Arquivo mensal: Março 2021

Mangualde promove iniciativa “Tudo por um sorriso”


Cumprindo todas as orientações da DGS, este projeto desenvolve várias atividades socioculturais
Com a pandemia, a terceira idade viu-se numa situação vulnerável quer a nível físico, quer a nível psicológico com a obrigação ao confinamento, sem contacto físico com os seus familiares e/ ou cuidadores/as. Tendo como principal objetivo quebrar o isolamento em tempo de pandemia, melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos/as idosos/as, promover o envelhecimento ativo minimizando os efeitos associados, respeitando o idoso na sua individualidade, o município faz nascer hoje, 15 de março, a iniciativa “Tudo por um Sorriso”!
Cumprindo todas as orientações da DGS, este projeto pressupõe o desenvolvimento de várias atividades na proximidade do domicílio. Tais como oficina música/dança, oficina de expressão oral e escrita, de expressão plástica, de estimulação cognitiva, de jogos de mesa, de informática, de teatro, de exercício físico, entre outras. Com o sentido de criação de uma nova metodologia de trabalho social com os idosos, inovadora, em que a animação sociocultural assume um papel fundamental, incentivando-os a melhorar o seu dia-a-dia e, consequentemente, a sua qualidade de vida.
“Este é um novo projeto da área social para idosos/as confinados/as há bastante tempo, no sentido de minimizar o peso da solidão e o medo que os/as está a “atrofiar” física e psicologicamente. É este o tempo de intervir e voltar a fazê-los/as sorrir numa relação de confiança, de rede de vizinhança, cumprindo escrupulosamente todas as regras emanadas pela DGS. Esta faixa etária deve sentir-se envolvida e acarinhada e, é isso que vamos fazer para que não se instale a inatividade e sim o bem-estar”, afirma Maria José Coelho, vereadora da Câmara Municipal de Mangualde.

LAR DE S. JOSÉ – A INSTITUIÇÃO DO CONCELHO QUE SENTIU OS EFEITOS DA PANDEMIA covid19 LOGO NO INíCIO


No próximo mês de abril, fará 1 ano que surgiu o surto de infeção no Lar de S. José em Santiago de Cassurrães.
Renascimento falou com a Diretora Técnica da instituição, Drª Rute Pinto, que, resumidamente e em resposta às nossas questões, deixa uma imagem de como tem sido o dia a dia da Instituição neste último ano sob todas as contingências provocadas pela pandemia COVID 19.
RENASCIMENTO - À data de hoje, que é decorrido praticamente um ano, qual o sentimento pela situação que a Instituição viveu?
DIRETORA TÉCNICA - DRª RUTE PINTO - Decorrido praticamente 1 ano desde o primeiro caso Covid-19 na Instituição, o sentimento de perda continua presente em todos nós que vivenciamos toda esta situação de bem perto. Sofremos perdas humanas e afetivas que jamais serão colmatadas. Perdemos pessoas que faziam parte da “nossa família” há já alguns anos e, a sua morte nestas circunstâncias deixou-nos uma marca, que julgo, permanecerá para sempre, pois foram mortes que aconteceram devido a uma pandemia mundial. Existe, no entanto, um sentimento de Esperança que tudo volte ao normal e que um dia, este ano, não passe de uma má memória na história da nossa Instituição.

RENASCIMENTO - Atualmente como se encontram, que sentimentos têm os utentes, funcionários e quem está ligado ao Lar, uma vez que já existe a segurança de terem sido vacinados?
DRª RUTE PINTO - Atualmente, e tendo em conta que já todos os utentes e funcionários da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas já se encontram vacinados, o sentimento de medo de podermos voltar a passar por uma situação idêntica à que vivenciamos há 1 ano atrás está agora mais desvanecido, e sentimo-nos um pouco menos oprimidos no quotidiano da nossa Instituição. No entanto, o sentimento de segurança ainda não está em pleno nas nossas ações nem nas nossas mentes, uma vez que o plano de vacinação ainda se encontra a decorrer e por isso ainda não está atingida a imunidade de grupo.

