Arquivo mensal: Maio 2022

O momento político

Na reunião ordinária de 3 de março de 2022, analisamos, propusemos e sugerimos os seguintes assuntos:
PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
Apoio incondicional ao povo ucraniano porque efetivamente quem está a liderar neste momento a Federação Russa é um lunático.
Entretanto, colocamos, ainda, as seguintes questões/sugestões, algumas com base em informação recebida nas redes sociais, que entendemos poderem ser uma mais-valia e eventualmente ser operacionalizadas:
-Rua Papa João Paulo II, poderá ser efetuada intervenção no que respeita à poda de árvores;
-Pequeno troço de ligação/estrada do Mareco para Travanca, questionamos se esta intervenção está prevista/consta das GOP para 2022;
-Quinta do Cubo, na localidade de Tragos, foi denunciada situação de esgotos a céu aberto para a ribeira que iria confirmar no local;
-Cineteatro Império, começa a ser preocupante situação que se verifica no terreno, porque não existe movimento na obra. Neste momento o cronograma de execução da obra estará muito atrasado e por analogia todos os restantes documentos se encontram nessa situação. De facto, verificou-se a substituição do diretor de obra e do encarregado, Contudo, deverá tudo isto ser uma preocupação, porque se esta situação se arrastar no tempo, irá condicionar a execução da obra e inverter responsabilidades para a câmara municipal. Por isso deverá existir alguma pressão junto das entidades esta obra, no responsáveis por esta obra, no sentido de dar seguimento ao cronograma que está aprovado.
-Loteamento da Quinta da Igreja, designadamente a rua Dr. Diamantino Furtado, na qual se verifica o depósito de material e entulho a ocupar os lugares de estacionamento em frente às moradias/habitações que se encontram licenciadas (com licença de utilização). Apesar de ser uma obra particular e da responsabilidade do promotor, entende que município deverá estar atento. Na nossa opinião, aquele material deverá ser depositado em outro local, porque aquela é a única via com circulação e devendo, os atuais proprietários e aqueles que comprarem lotes no local, perceber que existem condicionalismos. Referimos ainda que, se a intervenção/alteração ao loteamento não for executada até ao final do próximo mês de setembro, seremos os primeiros a tomar uma posição crítica no órgão executivo relativamente à licença de utilização de futuras edificações naquela zona. As infraestruturas da rua Dr. Diamantino Furtado funcionam, mas as infraestruturas do restante loteamento poderão não estar garantidas. Há necessidade de uma tomada de posição em defesa do interesse público e também do privado, não podendo ser apenas um negócio.
-Toponímia, alertamos para a necessidade de colocação de placas em alguns arruamentos da cidade onde não existem e para o cumprimento do Regulamento Municipal de Toponímia, que estabelece as competências previstas no âmbito desta matéria, entendendo ser necessário algum cuidado por parte das juntas de freguesia e devendo ser respeitadas as regras previstas e em conformidade com o mencionado regulamento no que respeita à localização e tipologia das novas placas de toponímia.
-Localização geoestratégica de Mangualde, junto à A25 e ferrovia, sendo uma zona procurada por industriais, comerciantes e várias entidades, porém, sempre existiu alguma dificuldade de terrenos. Por isso, dissemos considerar ser importante que, numa primeira fase e no âmbito do Regulamento da Zona Industrial/e Empresarial, cujo princípio foi evitar a especulação e o negócio e também estabelecer prazos e condições de construção, seja agora efetuado um levantamento das situações de lotes de terreno infraestruturados na mencionada Zona Industrial e Empresarial, que tenham sido adquiridos, mas para os quais não existe projeto, não há execução de obra e procurar saber porque motivo, caso este seja válido e fundamentado, deverá ser concedida prorrogação. Depois fizemos referência aos prédios rústicos e urbanos que se encontram à venda e para arrendamento nas imediações da Adega Cooperativa de Mangualde, na Quinta dos Giestais, alegando que, no caso dos que são propriedade do município, os vereadores eleitos pela lista da coligação PPD/PSD.CDS-PP não são contra a venda desses terrenos, pelo contrário, mas sim contra a venda para revenda e isso ter ficado formalizado em escritura, não devendo a câmara municipal permitir este tipo de situações de especulação/negócio de intermediário imobiliário, face à enorme procura de terrenos que existe em Mangualde.
