Arquivo mensal: Novembro 2016

MISERICÓRDIA DE MANGUALDE NA FEIRA DOS SANTOS

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Nos dias 5 e 6 de Novembro, a Santa Casa da Misericórdia de Mangualde esteve presente na Feira dos Santos 2016 com um espaço de comes e bebes, onde foram servidas as melhores iguarias desta Feira secular.
Ao longo dos dois dias, o espaço da Misericórdia de Mangualde recebeu cerca de meio milhar de pessoas e serviu mais de 400 refeições, números estes que atestam, de forma inequívoca, os excelentes resultados da participação da Misericórdia de Mangualde neste Certame.
Segundo o Provedor, José Tomás “a participação da Misericórdia de Mangualde nesta Feira Anual, com um espaço de comes e bebes, decorreu de forma exemplar e revelou mais uma vez a grande capacidades da Instituição em se adaptar a diferentes formas de servir, neste caso com o objetivo de angariar fundos para ajudar a sua missão no apoio aos mais carenciados”.
Fazendo uma referência à História, o provedor salientou que “os quatro séculos de história da Misericórdia de Mangualde conferem-lhe a particularidade de ser a Instituição do nosso Conselho que acompanhou toda a evolução desta Feira, desde a sua origem no século XVII, até aos dias de hoje. Ao longo destes quatro séculos, a Misericórdia de Mangualde, através da ação dos seus provedores, contribuiu de forma muito significativa para o desenvolvimento deste grande certame, razão pela qual faz todo o sentido regressarmos à participação na Feira, quer neste formato tão genuíno, ligado aos comes e bebes, ou noutros que venhamos a entender por convenientes”.
Durante este fim de semana foram muitas as manifestações de apreço, satisfação e agradecimento de todos os que que visitaram o espaço da Misericórdia, salientando a forma simpática e amiga como foram recebidos. Uma das pessoas que nos visitou foi a Sr.ª Sara Santos e aos referir-se a nós disse “Hoje almocei no vosso espaço na feira. Comida muito boa e serviço excelente. Fomos atendidos pela menina Inês que foi simpatiquíssima. Sentimos da vossa parte a vontade de bem servir. Bem hajam. No próximo ano, se Deus quiser, estaremos novamente convosco”.
A participação da Misericórdia de Mangualde na Feira dos Santos de 2016 e os bons resultados conseguidos deve-se exclusivamente ao empenho extraordinário e absolutamente voluntário de várias colaboradoras da Instituição, a quem manifestamos o nosso profundo agradecimento, com a convicção de que para o ano lá estaremos de novo.

