Arquivo diário: 15 de Junho de 2023

SANFONINAS

Esta Babel em que estamos!
Chama-se Fonética a ciência que estuda os sons humanos. Linguística é, por seu turno, a forma de os exprimir por signos.
Admiramo-nos, de vez em quando, com a infinidade de línguas e dialectos – e respectivos signos estranhos – vigentes pelo nosso mundo. Conta a Bíblia, no livro de Génesis (11, 1-9), cujo inspirado autor também terá ficado pasmado ao verificar tamanha diversidade, que foi esse um castigo de Deus, por o Homem O ter querido alcançar, construindo imensa torre, a «torre de Babel». E que castigo! – podemos exclamar nós, hoje, ao sentirmos a dificuldade em nos entendermos nessa verdadeira babel.
Foi, em tempos, o Latim uma língua quase universal, em boa parte do mundo dito, então, “civilizado”. Houvera antes, diz-se, o indo-europeu. Em 1887, Ludwik Lejzer Zamenhof criou o esperanto, em jeito de aglutinação, para todos nos entendermos; o inglês aspira, agora, a ser esse elo privilegiado. O certo é que… as diferenças mantêm-se e até se corre sério risco de se acentuarem, haja em vista, por exemplo, o que se passa na vizinha Espanha, com a crescente afirmação do catalão, do basco, de galego, do valenciano… face ao castelhano adoptado há muito como língua oficial.
Vêm estas considerações a propósito das bem oportunas crónicas «Mais linguagem à moda antiga», inseridas por João Lourenço Roque no seu mais recente livro Digressões Interiores 3 (Palimage, Coimbra, 2021). Mostra João Lourenço Roque com inúmeros exemplos como é que a população da sua zona beirã (freguesia de Sarzedas, concelho de Castelo Branco) se exprime no quotidiano, Há expressões e palavras próprias; mas há, sobretudo, uma forma própria de as pronunciar: o som ar final transforma-se em er – escuter (por escutar), esbarrguer-se (por esbarregar-se)…
Vale a pena sorrirmos com uma das pitorescas frases que cita (p. 34) e que só pronunciada em voz alta se logra compreender:
«Antontem andava a labrar com os bezerros, espindurei a marenda numa carrasqueira baixa, quando dei pela trilha um cão esfrangalhou-me a bolsa toda, comeu-me o conduto e abalou com o pão nos dentes».

CONSULTÓRIO

SUPLEMENTOS ALIMENTARES: 4 GRANDES ERROS A EVITAR
O mercado dos suplementos alimentares é muito grande. Em diferentes períodos da nossa vida, e em função de situações particulares, somos tentados a recorrer a eles. Tomamos vitaminas, sais minerais e outros oligoelementos para reencontrarmos a boa forma e nos sentirmos melhor.
No entanto é preciso tomar atenção, pois há situações de conflito entre os suplementos alimentares e aquilo que comemos ou tomamos.
Suplementos alimentares e medicamentos nem sempre ligam certo!
Alguns princípios activos presentes nos alimentos (sumo de toranja, cafeína, chá, crucíferas) podem interferir com alguns medicamentos: eficácia diminuída ou, inversamente, aumentada, aumentos dos efeitos secundários, etc.
É o caso de alguns antibióticos, calmantes, antidepressivos ou anticoagulantes como os anti-vitamina K, cuja eficácia diminui com o aumento de consumo de crucíferas (brócolos, couve-flor) pois estes legumes são ricos em vitamina K.
O mesmo tipo de problema pode surgir com um suplemento alimentar. Os alimentos e os suplementos alimentares a evitar, quando de um tratamento medicamentoso, devem ser indicados pelo médico e devem estar claramente indicados na bula que acompanha o medicamento. Se não houver essa indicação, e por uma questão de precaução, deve existir um intervalo de uma ou duas horas entre o consumo alimentar e a tomada do medicamento.
Suplementos alimentares e alimentação desequilibrada: atenção aos excessos!
Alguns desequilíbrios alimentares são pouco compatíveis com os suplementos alimentares. Trata-se, essencialmente, de regimes alimentares desequilibrados pelos excessos: comem-se determinados alimentos em demasia, enquanto outras categorias alimentares ficam no esquecimento, uma suplementação pode ter um efeito positivo sobre uma determinada carência orgânica, mas ao mesmo tempo, pode provocar alterações que contrariam o seu efeito benéfico.
Antes de tomar um suplemento convém analisar a sua alimentação e reajustá-la, se necessário, para evitar o risco de uma suplementação provocar novas perturbações, em vez de atenuar as que pré-existiam.
Não se devem associar diferentes suplementos alimentares!
A maior parte dos suplementos alimentares são “cocktails” de vitaminas, minerais ou oligoelementos reivindicando diferentes tipos de efeitos: anti-stress, anti-envelhecimento, memória, potência sexual, etc.
Por vezes, a tentação em associá-los é forte, o que é um erro porque eles contêm, muitas vezes, algumas vitaminas e minerais em comum, o que aumenta o risco de sobredosagem. É preferível, por isso, não acumular os produtos e, em caso de dúvida, perguntar ao seu médico ou ao farmacêutico.
Não tomar suplementos alimentares durante muito tempo!
É fortemente desaconselhado comprometer-se com uma suplementação durante tempo prolongado sem uma vigilância mínima ou sem acordo médico.
Tomar uma suplementação inadaptada, a longo prazo, pode ter repercussões variadas. É preferível tomar os suplementos alimentares sob a forma de cura, durante 10, 20 ou 30 dias, de acordo com os objectivos a atingir.
Em conclusão
É preferível, antes de iniciar uma suplementação alimentar, pedir conselho ao seu médico.
E nunca é demais lembrar que uma alimentação variada e equilibrada contém todas as vitaminas e minerais necessários ao bom funcionamento do organismo.