Referimos, também, a necessidade de ser efetuado um levantamento das situações de lotes de terreno infraestruturados na mencionada Zona Industrial do Salgueiro, que tenham sido adquiridos, mas no âmbito dos quais não estejam a ser cumpridos os prazos estipulados no regulamento, devendo ser percebido qual o motivo, para cumprir o regulamento e cujo princípio é, quem compra é porque pretende investir.
Convite formal para uma atividade do município, proteção civil.
--Ordem do dia
--Assuntos diversos
-Empreitada designada por “qualificação do espaço público do bairro do Modorno“ - homologação de auto de vistoria para efeitos de liberação de caução - Aprovado -.
Referimos o prazo de início, de conclusão e de receção provisória da obra em referência e que de acordo com a informação dos técnicos que subscreveram o auto de vistoria, não existem anomalias que coloquem em causa a obra, que está em condições de ser rececionada.
-Empreitada designada por “ligação do bairro do Modorno a Almeidinha” - homologação de auto de vistoria para efeitos de liberação de caução - processo 022-E/2016.- Aprovado -
Referimos o prazo de início e de conclusão da obra em referência, e que os técnicos que subscreveram o auto de vistoria entenderam que está em condições de ser aceite porque não tem anomalias imputáveis ao empreiteiro.-
-Empreitada de “reabilitação da escola secundária dr.ª Felismina Alcântara” – aprovação de trabalhos complementares n.º 2 e simultaneamente a minuta de contrato, aprovação dos trabalhos-a-menos e a aprovação da prorrogação do prazo -Aprovado por maioria -.
Referirmos que a fundamentação apresentada na informação emitida pelos serviços técnicos é esclarecedora, está excelente, não restam quaisquer dúvidas e vai ao pormenor. Prosseguimos justificando que, no âmbito dos trabalhos-a-menos e dos trabalhos complementares, a intervenção que está prevista cumpre as percentagens legalmente previstas, sendo que, uma das alterações foi solicitada pelo Agrupamento de Escolas e outras alterações decorrem de erros e omissões do projeto, mas uma delas, na sua opinião, desvirtua a grandiosidade e a parte estética que tornava aqueles quatro pavilhões uma referência na região. Isto porque estava prevista a colocação de placas de granito em todos os pavilhões, porém, decorrente de uma anomalia de projeto, entenderam as partes, técnicos e outros, por uma questão de segurança e porque os custos associados à colocação de placas de granito seriam bastante elevados, colocar argamassa e uma pintura de cinzento, pelo que, no exterior edifício verifica-se que parte do revestimento é em placas de granito e outra parte é uma simples pintura. Esta alteração resolve o problema dos trabalhos a menos, mas cria um outro problema, porque em termos de manutenção de pinturas, no futuro o problema será diferente daquele que existiria se as placas de granito fossem colocadas e porque, na nossa opinião, entendemos que a ESFA mereceria que as placas de granito não fossem retiradas. Referimos ainda um outro pormenor relativo a um dos pisos onde, quando se iniciou a obra, se chegou à conclusão de que as fundações propostas não podiam ser aplicadas, porque aquele edifício estava assente sobre estacas, pelo que, se a sondagem tivesse sido efetuada em devido tempo este problema não se colocaria. Depois dissemos entender que aquela obra dignifica Mangualde, porém, esta alteração de retirar as placas de granito, na nossa opinião, desvirtua aquilo que todos pretendiam e que era ter ali uma obra de referência, mas esta alteração não permite ter essa perceção. Mencionamos também a importância da fundamentação da informação técnica, porque os erros e omissões muitas vezes são detetados pelo empreiteiro em projeto, mas neste caso, alguns deles foram detetados depois de terminado o prazo legalmente previsto para o efeito (60 dias), resultando que 50% dos trabalhos complementares passam a ser da responsabilidade do empreiteiro, o qual argumenta ainda que, com as aulas a decorrer, outros problemas poderão ainda surgir, encontrando-se estes referenciados. Depois comentamos as percentagens dos trabalhos complementares e dos trabalhos-a-menos no âmbito desta obra, todavia considera que o grande problema, e que o preocupa, é que estava prevista uma recuperação que em termos de acabamentos poderia ter um impacto diferente daquele que vai ter, até porque o valor dos trabalhos-a-menos em termos de placas de granito é sinal de que alguma coisa vai ficar diferente. Outra preocupação prende-se com alguns problemas que vão surgir no futuro, até porque os serviços técnicos na respetiva informação referem que os erros e omissões da responsabilidade do projetista serão analisados na parte final.
