Luís Santos · Médico de Oncologia IPO Coimbra
14h30 · Largo Dr. Couto - Árvore Social - Momento Lúdico - IPSS’s do Concelho - Projeto Bons Velhos Tempos
18h00 · Auditório CMM e/ou plataforma Microsoft Teams - Ciclo de Palestras - Juntos na diferença - Tenho um filho com autismo. E agora? - Núcleo Pais em Rede de Mangualde - APPDA - Dr.ª Daniela Vieira · Psicóloga
19h30 · Largo Dr. Couto - Início do projeto Mochila às costas, sapatilhas no pé - CMM

Terça, 16 de maio - 10h00 · Auditório CMM - Fórum Comunitário para Idosos - 1ª Sessão - CMM · QI Questão de Igualdade
11h00 · Auditório CMM - Palestra sobre a pedagogia da Interdependência - ASSOL
14h00 · ESFA - Programas gerais e de voluntariado para o verão - IPDJ
14h00 · CSC Paróquia Mangualde - Atividade de Relaxamento - CSC Paróquia Mangualde
14h30 · Auditório CMM - Fórum Comunitário para Idosos
2ª Sessão - CMM · QI Questão de Igualdade
16h · Auditório CMM - “Cuidar de quem cuida” - Dr.ª Cátia Morais – Santa Casa da Misericórdia de Mangualde
18h00 · Auditório CMM e/ou plataforma Microsoft Teams - Ciclo de Palestras - Juntos na diferença - Prestação social para a Inclusão - Núcleo Pais em Rede de Mangualde
Yara Batista · Diretora do Núcleo de Prestações Familiares e Cidadania - Alexandra Sousa · Chefe de Equipa de Prestações de Proteção Social

Quarta, 17 de maio - 10h00 · Auditório CMM - Conhecer a Deficiência - APCV - Anabela Silva Pires
14h00 · 17h00 · AEM - Preconceitos e conceitos da CPCJ - CPCJ
14h00 · Auditório CMM - Palestra sobre planeamento centrado na pessoa - ASSOL
18h00 · Auditório CMM e/ou plataforma Microsoft Teams - Ciclo de Palestras - Juntos na diferença - Cuidador informal - Núcleo Pais em Rede de Mangualde - Graça Matos · Interlocutora Distrital, ISS

Quinta, 18 de maio - 09h30 · Auditório CMM - Como lidar com comportamentos desafiantes e obter a colaboração dos miúdos - 5 Sentidos
14h00 · CSC Paróquia Mangualde - Atividade de estimulação cognitiva - CSC Paróquia Mangualde
15h00 · IPSS - Apresentação da Funika da ASSOL - ASSOL
18h00 · Auditório CMM e/ou plataforma Microsoft Teams - Ciclo de Palestras - Juntos na diferença - Maior Acompanhado - Núcleo Pais em Rede de Mangualde - Drª Ana Figueiredo · Procuradora do Ministério Público de Mangualde

Sexta, 19 de maio - 09h30 · AEM - A Promoção da atenção - 5 Sentidos
10h30 · Largo Dr. Couto - Yoga do Riso para idosos - CLDS4G
11h00 · GEA - Ação de sensibilização - Deficiência Visual - ACAPO
14h00 · CSC Paróquia Mangualde - Atividade motora - CSC Paróquia Mangualde
14h30 · Estádio Municipal - Todos/as no Atletismo - Casa do Povo de Mangualde - ASSOL - AEM - Núcleo Pais em Rede de Mangualde
15h00 · AEM - A Promoção da atenção - 5 Sentidos
16h00 · Auditório CMM - Transmissão do documentário - Drom Kallins — Caminhos de Ciganas - EAPN

Sábado, 20 de maio - Espaço Criança - (Jogos, pinturas faciais, modelagem de balões, espaço criativo, desenho, …) - Núcleo Pais em Rede de Mangualde - Escuteiros - ASSOL
10h00/12h00 · Pavilhão Municipal - Todos/as no Futsal - Gigantes Sport Mangualde - Pais em Rede
14h00 · Espaço da mostra - Rastreios de tensão arterial e massa muscular - Profª Ana Marto - Profª Cesaltina Rodrigues - Alunos Técnico Auxiliar de Saúde
15h00 · Espaço da mostra - Todos/as no Karaté - Centro Bujtsu de Mangualde - Pais em Rede
16h00 · Palco - Aula de Pilates Clínico - AzurPhisiovida
16h45 · Palco
Fisioterapia na Saúde da Mulher: Disfunções do pavimento pélvico - AzurPhisiovida
17h30 · 19h30 · Palco
Cantar Sénior, Teatro, Danças Modernas e Folclore - Universidade Sénior

Domingo, 21 de maio - Espaço Criança (Jogos, pinturas faciais, modelagem de balões, espaço criativo, desenho, …) - Núcleo Pais em Rede de Mangualde - Escuteiros - ASSOL
10h00 · Palco - Desporto Sénior - Desporto CMM
15h00 · Palco - Dança - CLDS4G - AMARTE - CP Alcafache
16h00 · Palco - Grupo Bué Animados - APPDA - Pais em Rede
17h00 · Palco - Todos/as no Zumba - Professora Mariana Campos - Núcleo Pais em Rede de Mangualde
18h00 · Palco - Atuação da Banda A4 - CMM
18h00 · Auditório CMM - Entrega dos prémios do concurso literário sob tema - Famílias e Igualdade – as relações familiares numa perspetiva de género - CMM

