Arquivo diário: 3 de Maio de 2022

EDITORIAL º 821 – 1/5/2022

Turismo em Mangualde
O Turismo foi a actividade que mais sofreu com a pandemia.
Com um certo abrandamento do virus, que não acabou, todos nós esperamos que a actividade recupere e que atinja rápidamente os níveis de 2019.
A guerra que se instalou na Ucrânia, se não alastrar, é possível que não afete a actividade turística, podendo até beneficiá-la de certa forma, já que mercados próximos do conflito, poderão decrescer e trazer acréscimos para Portugal.
O Turismo é sobretudo uma actividade económica, maioritariamente exercida por privados, mas que tem no Estado e nas Autarquias forte apoio na divulgação e como tem que ser na regulamentação.
A Câmara de Mangualde, que tomou posse há relativamente poucos meses, teve a sabedoria de juntar os Pelouros da Cultura, do Turismo e do Património, sob a tutela do Presidente da Câmara, Marco Almeida.
E, assim, vão ter um outro incremento, esperamos todos nós.
A Cultura, o Património e o turismo devem estar juntos, pois são tão interligados, que sem Cultura e Património não pode haver Turismo.
A Câmara Municipal de Mangualde, já anteriormente, foi tendo um importante papel na divulgação do abundante património que o Município tem no seu território.
E últimamente tem feito a recuperação de eventos que por causa da pandemia tinham sido suspensos.
Um Concelho como Mangualde, pelas suas características, não pode nem deve concentrar o seu desenvolvimento no Sector Turístico. O Sector a desenvolver é o Industrial e o Turismo como complemento. Aliás, a Industria e o Turismo também se interligam, porque o Turismo é um Sector transversal que toca em todas as áreas da economia.
Nos anos anteriores à crise o Sector Turístico foi fundamental no modelo de desenvolvimento económico de Portugal.
Mas, convém esclarecer que o conceito de Turismo não é imobiliário e hoteleiro. É antes uma actividade complexa e exigente de serviços, que desmaterializados, isto é imateriais, constituem o conjunto mais difuso e mais difícil de gerir e mais exigentes no desempenho. Assim, o Turismo não é uma actividade residual de alojamentos, restaurantes, de sol e praia. Pelo contrário é um conjunto articulado de multi-serviços – hotelaria, restauração, transportes, qualidade, garantia de segurança, estabilidade e competitividade.
Foi tudo isto que deu ao Turismo o estatuto de actividade económica, gerador de valor acrescentado e de criação de emprego.
Este Sector, o Turismo, ninguém duvide, sem inovação pode vir a estagnar, ou a definhar.
Se não apostarmos forte na industrialização, vamos ficar reduzidos ao Turismo, que tem sido uma das poucas oportunidades da economia portuguesa para o desenvolvimento do país.
Precisamos de capacidade e visão estratégica, que requer o esforço de todos e não só do Estado, ou das Autarquias.
Esperemos que 2022 seja o ano de arranque da Actividade Turística.
Bem precisamos de melhores dias, para que o nosso futuro também seja melhor.