RENASCIMENTO - Como é a vivência dia a dia atualmente? Já está praticamente restabelecida a normalidade antes COVID, ou ainda há constrangimentos?
DRª RUTE PINTO - A nossa vivência atualmente é regida por algumas restrições e constrangimentos ainda que, de uma forma mais leve, tais como: os idosos estão sentados na sala de convívio com distanciamento social, a hora das refeições está definida por 2 turnos para que não se cruzem tantas pessoas no mesmo espaço, as funcionárias usam o equipamento de proteção individual necessário e adequado a cada situação, as visitas aos utentes são feitas por marcação e através de um vidro, e ainda, sempre que exista uma saída de algum utente, e desde que esta dure mais que 24h, os mesmos terão que cumprir um período de isolamento de 14 dias, ainda que, já tenham as duas doses da vacina contra a Covid-19.

RENASCIMENTO - Perderam muitos utentes com o surto que afetou o Lar. Como foi lidar com essa situação e como ficaram os utentes que sobreviveram?
DRª RUTE PINTO - As perdas que sofremos foram muito difíceis para todos nós, utentes e funcionárias, uma vez convivemos todos juntos várias horas por dia, e muitos destes utentes estavam connosco já há bastantes anos. São histórias de vida, vivências e memórias que se perdem quando um vírus se instala na “nossa casa”. Os outros utentes ficaram claramente abatidos e destroçados com estas perdas, mas tivemos que, todos juntos enquanto família institucional, encontrar força e coragem para continuar o nosso caminho, nunca esquecendo estas perdas que ficarão para sempre na nossa lembrança pela circunstância em que ocorreram.

RENASCIMENTO - Sentem que esta situação trouxe, de alguma forma, alguma reticência em relação a novos utentes que venham para o lar?
DRª RUTE PINTO - Confesso que inicialmente esse era um dos meus receios, mas felizmente isso não aconteceu e sinto que as pessoas não têm qualquer tipo de reticência em vir para o nosso lar. Suponho que o facto da situação que vivemos, ter sido à posteriori vivida por tantos outros lares, fez com que as pessoas percebessem que não éramos caso único e que, infelizmente, o vírus também acabou por afetar outras Instituições de igual forma.

RENASCIMENTO - Acreditam que a realidade que o mundo vive ajudou a modificar as pessoas de alguma forma, ou seja, sentem mais solidariedade, mais apoio para com a Instituição?
DRª RUTE PINTO - Efetivamente, criou-se uma onda de solidariedade e apoio para com a nossa Instituição, e agradecemos a todos quanto nos ajudaram e continuam a ajudar neste momento difícil pelo qual atravessamos.

RENASCIMENTO - Uma mensagem ou algo mais que queira deixar aos leitores do nosso jornal e à comunidade em geral
DRª RUTE PINTO - Infelizmente são tempos difíceis para todos. Estamos a atravessar um momento incerto em que precisamos evitar a rua e o contato humano para garantir o controlo da pandemia do Coronavírus (Covid-19). Ainda não sabemos quanto tempo isto irá durar, mas não podemos deixar o medo ocupar as nossas mentes. É tempo de ter esperança e de acreditar que dias melhores virão.
Deixar ainda uma palavra de agradecimento a todas as funcionárias pelo seu empenho, esforço e dedicação no cumprimento desta missão, pelo tempo que têm retirado às suas famílias, mas, sobretudo, pela sua coragem. Obrigado.

