Arquivo mensal: Abril 2022

EDITORIAL Nº 819 – 1/4/2022

Os Refugiados
O Cantor Zeca Afonso cantava na sua Canção de Amigo - “Seja bem vindo quer vier por bem”.
E acrescentava “ Trás outro amigo também”!
A injusta e cruel Guerra da Ucrânia, imposta pelo tirano Putin, despertou uma imensa onda de solidariedade aos ucranianos que fogem da guerra.
O Governo Português abriu as portas de Portugal e os Portugueses demonstraram estar totalmente de acordo com essa política e têm-se desdobrado em múltiplas acções de apoio.
Esta boa solidariedade dos portugueses tem sobretudo a ver com a situação pungente deste povo, mas não é indiferente a proximidade cultural, religiosa e étnica destes refugiados.
Quem os acolher vai ter um povo culto, trabalhador e ordeiro. O seu acolhimento não será um problema para o País, bem pelo contrário irá fazer parte da solução.
Este povo tem sofrido ao longo da sua história muitas atrocidades. Estaline em 1930 impôs o “Holocausto” (A Grande Fome) que matou mais de 4 milhões de ucranianos.
E Putin seguidor destes sanguinários russos mantém a mesma política.
Este povo ucraniano, fala na sua maioria russo, amam a Rússia, mas sabem que Putin os odeia. E as bombas dão-lhe razão!
Os dias, as noites, nas cidades ucranianas, onde há recolher obrigatório, torna as ruas desertas e um pesado silêncio cai sobre a cidade, tão pesado que se torna demasiado ruidoso.
Este silêncio pesado, duro de medo é necessário para que qualquer barulho não desperte o inimigo.
O som no vazio amplifica-se com o ruído das sirenes, das bombas, das balas que trazem a morte.
A destruição não tem fim, nem critérios - edifícios de habitação, centros comerciais, hospitais, maternidades, tudo serve para oprimir este povo.
Os ucranianos lutam pelo seu País, pelos seus valores e estão determinados a morrer de pé.
Ninguém sabe o que vai ser amanhã!
Mas a esperança, que é a última coisa a morrer, pode ser que traga amanhã um novo dia.
A Paz.

IMAGINANDO

Parte 110
A LEI DO RITMO – Parte 1
Para compreendermos a Lei, vamos supor um período da nossa vida que tudo nos acontece, como dificuldade, má sorte, tristeza, etc.
Quando esse ciclo se dá, ou seja um caos em nossas vidas, ansiamos para que a harmonia venha tão rápido quanto possível, embora convenhamos esclarecer, “que sempre vem uma calma no meio do caos”.
Vamos agora para uma outra situação:
A nossa vida tem tudo correndo às mil maravilhas, porque o nosso trabalho está tendo êxito, nossa vida amorosa está ótima, as finanças o melhor possível, etc.
Concentremo-nos neste momentos opostos. Precisamente quando estamos naquela fase de ascenção na vida, há o medo da queda deste ciclo e não queremos vivamente que ele acabe. Às vezes até pensamos naquela certa frase, “Quanto maior a altura, maior é a queda”.
Então qual o melhor meio, para não vivermos um ciclo de catástrofe ou um ciclo de bonança?
Será mantendo um equilíbrio de vibração. Não oscilamos demasiado para um pólo nem para outro pólo?
É aqui, que aplicamos a chamada Lei ou Princípio do Ritmo
O princípio do ritmo e da polaridade andam juntos, porque como podemos observar, todos os princípios têm relação uns com os outros, no entanto não podemos falar do princípio do Ritmo, sem falarmos do Princípio da Polaridade.
Haverá a existência de uma neutralização que podemos utilizá-la a nosso favor, não ficando pulando entre um ciclo e outro?
Vamos então fazer uma análise profunda, do Princípio do Ritmo:
-Tudo tem o seu fluxo e refluxo
-Tudo tem suas marés
-Tudo sobe e desce
-Tudo se manifesta por oscilações compensadas. A medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda.
O Ritmo é a compensação
Voltemos ao inicio do texto:
Qual a prevenção, para não oscilarmos permanentemente de um pólo para outro?
Segundo o livro Caibalion, ele dá-nos a resposta que, o ritmo é a compensação.
A Natureza movimenta-se, quando o Fluxo e Refluxo são proporcionais entre dois pólos.
Vamos observar as Estações do Ano, olhando um pouco para o ciclo da Natureza.
Por exemplo:
Não vivemos um eterno Inverno. Como seria realmente catastrófico, viver um eterno Inverno. No entanto damos valor ao frio, porque também já sentimos o calor e é essa a razão porque cada estação tem um papel importante na Natureza.
Reparemos que certos animais e plantas, só se vão desenvolver numa determinada estação, por isso cada ciclo sazonal tem uma importância, porque ele também é importante em nós.
Normalmente quando entramos no Inverno, resguardamo-nos , ficamos mais em casa, em recolhimento, temos mais tempo para refletir e até Meditar.
No entanto no Verão, temos mais a tendência para sair de casa, ir até à Praia, estar mais em contacto com a natureza. Outros gostam mais de frequentar os bares, se divertirem com os amigos.
Embora seja um tanto monótono, o Inverno é mais válido para nós.
É por isso que as estações sazonais existem.
Era totalmente impossível para o Ser humano, assim como para a própria Natureza a que pertencemos, viver um frio intenso ou um calor sufocante o ano inteiro.
Razão porque os extremos são desconfortáveis e para o caso dos seres vivos, podem levar à morte.
Continua