IMAGINANDO

6ª. LEI UNIVERSAL
 O PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE OU DA CAUSA E EFEITO
Esta Lei “ De Causa e Efeito”, tem uma fundamentação teórica e científica muito antiga, baseada numa filosofia de aproximadamente 4500 anos, sendo de fácil entendimento mesmo para os mais incrédulos.
Segundo Isaac Newton, na sua terceira Lei ele compreendeu que, “toda a ação tem uma reação”, ou seja, havendo uma interação entre dois corpos, quando um exerce a sua força sobre o outro, essa força retorna ao primeiro.
O seu conceito original é “Toda a Causa tem o seu Efeito”, “Todo o Efeito tem sua Causa”.
Há imensos planos de causalidade, mas nenhum escapa à Lei.
No entanto vamos tentar compreendê-la, porque ela não é assim tão direta.
Queremos dizer que, quando provocamos uma ação nem sempre temos uma reação de imediato.
Numa maioria a reação vem até numa próxima ou próximas encarnações. Na filosofia Hinduista, chamam de Karma, ou seja, a entidade que numa encarnação anterior provocou uma ação, se compromete perante um Conselho Karmico e antes da sua descida ao mundo físico, a saldar essa dívida para com a entidade lesada.
Como no acto da descida aos mundos terrenos é posto o “Véu do esquecimento”, a maioria das pessoas quando algo de menos bom acontece, dizem muitas vezes: “Porque é que isto me está acontecendo?”. Outros dizem que é “obra do acaso”.
Porquê o Véu do esquecimento?
Imaginemos que numa encarnação anterior, alguém usou de grande violência em si, ao ponto de lhe provocar uma dôr profunda, levando-o ainda à morte física.
O leitor sabendo que esse violador ao querer redimir essa ação experienciando uma encarnação como seu filho, aceitaria?
Quando ambos vêm cumprir uma missão, desconhecem inicialmente qual é relação entre eles. Só ao longo da vida o então prevaricador começa a entender a razão daquela experiência e a comprendê-la. Aquela relação não foi obra do acaso.
O acaso não existe.
Tudo tem um sentido e uma razão porque está acontecendo.
Simplesmente muitas vezes não compreendemos essa razão.
Ninguém escapa à Lei, e essa Lei tem regras, não só em nossas vidas, mas num todo em geral. Caso contrário, O Universo seria um caos.
Por isso quando em nossas vidas surgem colapsos financeiros, incompatibilidade com o semelhante, sendo vítimas de determinada situação incluindo violência, nada acontece por acaso.
Quantas vezes em vidas passadas num ambiente de grande opulência, desprezámos o semelhante, indo até à humilhação? Claro que, numa próxima encarnação vamos experienciar essa situação. Pode até acontecer que o humilhado perdoe, mas alguém o irá fazer por ele.
Também acontece que, pessoas vivendo na opulência se dedicaram à causa dos mais desfavorecidos. Esta Lei também as vai favorecer, porque quanto mais der mais recebe, seja em amor ou financeiramente.
Vamos por bem, tomar bastante atenção a este Princípio.
Somos comandantes de nossos navios, e a tripulação nossos pensamentos
Se soubermos vigiar bem os nossos pensamentos, em plena tempestade essa tripulação está sob controle. Caso contrário com ela desordenada, de certeza o navio vai naufragar.
Compreendamos que o Universo segue uma lógica. A Lógica da vida
. Hermes Trismegisto ( O três vezes Mestre)
“Somos parte da Natureza, tendo dentro de nós a mesma dinâmica que a caracteriza”.

EVOLUÇÃO DA HIGIENE CORPORAL


Vários povos que viveram em tempos muitíssimo recuados, já dispunham de edifícios onde praticavam os banhos públicos. Por volta de 3.000 anos a.C., os Egípcios faziam rituais sagrados na água e tomavam vários banhos por dia, porque acreditavam que a água, além de limpar o corpo, também purificava a alma.
Os Gregos, principalmente na Ilha de Creta, entre 1700 e 1200 a. C., desenvolveram técnicas avançadas para a distribuição da água utilizada nos banhos públicos. Os Romanos herdaram muito da cultura grega e seguiram também a “adoração” do banho. Para esse fim construíram sumptuosas termas em muitas das terras do seu Império. As termas romanas, além de terem numerosas divisões, destinadas a uma complicada balneação (caldarium, frigidarium, tepidarium, etc,), tinham jardins, ginásios, biblioteca, teatro, etc. Na Lusitânia também foram construídas várias termas, das quais ainda hoje existem reminiscências, como as de Lisboa, Milreu e Conímbriga. Entre as termas romanas sobressaem as de Caracala e as de Diocleciano, as quais podiam comportar, respetivamente, até 1600 ou 3200 pessoas.
Os Árabes continuaram, na Península Ibérica, a tradição balnear herdada do tempo dos romanos.
Entretanto, a Igreja, nomeadamente Gregório I, que foi Papa entre os anos 590 e 604, insurgiu-se contra os pecaminosos hábitos adotados pelas pessoas que tomavam banho completamente nus. Por outro lado, passou-se a considerar exagerada a frequência dos banhos. Bastaria lavar a cara e as mãos e, quando muito, tomar banho uma vez por ano.
O banho anual tinha lugar no tempo mais quente, ou seja, a partir da época do mês de Maio. Era utilizado um barril que enchiam de água aquecida e servia para toda a família aquela mesma água. O privilégio de ser o primeiro pertencia ao dono da casa. A ele se seguiam os outros homens da família, começando pelos mais velhos. Seguidamente era a vez das mulheres do lar seguindo a mesma ordem. Se existisse um bebé, seria o último. Como se compreende, quando chegava a vez deste, a água estava tão suja que não seria difícil perder o bebé lá dentro. Daí nasceu a expressão, ainda hoje muito usada – eu ouvi-a hoje mesmo a um jornalista de uma estação televisiva – “cuidado, não jogue o bebé fora, junto com a água do banho”.
A falta de higiene revelava-se também em vários aspetos do comportamento das pessoas. As águas dos usos domésticos, as fezes e outras imundícies eram lançadas pela janela para as ruas da Lisboa medieval, podendo os transeuntes serem atingidos pelos mesmos. Para tentar evitar isso, tornou-se obrigatório gritar antecipadamente “água vai”, em obediência a um edital municipal de 1809.
A maioria dos casamentos acontecia no mês de Maio, quando o odor das pessoas era ainda suportável. Para dissipar o mau cheiro, as noivas levavam um ramo de flores junto ao corpo.
Atualmente, em Portugal, os balneários localizam-se perto das nascentes de água medicinal e são-lhe atribuídas certas terapias geralmente muito divulgadas.