“Atrás de grades: mulheres nos Conventos”


O Município de Mangualde, em parceria com a Universidade Sénior do Rotary Club de Mangualde, promove no próximo dia 26 de maio a conferência “Atrás de grades: mulheres nos Conventos”, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, pelas 21h30. O momento conta com a intervenção da Professora Doutora Maria José Azevedo Santos e é de entrada livre.
Terá ainda lugar a mostra “Louvar a Deus com a Música” (que arranca a 15 de maio e prolonga-se até 6 de junho), assim como a intervenção de João Carlos Alves sobre o tema “A Aventura Cisterciense e os Templários” e a exibição do vídeo “Os Mosteiros Cistercienses nos concelhos de Mangualde e Nelas”.
Seguir-se-á um momento musical, intitulado “Capella Gregoriana Psalterium”.
“Louvar a Deus com a Música”
A mostra “Louvar a Deus com a Música” será composta por peças de mobiliário usado nos momentos musicais de mosteiros e pertencem a várias entidades que as cederam com o propósito de estarem nesta exposição. Existirão ainda peças do Convento de S. Francisco de Orgens, da Paróquia de Fataunços, Catedral de Viseu, Arquivo Histórico da Diocese de Viseu e Igreja Matriz da Cunha Baixa

MULHERES DE ABRIL


O espetáculo MULHERES DE ABRIL dos Trovas e Madrigais, encerrou as comemorações dos 25 de abril em Mangualde. Poemas e temas musicais no feminino a assinalar e a celebrar a liberdade.
MULHERES DE ABRIL é um espetáculo poético - musical criado para celebrar uma data ímpar da história de Portugal : o 25 de abril de 1974, a Revolução dos Cravos.
Numa abordagem superficial (apanágio desta celebração) à expressão artística da época, encontramos os aclamados poetas e cantores de intervenção como matéria principal para a celebração desta data. Desfiando camadas de um processo complexo e de parca informação como nos é chegado o período pré-revolução, podemos encontrar distintas personalidades do sexo feminino que também deram voz à insatisfação social amplificando ainda na sua expressão a luta pela igualdade de género num país onde, por exemplo, não tinham direito a votar. A condição social da Mulher naquela época torna o seu relato único, precioso e, por tal, lamentavelmente completo.
Em Mulheres de Abril foram levadas a palco canções de Lenita Gentil e Simone de Oliveira entre outras, assim como textos de escritoras que se editavam na clandestinidade como foram os casos de Maria Teresa Horta ou Maria Velho da Costa.

CONCERTO DO DIA DA MÃE


Promovido pela Câmara Municipal de Mangualde e com o apoio do Conservatório de Música de Viseu, do Agrupamento de Escolas e da Paróquia de Mangualde, realizou-se no passado domingo, dia 7 maio, o habitual concerto do Dia da Mãe.
Com casa cheia, o concerto de homenagem às Mães, foi protagonizado pela Orquestra POEMa e pela Orquestra POEMinha, contou também com a participação do Grupo Coral de S Julião e o Grupo Clave Jovem.

Projeto da Orquestra POEMa
A Orquestra POEMa (Projeto Orquestra Estúdio de Mangualde) iniciou a sua atividade em setembro de 2013, por iniciativa do Município de Mangualde, em parceria com o Conservatório Regional de Música de Viseu “Dr. José de Azeredo Perdigão” (CRMV) e com o Agrupamento de Escolas de Mangualde (AEM). Integrando inicialmente alunos do ensino articulado (do AEM/CRMV) e músicos de bandas filarmónicas do concelho de Mangualde, rapidamente se abriu a elementos de outras áreas geográficas, passando a integrar músicos de concelhos limítrofes.
Durante os quase 10 anos de existência, apresentou-se nas mais diversas formações instrumentais: grupos de música de câmara, orquestra de sopros, big band, orquestra de cordas, orquestra de câmara e orquestra sinfónica. O seu repertório é tão variado como as suas formações instrumentais, apresentando música de diferentes períodos (desde o séc. XVII até aos dias de hoje) assim como diferentes estilos (erudito, jazz, world music e até rock).
Acompanhou solistas nacionais e internacionais, tais como: Miguel Rodrigues (bateria), Nancy Brito (acordeão), André Cardoso (guitarra clássica), João Abrantes (guitarra elétrica), Cristina Aguiar (soprano), Tiago Coimbra (oboé), Anícia Costa (piano), José de Eça (tenor), Jacinta Albergaria (mezzo-soprano), Abraham Cupeiro (multi-instrumentista), entre outros. Apresentou concertos sinfónico-corais com diversos grupos vocais, destacando-se a colaboração com o Coro Diocesano de São Teotónio (Viseu), Coro Misto do Conservatório Regional de Música de Viseu e mais recentemente, com o Coro Magnus D’om da Filarmónica de Santa Comba Dão. Colaborou ainda com a Contracanto, na produção do musical “Les miserables”.
A Orquestra POEMa é dirigida, desde a sua fundação, pelo maestro Tiago Correia.