Arquivo mensal: Julho 2023

PARQUE URBANO “ANA DE CASTRO OSÓRIO”

Depois de ter sido anunciada a requalificação do recém criado Parque Urbano, situado na Avª Srª do Castelo, falamos com o Presidente da Câmara, Marco Almeida, para melhor esclarecer o porquê e em que consistirá esta intervenção, num equipamento tão recente na cidade de Mangualde. Durante a breve conversa, ficamos ainda a saber, no que respeita a espaços verdes na cidade, que o município chegou a acordo com a proprietária do Jardim D. Leonor e, os mangualdenses, irão poder beneficiar deste espaço dentro de pouco tempo.

Dr. Marco Almeida, o Parque Urbano é um equipamento criado recentemente. Na requalificação que agora vai ser realizada vai perder-se o que está feito?
Nada do que está feito se irá perder. A ideia é exatamente contrária. Percebemos que aquele é um espaço muito frequentado pelos munícipes e que se localiza numa zona em forte expansão urbana, portanto, julgamos indispensável dotá-lo de infraestruturas básicas, como sanitários, de segurança e de equipamentos de lazer que permitam passar bons momentos em família, com crianças, tornando-o num espaço que promova a interação social na comunidade.

Porquê “Parque Urbano Ana de Castro Osório”?
Ana de Castro Osório é uma figura incontornável deste concelho e não pode de forma alguma ser esquecida. Ainda o ano passado assinalámos os 150 anos do seu nascimento, mas pretendemos que sua figura esteja presente (quer dos mais jovens, como ela tanto preconizava, quer do público em geral, nomeadamente nos visitantes) e que seja para todos inspiradora pelo seu exemplo. Este parque será mais um elemento da cidade para a enaltecer e a dar a conhecer como uma cidadã de Mangualde, uma vez que terá vários apontamentos associados à escritora, aos livros e aos contos. Porque queremos que Mangualde seja, efetivamente, a Cidade das Histórias.
 
Quando se prevê iniciarem as obras de requalificação?
Iremos, em breve, proceder ao lançamento do concurso, pelo que prevemos o início da empreitada tão rápido quanto possível.
É referida a implementação e novos equipamentos em várias fases. Para quando a conclusão da requalificação e a sua funcionalidade aberta à população a 100%?
O acesso ao parque estará condicionado apenas numa primeira fase de movimentação de terras, regularização de terrenos, construção de infraestruturas de segurança e definição de percursos, o que julgamos ser uma intervenção breve. Depois falamos da introdução de equipamentos com intervenções pontuais que não interferirão em grande medida com a utilização do espaço pela população.
 
Qual o valor do orçamento desta requalificação?
A requalificação do parque pretende que este tenha espaços e equipamentos direcionados para todas as idades e que possa ser usufruído em família. A título de exemplo, destaco a introdução de um equipamento de street workout park que foi votado e escolhido pelos jovens mangualdenses no âmbito do orçamento participativo jovem. O investimento total rondará os 400 000 euros.
 
A propósito dos espaços verdes e de lazer da cidade. Em 2021 foi adquirido um espaço com 7100m2, Jardim D. Leonor, no centro da cidade de Mangualde. Quando poderão os mangualdenses beneficiar desse espaço?
Como sabe, esse espaço foi adquirido pelo município, salvaguardando o usufruto pela proprietária até à sua morte. No entanto, posso adiantar que, após várias conversas e fruto da boa vontade da proprietária, a mesma se mostrou disponível para abdicar dessa cláusula, passando a totalidade da utilização do jardim para a esfera do município.
Procederemos, seguidamente, à sua preparação para que possa estar disponível para os mangualdenses com a maior brevidade possível.