PROGRAMA QUADRATURA DO CIRCULO GRAVADO EM MANGUALDE

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No passado dia 3 de novembro o programa da SIC Noticias, Quadratura do Circulo, foi gravado no Auditório do Complexo Paroquial em Mangualde.
Numa sessão aberta, foram muitos os que se deslocaram aquele espaço afim de, assistirem à gravação deste programa que debate temas da atualidade moderado pelo jornalista Carlos Andrade e conta com a presença de Pacheco Pereira, Jorge Coelho, natural deste concelho e Lobo Xavier, também com raízes no concelho de Mangualde.
Durante a sessão foram abordados dois temas: As condições para o desenvolvimento regional (focando-se a abordagem no concelho de Mangualde) e a proposta do governo que pretende eliminar a responsabilidade dos autarcas em decisões que acompanhem pareceres técnicos.
O debate em si, foi antecedido pela oferta de Jorge Coelho, de certa forma como anfitrião, de um bordado manual de Tibaldinho a Lobo Xavier, a Carlos Andrade uma caixa de pastéis do patronato e a Pacheco Pereira uma edição fac-similada de um antigo jornal local, editado de 1889 a 1890, o “Novo Tempo”.
Depois deste momento inicial começou então a abordagem dos temas a debate.
Jorge Coelho começou por salientar o desenvolvimento do concelho de Mangualde, que para tal tem aproveitado várias condições especiais como, infraestruturas rodoviárias, ferroviárias ou mesmo marítimas com o porto de Aveiro a 80 km, tudo isto aliado ao facto de ter à frente dos seus destinos alguém com ambição para que Mangualde seja uma realidade muito boa.
Além do setor industrial e têxtil, também o setor agrícola foi salientado por Jorge Coelho, referindo-se em particular às cooperativas do concelho.
Seguidamente Lobo Xavier frisou o pouco empenho que o governo tem demonstrado pela descentralização, visto serem fenómenos que não se fazem sem política. Salientou que o desenvolvimento tem que vir aliado à vontade de autarcas e políticos que têm visão e lutam pelo melhor, referindo Mangualde como exemplo de diferença.
Já Pacheco Pereira mostrou algum constrangimento perante uma realidade de Mangualde, que referiu desconhecer, caindo-se portanto no risco de num programa como a Quadratura do Circulo se estar a engrandecer uma cidade que, e naturalmente também terá os seus problemas. Para se poder pronunciar, Pacheco Pereira referiu que seria necessário ouvir mais além das forças vivas de Mangualde. Salientou ainda, que tem por hábito à chegada comprar sempre os jornais locais para se inteirar um pouco e, em relação a Mangualde, viu que a oposição está ativa, salientando mesmo, cartazes com promessas do domínio autárquico que ainda não foram cumpridas.
Mostrou-se acima de tudo critico em relação à realidade do interior, onde muita coisa se foi perdendo nos últimos dez anos, salientando sempre, que Mangualde poderá ser uma exceção.
Todos os intervenientes se mostraram unânimes na importância do nó viário para o desenvolvimento e na preocupação com a demografia decrescente.
Jorge Coelho, continuou depois, afirmando que as questões colocadas por Pacheco Pereira eram pertinentes, até porque, apesar de todo o desenvolvimento, Mangualde é um concelho onde há ainda muitos problemas. Criticou duramente os governos que teimam em virar costas às realidades de muitas autarquias e deu como o exemplo o edifício recuperado ao lado do “antigo Colégio”, onde estudou, que a Câmara pretende recuperar e, apesar de imensos esforços e contactos o estado nem sequer responde.
Lobo Xavier, salientou também a posição de Pacheco Pereira, referindo mesmo, que este poderia temer estar-se a levar o programa para o lado da campanha eleitoral. Este risco, foi colocado de lado por Lobo Xavier referindo que “não pertenço à maioria do Jorge Coelho. Naturalmente, e pela minha parte, peguei em coisas bem feitas”.
A terminar este primeiro tema de debate, Pacheco Pereira, mais uma vez referiu não saber o que dizer, terminando por referir “se é verdade o que dizem de Mangualde, e eu acredito que seja, não é o retrato do interior do país”.
Já no tema que se seguiu, todos foram unânimes, com pequenas diferenças mais ou menos críticas. A responsabilização de um autarca pelo parecer ou decisão fundamentada em pareceres jurídicos ou técnicos da autarquia é completamente absurdo. Se o Presidente da Câmara fosse obrigado a ler todos os processos, não faria mais nada, noite e dia, salientaram. Lobo Xavier referiu mesmo que se corria o risco de um autarca se ver envolvido numa contenda judicial que lhe poderia custar vários anos de vencimento. Pacheco Pereira acrescentou que, e salvaguardados casos extremos de corrupção e negligência, essa responsabilização não fazia qualquer sentido.

EDITORIAL Nº 695 – 1/11/2016

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Caro Leitor,
Não se pode contrapor a natureza do Homem e, especificamente, a natureza de cada indíviduo. Temos todos vontades próprias, qualidades inegáveis e defeitos persistentes, inquebráveis, que nos acompanham sempre dada a força do hábito; Vão traçando o nosso carácter.
Recordo-me que há uns anos, a comunicação social foi às ruas de Lisboa para reportar como era passado o Natal dos sem-abrigo. Nessa ocasião, um deles foi reconhecido pelos seus familiares. Seguiu-se um reencontro familiar capaz de comover as pedras da calçada. A família deu-lhe então abrigo e acolheram-no em casa. Imagino que tenha sido uma celebração única. Deram-lhe os bens de primeira necessidade e condições suficientes para possibilitar a sua reintegração na sociedade. No entanto, apesar de finalmente ter as condições e oportunidade de o fazer, este homem voltou para as ruas. O espaço público era a sua casa porque não queria abdicar dos laços de amizade que criara com outros; viver sem celeiro, porque os passarinhos também o fazem e todos os dias vivem.
Situações como esta, relembra-nos forçosamente da nossa condição privilegiada num Mundo que, sendo de todos, é diferente para todos. Relembra-nos que existem muitas pessoas numa condição sem ter escolha, e muitas pessoas que tendo escolha se mantêm numa condição.
Quando confrontados com outras realidades, não podemos também deixar de nos admirar com a importância desnecessária que damos a insignificâncias. Devemos agendar tempo para admirar o que temos e agradecer as oportunidades e sortes que tivemos. Devemos encarar a vida como um copo meio cheio e não meio vazio porque há pessoas que só têm um copo vazio.