Complementamos, dizendo que, no âmbito da decisão tomada para serem retiradas as placas de granito pesou o valor da proposta do empreiteiro para respetiva afixação, que era bastante elevado. Argumentamos ainda existirem questões técnicas que não foram acauteladas em fase de projeto da obra. Depois realçamos a ampliação das salas de laboratórios, porque Mangualde tem ensino profissional de qualidade certificado e precisava de boas condições para funcionar, justificando ainda que interiormente, em termos de “layout”, as condições estão todas implementadas, mas exteriormente parece-nos que a mencionada alteração contraria o que estava previsto, pelo que, futuramente, quem avançar para projetos de reconstrução, nomeadamente as entidades externas, têm de articular melhor e verificar eventuais problemas. Neste caso concreto, dissemos compreender a prioridade dos trabalhos complementares executados de acordo com as orientações dos serviços técnicos, reconhecendo que interiormente o espaço está digno, mas exteriormente ficaria diferente se fossem colocadas as placas de granito, porque em termos de durabilidade e de manutenção teria outras condições.
Abstivemo-nos com declaração de voto.
--Primeira alteração ao suplemento remuneratório de penosidade e insalubridade anexo ao Mapa de Pessoal/2022 e funções elegíveis à atribuição do suplemento – Aprovado.-
Congratulamo-nos com o facto de o pessoal externo do estaleiro beneficiar da atribuição do mencionado suplemento remuneratório. Entretanto colocamos questões no âmbito desta matéria
-Prorrogação do prazo para aceitação da transferência de competências para os órgãos municipais no domínio da Ação Social, em conformidade com o decreto-lei n.º 23/2022, de 14 de fevereiro – Aprovado-
Alegamos que qualquer processo para ser operacionalizado deve estar devidamente consolidado, verificando que neste processo de transferência de competências a consolidação do mesmo poderá levar algum tempo, contudo, com uma outra condicionante que o preocupa e que tem a ver com o pacote financeiro que eventualmente possa vir associado a esta transferência, como já aconteceu na área/domínio da educação. Entretanto, manifestamos algumas preocupações com alterações propostas pela tutela, defendemos que o respetivo pacote financeiro deverá ser fiável e viável e que os recursos humanos à disposição permitam dar resposta completa aos problemas que vão surgir, para que depois o ónus da questão não recaia no poder local. Concluímos dizendo sermos defensores da transferência de competências, devidamente consolidadas e acompanhadas de pacotes financeiros equilibrados e que deem resposta àquilo que é efetivamente necessário.
-Contrato de comodato referente à cedência da escola de Contenças de Baixo à união das freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães - autorização para arrendamento do espaço. - Aprovado por maioria-.