PLANO DE DESCONFINAMENTO EM QUATRO FASES


15 de março, 5 de abril, 19 de abril e 3 de maio
Na passada quinta-feira foi aprovado o 13º estado de emergência. Também neste dia, o primeiro-ministro António Costa apresentou o plano de desconfinamento para o país, após a reunião do Conselho de Ministros.
A reabertura dos vários setores irá acontecer em quatro fazes, permitindo assim um desconfinamento “gradual, cauteloso e a conta-gotas”.
“Os dados são claros: estamos abaixo do número de novos casos por 100 mil habitantes da linha de risco”, referiu António Costa, mas o dever geral de confinamento vai manter-se até à Pascoa
A proibição de circulação entre concelhos de Portugal continental vai também manter-se nos fins de semana até à Páscoa e entre os dias 26 de março e 5 de abril, correspondente ao período pascal.
O que reabre nas várias fases
A 15 DE MARÇO

  • Creches, pré-escolar, 1.º ciclo (e ATL para as mesmas idades);
  • Missas regressam a partir de segunda-feira. Compasso pascal e procissões estão suspensos;
    -Comércio ao postigo, cabeleireiros, manicures e similares;
  • Livrarias, bibliotecas e arquivos;
  • Comércio automóvel e mediação imobiliária.
    A 5 DE ABRIL
  • 2.º e 3.º ciclos (e ATLs para estas idades);
  • Equipamentos sociais na área da deficiência;
  • Museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares;
  • Lojas até 200m2 com porta para a rua;
  • Feiras e mercados não alimentares (por decisão municipal);
  • Esplanadas (máximo de 4 pessoas);
  • Modalidades desportivas de baixo risco;
  • Atividade física ao ar livre até 4 pessoas e ginásios sem aulas de grupo.
    A 19 DE ABRIL
  • Ensino secundário e superior;
  • Cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos;
  • Lojas de cidadão com atendimento presencial por marcação;
  • Todas as lojas e centros comerciais;
  • Restaurantes, cafés e pastelarias (máximo de 4 pessoas ou 6 em esplanadas) até às 22:00 ou 13:00 aos fins de semana e feriados;
  • Modalidades desportivas de médio risco;
  • Atividade física ao ar livre até seis pessoas;
  • Eventos exteriores com diminuição de lotação;
  • Casamentos e batizados com 25% de lotação.
    A 3 DE MAIO
  • Restaurantes, cafés e pastelarias (máximo de 6 pessoas ou 10 em esplanadas) sem limite de horário;
  • Todas as modalidades desportivas;
  • Atividade física ao ar livre e ginásios;
  • Grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação;
  • Casamentos e batizados com 50% de lotação.
  • O teletrabalho deve manter-se sempre que possível.
    Os horários de encerramento do comércio são às 21:00 durante a semana e às 13:00 aos fins de semana e feriados (com exceção para o retalho alimentar, que pode funcionar até às 19:00).
    REABERTURA SERÁ REVISTA SE ÍNDICE DE TRANSMISSIBILIDADE ULTRAPASSAR 1
    Sempre que em Portugal se ultrapasse os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o índice de transmissibilidade ultrapasse o 1, as medidas serão revistas, salientando ainda que, este processo de reabertura será “gradual e está sujeito sempre a uma reavaliação quinzenal de acordo com a avaliação de risco” adotada.
    “Essa avaliação de risco tem por base dois critérios fundamentais consensualizados entre os diferentes especialistas: por um lado, o número de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias e, por por outro lado, a taxa de transmissibilidade, medida através do famoso Rt”.
    António Costa, referiu ainda que que o programa de testagem nas escolas acompanhará a reabertura dos diferentes níveis de ensino, de forma a detetar eventuais casos de covid-19 “Vamos aproveitar este regresso à escola para lançar um programa de testagem massiva, que está programado e que já foi anunciado, para poder detetar no momento em que as pessoas regressam aos estabelecimentos de ensino possíveis focos que existam de infeção”.
    MEDIDAS DE APOIO A TRABALHADORES E EMPRESAS
  • Reativação do apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador independente, empresário em nome individual ou membro de órgão estatutário dos setores do turismo, cultura, eventos e espetáculos, cuja atividade, não estando suspensa ou encerrada, está ainda assim em situação de comprovada paragem total da sua atividade ou da atividade do respetivo setor;
  • Alargamento do “lay-off simplificado” a empresas cuja atividade, não estando suspensa ou encerrada, foi significativamente afetada pela interrupção das cadeias de abastecimento globais, ou da suspensão ou cancelamento de encomendas, e ainda aos sócios-gerentes;
  • Prolongamento do apoio extraordinário à retoma progressiva até 30 de setembro de 2021, estabelecendo um regime especial de isenção e redução contributivas para empresas dos setores do turismo e da cultura;
  • Criação de um novo incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial, no montante de até duas Remunerações Mínimas Mensais Garantidas (RMMG), para trabalhadores que tenham sido abrangidos no primeiro trimestre de 2021 pelo “lay-off simplificado” ou pelo apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade;
  • Reforço do apoio às microempresas com quebras de faturação, com a possibilidade de pagamento de mais 1 RMMG no terceiro trimestre de 2021.