Um abraço amigo,

IMAGINANDO

francisco cabral
Continuemos no imaginando
Enquanto aguardo algumas respostas ao meu primeiro texto, vou continuar a debruçar-me sobre este tema que é o nosso Princípio: O UNIVERSO.
Verifico numa noite de estrelas a beleza que esse vazio impera perante o meu olhar e fico rendido como tudo se conserva ao pormenor na perfeição da sua infinitude e penso: como é possível que vindo do nada me encontro aqui?
Logo vem a minha imaginação:
Será que nessa noite de estrelas comecei a construir e a perceber a manifestação da minha origem e sou um com o Universo?
Como o que é em cima assim é em baixo, e vice versa (Hermes Trismegisto) EU SOU o macrocosmo no microcosmo ou seja em mim (microcosmo) está a parte integrante do Todo (macrocosmo) e assim manifesto o Universo, porque sou Ele na Unidade, a mesma energia que ocupa o vazio na Perfeição que somos. Sintamos a grandiosidade do nosso poder. Basta Ser para obter.
O que eu IMAGINO é: Somos todos UM tal como a gota de água que apesar de separada, quando entra no Oceano passa a ser um com ele. Reparemos que a gota não deixou de ser água, como nós não deixámos de ser a mesma energia embora separada num processo de experiência. Precisamos ser e muito, conscientes nesta matéria.