Referimos que o parecer jurídico emitido merece todo respeito, que plasma a lei, contudo, consideramos que parte de um princípio que não pode ser aplicado a esta situação, isto porque solicitou e analisou o contrato de comodato inicial celebrado em 21 de junho de 2021 entre o município e a União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães, o qual na sua parte inicial refere a respetiva finalidade/objectivo. Face às considerações votamos contra, porque legalmente entendemos não ser possível a viabilização.
--Requerimentos e pretensões
-Licenciamento de alteração de muro de vedação confinante com a via pública, na rua Azurara da Beira – n.º 153, em Mangualde, união das freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta, concelho de Mangualde, processo n.º 07/2022,. -Aprovado-
Referimos ser uma zona consolidada, considerar ser fundamental que no âmbito da alteração ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Mangualde (RMUE) sejam consideradas todas as situações que são submetidas à aprovação do órgão executivo, para colmatar futuras situações que careçam dessa aprovação do órgão executivo porque não constam do RMUE.
--Período para intervenção e esclarecimento ao público.
Não foi efetuada qualquer inscrição para intervenção e esclarecimento ao público..
Consulte o conteúdo na ata no link a seguir indicado: https://www.cmmangualde.pt/wp-content/uploads/2022/03/ATA-2022-03-03.pdf

APRESENTAÇÃO DO LIVRO “Ruínas Romanas da Raposeira”

No passado dia 6 de Maio a Biblioteca Municipal de Mangualde acolheu a apresentação do Livro “ Ruinas Romanas da Raposeira” da autoria da Historiadora e Arqueóloga Dr.ª Maria Clara Portas Matias.
A Autora convidou os seus mais directos colaboradores na feitura do Livro e ofereceu-lhes um almoço no Restaurante Cascata de Pedra, um local que honra a Cidade de Mangualde.
Pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal de Mangualde, que recebeu o nome do Dr. Alexandre Alves, uma figura que enriqueceu Mangualde e a Região com os seus estudos, investigações e obras publicadas foi apresentado o Livro.
Para apresentar a obra de Clara Portas, falaram António Fortes e Serafim Tavares, do Jornal Renascimento; João Carlos Alves, Historiador; Alberto Correia, Investigador e ex- Director do Museu Nacional de Grão Vasco, de Viseu; Maria José Coelho, Vereadora e Marco Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde.
A presença do Presidente da Câmara, Marco Almeida, que tem sob a sua alçada os Pelouros da Cultura e do Património, além de outros, teve um significado muito especial e revelador do interesse que merece a Cultura e o Património, e o seu desejo de os promover condignamente.
A Autora, Clara Portas recebeu merecidos elogios pelo seu notável trabalho, a sua dedicação e o amor que tem pela sua terra, Mangualde.
A nossa Terra é a nossa Pátria, disse o Poeta!
A Obra Editada pelo Jornal Renascimento, que privilegia a Cultura e o Património do Concelho de Mangualde e apoia os seus ilustres colaboradores, que durante anos, enviam os seus escritos para serem publicados, engloba 39 Crónicas, onde Clara Portas dá a conhecer o seu trabalho de campo e as pesquisas desenvolvidas desde os anos de 70 do Sec. XX.
Marco Almeida, concluiu a sua intervenção com a frase: - “Com este Livro o Concelho de Mangualde ficou mais rico”.
No fim da apresentação, que reuniu muitos interessados, das Escolas, Historiadores, Médicos e Comunicação Social, a Autora presenteou, todos, com um livro autografado.
A Cultura não é um parente pobre da Economia. Só os ignorantes pensam assim. Bem pelo contrário é um vector de desenvolvimento. Só um povo culto está preparado para o futuro, difícil, incerto, que nos espera.
Não devemos ter medo do futuro. Estamos na Primavera, o Sol aquece a alma e ilumina o caminho para a descoberta. É bom sentir o pulsar da vida no desenvolvimento de novos projectos.