2 DE MARÇO 2020 – 2 DE MARÇO 2021 A PANDEMIA ESTÁ NO PAÍS HÁ UM ANO


A 2 de março de 2020 era anunciado o que se temia. “Há registo em Portugal de um primeiro caso de infeção por COVID 19”.
Começou em Portugal, a exemplo do que já estava a acontecer em alguns país do mundo, a luta contra um vírus para todos desconhecido. Um vírus que, segundo se sabe, veio da China e em pouco tempo, tomou conta do mundo. Atualmente vive-se em função deste vírus que por cá permanece e já provocou 2 653 641 de mortos no mundo, 16 684 deles em Portugal (números disponíveis à data de fecho desta edição).
COVID 19
EM MANGUALDE
A 26 de março de 2020, a Câmara Municipal de Mangualde, após audição da Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) e tendo em conta o momento que todo o país, àquela data, atravessava em relação à pandemia do COVID19, decidiu ativar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. Apesar de, nessa data, não haver neste território casos positivos, o cenário de contágio do vírus evoluiu para territórios limítrofes e de proximidade e o regresso crescente de cidadãos do estrangeiro e de outras regiões do país, no período de Páscoa, que estava próximo levaram à tomada de medidas para a máxima contenção de possível risco de contágio.
Em Mangualde, o “pesadelo” Covid19 surgiu no mês de abril e, surgiu logo de forma abrupta e assustadora com um surto a desenvolver-se numa Instituição de solidariedade, o Lar de S. José em Santiago de Cassurrães e à data de 26 de Abril 2020, segundo informação oficial da Delegada de Saúde, existiam no concelho de Mangualde 73 casos. Destes casos, 67 eram na União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães e 6 estavam dispersos pela restante comunidade havendo já a registar, 7 óbitos. O foco de casos positivos forte e intenso registava-se no Lar de São José, em Santiago de Cassurrães.
A 20 de julho, chega a informação que o concelho tem zero casos ativos. “É com enorme satisfação que comunicamos, que o concelho atinge os zero casos ativos de COVID-19. Salientamos ainda, o comportamento das pessoas num todo, do cumprimento regular das medidas de prevenção indicadas pela DGS.”, destacou à data, Elísio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde. Porém, o vírus mantinha-se ativo, tal como atualmente, e não permite que se “baixe a guarda”. Assim, a 12 de agosto, depois de “20 dias limpos”, o vírus voltou e no relatório do dia 28 daquele mês já existiam 6 casos ativos por infeção da COVID19.
A situação no concelho, a exemplo que se registou pelo país, começou a piorar com os números de infeção sempre a subir e a 16 de novembro, Mangualde passa a integrar a lista de concelhos de maior taxa de incidência de infeção. 113 casos ativos, eram os que se contavam a 29 de novembro.
Um ligeiro cuidado, por parte da população, ainda levou, no dia 5 de dezembro, a que Mangualde pudesse passar para o nível de risco moderado, com a contagem de 59 casos ativos a 13 de dezembro mas, o Natal, o Fim de Ano e o descuido não levaram a melhor, e o vírus, ganhou poder.
A 8 de janeiro Mangualde volta a entrar para a lista dos concelhos com o nível máximo de risco por infeção e a situação agrava-se não só no concelho mas em todo o país e desde 15 de janeiro que o país se encontra em confinamento geral, com as medidas aplicadas nessa data a serem revistas nos dias seguintes e que ditaram o fecho das escolas e posteriormente a passagem para o ensino à distância desde o passado dia 8 de fevereiro.
Mangualde registava a 28 de janeiro, 417 casos ativos de infeção por Covid19. Após 62 dias com números elevados, os casos de infeção em Mangualde começaram a baixar e no passado dia 9 de fevereiro não se registou qualquer caso. A quebra gradual do número de infetados permitiu a Mangualde passar para o patamar mais baixo de nível de risco, no qual se mantém atualmente.
Salientarmos ainda, que no passado dia 18 de fevereiro, iniciou-se no Pavilhão Desportivo do Bombeiros Voluntários de Mangualde, preparado para o efeito, o plano de vacinação contra a COVID19 do concelho de Mangualde
À hora de fecho da nossa edição, o concelho de Mangualde apresenta os seguintes números:

  • Confirmados - 1338
  • Recuperados - 1300
  • Óbitos - 25
  • Casos ativos – 13

Mangualde com dinâmica de Investimento


Estão de parabéns os Empresários do Concelho de Mangualde.
Apesar da crise decorrem em bom ritmo os investimentos empresariais no Concelho de Mangualde.
A Empresa “Bricotir” com um investimento de 1.100.000 euros adquiriu mais 10 camiões, aumentando a sua frota de 55 para 65 viaturas, criando mais emprego mais serviço de logística internacional.
Outras Empresas, como a “Patinter” prepara-se para acolher a Galius que representa a Marca Renault Truks em Serviços de Venda e pós Venda e Manutenção.
A Empresa “Destaque Inspirado, Lda” está a construir 3 Pavilhões junto à A25, em S.to André para actividades Industriais e Comerciais.
A Empresa “Ernesto L. Matias, Lda” tem em bom ritmo a construção da nova fábrica.
Desta forma, o Concelho de Mangualde continua a sua diâmica de expansão industrial.

Conselho Municipal de Juventude de Mangualde


A Câmara Municipal de Mangualde, presidida por Elísio Oliveira, atenta aos problemas da Juventude, vai criar um “ Conselho Municipal de Juventude de Mangualde”.
Afirma Elísio de Oliveira .-” Numa sociedade onde se pretende preparar o futuro, têm que se criar condições para se proporcionar aos jovens o acesso a uma formação educativa, cultural, desportiva e artística. A ocupação dos tempos livres é uma condição indispensável para o desenvolvimento integral e harmonioso das crianças, adolescentes e jovens”.
O Projecto de “Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de Mangualde” vai ser submetido, para aprovação à Assembleia Municipal de Mangualde.