Marchas Populares voltam a animar Mangualde


Gastronomia típica dos Santos Populares, música e muita animação
Na noite de 25 de junho, as ruas mangualdenses vão, mais uma vez, encher-se de cor, música e muita animação com as tradicionais Marchas Populares. Pelas 21h30, os grupos saem em desfile do Largo do Rossio até à rua 1º de Maio (paragem de autocarros). A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Mangualde.
As coreografias que vão assinalar esta época de Santos Populares vão ser protagonizadas pelas Marchas Populares locais: Marcha Popular de Quintela de Azurara, Marcha Popular da Associação Mangualde Azurara, Marcha Popular de Santiago e Póvoa; Marcha ConVida da União das Freguesias de Moimenta de Maceira Dão e Lobelhe do Mato; e Marcha Popular “Alcafache 2023”.
A noite terá ainda a gastronomia típica dos Santos Populares, com as Tasquinhas Típicas no Largo do Rossio e na Rua 1º de Maio e muita animação.

LOBELHE DO MATO REALIZOU II FEIRA MEDIEVAL

Nos passados dias 9, 10 e 11 de junho, a localidade de Lobelhe do Mato, recuou ao Século XII, com a realização da segunda edição da Feira Medieval.
Foram mais de uma centena de pessoas que trajadas à época, desfilaram pelas ruas da localidade encenando a Idade Média, participando da Feira, dos jogos e animações, contribuindo para as delicias das centenas de visitantes que naqueles dias se deslocaram a Lobelhe do Mato.
O facto de este ano, estarem já melhor preparados e a grande divulgação que a Feira teve contribuiu para que ao certame acorressem pessoas de vários pontos do país como Porto, Lisboa, Chaves, Guarda, que, em conjunto com os habitantes de Lobelhe deram vida às 42 barracas existentes.
Animação, Teatro de Rua, Musica, aves, carrossel, jogos de criança e tantas outras coisas, contribuiram para engrandecer este certame de 2023.