VINHO É UMA BEBIDA ANTIQUÍSSIMA

juiz
Considerando que estamos no tempo em que os agricultores de todo o País estiveram ocupados na tarefa das vindimas não resisto a escrever sobre o vinho e a sua antiguidade.
Costuma dizer-se que o bom vinho melhora com a idade. Mas não é disso que agora nos iremos ocupar, mas antes da sua origem que se perde na noite dos séculos.
As mais antigas vinhas do Mundo datam da Idade da Pedra (7.000 a 5.000 anos a. C.) e situar-se-iam na Geórgia, na região do Cáucaso. Acredita-se que os vinhos tenham surgido também nessa época, embora certos instrumentos necessários à vinificação, como sejam a prensa e outros equipamentos só tenham sido encontrados na Arménia por volta de 4.000 a. C.
A epopeia de Gilgamesh, ou Gilgamech - que teria sido o 5º rei da primeira dinastia de Uruk (antiga cidade que se situava a 270 Km ao sul da cidade de Bagdade) - datada aproximadamente de 2.750 a. C., composta de 12 cantos com cerca de 300 versos cada um, refere diversas lendas e é provavelmente o mais antigo texto literário escrito pelo homem. Este texto foi redigido em sumério, com carateres cuneiformes. A epopeia de Gilgamesh foi encontrada numas ruínas na Mesopotâmia, preservada em placas de argila, por volta do ano 1890, altura em que foi decifrada. Em uma das lendas Giglamesh enfrenta e vence Aga, rei de Kish, consolidando a independência de Uruk. A tábua 10 contém um trecho que refere a fabricação do vinho.
O primeiro livro da Bíblia, o Génesis, conta que Noé se tornou lavrador e procedeu à plantação de vinhas.
O Talmude, livro sagrado dos Judeus, faz também referência ao vinho.
Voltando à literatura, não podemos deixar de citar Homero, famoso poeta grego que viveu por volta do séc. VIII a. C. Nas suas narrativas também alude à produção e consumo de vinho na época. Fá-lo não só a respeito da Guerra de Tróia, como também na Odisseia.
Na Ilíade, Homero fala dos vinhos da Ilha de Lemnos, no mar Egeu, como sendo a fornecedora das tropas sitiantes, sendo o vinho proveniente da Frígia. Este néctar ter-se-ia tornado fundamental para os soldados que passaram muitas noites em volta das fogueiras, ao longo dos supostos dez anos que teria durado o sítio. Se o vinho faltasse, talvez não tivessem ânimo para suportar tão longa espera. Por isso, quando o vinho escasseava, gregos e troianos faziam vista grossa ao intercâmbio clandestino dos comerciantes, que tinha lugar durante a noite.
Na Odisseia, Homero também descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Ulisses. Refere então o vinho de Maro, doce e de elevado grau alcoólico, ao qual era adicionada água na proporção de vinte vezes mais. Quando Ulisses teria sido aprisionado pelo ciclope Polifemo, na Costa da Sicília, só teria conseguido libertar-se oferecendo-lhe o vinho de Maro, sem água. Polifemo teria caído em sono profundo, o que teria permitido a Ulisses extrair-lhe o olho, segundo a mitologia.
Pinturas egípcias, que datam de épocas que se situam entre 3.000 e 1.000 anos a.C., contêm detalhes da produção do vinho. Tumbas dos faraós mostram a colheita da uva, a prensagem e a fermentação e até cenas em que o vinho era bebido em diferentes recipientes e situações.
Na tumba do faraó Tutankamon (1371 – 1352 a.C.) foram encontradas, em 1922, 36 ânforas de vinho, algumas das quais com inscrições da região de origem, safra, nome do comerciante e até referências à excelência da qualidade1.
Estrabão, filósofo estoico, historiador e geógrafo (64/63 a. C.) refere-se à cultura da vinha na região do Douro.
Como resulta do que acima foi relatado, o vinho era guardado em ânforas. A palavra ânfora, em grego, significa algo que pode ser transportado por duas pessoas. Trata-se de um vaso cerâmico, bojudo, de gargalo estreito e base pontiaguda, com duas asas simétricas para facilitar o transporte por duas pessoas, como se disse. Foi usado por gregos e romanos. Certos historiadores atribuem a sua invenção aos cananeus, povo que habitava a região do Médio Oriente. Serviu por largos séculos, até quase à Idade Média, para guardar líquidos e cereais.
Por curiosidade, lembraremos, a propósito, que a ânfora panatenaica (séc. V a. C.) de base estável e grande valor artístico era atribuída aos vencedores dos concursos de Panateneias, que eram festas atenienses. Note-se a semelhança com o atual prémio ganho pelos vencedores de alguns jogos.