O Futuro não se prevê, cria-se !…
As Flores abrem todos os dias!…
Devemos ser ousados! “A ousadia é metade da vitória!”, escreveu o Padre António Vieira, que Fernando Pessoa considerou o “Imperador” da Língua Portuguesa.
O Jornal Renascimento, que promoveu esta apresentação, agradece a todos que estiveram presentes e assim manifestaram o seu interesse pela nossa Cultura, pelo nosso Património, pela nossa Terra. E o carinho e a consideração pela Autora.
E a frase mais Beirã, que brota do coração para fazer esse agradecimento é um grande Bem Haja.
“A Arte é tudo, tudo o resto é nada! Só um Livro é capaz de fazer a eternidade de um Povo “(Eça de Queirós).

EDITORIAL º 821 – 1/5/2022

Turismo em Mangualde
O Turismo foi a actividade que mais sofreu com a pandemia.
Com um certo abrandamento do virus, que não acabou, todos nós esperamos que a actividade recupere e que atinja rápidamente os níveis de 2019.
A guerra que se instalou na Ucrânia, se não alastrar, é possível que não afete a actividade turística, podendo até beneficiá-la de certa forma, já que mercados próximos do conflito, poderão decrescer e trazer acréscimos para Portugal.
O Turismo é sobretudo uma actividade económica, maioritariamente exercida por privados, mas que tem no Estado e nas Autarquias forte apoio na divulgação e como tem que ser na regulamentação.
A Câmara de Mangualde, que tomou posse há relativamente poucos meses, teve a sabedoria de juntar os Pelouros da Cultura, do Turismo e do Património, sob a tutela do Presidente da Câmara, Marco Almeida.
E, assim, vão ter um outro incremento, esperamos todos nós.
A Cultura, o Património e o turismo devem estar juntos, pois são tão interligados, que sem Cultura e Património não pode haver Turismo.
A Câmara Municipal de Mangualde, já anteriormente, foi tendo um importante papel na divulgação do abundante património que o Município tem no seu território.
E últimamente tem feito a recuperação de eventos que por causa da pandemia tinham sido suspensos.
Um Concelho como Mangualde, pelas suas características, não pode nem deve concentrar o seu desenvolvimento no Sector Turístico. O Sector a desenvolver é o Industrial e o Turismo como complemento. Aliás, a Industria e o Turismo também se interligam, porque o Turismo é um Sector transversal que toca em todas as áreas da economia.
Nos anos anteriores à crise o Sector Turístico foi fundamental no modelo de desenvolvimento económico de Portugal.
Mas, convém esclarecer que o conceito de Turismo não é imobiliário e hoteleiro. É antes uma actividade complexa e exigente de serviços, que desmaterializados, isto é imateriais, constituem o conjunto mais difuso e mais difícil de gerir e mais exigentes no desempenho. Assim, o Turismo não é uma actividade residual de alojamentos, restaurantes, de sol e praia. Pelo contrário é um conjunto articulado de multi-serviços – hotelaria, restauração, transportes, qualidade, garantia de segurança, estabilidade e competitividade.
Foi tudo isto que deu ao Turismo o estatuto de actividade económica, gerador de valor acrescentado e de criação de emprego.
Este Sector, o Turismo, ninguém duvide, sem inovação pode vir a estagnar, ou a definhar.
Se não apostarmos forte na industrialização, vamos ficar reduzidos ao Turismo, que tem sido uma das poucas oportunidades da economia portuguesa para o desenvolvimento do país.
Precisamos de capacidade e visão estratégica, que requer o esforço de todos e não só do Estado, ou das Autarquias.
Esperemos que 2022 seja o ano de arranque da Actividade Turística.
Bem precisamos de melhores dias, para que o nosso futuro também seja melhor.

IMAGINANDO

6ª. LEI UNIVERSAL
 O PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE OU DA CAUSA E EFEITO
Esta Lei “ De Causa e Efeito”, tem uma fundamentação teórica e científica muito antiga, baseada numa filosofia de aproximadamente 4500 anos, sendo de fácil entendimento mesmo para os mais incrédulos.