MANGUALDE É UMA CIDADE DE CULTURA

A Cultura é o modo de vida do ser humano; como pensam as populações de determinada região, como agem e fazem as coisas quotidianamente.
João Lopes é Vereador da Cultura na Câmara Municipal de Mangualde vai fazer doze anos. Tem procurado desenvolver e promover o Património Cultural do Concelho, que é de grande relevância.
A estratégia cultural do Município tem apostado num conceito relacionado com a captação, criação e fidelização de públicos, com o intuito de garantir massa crítica que permita garantir uma agenda cultural sistematizada e regular. Nota-se esta dinâmica na persistência com que têm sido efectuados determinados eventos que no seu início tiveram baixa participação de espectadores e que com a continuidade têm vindo a angariar a simpatia e presença regular do público, sobretudo de um certo público atento e fiel às iniciativas propostas em cada ano.
Apresenta-se um conjunto de fotografias que marcam alguns dos mais emblemáticos eventos. Contudo, segundo as estatísticas colhidas através da Biblioteca Municipal de Mangualde, Dr. Alexandre Alves, têm sido efectuadas, nos últimos 6 anos, uma média de 200 iniciativas por ano. Destas iniciativas, destacam-se inúmeros espectáculos ao ar livre e que têm ocorrido quer no centro da cidade, quer nas freguesias do concelho. Dos eventos realizados, muitos têm sido de produção ou co-produção da Biblioteca Municipal que, com a sua equipa, tem sido constituída como a grande responsável pela dinâmica cultural do concelho.
A aposta em públicos heterogéneos, que abrangem as diversas faixas etárias, tem possibilitado um crescente número de espectadores, ano após ano, sem esquecer a formação nas escolas que possibilitará no futuro a participação desses alunos, já na sua fase jovem e adulta, naquela que tem sido a principal tarefa encetada na criação de novos públicos.
Os responsáveis autárquicos tem colocado uma grande ênfase na recuperação do Cine Teatro Império, cujas obras deverão arrancar ainda no primeiro semestre deste ano e que, depois de concluído, necessita de vida cultural própria e dinâmica que o torne atractivo, não só para os habitantes do concelho, mas também para outros públicos dos concelhos limítrofes.
Esta dinâmica, tem-se traduzido, nos últimos anos, na apresentação de diversas peças teatrais, quer com a “prata da casa”, quer com conceituadas companhias da região, quer recorrendo a companhias profissionais com peças de teatro que têm estado em cena nos maiores palcos do território nacional e com actores conhecidos do grande público, contribuindo para sucessivas sessões esgotadas.
Também a música tem estado em grande destaque com a criação da Orquestra Poema e o apoio constante à Orquestra Mais Música, mas também com a vinda de grandes Orquestras como a da GNR, da PSP e do Exército. E a par da música clássica, tem estado o apoio a artistas da região que têm feito o encanto das noites Em Quarto Crescente, das Sextas da Lua ou do Itinerâncias da Lua.
No âmbito das exposições, têm sido inúmeras as que têm proporcionado momento únicos aos visitantes, destacando-se pela dimensão e pelo número excepcional de visitantes a exposição de mais de mil presépios do mundo pelo Natal, dos soldadinhos de chumbo por ocasião da passagem dos 200 anos das invasões francesas e as de Sérgio Amaral, um oleiro de renome, de Mangualde.
As palestras têm constituído também uma aposta anual do Município e têm versado diversas temáticas, sendo de destacar as que se realizam em Maio e que resultam de uma parceria com o professor de História, Dr. João Carlos Alves.

EDITORIAL Nº 794 – 1/3/2021

Conforme noticiámos no último Editorial, O Jornal Renascimento deu no passado dia 15 de Fevereiro, um grande passo, entrou na cidade de Viseu e para ficar.
Abriu a sua Delegação no Centro da Cidade na Avenida 25 de Abril, n.º 1.
Neste momento estamos em plena pandemia, deprimidos, temerosos, mas logo que passe a crise, Portugal fervilhará de actividade e entusiasmo, os indicadores económicos melhorarão, a confiança subirá e o mundo que nos visitava, voltará, cada vez mais apaixonado pelo nosso País.
A vida tem ciclos; uma vez melhor, outra pior!
E é num novo ciclo que o Renascimento pretende entrar. Um Jornal nascido em Mangualde, sua Terra Mãe, mas também da Região. A Região precisa!
Vamos ter mais páginas, mais côr e também mais colaboradores. O caminho faz-se caminhando…
Ao entrarmos na Cidade de Viseu, expandimos a nossa divulgação. Mais tiragem, mais pontos de leitura, mais informação, melhor informação.
Para isso ao iniciámos a abertura da nossa Delegação fizemos uma grande distribuição de exemplares do Renascimento. E vamos prosseguir…
O Renascimento tem que estar em todos os pontos importantes! Já iniciamos, foi a nossa primeira preocupação. Tem de ser visto! O que não se vê, não existe!
Aproximamo-nos de uma cidade de média dimensão, com 100 mil habitantes. Um grande trabalho pela frente, uma verdadeira luta, para ocuparmos um lugar que desejamos e merecemos. Mercemos pelo nosso trabalho, sério, persistente!
Recebemos de Viseu palavras de incentivo, satisfeitos por receberem o jornal. O Jornal está nos Hoteis, nas Clínicas, nos Hospitais, nos Médicos, nos Advogados, nas Conservatórias, Notários, Serviços, etc. E,logo que abram os Restaurantes, os Bares e os Cafés, aí estará o Renascimento para ser lido.
Estamos numa Região de planaltos e montanhas, de Cultura, de Património Histórico, de Ciência de vanguarda, de saborosa Gastronomia, de Vinhos, de Queijo, de frutas, tudo do melhor, saibamos aproveitar a vida. Somos um País rico, com uma economia pobre!
As coisas que temos são pequenas, mas muito raras. E as coisas raras são vendidas mais caras que as coisas banais.
O vinho mais famoso, mais precioso do mundo é produzido em França, num simples hectar. Se tivesse muitos hectares não era tão valioso.
Das coisas pequenas às vezes fazemos coisas grandes.
Que são feitas com amor, com paixão.
É esse amor, essa paixão que nos move.