ANO LETIVO 22/23 CHEGA AO FIM

Chegou ao fim o ano letivo 2022/2023.
Este ano letivo, fica marcado pelo normal funcionamento pós pandemia, pela sua divisão em semestres (neste agrupamento) e também pela saída de Agnelo Figueiredo, depois de 35 anos, do cargo de Diretor do Agrupamento de Escolas de Mangualde.
Para sabermos um pouco mais sobre todas estas questões, Renascimento falou com Agnelo Figueiredo

  • Sr. Engº como decorreu este ano letivo, tendo em conta que foi o retomar da normalidade pós pandemia e, porque foi também a primeira vez que o ano letivo foi dividido em semestres?
    Pode dizer-se que o ano decorreu de forma tranquila e previsível, embora pudesse ter corrido muito melhor. Todavia, para que tal acontecesse, o ministro da Educação deveria ter adotado uma diferente política no que toca à dotação de professores de cada escola. De facto, se nos tivessem alocado mais professores, sobretudo do 1.º Ciclo, teríamos feito muito melhor. Basta dizer que começámos o ano sem professores em Moimenta do Dão e, durante todo o ano, sempre nos faltaram professores aqui e acolá, o que causou problemas por deficiência de compreensão por parte de alguns pais, já que colocaram o ónus na direção da escola em vez da política do governo. De resto, avisei para este constrangimento logo na cerimónia de abertura do ano. Deviam ter ouvido.
    Quanto à organização em semestres, parece-me que não irá prosseguir. Pessoalmente, julgo que é uma medida positiva, uma vez que dá mais tempo para o ensino e a aprendizagem, espaçando mais os momentos de avaliação formal. O ano fica mais calmo. Para os professores, também, já que deixam de ter uma maratona de reuniões em simultâneo com as aulas. Contudo, a avaliação da medida, que a escola já fez, mostrou que a maioria dos professores prefere o sistema clássico dos trimestres. Também os alunos se mostram com a mesma opinião, mas aí com fundamento, uma vez que, por falta de experiência da escola – foi o primeiro ano – os alunos suportaram uma estopada de testes logo nas duas semanas após as férias de Natal, o que foi péssimo.
    Assim, julgo que a escola irá voltar aos 3 períodos letivos.
  • Como avalia a escola e os alunos, no antes pandemia e pós pandemia? Acha que existem muitas dificuldades resultantes desse período?
    A pandemia foi devastadora para a escola. Ou melhor, o que foi devastador foi o exagerado confinamento geral que os políticos decretaram, e não propriamente a pandemia. Esse longo confinamento levou-nos para o ensino a distância. Ora, o ensino a distância funciona bem para alunos com maturidade. Nós temos, há seis anos, ensino secundário a distância, para adultos, e funciona muito bem. Mas é absolutamente imbecil pretender que uma criança aprenda a ler e escrever a distância. Não aprende. Aqueles que têm a sorte de ter pais preparados e disponíveis, ainda vão fazendo aquisições, mas a maioria não aprende nada. E não estou a restringir-me ao 1.º Ciclo. O mesmo se passa com a generalidade dos alunos, de todos os anos, embora vá melhorando com a idade e a maturidade.
    Em suma, foram 2 anos perdidos.
    O problema é que os alunos passaram de ano, e passaram com altas classificações, isto é, aprenderam muito pouco, mas tiveram altas notas. Isto acabou por convencê-los de que não é preciso trabalho, esforço e dedicação, o que ainda foi pior.
    Claro que pusemos em práticas programas de recuperação, com aulas suplementares, sobretudo a Português e Matemática, mas, mesmo assim, os nossos alunos, globalmente, estão muito abaixo do patamar em que deviam estar.
    A esta distância, entendo que o confinamento deveria ter implicado a repetição do ano para todos os alunos. Demoravam mais um ano a concluir a escolaridade, mas não perdiam aprendizagens, e o prejuízo relativo era nulo. Teria sido muito mais eficaz, mas seria necessária uma coragem política que os nossos governantes não têm.
  • E a nível do aproveitamento? No geral como está o Agrupamento de Escolas de Mangualde?
    Importa distinguir aprendizagens de classificações. Os professores, genericamente, são unânimes quando verbalizam o atraso na aprendizagem dos alunos. Por essa razão, não podem avançar no currículo ao ritmo previsto. Contudo, a avaliação tem de ter em conta o que se ensinou e não o que deveria ter sido ensinado. Daí o facto de as classificações não terem baixado. De todo o modo, não se pode comparar um 18 de agora com um 18 de há 4 anos.
  • Sr. Engº uma questão que se torna inevitável. No próximo mês terminará o último mandato como Diretor das Escolas de Mangualde. Depois de 35 anos qual o sentimento que fica?
    Sim, foram 35 anos ao serviço dos Mangualdenses na direção das escolas.
    Neste momento do despedimento, fico dividido entre um sentimento de infelicidade e uma grande serenidade.
    Infeliz, porque, ao longo dos anos, trabalhei com vários presidentes de câmara - Mário Videira Lopes, Soares Marques, João Azevedo – sem que houvesse intromissões da Câmara ou partidarização da escola. E foi preciso chegar o Marco Almeida para que este salutar relacionamento acabasse. Nunca pensei que obsessão do Marco em controlar todas as organizações do concelho atingisse o nível paroxístico que se viu. De facto, não houve qualquer um dos 21 elementos do Conselho Geral que não tivesse sido abordado, pressionado, chantageado, pessoalmente ou através de homens e mulheres de mão, no sentido de me despedir. E, desses 21, houve dois que me deixaram especial mágoa: o Rui Costa, que durante tantos anos requisitei para que ficasse em Mangualde em vez de ficar no Algarve, (mais tarde fiz o mesmo à mulher), que agora retribuiu com uma ingratidão sem vergonha; a Cristina Matos, que foi uma grande amiga desde a infância, mas que se deixou manietar pela pressão pelo partido, vindo a conduzir o processo de forma a permitir a consumação do golpe da ACAB, ou seja, trocou a amizade pelo partido. Foi muito triste. Com tudo isto, a escola, que sempre se manteve suprapartidária, privilegiando a competência, veio a transformar-se numa arena política, onde o que conta é o cartão de militante. Julgo que o Marco Almeida pretende vir a ter na escola uma espécie de capataz, a quem dará ordens, como se fosse ao encarregado do estaleiro da câmara.