FESTAS DE GUIMARÃES DE TAVARES ACOLHERAM I EDIÇÃO DA FEIRA DAS TRALHAS e I EDIÇÃO DO FESTIVAL DA SOPA DE CEBOLA


Guimarães de Tavares recebeu no passado fim de semana, 15 e 16 de julho, várias centenas de pessoas nas suas tradicionais festas que, este ano, trouxeram a público a 1ª edição da Feira das Tralhas e do festival da Sopa de Cebola, eventos estes organizados pela União de Freguesias de Tavares.
A Feira das Tralhas surgiu com o objetivo de incentivar a reutilização de produtos e materiais, “deixarmos de ter vergonha do que temos em casa dar-lhe uma segunda oportunidade”, como referiu Alexandre Constantino, Presidente da União de Freguesias de Tavares à comunicação Social. A Feira das Tralhas contou com produtos da mais variada qualidade, desde bijuteria, roupas, livros, utensilios domésticos, etc…. A Feira das Tralhas teve lugar no parque Gil Vicente, bonito espaço de lazer, na localidade de Guimarães de Tavares, que coincidiu com as tradicionais festas da aldeia que também se realizam naquele espaço.
Também numa organização da União de Freguesias, a par da Feira das Tralhas e inserido no programa das Festas, teve lugar o 1º Festival da Sopa de Cebola. Quem tivesse interesse em degustar esta tradicional sopa, teve apenas que adquirir um kit à junta da freguesia e depois comer e apreciar a boa gastronomia que a freguesia tinha para oferecer.
Dois novos eventos, inseridos nas Festas da Aldeia de Guimarães de Tavares que se mostram um verdadeiro sucesso, deixando o público já à espera da edição do próximo ano.
Também, as Festas da Aldeia de Guimarães de Tavares, retomadas depois do interregno a que a pandemia forçou, se mostraram um verdadeiro sucesso pelo muito público que nos dois dias se deslocou ao Parque Gil Vicente.
Além da tradicional animação musical, este ano a cargo dos Grupos K5, MalAmados e Brinco Baile, teve também lugar o 3º encontro de máquinas agrícolas que contou com cerca de 35 inscrições.
Após o bonito passeio/desfile pelas ruas de Guimarães e Stº Amaro de Tavares, por estes amantes dos tratores, foi servido o almoço no Parque Gil Vicente, ao qual se juntou o vice Presidente da Câmara de Mangualde, João Pedro Cruz e o Presidente da União de Freguesias de Tavares, Alexandre Constantino.

EDITORIAL Nº 848 – 15/7/2023

Caro leitor

O mundo sabe, e vamos incrédulos assistindo à guerra Rússia – Ucrânia e, quiçá silenciosamente, aos países vizinhos.
Todos nós europeus, e demais países possivelmente, disfarçadamente e sem darmos por isso, estamos também a apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, como?
Ora vejamos:

Como vemos nesta notícia, a China declarou apoio à Rússia e nós europeus continuamos com as portas abertas ao mercado da China.
Diariamente milhares de portugueses apoiam a guerra da Rússia da seguinte forma: Enchendo os restaurantes chineses, logo, são milhares de euros enviados para a China. Assim se financia e apoia a Rússia, nesta guerra contra a Ucrânia, com armas ou sabe-se lá mais o quê!

Abraço amigo,

IMAGINANDO

PARTE 132
Manu, Cristo e Maha Chohan – Parte 2
Dando continuidade ao texto anterior, vou esclarecer a função seguinte:
Cristo (Bodhisatva)
É a Entidade que se encarrega pela evolução Espiritual/Consciencial da humanidade.
Seres bem conhecidos, estiveram entre nós. Destacamos Mestre Jesus, que exerceu essa função durante 2000 anos, Era de Peixes
Atualmente esse cargo, é ocupado pelo Mestre Kuthumi, conhecido por S. Francisco de Assis, Era de Aquário.
No entanto e para que fique esclarecido, Mestre Jesus, Mestre Kuthumi e o Cristo não são uma e a mesma pessoa.
Esta parte não tem sido aceite por alguns cristãos, em relação a Mestre Maitreya, que exerce o Cargo de “Instrutor do Mundo”.
Maitreya, é a Entidade que encarna a energia que chamamos o “Princípio de Cristo”, exercendo essa Função há mais de dois milénios. Na Palestina Ele se manifestou como o Cristo, ao inaugurar a Era de Peixes.
Essa manifestação consistia na Consciência do Princípio de Cristo, que informava e orientava as ações e ensinamentos de Jesus, na altura seu discípulo.
Foi um acto de coragem de Jesus que se sacrificou, aceitando ser usado por Maitreya quando este impregnou nele sua Energia, para que esta Função desse cumprimento àquela missão.
Cristo não se refere a um Indivíduo, mas sim uma função na Hierarquia dos Mestres da Sabedoria, ou seja, um grupo de Seres altamente evoluídos que guia a evolução da humanidade.
Para alguns Cristãos, Jesus é Filho Único do Criador, no entanto ele contrariou este pensamento, com suas próprias palavras que expressamos:
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus e todos os feitos que Eu fiz, vocês também farão.
Mateus 5.48
Continua