IMAGINANDO

Parte 90
O Poder do Subconsciente – Parte 3
Dando continuidade ao tema, tal como grandes cientistas, escritores, poetas, etc., sabem como funcionam as mentes consciente e subconsciente, também o leitor tem acesso a esse mesmo funcionamento. Basta ser coerente consigo próprio.
A questão está em dominar o Eu inferior, que comanda os  medos, ansiedades e preocupações, e deixar-se libertar pelo seu EU Superior. Quando alguma situação o está querendo preocupar, fale com autoridade para essas emoções irracionais e diga:
“Fiquem quietas, porque tenho tudo sob o meu domínio. Obedeçam-me, porque estão sob o meu comando. Não sejam intrometidas”.
Somos nós que dirigimos nossas vidas, e elas devem ser excutadas seguindo os nossos princípios.
‍Quando o consciente envia uma forma-pensamento para a mente subconsciente, esta acredita aceitando a ordem, baseada na própria verdade criada  pelo consciente.
Reportando ao texto anterior, não há duas mentes distintas.
‍Só existe uma,  mas com dois planos que devemos aprender a utilizar:
A consciente, objetiva, que guia os contactos com o meio ambiente, o nosso mundo exterior, pelos cinco sentidos.
A inconsciente, subjetiva, que não raciocina, armazém de todas as memórias, residência das nossas emoções, submissa a qualquer sugestão, que aprende pela intuição.
Observe o leitor que, sem alguma decisão consciente, todos os processos de digestão, circulação, respiração, o batimento do seu coração funcionam normalmente. Também quando aprendemos a andar, conduzir um veículo, a escrever, ler ou um oficio para a nossa vida profissional,  é o nosso subconsciente que está no comando, pondo-nos em piloto automático.
Ao acreditarmos que temos a capacidade de entrar em contacto com o nosso subconsciente, encontramos o verdadeiro diamante que vai enriquecer nossas vidas.
Elas passam a ser um verdadeiro paraíso, porque a partir daqui conquistamos a nossa liberdade, sendo senhores de nós próprios. Todo o seu poder armazenado está sob controlo. Ele será o nosso fiel servidor e estará à disposição para um manancial de desejos e comandos que possamos experimentar.
 
Podemos exemplificar:
Queremos ter uma palestra maravilhosa perante um público exigente sobre a matéria a tratar,  e acolher o seu entusiasmo. Se transmitirmos esta ideia com verdadeiro amor, aquela emoção de que tudo correu bem, e agradecendo pela ocorrência, o seu subconsciente irá agir de acordo com a fé manifestada.
Nós somos os comandantes e nossos pensamentos são os navios que conscientemente comandamos.
Devemos dar a ordem certa, para que o rumo desse ou desses navios sigam o caminho que pretendemos e o subconsciente proceda de acordo, para podermos controlar e governar rigorosamente todas as nossas  experiências.
O leitor tenha a certeza que o subconsciente obedece a todos os seus pensamentos, por vezes até falsos pensamentos. Ele nunca questiona, porque para si os tomou como verdadeiros.
Faça esta experiência:
Quando estiver prestes a adormecer, pense em acordar a uma determinada hora, e ter tempo de se preparar para resolver um assunto pendente. Tenha a certeza que àquela hora, o leitor será acordado. O seu subconsciente aceitou esse seu pensamento.
Fé é um pensamento na sua mente.
Ao pensarmos com a mente consciente e com determinação, as imagens nela criadas são completamente recolhidas  na mente subconsciente.  
Em conformidade com a sua  natureza, porque sendo esta a fonte das nossas emoções e também uma mente criadora, imediatamente a põe em execução.
Vai obter para sua realidade, o produto que colapsou pelo Pensamento/Sentimento.
O Leitor é dono do “seu próprio destino”.

