Arquivo mensal: Abril 2021

ESTÁ ESCRITO NAS PEDRAS

As cidades e as suas pedras escurecidas pelo tempo, têm história, são como livros, cujas páginas, ás vezes, inadvertidamente, calcamos com os pés!
Mas, as pedras têm poesia, histórias esculpidas, uma linguagem perfeita – a linguagem das pedras. E é preciso saber ler, ouvir, porque têm muito para nos ensinar.
As pedras foram trabalhadas pelos pedreiros que as transformaram em Cultura.
Foi a pensar nas pedras, no seu valor histórico, no Património que representam, que o Arquitecto José Perdigão, teve a brilhante ideia, no ano de 1992, quando dirigia o Gabinete Técnico Local de Apoio ao Centro Histórico de Viseu de no Projecto de Repavimentação das Ruas do Centro Histórico de representar a Toponímia do Chão.
E, assim nasceu “ A Pedra na Arquitectura – Toponímia no Chão”.
Os primeiros trabalhos são da autoria dos Escultores José Moreira(MO) em 1992, após a sua morte de Francisco Lucena e depois no ano 2000 de Paulo Neves.
Estas esculturas foram muito elogiadas através dos tempos, até pelos Judeus que descobriram as Estrelas de David gravadas na Rua Nova, hoje Rua de Augusto Hilário, entretanto desaparecidas graças à estupidez dos homens … mas que podem voltar à luz da criação!…

Em 2022 farão 30 anos as primeiras. São também dignas de ser incluídas no Roteiro, a foto da Placa da Casa dos Queijos, da autoria do Pintor Luís Calheiros na Rua das Escadinhas da Sé e as Colagens de Papel no Arco da Rua Escura, reproduzindo imagens de Grão Vasco da autoria dos Arquitectos Pedro Maia e Victor Cruz.
No seguimento da ideia da Rota dos Afectos, diz José Perdigão, da autoria de António Fortes e na possibilidade de fazer um Roteiro ( que está em estudo) incluindo a Toponímia no Chão, das ruas do Centro Histórico de Viseu, ganhei com esta ideia, um Prémio Especial de Júri do Concurso Nacional da Pedra na Arquitectura, em que o Primeiro Prémio e único prémio inicial, foi para o Arquitecto Siza Vieira.

Fazer vivo o legado de Almeida Henriques em Viseu

Por: Jorge Sobrado*

Agradeço o convite do “Renascimento” para exprimir alguns pontos de vista sobre o legado de António Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu entre final de 2013 e o início fatídico deste mês de Abril de 2021, na qualidade de seu antigo colaborador e vereador.
Não sou mandatário da memória do presidente António Almeida Henriques, mas apenas de mim próprio. Fui testemunha, ajudante e ator do seu percurso, durante quase 10 anos. Entendo que esse legado em prol de Viseu, cidade e região, é um bem público e não pode ser desperdiçado, merecendo continuidade e reinterpretação.
A perda de António Almeida Henriques é irreparável, no plano pessoal e político. Mas o seu legado não deve ser dado por perdido. Não sendo isento de problemas e erros, é um projeto de modernidade e futuro para Viseu. E isto nada tem que ver com questões partidárias, bem pelo contrário. Nenhum partido – só por que sim – se pode arvorar à condição de herdeiro. Tem que fazer por isso.
Sabemos ainda por experiência própria que a Política se dedica frequentemente a vazios discursos protocolares. Os “discursos públicos” escondem muitas vezes “preguiças privadas”. Ora, no que respeita à vida e obra de Almeida Henriques, tais discursos devem dar lugar a ações concretas que façam viva e relevante a sua transformadora herança em Viseu, na última década.
Essa transformação deixa sobretudo marcas positivas em áreas sensíveis como uma cultura de governação mais tolerante, participativa e influente em redes nacionais e internacionais; o desenvolvimento económico, a atração de investimentos empresariais nas áreas tecnológicas e da Saúde; e as apostas estratégicas na Cultura, no Património e na afirmação de Viseu como destino turístico de excelência.
“Pôr Viseu no mapa” foi mais do que um slogan. Tratou antes de conferir um pulmão de reconhecimento e uma centralidade à cidade e ao concelho de Viseu, que lhes devolvessem
melhores condições de investimento e emprego, atração de novas atividades e talentos, dinâmicas criativas, de promoção e de aprendizagem em áreas em que Viseu revelava atrasos ou anacronismos.
A valorização desse legado vivo passa, quanto a mim, por três eixos fundamentais de intervenção: o nome, o pensamento e a ação.