TEMPO SECO

O Memorial da Provocação

Proposto pela DJAS - Associação de Afrodescendente, o memorial da escravatura: um monumento para reconhecer o comércio de escravos efetuado pelos portugueses, e escolhido no âmbito do Orçamento Participativo da Câmara Municipal Lisboa de 2017/2018, que evidencia que quem vota nestes orçamentos não os paga, e por vezes são muito convenientes, na angariação de eleitores votantes, a favor de quem os aprova.
Essa associação que rejeita ver esse memorial incorporado num museu alusivo às descobertas, alegando que o monumento deve dar a reconhecer: o verdadeiro passado português no contexto da escravatura, da resistência das populações africanas e verse os efeitos dessa chaga na existência do racismo atual, que diverge do papel das descobertas.
Ora se as divergências são tantas assim, porque não refletir no conceito abstrato, de um presente africano, sem a existência das descobertas do passado?!
A globalização começou, para o bem e para o mal, com as descobertas. Que seria hoje do Mundo, e principalmente o Continente Africano, sem a globalização? Eventualmente teríamos, um mundo mais ecológico e mais subdesenvolvido. Uma vantagem e uma desvantagem. Isto para demonstrar: que um bem positivo, carrega, sempre, algo de negativo. O interessante aqui é sabermos, se o bem positivo superou o mal negativo. Por vezes não supera, mas a ideia e a sua concepção não deixaram de ser benéficas, porque foram geradas com a finalidade de trazer algum benefício para toda a humanidade.
Só os mal intencionados concebem planos para produzir o mal, e não creio que tenha sido essa a finalidade dos nossos primeiros navegantes, quando se aventuraram a desbravar o desconhecido. O que veio a seguir não lhes pode ser imputado.
Se o memorial da escravatura deve ser, ou não, englobado num museu das descobertas, isso deveria ser objeto de um debate alargado a todos os portugueses, sem polémicas, e não apenas por uma mera imposição de uma associação, com a anuência de os ex-vereadores da CML, porquanto o assunto diz respeito a todos nós, e não só a um município. E só conheço um meio de o fazer. Que seja feito!
Uma alternativa que deve ser posta à referida associação: é o memorial da escravatura em Lisboa sim, e um museu das descobertas nos países africanos onde tiveram a sua origem. Assim ficaremos cientes da democracia que rege as associações deste género e dos países que representam. Porque se estão neste país devem-no às descobertas e não à escravatura, porque nenhum dos seus ascendentes, veio como escravo para cá. Vieram de livre vontade, para um país que lhes atribuiu a nacionalidade portuguesa, enquanto que os países deles, até aos nascidos lá, mas de descendência portuguesa, negaram esse direito.
Se Portugal é uma loja aberta, a todos os que queiram cá entrar? É uma realidade! Ao invés, se eu quiser um visto para ir trabalhar, temporariamente, para os países das suas origens, até um registo criminal me é exigido. É este o racismo que nos separa.

Javalis – uma praga à solta e sem controlo!