“A esta distância, entendo que o confinamento deveria ter implicado a repetição do ano para todos os alunos.”

Por outro lado, saio com uma grande tranquilidade, uma vez que faço um balanço francamente positivo de tudo o que consegui para a escola e para Mangualde, ao longo dos anos. Deixo um legado de uma escola organizada e focada no que é essencial: os alunos, as suas aprendizagens e os seus resultados. Mas também uma escola que equilibra a sua função com as necessidades individuais dos professores, dos funcionários e das famílias, de modo harmonioso e natural. Uma escola que se cota entre as melhores do distrito, no que tange a resultados e a práticas. Uma escola que inova de modo responsável e intencional, vindo a ser seguida pelas suas congéneres de outros concelhos; são muitos os diretores que nos visitam e nos perguntam como fazemos isto e aquilo, o que é indiscutível sinal de vitalidade.
Integrando a missão da escola, hoje temos uma Classe de Ginástica vastamente premiada, com a devida vénia à professora Paula Cunha, bem como uma pujante Orquestra Juvenil, para além da sede nacional do Ensino Recorrente à Distância e de um Centro Qualifica. Nestes 35 anos, a escola fez um percurso sempre em crescendo e está melhor do que nunca. Hoje, a escola é a organização que mais projeta o concelho de Mangualde além-fronteiras, muito acima do futebol e até da feira.
Portanto, não fui despedido por ter feito algo de errado na escola: não dei prejuízo, não fiz negócios ruinosos, não tenho de pagar indemnizações, não dei avenças a filhos de amigos, e não descurei a formação dos alunos. Fui despedido por razões políticas e não por alguma irregularidade ou incompetência, o que me dá um grande sentimento de tranquilidade.

  • Uma mensagem ou algo que julgue pertinente e queira deixar neste momento
    Tenho 48 anos de trabalho na educação. Destes, tenho 25 anos em acumulação na fundação e desenvolvimento da Desinel. Fui deputado municipal e vereador. Fui membro de órgãos sociais de uma série de organizações mangualdenses. Isto é, dediquei a minha vida a fazer crescer e engrandecer a nossa terra.
    Mas hoje não se pode viver em Mangualde. O poder político é asfixiante. Atropela todos os que têm pensamento próprio e o expressam publicamente. E estes, por medo de represálias, acabam por se submeter, em vez de se revoltar.
    Por isso, se a minha casa tivesse rodas, levava-a para outro lado mais sadio. Ainda assim, se a conseguir vender, sairei de Mangualde.
    É este o conselho que deixo a todos.