Guerra na Ucrânia


A Ucrânia é um grande País da Europa de Leste, sendo o segundo maior, depois da Rússia, com a qual faz fronteira a leste e nordeste. Aliás, o nome de Ucrânia provém da palavra eslava fronteira.
Fez parte da união das repúblicas socialistas soviéticas, a URSS, que era governada pelo partido comunista da União Soviética e tinha como capital a cidade de Moscovo.
Nos anos 30 do século passado, Estaline estabeleceu um programa de coletivização da agricultura. O Estado apoderava-se da produção agrícola e dos rebanhos dos camponeses, tornando as fazendas coletivas. Tudo o que produziam era controlado pelos militares e pela polícia secreta. Os que resistiam eram presos, deportados ou executados. No outono de 1932, as autoridades soviéticas começaram a requisitar os cereais, as batatas e os restantes alimentos produzidos pela população maioritariamente rural para vender aos países capitalistas, por forma a conseguir os meios para dinamizar a industrialização da União Soviética. As atividades comerciais estavam proibidas. Calcula-se que, pelo menos quatro milhões de pessoas tenham morrido de fome, devido a esta política, em apenas nos dois anos de 1932 e 1933. Há, inclusivamente, referências a casos de canibalismo.
Em 1985, com Mikhail Gorvachev no poder da URSS, teve início a perestroika, ou seja, a reestruturação económica.
Em Julho de 1990, o Soviete Supremo da Ucrânia proclamou a soberania da República. No ano seguinte foi aprovada a declaração de independência e foi convocado um plebiscito para a sua ratificação, que teve lugar com 90% de votos favoráveis.
Em 1991, os presidentes da Ucrânia, da Federação Russa e da Bielorússia declararam o fim da URSS.
Parece que a guerra contra a Ucrânia, a que Vladimir Putin deu início, visa a reconstituição da extinta União Soviética.
Presentemente, o espaço mediático, que era ocupado principalmente pelas notícias da pandemia, cedeu o lugar às notícias da guerra. Sabemos que têm morrido muitos civis que estavam abrigados e até outros que estavam no espaço público, como uma dezena de pessoas que faziam parte de uma fila para comprar pão.
O Papa Francisco, líder de 1.300 milhões de católicos, e Cirilo, patriarca de Moscovo e da Igreja Ortodoxa russa, fazem apelo a uma “paz justa”.
O fenómeno da guerra acontece praticamente em todas as sociedades, desde as mais arcaicas às mais modernas, em todas as civilizações e em todas as épocas. Esperava-se, porém, que tal não acontecesse nos tempos atuais. Com a criação da União Europeia, pretendia-se evitá-la na Europa. Esperemos que Putin não recorra à utilização de armas nucleares, pois seria um enorme contributo para apressar a destruição do Planeta já tão maltratado pelos que nele habitam.