Nos últimos anos têm aumentado as queixas em relação à proliferação dos javalis em território nacional. Em 2019, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) falava em indícios de “um aumento da densidade” da população desta espécie, como o aumento das queixas, dos avistamentos e das ocorrências também em acidentes rodoviários. Já este ano, os javalis têm causado bastantes prejuízos nas campanhas agrícolas.
Mas até que ponto o crescimento da população de javalis em Portugal é uma ameaça real para os agricultores e a segurança de quem anda na estrada? E como se pode controlar a sua população e evitar, entre outros problemas, acidentes rodoviários e ataques a pessoas?
A população de javalis está em constante crescimento. Para travar este aumento, a caça ao javali foi autorizada pelo ICNF, inicialmente até 31 de Maio, através de esperas diurnas ou noturnas, com ou sem recurso a luz artificial, dentro ou fora do período de Lua Cheia. Mais recentemente, o ICNF alargou o prazo, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, e autorizou a realização de batidas com cães em culturas agrícolas afetadas pelos javalis.
As medidas adicionais do ICNF, diz João Carvalho, secretário-geral da Associação Nacional de Proprietários Rurais – Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC), que também é caçador, apenas atenuam o problema. “A realização de esperas faz com que o crescimento não seja exponencial, mas não reduz a população, apenas evita que cresça de forma abrupta. O que resolve o problema são outras formas de caça, como as montarias, onde se  abate um número superior de animais e se consegue ter um impacto sobre a população”, defende.
Uma coisa é certa, os javalis não têm predadores naturais (tirando o lobo e o lince ibérico) e os agricultores estão cansados e desesperados com tanto javali a destruir as culturas. Quem tem na terra o sustento, exige mais ação de quem tem responsabilidades sobretudo das associações de caçadores e das juntas de freguesia. Ainda os fogos florestais não começaram (felizmente!) e já os estragos são tremendos.
João Fonte, agricultor que vive em Teivas, aldeia de São João de Lourosa, desiludido com a situação, conta que os prejuízos provocados pelos javalis aumentam ano após ano e não se vê solução para o problema.
Um problema também sentido nas regiões fronteiriças pois também se encontra sem resposta o pedido de harmonização do calendário das batidas ao javali em Portugal e em Espanha. Só para terem uma ideia os espanhóis começam a matar javalis em agosto, enquanto do lado de cá da fronteira, só em outubro. Ora, quando os javalis se sentem perseguidos lá, instalam-se do lado de cá, pois não precisam de passaporte, e vice-versa.
Tendo em vista a resolução deste problema, o ICNF promoveu um Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal  que assentou em três principais objetivos: o conhecimento do universo da população; a descrição da condição física dos animais; e a avaliação do habitat e dos fatores que podem aumentar ou diminuir o impacto e dimensão dos prejuízos causados pela espécie.
Esperemos que sejam tomadas medidas rápidas para que seja possível evitar que mais agricultores desistam de semear os seus campos agravando outros problemas.

lendas, historietas e vivências

A ESTAÇÃO DA CP
Era, para lá da sua utilidade, um centro de interesse para a juventude do bairro. Ao tempo era grande o grupo que se estendia da meninice aos crescidos de dezoito anos. Seriam cerca de quarenta distribuídos pelas primeiras dezassete famílias que tinham construído a sua habitação ao longo da Estrada de Paralelos. Aonde pouco havia que fazer era natural que o entretenimento de maior interesse para a maioria dos jovens fosse mesmo a chegada e partida dos comboios na Gare, sobretudo do Correio e o Rápido, porque eram os que traziam passageiros e passageiras mais interessantes na apreciação dos jovens. Os funcionários da Estação bem nos conheciam, não porque tivéssemos atitudes menos próprias, mas porque eramos alegres e vivos. Não precisávamos de tinta para fazer grafitis nas paredes alvas das casas, nem partíamos vidros de portas ou janelas. Eramos vivaços, mas educados porque o conceito de educação e respeito pelos outros era levado á letra e se assim não fosse, lá poderia vir a “nalgada”, hoje, para bem da dignidade, desconhecida pela juventude que queima e espatifa carros de qualquer cidadão, sem culpa… Dos funcionários da Estação ficaram-nos boas recordações. Todos nos conheciam e nós gostávamos deles. Contudo tenho de aproveitar este correr da pena de recordações, para render uma muito merecida homenagem a uma figura que por algumas décadas fez só Amigos – O SENHOR QUINZINHO - natural da Cunha Baixa. Um senhor altamente educado e sempre atento a qualquer problema que pudesse ocorrer com um utente ou passageiro na Estação. O SENHOR QUINZINHO era uma figura simpática sempre sorridente metido na sua farda azul de ganga. Andava sempre apressado de um lado para o outro na gare, a resolver problemas dos passageiros que chegavam carregados de malas que ele transportava num carreto de grades até ao lugar no exterior ou já para junto do comboio estacionado por minutos na plataforma. Quantas foram as vezes que ele me pegou na mala e a colocou no interior da carruagem?! São memórias minhas, seriam talvez de muitas pessoas que, ao tempo, por aqui circularam e que como ele já partiram na viagem definitiva. É quase estranho pensar que ao tempo não havia por aqui entretenimentos que ocupassem os momentos livres da juventude, pelo que só a imaginação de crianças e adolescentes valia para ocupar os tempos “mortos”. Ir á Estação era como despertar dum sonho que se iria tornar realidade…” e daí, vamos até aos moinhos? Sim, os moinhos logo ali abaixo da Estação também revelavam muitos encantos e na cabeça dos jovens e miúdos montava-se uma arquitectura com tudo à mistura – riacho, poldras, moinhos, burrito carregado de sacos à espera da partida encosta cima, trambolhão que dava em feridas, roupas encharcadas, lágrimas a correr, chegada a casa …um sermão…