Incêndios – Proibição de realização de queimas de amontoados até 30 de setembro de 2023


Tendo em conta o hábito de se usar o fogo em várias práticas agrícolas e florestais, muitas são as situações em que por descontrole se originam grandes incêndios com graves consequências sociais, económicas e ecológicas, assim, no seguimento da deliberação tomada em unanimidade pela CIM Viseu Dão Lafões, no Conselho Intermunicipal 19 de maio de 2023, no período compreendido entre 1 de junho a 30 de setembro, independentemente do nível de perigo de incêndio rural e fora deste período, caso se verifique um nível de perigo de incêndio rural muito elevado ou máximo, não é autorizada a realização de queimas de amontoados em todo o território de Viseu Dão Lafões
Para um melhor esclarecimento e informação relativamente a esta medida e ao perigo dos incêndios, particularmente nesta época de verão, falamos com Rui Costa, Vereador da Câmara Municipal de Mangualde.

  • Sr. Vereador, prevê-se um verão difícil no que respeita a incêndios?
    Esperemos que não!
    Num ano em que a vegetação cresceu bastante, depois de um período de vários anos com incêndios de menor dimensão no nosso concelho, verificamos que existem alguns indicadores que expõem o território a eventuais cenários que podem evoluir para situações de incêndios de diferentes complexidades. Um deles é seguramente o crescimento significativo de matos em zonas de serras e terras em situação de abandono.
    Além disso, sabemos já que nos próximo dias teremos temperaturas elevadas, muitas vezes associada a ventos fortes e baixa humidade, fatores estes que quando se combinam configuram sempre um estado de alerta para populações.
    A Protecção Civil Municipal, tem vindo a trabalhar no âmbito da sensibilização e prevenção juntos das populações. Atualmente todas as nossas Freguesias consideradas de risco prioritário têm o seu programa de Aldeias Seguras Pessoas Seguras implementado.
  • Que ações/alertas serão realizadas para dar conta desta medida à população?
    Temos programado um conjunto de ações que visam informar as populações das deliberações tomadas pelas entidades responsáveis, nomeadamente a não autorização de queimas e queimadas até 30 de setembro de 2023, na distribuição de boletins informativos via CTT, na difusão via órgãos de comunicação social do concelho e, no terreno, através do contato pessoal, o programa Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas a decorrer nos meses de julho e agosto focado na sensibilização e vigilância do território.
  • Apesar da proibição é ainda muito comum encontrar pessoas a realizar queimas?
    Pontualmente vão surgindo situações em que as pessoas não dão cumprimente ao instituído, contudo temos vindo a assistir cada vez mais a um comportamento de cidadania e de cumprimento das medidas preventivas que têm vindo a ser implementadas. Há um caminho a fazer que na nossa opinião passa por formar e informar as pessoas sobre as boas praticas do uso do fogo, nomeadamente aquando da realização das queimas e queimadas, porquanto, todos os indicadores dizem que muitos dos grandes incêndios resultaram de comportamentos negligentes na realização de queimas e queimadas.
  • Há alguma faixa etária, onde é mais difícil implementar o que está estabelecido?
    Podemos dizer que não será tanto a questão da faixa etária mas mais, a questão do isolamento, da iliteracia digital e da infoexclusão.
  • Dr. Rui Costa, e quanto à limpeza obrigatória? É possível encontrar no concelho muitos locais onde não foi realizada a limpeza e criada a faixa de segurança. Quem fiscaliza e quais as coimas aplicadas a quem não cumpriu?
    A limpeza obrigatória decorre da lei e acarreta responsabilidades diversas, desde entidades publicas até ao cidadão. No que respeita ao município de Mangualde, esta obrigatoriedade configura-se de duas formas;
  • no cumprimento das faixas de gestão de combustível e na limpeza e manutenção dos prédios rústicos do município.
  • no cumprimento das medidas previstas na lei, que se aplicam aos privados, através da notificação, substituição e aplicação de coimas, sempre que os mesmos não dão cumprimento a tais medidas.
    No que respeita à fiscalização, essa é da competência da Guarda Nacional Republicana.
  • Alguma informação, ou algo mais que seja pertinente deixar aos leitores do Renascimento com vista a um verão mais tranquilo e sem fogos.
    É pertinente dar nota aos leitores que o fato de estarem impedidos de realizar queimas e queimadas, até 30 de setembro de 2023, tal não invalida que se continue a realizar limpezas de combustível que configurem situações de risco para pessoas e bens, desde que se respeite o uso dos equipamentos adequados ao “risco de incêndio para o dia.”
    Importa também dar a conhecer alguns dos avanços que temos realizado nos últimos anos, destaca-se;
  • o Sistema de Videovigilância Florestal com duas câmaras instaladas no concelho, que permitem a deteção precoce de ignição e a rápida mobilização de meios para o seu combate;
  • o reforço muito significativo feito pelo município de Mangualde, no âmbito dos recursos humanos e dos equipamentos, (Operacionais florestais e Maquinas de gestão florestal);
  • criação da sala técnica designada de Centro de Coordenação Operacional Municipal, CCOM, que permitirá em caso de situação grave ou catástrofe fazer o acompanhamento da ocorrência com todas as entidades da Proteção Civil;
  • Protocolo de Partilha de Maquinaria pesada, com a Autarquia de Nelas, que permitiu a recuperação da rede viária florestal considerada prioritária para efeitos de proteção e combate dos operacionais e consequente barreira de propagação de incêndios;
  • o reforço de cooperação com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, através da contratualização para a constituição da terceira Equipa de Intervenção Permanente(EIP);
  • o apoio continuado às Unidades Locais de Proteção Civil garantindo assim maior capacidade de vigilância do território e de apoio às diversas respostas no âmbito da Proteção Civil.