DIA DO PAI


De que é feito este mundo extraordinário?. 
Uma miscelânia do bem e do mal, do amor e do ódio do sublime e do extraordinário. 
Comemorámos há dias uma extraordinária sublimação, uma efeméride de vida viva, dia que beija a luz matutina e onde o pôr do sol grava em oiro o seu beijo.  
O dia do pai, dia de S. José – 19 de Março. 
Foi como carpinteiro o modelo dos operários, o braço, o apoio, o sustento, o educador, a defesa do lar. Prudente nos actos e justo nas decisões. Fiel e paciente para com a família. Procuremos ser o seu exemplo, sermos pais todos os dias todas as horas. Pais presentes e responsáveis que olham os seus filhos quando eles nos procuram com o olhar. Que os beijam quando eles nos procuram com a boca. Que os abraçam quando nos estendem os braços nas horas de aflição e desespero. Que os escutam quando em momentos de dúvida nos procuram para falar. Que os amparam nas situações difíceis em que se sentem desamparados. Que os consolam se a tristeza e a solidão os invade. Que os protegem quando as suas forças começam a fraquejar. Que os animam quando nos seus desempenhos reconhecemos esforços de melhorar e progredir. Que os alentam quando estão a perder a esperança. 
Que sofrem com a tristeza pálida da sua ausência e seu triste coração fica a chorar como réstea de sol a declinar e seus olhos de lágrimas inundados. 
Isto é ser pai, companheiro, amigo, aquele que ama, cuida e educa e sofre.

O Autovaucher


O que seria do Governo sem os impostos dos automóveis? Imaginem um país sem carros, de que forma ia o estado viver sem os impostos que lhes estão associados? O automóvel continua a ser uma autêntica repartição de finanças para o Estado na maneira como esmaga com impostos tudo o que os rodeia.
O Autovaucher é apenas mais uma gota de um logro em que reembolsos manhosos e apoios carregados de burocracia e demagogia transformaram o Governo Português numa concessionária dos hipermercados do Continente em que fazemos agora as compras e acumulamos descontos para descontar quando calhar.
O mais ridículo é que nem é preciso gastar dinheiro em combustível para receber o reembolso do Autovaucher!!! Experimente comprar um pacote de pastilhas e verá que também receberá a sua quota-parte! Para aqueles que necessitam de circular para trabalhar, não era melhor fazer os descontos diretos em vez nos enganarem com demagogias?
O Autovaucher é mais um produto saído da montra do socialismo assistido. Aquele que não trata das expectativas num futuro melhor mas sim de que, ideologicamente sedados, suportemos a degradação da nossa vida, felizes e contentes como se vivêssemos no paraíso!
O ministro cessante da economia, Pedro Siza Vieira afirmou que “não faz sentido apoiar todos por igual e a economia tem de se adaptar ao novo contexto”, pois bem, é bom que o governo comece a pensar em viver com menos dinheiro dos impostos dos combustíveis e sobre os veículos em geral.
Pelo menos os descontos feitos nos supermercados são mais equitativos e justos que o Ivaucher. Se bem que não deixa de ser curioso como é que um produto de limpeza tem 60% de desconto numa semana para na semana seguinte não ter desconto nenhum e andar nesta roda viva de semana sim, semana não durante uma eternidade…o consumidor/contribuinte tem mesmo de ter uma paciência de Santo!
Segundo Carlos Pinto ”Os combustíveis são objecto em Portugal não de uma visão estruturada do que representam na ponderação dos custos de produção, mas como uma mera oportunidade instrumental de captação de receitas fiscais, sem qualquer consideração do seu significado como elemento, por esta via e com esta política, efectivamente empobrecedor das empresas e famílias.” Tudo isto sem o país real se revoltar e dando esta situação como consumada, fruto de desde há meses estar sem governo e sem parlamento, sem oposição e sem contestação.