“O nome de António Almeida Henriques ao Polo Arqueológico de Viseu”

No plano do “nome”, importa promover a memória. Iniciativas como a que hoje proponho na Câmara Municipal – para a atribuição do nome de António Almeida Henriques ao Polo Arqueológico de Viseu – exprimem este sentido. A atribuição do “Viriato de Ouro” (a mais elevada condecoração municipal), o lançamento de um prémio sobre projetos de “smart cities” (temática da predileção política do antigo Presidente), a publicação do Dicionário das Figuras Viseenses (para quem amava Viseu como ele) ou a atribuição do seu nome à Orquestra Juvenil de Viseu (cuja criação patrocinou) são outros exemplos.
No plano do “pensamento” trata-se de perpetuar e debater as linhas estruturantes e mais distintivas do seu discurso. Oportunamente, será lançado um livro de textos de opinião do antigo autarca, mas a essa publicação poderão ser associados projetos como um laboratório de ideias ou centro de estudo sobre Viseu e políticas locais, ciclos de conferências ou futuras edições de fóruns e orçamentos participativos, nos quais a sua ação foi uma sementeira transformadora.
O plano da “ação” constitui o maior território a explorar. Aqui cabe a evolução de programas de humanização e democratização da cultura e das artes, da educação, da saúde pública e do emprego. A edificação de um “centro de criação” artística local, a promoção de emprego inclusivo na área da deficiência, a extensão e capacitação do “VISEU EDUCA” (com um programa voltado para a promoção da Saúde Pública), a execução do VISEU ARENA ou a adoção de um programa mais articulado entre as vertentes de classificação e reabilitação de património local, são exemplos de medidas de ação que honram e estendem este legado.
A responsabilidade de gerir esta herança cabe, em primeira instância, ao município de Viseu e ao seu “executivo”, mas importa também a outras instituições locais, intermunicipais e regionais, e aos partidos moderados, a começar naturalmente no PSD, que não deve fazer letra morta do programa que levantou como bandeira em anteriores eleições autárquicas, mas também no PS que se revê tradicionalmente em muitas destas causas.
Cada um deve assumir as suas responsabilidades e as consequências do que se construiu em Viseu na última década, sob o impulso e liderança de um homem visionário e de ação. Porque é justo e bom.

*Vereador do Município de Viseu. Antigo assessor e adjunto de António Almeida Henriques

PÁSCOA ASSINALADA EM MANGUALDE 13 MIL ESPECTADORES ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS


O Município de Mangualde convidou todos os mangualdenses a assistir às comemorações pascais nas suas casas, através de live streaming, via Facebook do Município e da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves.
Como é habitual, o Município de Mangualde desenvolve uma programação especial para a época pascal. Tendo em conta a situação pandémica, foi definida uma programação ‘online’, através do Facebook do município, não permitindo qualquer presença nos locais, cumprindo com todas as normas de segurança impostas pela Direção Geral de Saúde.
No dia 27 de março a tradição foi cumprida. O “Amentar das Almas”, realizado todos os anos em várias partes do município, este ano foi transmitido em direto no Facebook do município e dos três municípios parceiros do projeto “Cultura do Dão”. Contou com a presença do Rancho Folclórico de Santo Amaro de Azurara, de Mangualde, Associação Filarmónica de Vilar Seco, de Nelas e o Grupo de Cantares da Ínsua de Penalva do Castelo. Cerca de 8 mil espetadores acompanharam a transmissão.
No passado dia 2 de abril, Sexta-Feira Santa, decorreram dois concertos do “Carrilhão Lvsitanvs”, este carrilhão, novidade única em Portugal, é o maior e mais pesado carrilhão itinerante do mundo. É composto por 63 sinos, pesa aproximadamente 12 toneladas e está apoiado sobre um semirreboque porta-contentores.  Os concertos tiveram lugar em Chãs de Tavares pelas 15 horas e no Largo Dr. Couto, pelas 21h30. Estiveram presentes no concerto ‘online’ cerca de 5 mil espetadores.
Uma comemoração atípica, mas que não deixou de ser marcada pelo município.