1Cfr. A Saúde da Água ara o Vinho, Dr. Marcio Bontempo

TEMPO SECO

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A Magia das Cinzas (III)
Para se alcançar uma solução prudente e racional, para os problemas que hoje assolam a nossa floresta, terá que se atentar, primeiro, numa ocupação compatível para o bando de parasitas que vivem à custa da sua destruição. Posto isto, e com parte dos recursos financeiros que são queimados todos os anos, no combate aos incêndios, está o caminho desbravado para implementar as mais variadas iniciativas de reorganização da floresta portuguesa.
Embora a legislação comunitária, obrigue cada estado membro a adoptar as medidas necessárias para o combate ao nemátodo (doença que ataca as coníferas com principal incidência no pinheiro bravo), Portugal não foi além da elaboração de uns quantos mapas com a localização, de maior incidência, da doença, quando ela já se propagou por todo o país. Protelar mais na sua erradicação, vai traduzir-se em graves prejuízos económicos e ambientais para todos nós a curto prazo.
A rentabilização da limpeza florestal é inadiável. O apoio à implantação de centrais e industrias de aproveitamento de resíduos florestais, é fundamental para o incentivo à remoção da biomassa que todos os anos se avoluma dentro e fora da floresta. A sua diversidade permite um sem fim de aproveitamentos energéticos, diretos e industrializados, assim como na produção de fertilizantes agrícolas.
Asseguradas a sustentabilidade da remoção da biomassa e a saúde da floresta, a abertura de novos acessos e a manutenção dos existentes, fica, também garantida. Aqui, um papel preponderante para as autarquias, que devem zelar por aquilo que até agora tem sido negligenciado. Porque não, em detrimento daquelas actividades de entretenimento, de pouca ou nenhuma utilidade, que nos últimos anos têm vindo a pulular por este país fora, custeadas pelo erário público? Um país em contenção financeira, com os salários mínimos e as pensões mais baixas, da comunidade económica e monetária em que está inserido, não se pode dar ao luxo de esbanjar dinheiros, em eventos acessórios e sem imaginação. Esta é a luta com a qual todos devem estar comprometidos, nas mais variadas frentes que ela comporta.
Com a diminuição do risco de incêndio, é preponderante a tendência para a área da floresta aumentar substancialmente, em quantidade e qualidade. incremento, das espécies existentes ou a introdução de espécies novas, ou rejeitadas, há longo tempo, da nossa floresta, deve obedecer a critérios de adaptação às condicionantes resultantes: da composição dos solos, das condições climatéricos e da localização geográfica; bem como da sua rentabilidade. Não haja ilusões!... A floresta só vingará, se dela resultarem dividendos, para quem com ela trabalha.
Já nesta rúbrica a designei de: “o nosso único petróleo”. Contudo, ela é bem mais que isso. Ela será, cada vez mais, a nossa autonomia energética, o possível aumento do nosso rendimento per capita, a recuperação da nosso pequeno ecossistema e, consequentemente, a nossa contribuição para a melhoria global das condições climatéricas e ambientais. Indo mais longe: é o único e fiável, grande, projeto com futuro assegurado em Portugal. Não sei, é se haverá vontade e idoneidade para levá-lo por diante. Embora tarde, está na hora de acordarmos desta vergonhosa apatia nos caracteriza e na qual nos acomodamos há demasiado tempo.
Novembro de 2016

CONSULTÓRIO

dr. raul
As costas podem ser a causa de muito sofrimento – as célebres “dores nas costas”! Tenham o nome que tiverem – lombalgia, lumbago, dorsalgia ou, ainda, hérnia discal ou ciática – são dores que são motivo de queixas em muitas das pessoas que nos rodeiam ou, mesmo, em nós próprios.
Calcula-se que cerca de oito em cada dez pessoas sofrem, podem vir a sofrer, ou já sofreram de dores nas costas!
Vamos tentar reconhecer cada um destes tipos de dores e dar uma achega sobre a sua prevenção e tratamento.
Reconhece-se uma ciática pela irradiação da dor pela parte posterior da coxa.
Esta irradiação da dor é devida ao facto de estarem atingidas uma ou mais raízes do nervo ciático, nervo este que parte da coluna vertebral e segue na direcção da perna.
O lumbago dura geralmente uma semana.
Mesmo que a dor imediata do lumbago (à volta dos rins) seja intensa, ela não se prolonga por muito tempo e cede, de uma forma rápida, ao fim de alguns dias. Pelo contrário, se a dor tem uma duração mais prolongada, às vezes alguns meses, a designação de lumbago não se aplica e a dor passa a chamar-se lombalgia crónica.
A ansiedade e a depressão agravam as dores nas costas.
As perturbações psicológicas, como uma depressão ou um estado se ansiedade, jogam um papel, não negligenciável, no aparecimento ou passagem ao estado crónico das lombalgias. Daí o suportar-se menos bem uma dor quando se sofre de um humor depressivo ou ansioso.
Mesmo que sofra, frequentemente, de dores nas costas a actividade física é, quase sempre, aconselhada.
A actividade física previne o aparecimento de dores nas costas e, igualmente, o seu agravamento. Mas, durante o período de dor aguda, não é recomendada a prática de actividade desportiva. Também o bom senso aconselha que se devem praticar exercícios que não provoquem constrangimento para as costas, agravando as suas dores.
O que é uma cruralgia? Uma dor lombar específica.
A cruralgia é uma dor da parte inferior das costas que irradia para a parte anterior das coxas. Esta dor é devida a uma perturbação de uma ou mais raízes do nervo crural, também chamado nervo femoral.
Pelo facto de sofrer de lombalgia não é necessário fazer, sistematicamente, uma radiografia.
Uma radiografia apenas mostra os ossos e as vértebras (que também são ossos), não mostrando os discos intervertebrais, os músculos, os ligamentos, os nervos ou os vasos, que não são visíveis numa radiografia. Por isso, quando não há suspeita de outra coisa que a lombalgia, a radiografia não será muito esclarecedora.
Quando se sofre de dores nas costas o período de repouso deve ser o mais curto possível.
Antigamente os médicos aconselhavam longos períodos de repouso a quem sofria das costas. Hoje em dia só se aconselha o repouso durantes os episódios de dor aguda. Mal passe a fase aguda recomenda-se o recomeço das actividades físicas o mais rapidamente possível e, mesmo, a prática de uma actividade física ou desportiva, regulares.
A dorsalgia provoca uma dor localizada ao nível das omoplatas.
A dor da dorsalgia concentra-se no meio das costas, ao nível das omoplatas. A dor pode dificultar os movimentos respiratórios.
A dor nas costas não é hereditária.
O facto de as dores nas costas atingirem várias pessoas da mesma família não tem a ver com a hereditariedade mas, antes, pelo facto de ser uma afecção muito difundida.
Contra as lombalgias prescrevem-se, por vezes, antidepressivos
Os antidepressivos exercem uma acção sobre a transmissão da mensagem dolorosa. É por isso que se utilizam, por vezes, em maior quantidade que os analgésicos ou anti-inflamatórios. A dose utilizada é, habitualmente, mais baixa do que a prescrita em casos de depressão. É por isso que muitas vezes os antidepressivos podem ter um efeito apreciável nas situações de depressão associada a dores nas costas.
Fonte: Isabelle Eustache, www.rhumatismes.net.
E-mail: amaralmarques@gmail.com