LENDAS, HISTORIETAS E VIVÊNCIAS

A LENDA DO PENEDO DA MOURA
Por todo o País e desde tempos longínquos se encontram lugares onde se viveram situações ”estranhas” que levaram, e talvez ainda levem, pessoas a procurar encontrar uma explicação convincente. E muitas dessas crenças projectaram-se no tempo até ao presente, embora a evolução das mentalidades já tenha atenuado muitas sem significado.
Os “penedos da moura” encontram–se por várias zonas do País e estão associados a acontecimentos em que uma pessoa é o ponto central dum qualquer facto ou situação fora do comum. Pois bem, também na nossa zona temos um PENEDO DA MOURA com a sua história. Localiza-se nas proximidades da povoação de Cubos.
Segundo dizem, em tempos longínquos, quando os povos ditos bárbaros andavam pelo mundo e encontravam locais propícios à sua sobrevivência aí se instalavam. Com materiais precários construíam cabanas rudimentares, ou abrigos com alguma solidez. Eles, os bárbaros ou mouros, também andaram por aqui, embora ninguém se lembre deles. Mas a estória diz que se fixaram numa elevação onde construíram um castelo bonito destinado a albergar uma formosa princesa e o seu companheiro - um príncipe mouro de grande estatura, coragem e beleza, que vinham lá do Norte de África com a sua grande comitiva- homens combatentes, protectores das suas damas que sempre os acompanhavam. Havia algumas carruagens puxadas pelos excelentes cavalos andaluzes que proporcionavam maior comodidade nas deslocações. Mas o restante povo acompanhante, fazia as viagens a pé sendo muitas vezes longas e extremamente cansativas. Naqueles tempos a grande área que tinham de percorrer pelas serranias das hoje designadas Beiras, era fundamentalmente constituída por aglomerados graníticos intercalados de bonita vegetação sobretudo junto a linhas de água que também abundavam. As vias que ligavam os lugarejos esparsos eram estreitos carreiros de terra batida subindo encostas e descendo até aos vales férteis que proporcionavam maior abundância de alimento para o gado e pessoas. Pois os caminhos que levavam lá de longe até ao Monte do Castelo, também eram estreitos e cansativos. E a uma pobre moura, como a tantos outros, coube a sorte de carregar uma enorme pedra que iria ser precisa na construção da casa do seu senhor…mas chegados ali depois de subir tanta encosta, fraquejou, caiu exausta e adormeceu sobre a pedra que transportava. A comitiva seguiu sem se aperceber do facto. O tempo foi passando e, enquanto isto, a pedra que a bela moura carregava tão martirizada, transformou-se num grande penedo de superfície muito regular em cujo interior, diziam, se instalou um verdadeiro palácio onde a moura passou a viver, mas ninguém a via e nem se sabia verdadeiramente aonde era a entrada para o mesmo…
(continua)