BENÇÃO DOS CAMPOS PERFIL DE LUZ

TRÊS DE MAIO DIA DE SANTA CRUZ
No dia de Santa Cruz é evocada uma das mais antigas solenidades da lgreja para celebrar a exaltação do Triunfo de Cristo sobre a morte. Nesse dia é colocada em todos os campos de cultivo uma cruz de madeira enfeitada com o ramo do loureiro, da oliveira e do alecrim benzidos na missa de Domingo de Ramos. É uma maneira singela de pedir a interceção de Maria, Nossa Senhora junto de Seu Filho para que abençoe todos os campos. A cruz é o trono onde Jesus exerce a Sua realeza. Efetivamente várias são as tradições que apontam o dia três de Maio como um dia Santificado ao qual estão ligadas diversas lendas.
O Santo Lenho, roubado séculos mais tarde pelos Persas, terá sido recuperado pelo imperador Heráclio que o leva às suas próprias costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a Cruz foi entregue ao patriarca Zacarias no dia 3 de maio de 630, data que recebeu a designação de dia de Santa Cruz.
Já torrados e luzidios, os campos aguardam a colheita. Os homens não se fazem rogados. Da semente abençoada nasce a espiga do milho, a ceifar, desfolhar, malhar e a vender em mais uma feira de produtos. Na labuta da apanha, a uva dá uma especial frescura ao Verão que se despede. A tarefa é árdua, o empenho é comunitário, mas a todos move o cuidado com o fruto do néctar dos deuses. O vinho, esse, apura sabedorias nas adegas das casas. Ao esforço segue-se a recompensa. A fartura aviva as memórias e devoções. Suculentas as uvas e rijo milho num ano mirrado e doente no outro, a comunidade sabe que deve manter-se leal aos seus ritos de bênção e agradecimentos. As pragas, pestes e maleitas de outros tempos precisam ainda de ser esconjuradas.
O dia de Santa Cruz é marcado por ser o primeiro dia das sestas, era a partir desta data que eram permitidas as trabalhadores rurais duas horas diárias de descanso.
Os tempos guardam a magia das colheitas que se fazem festa. Depois do trabalho louvar a benesse, saborear a embriaguez dos frutos colhidos.
Um breve e merecido interregno até às colheitas que se seguem.