SANFONINAS

dr. jose
MARCAR O TERRITÓRIO
O canito vai com o dono a passear. E nem sempre alça a perna por necessidade, mas sim porque cheira e acha que deve marcar o território. Os cães do meu vizinho ladram sempre que passa um cão, que é a forma de dizerem «não te atrevas a tentar entrar, este território é nosso!».
Na juventude, li muitos livros sobre os costumes dos animais, quando ainda não havia os documentários que há hoje nem existia a National Geographic com esses espantosos programas. E uma das informações que me deliciou foi saber que, antes de se instalar num recanto da floresta, a família de castores, marca o território com um líquido de cheiro bem activo (seria almíscar?).
Diariamente os noticiários nos informam dos bombardeamentos e correspondentes mortandades por questões de domínio territorial. «Nunca mais se entendem!» – desabafamos nós. Os outros castores respeitam o território daquela família que ali se instalou; os homens não lhes seguem o exemplo. E até se matam parentes por meras questões de partilhas!...
Ao longo dos tempos, sempre o Povo se ergueu em Cortes contra a prepotência das classes dominantes – os nobres e o clero – por causa do território. Quiçá também precisasse de se erguer, agora, contra outra classe dominante, os gestores municipais, quando ocupam baldios ou quando, por obscuros (ou evidentes…) interesses imobiliários, deliberam transformar em aedificandi uma área que secularmente o não era… E quando, por toda a parte, se apropriam, sem tir-te nem guar-te, do espaço público para – através das taxas de parqueamento automóvel – usurparem dinheiro aos contribuintes! O esquema é o mesmo do da Idade Média, com a diferença de que já não há Cortes onde o Povo possa reclamar os seus direitos, nem os detentores do poder (ao contrário dos reis d’outrora) se preocupam em mandar instaurar inquirições ou exigir confirmações, porque, aliás, dessa exemplar governação medieval terão certamente uma vaga ou mesmo nenhuma ideia…
Antecipando o Lisbon Web Summit, previsto para este mês de Novembro, o número de Outubro da UP, revista de bordo da TAP – Air Portugal, escolheu para seu tema genérico Portugal Connected, a fim de se demonstrar, no fundo, que, mediante as novas tecnologias, acabamos por verificar que… não há limites!
E não há mesmo! E o Povo que se submeta!