O estigma do suicídio


“Se tu estás assim tão deprimido, pede ajuda a alguém… E lembra-te, o suicídio é uma solução permanente para um problema temporário!”
Robin Williams, ator americano
Parece sensato julgar que alguém com uma citação destas nunca iria cometer suicídio, mas foi assim que terminou a existência desta personalidade (E que personalidade! Qualquer cineasta sabe o valor que este homem tinha para Hollywood!)
A ideia de cometer suicídio é mais recorrente do que a sociedade aceita, de fato o ato de tirar a vida sempre ocorreu, quer por motivos militares ou judiciais. Era considerado ato de nobreza e caracter cometer suicídio durante uma batalha para demover o inimigo, ou até mesmo recorrer a esta ação para evitar julgamentos cuja a sentença seria dura. Há culturas, tais como a japonesa, que considera o suicídio como um elevado ato de coragem e autocontrole. Mas em Portugal, país de solidariedade e fé cristã, país de grandes eventos de caridade, é também um país de preconceituosos e hipócritas que colocam rótulos e ideias despropositadas, perante os transtornos de humor e doenças mentais. Só valorizam os doentes físicos, quem tem algo visível para apontar o sinal de doença, e colocam os doentes do foro mental no departamento dos fracos e dispensáveis. Como se uma depressão fosse uma invenção para evitar a realidade; como se uma esquizofrenia fosse uma doença contagiosa permanente. Não é de admirar que haja um número mais elevado de fatalidades em comparação com algumas tipologias de doenças oncológicas, tais como o cancro da mama.
Mesmos diagnosticadas, acompanhadas por profissionais especializados e medicadas, a pessoas com depressão são bombardeadas com comentários tendenciosos e discriminatórios, tais como “Isso é falta de vontade!” ou “Tens tudo para seres feliz, queres ser o centro das atenções, é?” ou “Isto já vem de família, e daquele tipo de pessoas” ou “Não vamos falar disso, podemos incentivar”.
O isolamento, a passividade aliado a cansaço e fadiga e distúrbio do sono, são sintomas que aparentam ser normais. Não desvalorize. Não desconsidere a sua vida, que é tão valiosa que a temos como garantida, convictos que alguém nos irá buscar do limbo. Alimente a sua auto estima, mesmo que as palavras egoísmo e vaidade surjam no discurso alheio. Afinal a inveja sempre foi motor para rebaixar, quem é sensível; torne-se amigo de si mesmo e não seja o primeiro a julgar que “isto passa”, pedir ajuda é o primeiro passo para gostar de si próprio.

SANFONINAS

A bandeira
Desde muito pequeno que ouvia meu pai trautear «Se eu morrer nesta batalha, eu quero ter por mortalha a bandeira nacional». Soube, mais tarde, que eram versos do Fado das Trincheiras, imortalizado por Fernando Farinha.
Impressionou-me, na instrução primária, a história de Duarte de Almeida, cognominado «O Decepado», por, na batalha de Toro, travada a 1 de Março de 1476 entre el-rei D. Afonso V e as tropas dos Reis Católicos, sendo porta-estandarte, ter defendido a nossa bandeira, mesmo depois de os inimigos lhe haverem decepado as mãos, segurando-a com os cotos em sangue e com os dentes, possibilitando assim que um companheiro de armas, Gonçalo Pires Bandeira, a viesse recuperar. Fiquei a saber quanto valia a bandeira. E ainda não ouvira o Paulo de Carvalho: «Os meninos à volta da fogueira vão aprender como se ganha uma bandeira, vão saber o que custou a liberdade»…
Fui-me habituando a assistir à solenidade do içar da bandeira e, recentemente, já tive a honra de ser eu próprio a içar uma em cerimónias solenes ou, por exemplo, num jantar de Lions ou do Rotary de ser um dos chamados para ‘saudar a bandeira’.
Também eu jurei bandeira, solenemente, após a recruta na Escola Prática de Infantaria de Mafra, em 1970.
E se oiço amiúde falar da necessidade de a TAP continuar a ser uma «companhia de bandeira» e gosto de «rir a bandeiras despregadas», o certo é que, nos últimos tempos, a bandeira acabou por ganhar para mim um significado maior, quando os nossos atletas choravam de emoção, ao verem a sua/nossa bandeira subir no mastro, porque eles haviam logrado ocupar um lugar no pódio.
«Irei partir. Dia 18 de Outubro levarei um cachecol de Portugal ao pescoço e uma bandeira na bagagem de mão. Levarei a Pátria para outra Pátria, levarei para outro país a excelência do que todas as pessoas me deram» – é uma passagem da «carta de despedida à Presidência da República» do enfermeiro Pedro Marques, no momento de emigrar «para o Reino Unido numa viagem só de ida». Emocionou-me.
Como me emociona, hoje, o ‘casamento’ da nossa bandeira com as cores azul e amarela da bandeira duma Ucrânia dilacerada. Mais do que um símbolo é uma identidade que, a todo o custo, queremos preservar. Aqui, além, em todo o lugar! De todos os lugares!