Viseu, uma Cidade de Cultura
O Turismo e a Cultura estão tão interligados, que sem Cultura não haveria Turismo.
O que é a Cultura?
A Cultura é o modo de vida do ser humano; como pensam as populações de determinada região, como agem e fazem as coisas quotodianas.
Assim, uma certa Região tem valores culturais tangíveis, caso dos monumentos e outras intangíveis como é o caso dos valores do seu povo.
Os valores integrados na oferta turística, têm no Turismo o meio para a sua promoção. E a sua diversidade cultural é tão necessária para a Humanidade, como a biodiversidade para a Natureza.
O Património Cultural nem sempre está acessível aos visitantes. É necessário que as cidades se organizem de forma a facilitar, mostrar o seu Património Cultural, quando ele tem grande relevância.
Com a evolução social e económica o Turismo passou dos extratos das sociedades mais ricas e elevadas para, na segunda metade do Sec. XX, ser reconhecido como um direito de qualquer cidadão.
Daqui nasceu a vontade crescente dos cidadãos viajarem e conhecerem o mundo.
E as estatísticas mundiais assim o confirmam. Portugal em 2019 teve mais de 28 milhões de visitantes. Quase três vezes a sua população. E o Turismo voltará e com mais força logo que acabe a pandemia.
É sabido que as Regiões de Turismo competem entre si de forma a obterem vantagens competitivas para atrair segmentos da procura turística.
E sobre isto muito haveria a dizer sobre a integração de Viseu numa Região tão grande como a que pertence.
E no caso concreto de Viseu, uma cidade hoje de média dimensão, questionamos?
Será que Viseu tem um posicionamento competitivo face às outras cidades da Região, que são de certa forma concorrentes?
E a resposta que damos é esta:- “ Se quiser tem e deve ter”!
O Sector do Turismo é muito complexo já que partilha muitas actividades e muitos agentes económicos e é transversal a toda a economia.
Porém, o Turismo Cultural , tem um peso muito grande na oferta. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT) este sector tem crescido na média anual de 15%.
Ora a cidade de Viseu tem todas as condições para se tornar competitiva face aos seus concorrentes e ter um crescimento sustentado.
O Património Histórico, a Monumentalidade, a Arquitectura Religiosa justificam a sua competividade. Os seus 15 Monumentos classificados como Monumentos Nacionais, vários classificados ou em face de o ser de Interesse Público, imóveis de Interesse Municipal, são mais que suficientes para sustentar uma grande oferta cultural.
Só há um desígnio para a Cidade de Viseu :- “Tornar a cidade competitiva face aos seus concorrentes directos”.
Para isso acontecer torna-se necessário promover-se!

António Fortes

QUINTELA DE AZURARA OBRAS DO CENTRO DE APOIO CULTURAL E INTERGERACIONAL, JÁ COMEÇARAM


Já iniciaram as obras do novo centro de apoio cultural e intergeracional, de Quintela de Azurara. Este equipamento vai funcionar nas antigas escolas primárias da freguesia, e resulta de uma candidatura ao PDR2020/Renovação de Aldeias.
Esta é uma obra que representa um investimento global de 186 mil euros, sendo que pelo PDR 2020 foi garantido um subsídio de 122 mil euros e pela câmara municipal um financiamento de 64 mil euros.
Além do Município de Mangualde, são parceiros deste projeto a Junta de Freguesia de Quintela de Azurara, o Rancho Folclórico “Os Azuraras” de Quintela e a Santa Casa da Misericórdia de Mangualde.
Elísio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, considera que “Com este projeto preservamos e valorizamos um património histórico de Quintela, e damos novo uso e nova vida cultural e intergeracional a estas instalações degradadas. É mais um projeto que aumentará a capacidade de resposta social e que dará suporte à dinamização de uma freguesia rica em cultura e tradições. É também mais um exemplo de investimentos na coesão territorial e do progresso global do nosso território”.