REFLEXÕES

Património cultural (18)
Citânia da Raposeira
Estou a chegar à fase mais interessante destes trabalhos arqueológicos. Tínhamos definida toda a área construída. Era preciso fazer uma interpretação o mais correcta possível de todo o conjunto arquitectónico que se tinha revelado. Sempre com o incondicional apoio científico do nosso grande mestre da Arqueologia em Portugal – Senhor Doutor Jorge Alarcão digno professor da Fac, de Letras da Universidade de Coimbra e meu grande Amigo; e também com a representação do Instituto Português do Património Cultural, através do Director da sua extensão em Coimbra ( SRAZC) Dr Beleza Moreira analisamos todos os pormenores do achado tentando definir e relacionar as diversas partes de todo o conjunto ali construído o qual será descrito no próximo capítulo. Todos os meus Amigos arqueólogos estiveram entusiasmados com o decorrer destas descobertas por terras de Azurara. Ao longo das campanhas alguns pediram para participar na escavação pelo Amor que tinham à arqueologia – lembro os Amigos Drª Fátima Rebelo, já arqueóloga ao tempo, e o acabado de licenciar Francisco Faure nosso conterrâneo a quem orientei num pequeno curso de desenho de campo em planta e cortes verticais. De vez em quando apareciam por ali mais alguns curiosos sempre interessados em perceber o que tudo aquilo significava. Não me irei demorar em descrições de momentos importantes que reservo para outros caminhos, se houver tempo. Por agora pretendo dar a conhecer a interpretação que fizemos no final das descobertas. É evidente que no dia a dia das campanhas, nós íamos tendo a definição do que ia surgindo sob a terra que tão cuidadosamente escavávamos. Era mais uma pedra num ângulo de muro, era a evidência de uma lareira. Era aquele pequeno fragmento de cerâmica grosseira, um outro de cerâmica “rica” daquela só usada pelos senhores nos seus banquetes, a tão falada “terra siggilata”. Também, ali, um pedacinho de vidro marmoreado que teria pertencido a qualquer jarra ou cálice, uma moeda romana muito oxidada, mas de fácil leitura. Ou aquele pedaço de ferro que, apesar de envolto em ferrugem e terra, deixava perceber a sua forma, desde o foição para trabalhos de lavoura, ao cinzel de pedreiro… um sem fim de pequenas e grandes coisas a que nós, muito respeitosamente, apelidamos de “espólio”. Na verdade NÓS, os que sentimos na Alma o valor, mesmo que seja simbólico, destes achados queremos e temos de os cuidar com muito respeito… E exigir o mesmo dos outros que por qualquer razão os tenham de manipular… e aqui reside uma das nódoas mais negras na preservação daquelas “coisinhas “ que constituem os testemunhos ricos nestes trabalhos. Para as pessoas comuns que nada têm a ver com estes conhecimentos o assunto até é divertido….oh! mas tenho de tratar “bem” este caquito ?!! Pois tem e terá sempre, porque esse caquito é um pedaço duma peça com a idade de 2000 ou muitos mais anos e que pelo seu lugar na história deverá ser respeitado e cuidado com muito amor… Haja, então, Respeito pela História das Terras de Azurara e Tavares…
Fevereiro 2021