Segundo Isaac Newton, na sua terceira Lei ele compreendeu que, “toda a ação tem uma reação”, ou seja, havendo uma interação entre dois corpos, quando um exerce a sua força sobre o outro, essa força retorna ao primeiro.
O seu conceito original é “Toda a Causa tem o seu Efeito”, “Todo o Efeito tem sua Causa”.
Há imensos planos de causalidade, mas nenhum escapa à Lei.
No entanto vamos tentar compreendê-la, porque ela não é assim tão direta.
Queremos dizer que, quando provocamos uma ação nem sempre temos uma reação de imediato.
Numa maioria a reação vem até numa próxima ou próximas encarnações. Na filosofia Hinduista, chamam de Karma, ou seja, a entidade que numa encarnação anterior provocou uma ação, se compromete perante um Conselho Karmico e antes da sua descida ao mundo físico, a saldar essa dívida para com a entidade lesada.
Como no acto da descida aos mundos terrenos é posto o “Véu do esquecimento”, a maioria das pessoas quando algo de menos bom acontece, dizem muitas vezes: “Porque é que isto me está acontecendo?”. Outros dizem que é “obra do acaso”.
Porquê o Véu do esquecimento?
Imaginemos que numa encarnação anterior, alguém usou de grande violência em si, ao ponto de lhe provocar uma dôr profunda, levando-o ainda à morte física.
O leitor sabendo que esse violador ao querer redimir essa ação experienciando uma encarnação como seu filho, aceitaria?
Quando ambos vêm cumprir uma missão, desconhecem inicialmente qual é relação entre eles. Só ao longo da vida o então prevaricador começa a entender a razão daquela experiência e a comprendê-la. Aquela relação não foi obra do acaso.
O acaso não existe.
Tudo tem um sentido e uma razão porque está acontecendo.
Simplesmente muitas vezes não compreendemos essa razão.
Ninguém escapa à Lei, e essa Lei tem regras, não só em nossas vidas, mas num todo em geral. Caso contrário, O Universo seria um caos.
Por isso quando em nossas vidas surgem colapsos financeiros, incompatibilidade com o semelhante, sendo vítimas de determinada situação incluindo violência, nada acontece por acaso.
Quantas vezes em vidas passadas num ambiente de grande opulência, desprezámos o semelhante, indo até à humilhação? Claro que, numa próxima encarnação vamos experienciar essa situação. Pode até acontecer que o humilhado perdoe, mas alguém o irá fazer por ele.
Também acontece que, pessoas vivendo na opulência se dedicaram à causa dos mais desfavorecidos. Esta Lei também as vai favorecer, porque quanto mais der mais recebe, seja em amor ou financeiramente.
Vamos por bem, tomar bastante atenção a este Princípio.
Somos comandantes de nossos navios, e a tripulação nossos pensamentos
Se soubermos vigiar bem os nossos pensamentos, em plena tempestade essa tripulação está sob controle. Caso contrário com ela desordenada, de certeza o navio vai naufragar.
Compreendamos que o Universo segue uma lógica. A Lógica da vida
. Hermes Trismegisto ( O três vezes Mestre)
“Somos parte da Natureza, tendo dentro de nós a mesma dinâmica que a caracteriza”.

EVOLUÇÃO DA HIGIENE CORPORAL


Vários povos que viveram em tempos muitíssimo recuados, já dispunham de edifícios onde praticavam os banhos públicos. Por volta de 3.000 anos a.C., os Egípcios faziam rituais sagrados na água e tomavam vários banhos por dia, porque acreditavam que a água, além de limpar o corpo, também purificava a alma.