Fagilde A Fonte escondida


No passado dia 30 de Março o Dr. Elísio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, foi convidado para ir a Fagilde conhecer uma antiga fonte, escondida, num local quase inacessível.
Lá estava a velha fonte, em granito, abandonada, num recanto, um buraco, junto das barreiras que protegem a aldeia dos ruídos da A25.
É um bonito monumento em granito trabalhado, com mais de um século, com duas bicas e ao centro uma cruz de cinco pontas (talvez maçónica), encimada por dois pináculos e em baixo uma pia. Ao lado outra pia, maior, onde os bois, antigamente íam beber.
De notar que a pedra onde está gravada a estrela está montada ao contrário. A ponta da estrela deve apontar para cima, para o céu e não para baixo, para a terra.
E isto constituiu um enigma, que posteriormente ficou esclarecido. A fonte com a passagem dos anos desmoronou-se e o proprietário do terreno ao lado, recuperou-a e montou a pedra ao contrário.
O Dr. Elísio Oliveira gostou do que viu, pois é uma obra de arte e ouviu dos moradores o seu interesse em a colocar num outro local, mais condigno, precisamente ao lado da Casa onde nasceu o grande escritor Dr. Maximiano de Aragão, casa que a família do escritor doou à Câmara Municipal de Mangualde, onde está a Sede do Rancho “Rouxinois do Dão” de Fagilde. Aí, há um espaço recuado, um antigo tanque, hoje desmontado e onde se encaixava perfeitamente a fonte.
Ficou o interesse do Presidente da Câmara em estudar a deslocalização da fonte.

A CASA ANADIA DE MANGUALDE

O Concelho de Mangualde, antiga Zurara, ou Azurara da Beira, teve no Sec.XVI, a Família Cabral, de onde descende Pedro Álvares Cabral, como os Grandes Senhores.
Fernão Cabral, pai do navegador e descobridor do Brasil, recebe como mercê Real “ O Padroado da Igreja de São Julião”, em Azurara, onde manda esculpir, na parede do lado nascente o seu emblema.
Magistrado da Beira, Regedor da Justiça, Senhor de importantes e vastas propriedades, Fernão Cabral, conhecido como o “Gigante” da Beira pela sua imponente estatura, corpulência e valentia é citado pelo Poeta Fernão da Silveira no “ Cancioneiro Geral de Garcia de Resende”, que a ele se refere:
“Sois em corte feo, grande,
E no campo outro igual”.
No Sec.XVII surge em Mangualde, com grande influência política e administrativa, Capitães-Mores, Fidalgos de El-Rei e Cavaleiros da Ordem de São Bento de Avis, a Família Paes do Amaral, pertencente à antiga Nobreza do Reino de Portugal.
É do Sec. XVII a construção da Capela dedicada a São Bernardo, anterior à construção do Imponente Palácio da Anadia. Consta dos registos que a Capela foi reedificada em 1863 por Miguel Paes do Amaral, que mandou construir a Capela-Mór.
A Casa Anadia, está também ligada à construção do Santuário de Nossa Senhora do Castelo, pois foi Miguel Paes de Menezes, Comendador da Ordem de Malta, que em 1819 custeou as obras deste importante Santuário barroco de peregrinação.
Aí se encontra sepultado, bem como alguns dos seus descendentes, no corpo da Igreja.
Também tem relação e influência na Igreja Matriz de Mangualde.
O Palácio de arquitectura civil rococó, com traços do barroco nortenho de influência de Nicolau Nasoni, onde trabalharam artistas nacionais e estrangeiros, foi construído no início do Sec. XVIII tendo terminado já no Sec. XIX.
É a mais sumptuosa residência senhorial da Beira, um dos mais belos Palácios fidalgos da Beira Alta, bem no centro da Cidade de Mangualde, com uma vasta quinta, mais de 30 hectares, jardins e extensa mata.
Durante a terceira invasão francesa, que entrou por Almeida, o General Comandante Massena, escolheu este Palácio para aí se instalar e fazer quartel.
Hoje o Palácio da Anadia está classificado como Conjunto de Interesse Público, aberto às visitas do público e constitui a maior atração turística da Cidade de Mangualde.
Após o falecimento recente de D. Manuel José Maria de Sá Paes do Amaral, 15.º Senhor da Casa de Mangualde, 7.º Conde de Anadia e 3.º Conde de Alferrarede, que foi casado com D.ª Maria Mafalda de Figueiredo Cabral da Câmara, filha do Conde de Belmonte, ainda viva e actual Condessa de Anadia, sucedeu-lhe, seu filho único, Miguel Maria de Sá Paes do Amaral que é o actual proprietário da Casa da Anadia, 8.º Conde de Anadia e 4.º Conde de Alferrarede.
Miguel Maria de Sá Paes do Amaral, actual Conde de Anadia, com formação graduada e prós-graduada em Engenharia Mecânica e Gestão, é uma figura conhecida, já que esteve ligado à Comunicação Social ( Média Capital-TVI), Jornal Independente, Rádio Comercial e mantém ligações a importantes Grupos Económicos.