Coisas importantes na vida


A vida é algo muito mais complexo do que apenas existir e por isso é normal que ela também precise de outras coisas para que se consiga viver de uma forma mais completa. Podia enumerar as coisas mais importantes que devemos tentar ao máximo manter na vida: saúde, família, amigos, trabalho, paz, amor, relacionamentos, conhecimento, educação, desenvolvimento, mas isto vai variando conforme a idade e as necessidades.
Os últimos dois anos alteraram a nossa maneira de estar, viver e pensar. Devido à pandemia e mais recentemente devido à Guerra na Ucrânia muita coisa mudou e vai continuar a mudar e não sabemos até quando, com que consequências e com que mazelas iremos ficar.
Li recentemente uma reflexão interessante do CEO do Google, Sundar Pichai, que fez um discurso e em apenas 60 segundos, ele disse: “Imagina que a vida é um jogo de 5 bolas que tu manipulas no ar tentando não deixar cair essas bolas. Uma deles é de borracha, e o resto são de vidro. As cinco bolas são: trabalho, família, saúde, amigos e alma. Não vai demorar muito para que percebas que o trabalho é a bola de borracha. Sempre que a deixares cair, ela vai voltar novamente, enquanto as outras bolas são feitas de vidro. Se uma delas cair, não voltará à sua forma anterior. Essa bola ficará danificada, rachada ou até mesmo em estilhaços. Tens que estar ciente disso e esforçar-te para não deixar cair nenhuma bola de vidro. Gere o teu trabalho de forma eficiente durante o horário de trabalho, dá o tempo necessário para tua família e amigos, descansa adequadamente e cuida de tua saúde. Se te deixares cair, não será fácil voltares a ser como eras.” (Fonte: LinkedIn)
Um dos principais valores de Sundar Pichai é não ver só o seu próprio sucesso mas focar-se também no sucesso dos outros. Nas suas intervenções dedica muita atenção ao facto de que o seu êxito se baseia nos êxitos dos que o rodeiam e em como consegue fazer as pessoas à sua volta bem-sucedidas e felizes apesar do denominador “tempo”.
Os seres humanos, com todos os seus desejos e vontades, são subordinados ao tempo. Às vezes, ele é como um tirano que nos obriga a decidir, e não permite que voltemos atrás. Outras vezes, passa muito rapidamente e nos arrasta (quem passou pela paternidade/maternidade sabe do que falo!). Ou vai muito lentamente e nada acontece…
Frequentemente, o tempo nos surpreende, nos move, nos educa na paciência. Se ele dá frutos, agradecemos pelo que vivemos. Mas se ele demora, é difícil de ser compreendido e se torna insuportável. Por isso, é indispensável esperar com paciência os tempos de nossa vida, pois no jardim imenso que é a vida, quem luta e trabalha, às vezes mesmo em situações desesperantes, encontra sempre uma solução!