Os Gregos, principalmente na Ilha de Creta, entre 1700 e 1200 a. C., desenvolveram técnicas avançadas para a distribuição da água utilizada nos banhos públicos. Os Romanos herdaram muito da cultura grega e seguiram também a “adoração” do banho. Para esse fim construíram sumptuosas termas em muitas das terras do seu Império. As termas romanas, além de terem numerosas divisões, destinadas a uma complicada balneação (caldarium, frigidarium, tepidarium, etc,), tinham jardins, ginásios, biblioteca, teatro, etc. Na Lusitânia também foram construídas várias termas, das quais ainda hoje existem reminiscências, como as de Lisboa, Milreu e Conímbriga. Entre as termas romanas sobressaem as de Caracala e as de Diocleciano, as quais podiam comportar, respetivamente, até 1600 ou 3200 pessoas.
Os Árabes continuaram, na Península Ibérica, a tradição balnear herdada do tempo dos romanos.
Entretanto, a Igreja, nomeadamente Gregório I, que foi Papa entre os anos 590 e 604, insurgiu-se contra os pecaminosos hábitos adotados pelas pessoas que tomavam banho completamente nus. Por outro lado, passou-se a considerar exagerada a frequência dos banhos. Bastaria lavar a cara e as mãos e, quando muito, tomar banho uma vez por ano.
O banho anual tinha lugar no tempo mais quente, ou seja, a partir da época do mês de Maio. Era utilizado um barril que enchiam de água aquecida e servia para toda a família aquela mesma água. O privilégio de ser o primeiro pertencia ao dono da casa. A ele se seguiam os outros homens da família, começando pelos mais velhos. Seguidamente era a vez das mulheres do lar seguindo a mesma ordem. Se existisse um bebé, seria o último. Como se compreende, quando chegava a vez deste, a água estava tão suja que não seria difícil perder o bebé lá dentro. Daí nasceu a expressão, ainda hoje muito usada – eu ouvi-a hoje mesmo a um jornalista de uma estação televisiva – “cuidado, não jogue o bebé fora, junto com a água do banho”.
A falta de higiene revelava-se também em vários aspetos do comportamento das pessoas. As águas dos usos domésticos, as fezes e outras imundícies eram lançadas pela janela para as ruas da Lisboa medieval, podendo os transeuntes serem atingidos pelos mesmos. Para tentar evitar isso, tornou-se obrigatório gritar antecipadamente “água vai”, em obediência a um edital municipal de 1809.
A maioria dos casamentos acontecia no mês de Maio, quando o odor das pessoas era ainda suportável. Para dissipar o mau cheiro, as noivas levavam um ramo de flores junto ao corpo.
Atualmente, em Portugal, os balneários localizam-se perto das nascentes de água medicinal e são-lhe atribuídas certas terapias geralmente muito divulgadas.

BENÇÃO DOS CAMPOS PERFIL DE LUZ

TRÊS DE MAIO DIA DE SANTA CRUZ
No dia de Santa Cruz é evocada uma das mais antigas solenidades da lgreja para celebrar a exaltação do Triunfo de Cristo sobre a morte. Nesse dia é colocada em todos os campos de cultivo uma cruz de madeira enfeitada com o ramo do loureiro, da oliveira e do alecrim benzidos na missa de Domingo de Ramos. É uma maneira singela de pedir a interceção de Maria, Nossa Senhora junto de Seu Filho para que abençoe todos os campos. A cruz é o trono onde Jesus exerce a Sua realeza. Efetivamente várias são as tradições que apontam o dia três de Maio como um dia Santificado ao qual estão ligadas diversas lendas.
O Santo Lenho, roubado séculos mais tarde pelos Persas, terá sido recuperado pelo imperador Heráclio que o leva às suas próprias costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a Cruz foi entregue ao patriarca Zacarias no dia 3 de maio de 630, data que recebeu a designação de dia de Santa Cruz.