MEDALHA DE BRONZE – JOÃO AZEVEDO


João Azevedo conquistou a medalha de bronze em ParaKarate nos VIRTUS GLOBAL GAMES realizados no passado dia 8 de junho, em Vichy - França!
João Azevedo de Mangualde e António Pereira da Guarda, que também alcançou o bronze, foram os primeiros Parakaratecas a integrar a comitiva nacional nestes Jogos, sendo uma grande alegria e orgulho para todos!!
Os atletas fizeram-se acompanhar dos treinadores pessoais, Pedro Veloso e Sandra Olival, da Selecionadora Parakaraté, Ema Fernandes e do Diretor do Departamento “Karaté para Todos”, José Chagas.
Os Virtus Global Games, equiparam-se a um Campeonato do Mundo das diversas modalidades, mas orientado apenas para atletas com deficiência cognitiva! Pela primeira vez o Karaté integrou estes jogos e os mesmos ocorrem apenas de 4 em 4 anos, um ano antes dos Paralímpicos.

MANGUALDE EM MOVIMENTO


Perto de uma centena de participantes na Rota do Sto. António dos Cabaços
Decorreu no passado dia 4 de junho, mais um Percurso Pedestre «Mangualde em Movimento» – Rota do Sto. António dos Cabaços, em São Cosmado. Este percurso, organizado pelo Município de Mangualde em parceria com a Associação Cultural e Desportiva - “Os Ciências”, teve início nas instalações da Sede da Associação em São Cosmado. Ao longo dos 8 km foi possível desfrutar da paisagem da serra de Sto. António e passar junto da Capela de Sto. António dos Cabaços, que vai estar em festa no próximo fim de semana.
Aos perto de uma centena de participantes, juntaram-se o presidente da Junta da União das Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta, Carlos Gonçalves, elementos do corpo técnico da secção de Desporto do Município e a vasta equipa da Associação “Os Ciências”. A caminhada terminou com um almoço preparado pela Associação nas instalações da mesma, com muita animação e entusiasmo.