LENDAS, HISTORIETAS E VIVÊNCIAS

Não é fácil fazer a sequência duma narrativa que se desdobra por acontecimentos tão diversos e estranhos ao longo dos dias… Por sorte, dos muitos dias duma vida. Os dias da infância e adolescência daquele tempo longínquo de 1945 eram tão cheios! Desde o levantar até à hora de cama, são tantas as memórias que se entrelaçam num emaranhado de emoções! Era o tempo da guerra, lá longe. Aqui a percepção da tragédia não era bem nítida. Não se viam imagens como agora, quanto muito uma fotografia num jornal… Não tivesse o Pai, aqui na Estação, o único rádio alimentado pela bateria dum carro, nada se saberia… Ali, sim, até se ouviam os rebentamentos das bombas, quando Fernando Peça, esse excelente jornalista da BBC fazia reportagens em directo duma Londres já massacrada. Contudo a miudagem ingénua apercebia-se pelos comentários dos adultos, que algo medonho se passava. Mas aqui juntinho a nós só tínhamos a visão dum espaço largo, larguíssimo, sem os empecilhos dos arranha céus, nem dos transportes motorizados, era um espaço tamanho que permitia quaisquer deambulações sem entraves. E foi este que nos fez crescer… Lá longe viria o carro de bois mais ou menos carregado que nunca obrigaria os transeuntes a fazer manobras arriscadas para evitar um qualquer impacto. Depois, havia o tempo das Estações do ano que em muito condicionavam os comportamentos tanto dos adultos, como da criançada. Viver um inverno em 1950 não era em nada próximo dos actuais. Mudaram as características atmosféricas e mudou a sociedade. Viver a plenitude da Primavera e do Verão era uma bênção. O Outono só lembra pelos ouriços a rir consolados nos castanheiros à espera que as castanhas caíssem e a seguir se fizessem os desejados magustos. Por isso este largo espaço de maninho entre o Bairro da Estação e a escola de Cubos era o mundo das aventuras com variadas pesquisas no solo – joelhos no chão, cotovelos a equilibrar e o nariz em cima dum buraquinho donde há pouco saía o som que tanto despertava a atenção e punha alerta qualquer dos miúdos. Uma palhinha presa entre o polegar e indicador era enfiada cuidadosamente no buraco e em alguns minutos lá vinha a sair o indignado grilito. Àquele tempo não se conheciam leis de protecção animal, nem as crianças tinham consciência disso, mas qualquer um tinha admiração e amava os bichinhos e animais maiores. Gostavam deles. Os grilitos eram em muitos casos a sua companhia nas horas de estudo, numa minúscula gaiolita onde os machos faziam musica electro raspando as suas asitas. Nós gostávamos muito de os ouvir… fome não passavam tinham sempre alface fresquinha e serradela dos campos. Mas, francamente, agora cá bem longe penso na amargura dos pobres bichinhos…. éramos inconscientes e pouco informados.. Aí, vinha a Mãe passar a lição de moral e lá íamos com a gaiolinha pôr o grilito junto ao seu buraco. No quintal havia imensos nesse tempo que faziam grigrigri sem parar… mas, para que raio queríamos um animalzinho ali fechado?! Talvez fosse cantando para esquecer aquela sua triste vida…. esta inconsciência acabou depressa porque a Mãe estava atenta!…Vá, vai já pôr o grilo no buraquinho…. JÁ !

Parentalidade: outra forma de crescimento


Para não fugir à norma, e ser aceite pela sociedade, uma das exigências de quem tem filhos, é: serem alunos promissores para terem um lugar assegurado no mercado de trabalho. De fato, ser pai\ mãe nos dias de hoje, é muito mais desafiante que nos tempos dos nossos avós.
Antes ouvia-se “tudo se cria”, com o tom sábio de ensinar a criança o que é ser homem. O carinho e o afeto eram presentes, mas a disciplina e a responsabilidade eram constantes, para o futuro incerto que se vislumbrava. Certo, era a amargura de não ter luxos, mas a doçura de ser simples e aceitar o inevitável.
Hoje, a pressão de ser pai\ mãe acarreta uma preocupação permanente com a frase “e agora?” Desde a dificuldade em adaptar à nova realidade, que é ser responsável por um ser em desenvolvimento a todos os níveis, e satisfazer todas as suas necessidades. Conciliar com o tempo de trabalhar; gerir uma casa e outras dezenas de tarefas, torna-se quase uma odisseia prolifera de obstáculos. Quase faz lembrar as corridas de barreiras: “Será que vou ser despedida? Será que conseguimos pagar as despesas todas? Será que consigo …Será que… ”
O prazer de ser pai, mesmo numa gravidez não planeada, é outra forma de nascer. Conhecer uma faceta diferente da pessoa perante o seu papel de ser educador, e não tão somente, um agente para gerar alguém. Ser pai assume um conjunto de competências que nem todos temos, mas ter consciência que temos de aprender, já torna a experiência mais confortante. Não existem pais exímios, assim como não há filhos perfeitos. Faz parte desde o momento que somos pessoas conscientes, que se somos filhos também podemos ser pais. Dar afeto, confiança e segurança já é um principio para esta tarefa sempre inacabada de ser pai, no entanto é sempre necessário ensinar aos filhos que o mundo tem riscos e acarreta sempre incertezas e coisas imprevisíveis. A demora da emancipação dos jovens adultos; a dependência financeira dos pais; o elevado custo de vida, resulta numa eterna ajuda parental, e aqui surgem os conflitos comunicacionais. Pai\ mãe e a cultura do sucesso, são elementos de uma equação cujo o resultado nem sempre é o esperado. É natural ter dúvidas, é natural ter medos, mas o tempo é mais rápido do que imaginamos… Ser pai é sempre uma oportunidade de sentir o que é viver, sempre aprendendo!