O poder do marketing


O marketing é tão antigo quanto a historia da civilização. Desde cedo que o Homem percebeu que a persuasão era um factor importante para o atingimento dos seus objetivos. Chamar a atenção e influenciar as pessoas foi determinante nas primeiras relações comerciais e continua a sê-lo nos dias de hoje. Os pregoeiros foram os primeiros profissionais do marketing. O surgimento da imprensa e o desenvolvimento dos media, impulsionaram e diversificaram as técnicas de marketing.
Os tempos mudaram, a sociedade evoluiu, hoje os clientes procuram qualidade e são mais exigentes e seletivos. O foco na produção, deu lugar ao foco na venda, seguindo-se o foco no cliente. A Internet e o mundo globalizado, alteraram a forma de fazer marketing para sempre. O surgimento dos motores de busca, os websites, os emails, os blogues e as redes sociais levaram ao aparecimento do marketing digital. À distância de um toque, é possivel comparar ofertas, preços e caracteristicas dos produtos em qualquer parte do mundo. Vivemos uma verdadeira guerra de marketing pela atenção do consumidor.
Mas como funciona o marketing digital?
Vou tentar exemplificar com um pequeno exemplo: Se queremos ir de férias pesquisarmos um destino turístico num motor de busca. Ao entrar no site de uma agência de viagens, vemos um anúncio sobre uma app que encontra o melhor alojamento num determinado local. Achamos interessante e descarregamos a app. Ao fazer o registo com o email, estamos dar informação para o marketing digital fazer o seu trabalho. Ao fim de uns dias, recebemos uma notificação para continuarmos a pesquisar alojamentos na app. Como temos interesse, encontramos o alojamento ideal e decidimos efetuar a reserva no site da agência. No entanto, por qualquer motivo não concluimos a compra. Uns dias depois, a agência envia-nos um email personalizado, com possibilidade de ajustar a nossa reserva no próprio email. Ao concluir o pedido, o formulário já vem preenchido com as nossas informações, permitindo de forma rápida e autónoma efetuarmos a compra. Umas horas depois, recebemos uma SMS com a confirmação da reserva e ainda com uma oferta especial. Ficamos tão contentes que decidimos comentar a boa experiência nas redes sociais. O marketing da agência de viagens, analisa os comentários nas redes sociais que mencionam a agência e identificam-nos como um influenciador e um cliente valioso. Com o histórico das nossas ações, preferências e dados fornecidos, vamos construindo o nosso perfil, permitindo que a agência de viagens nos faça ofertas personalizadas e úteis. Esta não tardou a enviar um convite para uma feira de viagens com oferta de um voucher… e é assim que funciona o marketing digital.
Podemos dizer que o marketing é o “conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os clientes, parceiros e sociedade em geral”. Por trás do marketing, está a preocupação com o que produzir, onde vender, por qual valor e de que forma anunciar o produto para o consumidor. Passa por estudos de mercado, definição de estratégias de posicionamento de mercado, publicidade, propaganda e técnicas de venda. Hoje mais preocupado com toda a jornada do consumidor, focado em proporcionar boas experiências e superar as suas expectativas.
“A verdade é que o mundo está em constante evolução, e o marketing deve ser capaz não só de se adaptar às mudanças como também prevê-las.”