Rota da Srª dos Verdes encerra os Percursos Pedestres “Mangualde em Movimento”
No passado dia 11 de junho, terminaram os Percursos Pedestres «Mangualde em Movimento», com a “Rota da Sra. dos Verdes”, em Abrunhosa-a-Velha.
Este percurso, organizado pelo Município de Mangualde em parceria com a Junta de Freguesia, teve início pelas 9h30 na Capela da Nossa Senhora dos Verdes. Ao longo dos 6 km foi possível desfrutar da paisagem desta rota, que sofreu algumas alterações pelas obras da linha férrea.
Às cerca de 20 pessoas participantes, juntaram-se o presidente da Junta de Freguesia de Abrunhosa-a-Velha, Eduardo Albuquerque, e elementos do corpo técnico da secção de Desporto do Município.
Os percursos pedestres tiveram início no passado dia 16 de abril na freguesia de Espinho, tendo passado pelas freguesias de Alcafache, Quintela de Azurara, Tavares, São João da Fresta, Mangualde e Abrunhosa-a-Velha.

Projeto “Residents of the future” – URBACT IV Mangualde estabelece parceria com cidades europeias


Mangualde é o único concelho do país que integra o projeto europeu “Residents of the future” (Residentes do Futuro) – URBACT IV, cujo foco principal é atrair e fixar população nas cidades de pequena e média dimensão, melhorando a qualidade de vida e aumentando a atratividade do território. “Mangualde foi a concurso para tentar entrar neste consórcio e, após demonstrar capacidade e ambição para atrair e fixar população, foi eleito para integrar este projeto europeu”, começa por destacar João Pedro Cruz, Vice-presidente da Câmara Municipal de Mangualde e responsável desta candidatura. “É um orgulho para Mangualde fazer parte deste projeto, é uma oportunidade única para o nosso território traçar um plano estratégico com foco no seu crescimento sustentável”.

“Mangualde é o único concelho do país que integra o projeto europeu “Residents of the future” (Residentes do Futuro) – URBACT IV(…)”

O projeto – cujo financiamento europeu no valor global de mais de 827 mil euros foi recentemente aprovado – é composto por dez regiões e é liderado pela cidade de Šibenik, na Croácia. Fazem parte da rede “Residente dos Futuro” as cidades de Alba Lulia (Roménia), Mangualde (Portugal), Câmara Municipal de Saldus, (Letónia), Plasencia (Espanha), Município de Kalamata (Grécia), Cidade de Lisalmi (Findândia), Saint-Quentin (França), Comune di Mantova (Itália) e Cidade de Trebinje (Bósnia e Herzegovina).

Rede Moradores do Futuro
A rede “Moradores do Futuro” pretende apoiar o processo de procura de novas respostas das pequenas e médias cidades. “A pandemia trouxe muitas mudanças à nossa sociedade e esta rede irá explorar novas formas de aumentar a atratividade das cidades para atrair e fixar novos investimentos e novos moradores” - acrescentou João Pedro Cruz.
Estas cidades lutam diariamente para redefinir metas digitais para se tornarem cidades mais centradas no cidadão, com soluções holísticas e sustentáveis que permitam o crescimento verde e melhores condições de vida para sua população. Com esta nova Era Digital pós-covid, que veio introduzir novas formas de trabalhar, viver e comunicar, as pequenas e médias cidades devem redefinir as suas vantagens em relação aos grandes centros metropolitanos e desenvolver planos de atração de novos habitantes e investimentos.

São quatro os grandes focos de intervenção no caso de Mangualde:

  1. Marca Territorial: Promover o branding da cidade, através da concretização de um novo Plano de Marketing Territorial, convidando residentes e visitantes a uma nova perspetiva sobre as potencialidades e ativos de Mangualde.
  2. Habitação: Abordar as habitações vazias (comerciais e residenciais) de forma pouco usual ou disruptiva, envolvendo de forma co-responsável a sociedade civil local. Esta ação poderá apresentar-se como uma forma possível de contribuir para o problema da falta de habitação, bem como para a reabilitação/atratividade da paisagem urbana.
  3. Transição Digital: Desenvolver e implementar a digitalização dos serviços públicos e privados da cidade, através do acesso a ferramentas digitais de fácil utilização, disponibilizando aos munícipes e visitantes.
  4. Economia: Aprimorar o trabalho de regulamentação municipal, impostos municipais e incentivos sobre setores-chave da economia local, criando assim um ecossistema fértil para investimentos, geração de empregos e atração de moradores.