A Casa Anadia faz doação a Mangualde

O actual Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Dr. Elísio Oliveira, após várias diligências e conversações entre a Câmara Municipal e o Senhor Engenheiro Miguel Paes do Amaral, Conde de Anadia, conseguiu um acordo de cedência de uma área de 9.000 m2, dos quais 4.600 m2, a título definitivo ( a parte mais próxima do Chafariz) e 4.400 m2 em regime de comodato por 10 anos, com possibilidade de prolongamento por períodos de 5 anos.
Estes espaços, localizados na Avenida da Senhora do Castelo, destinam-se a Parque Urbano.
Elísio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, agradece, pessoal e em nome do Município, à Senhora Condessa de Anadia, D.ª Maria Mafalda Paes do Amaral e a seu filho, Senhor Engenheiro Miguel Paes do Amaral, Conde de Anadia, a doação e releva a forma impecável e construtiva como o tema foi tratado e que constitui um benefício para Mangualde.

EDITORIAL Nº 796 – 1/4/2021

Na Edição de hoje publicamos duas entrevistas.
Uma com a Senhora Secretária de Estado do Turismo, Engenheira Rita Marques e outra com a Senhora Dr.ª Maria João Fonseca, Directora da Biblioteca Municipal de Mangualde.
Tudo à volta do Turismo e da Cultura do nosso País, elementos fundamentais para a sua recuperação e desenvolvimento futuro.
Cultura, conceito amplo que inclui as tadições, as crenças e os costumes de um povo de uma certa região.
Sem cultura, não havia Humanidade, nem progresso!
Não há Culturas superiores a outras culturas. O que há são Culturas diferentes.
Há uma Cultura dita popular e outra chamada de erudita. A primeira relaciona-se com as tradições e os saberes. A segunda é fruto da pesquisa e do estudo.
A popular é expontânea, orgânica. A erudita está ligada aos equipamentos, museus e bibliotecas.
A Biblioteca, cujo nome vem do grego, significa depósito de livros. Mas, é muito mais que isso. São locais de leitura, de consulta e de estudo. E tem a função de preservar, cuidar da manutenção e catalogar as obras para que sejam fácilmente consultadas.
As Bibliotecas, as grandes Bibliotecas do Mundo não são outra coisa que grandes Templos da Sabedoria. E existem desde que o Homem aprendeu a escrever.
E ainda há outra Cultura, a material, do Património construído.
A Cultura popular é formada pelos elementos intangíveis ( saberes, tradições, hábitos e costumes) transmitida de geração em geração pelas lendas, danças e outras manifestações populares. E não é imóvel, estática, mas evolui de geração, em geração.
A Cultura é uma forte componente do desenvolvimento económico de um País, base do seu crescimento.
Turismo e Cultura que estão intimamente ligados.
No caso do Turismo, não havia Turismo sem Cultura!
Podemos considerar mesmo a Economia da Cultura que é estratégica e que gere produtos com alto valor acrescentado.
Por isso a necessidade de políticas culturais. Curioso que o termo “cultura” vem do latim. Mas, foi em França que tomou o significado de cuidar da terra, cultivá-la. Termo que é usado entre o nosso povo. Mas a Cultura no sentido usual não é outra coisa que o cultivo, a educação do espírito.
É a Cultura que determina a separação do Homem dos outros seres. A Cultura é a Civilização, na sua dimensão colectiva e que se forma ao longo de gerações.
Não há sociedade estática, nem histórias imóveis. Tudo está em constante mutação, tendo como limite o bem estar dos indivíduos.
Devemos dar mais atenção à nossa Cultura. Preservá-la, transmiti-la. E isso compete prioritáriamente ao Estado e às Autarquias.