Já torrados e luzidios, os campos aguardam a colheita. Os homens não se fazem rogados. Da semente abençoada nasce a espiga do milho, a ceifar, desfolhar, malhar e a vender em mais uma feira de produtos. Na labuta da apanha, a uva dá uma especial frescura ao Verão que se despede. A tarefa é árdua, o empenho é comunitário, mas a todos move o cuidado com o fruto do néctar dos deuses. O vinho, esse, apura sabedorias nas adegas das casas. Ao esforço segue-se a recompensa. A fartura aviva as memórias e devoções. Suculentas as uvas e rijo milho num ano mirrado e doente no outro, a comunidade sabe que deve manter-se leal aos seus ritos de bênção e agradecimentos. As pragas, pestes e maleitas de outros tempos precisam ainda de ser esconjuradas.
O dia de Santa Cruz é marcado por ser o primeiro dia das sestas, era a partir desta data que eram permitidas as trabalhadores rurais duas horas diárias de descanso.
Os tempos guardam a magia das colheitas que se fazem festa. Depois do trabalho louvar a benesse, saborear a embriaguez dos frutos colhidos.
Um breve e merecido interregno até às colheitas que se seguem.

Coisas importantes na vida


A vida é algo muito mais complexo do que apenas existir e por isso é normal que ela também precise de outras coisas para que se consiga viver de uma forma mais completa. Podia enumerar as coisas mais importantes que devemos tentar ao máximo manter na vida: saúde, família, amigos, trabalho, paz, amor, relacionamentos, conhecimento, educação, desenvolvimento, mas isto vai variando conforme a idade e as necessidades.
Os últimos dois anos alteraram a nossa maneira de estar, viver e pensar. Devido à pandemia e mais recentemente devido à Guerra na Ucrânia muita coisa mudou e vai continuar a mudar e não sabemos até quando, com que consequências e com que mazelas iremos ficar.
Li recentemente uma reflexão interessante do CEO do Google, Sundar Pichai, que fez um discurso e em apenas 60 segundos, ele disse: “Imagina que a vida é um jogo de 5 bolas que tu manipulas no ar tentando não deixar cair essas bolas. Uma deles é de borracha, e o resto são de vidro. As cinco bolas são: trabalho, família, saúde, amigos e alma. Não vai demorar muito para que percebas que o trabalho é a bola de borracha. Sempre que a deixares cair, ela vai voltar novamente, enquanto as outras bolas são feitas de vidro. Se uma delas cair, não voltará à sua forma anterior. Essa bola ficará danificada, rachada ou até mesmo em estilhaços. Tens que estar ciente disso e esforçar-te para não deixar cair nenhuma bola de vidro. Gere o teu trabalho de forma eficiente durante o horário de trabalho, dá o tempo necessário para tua família e amigos, descansa adequadamente e cuida de tua saúde. Se te deixares cair, não será fácil voltares a ser como eras.” (Fonte: LinkedIn)
Um dos principais valores de Sundar Pichai é não ver só o seu próprio sucesso mas focar-se também no sucesso dos outros. Nas suas intervenções dedica muita atenção ao facto de que o seu êxito se baseia nos êxitos dos que o rodeiam e em como consegue fazer as pessoas à sua volta bem-sucedidas e felizes apesar do denominador “tempo”.
Os seres humanos, com todos os seus desejos e vontades, são subordinados ao tempo. Às vezes, ele é como um tirano que nos obriga a decidir, e não permite que voltemos atrás. Outras vezes, passa muito rapidamente e nos arrasta (quem passou pela paternidade/maternidade sabe do que falo!). Ou vai muito lentamente e nada acontece…
Frequentemente, o tempo nos surpreende, nos move, nos educa na paciência. Se ele dá frutos, agradecemos pelo que vivemos. Mas se ele demora, é difícil de ser compreendido e se torna insuportável. Por isso, é indispensável esperar com paciência os tempos de nossa vida, pois no jardim imenso que é a vida, quem luta e trabalha, às vezes mesmo em situações desesperantes, encontra sempre uma solução!