Arquivo diário: 1 de Junho de 2023

EDITORIAL Nº 845 – 1/6/2023

Caro leitor

O palco!
Estão em contagem decrescente as Jornadas Mundiais da Juventude 2023. O famoso palco, tão falado, deixou de ser badalado. Caiu no esquecimento, e bem! Até porque, pode ser usado noutros eventos de grande dimensão no futuro e tirar assim, a maior rentabilidade do mesmo ou, quiçá, lembrando um pensamento antigo “tudo o que é em prol de Deus nunca é em demasia”. Está aí a grande obra e nós portugueses somos bons em grandes coisas, por exemplo, estádios de futebol e a descobrir os grandes caminhos, não viesse já do passado, até no mar, os caminhos para a India.
O mar foi e será sempre, uma riqueza infinita, para além de ser o fiel da balança. Gosto deste conceito!
Quem se lembra hoje do espaço da Expo, hoje Parque das Nações, carregado de lixo e sucata e hoje um brinquinho de Lisboa. Assim vai ser o futuro do espaço onde vamos receber Sua Santidade o Papa Francisco. A Câmara Municipal de Lisboa vai investir 35 milhões, e bem, mas os media só falaram dos 4 milhões do palco.
No total, a autarquia de Lisboa prevê um investimento de mais de 33 milhões de euros.
Investimento Custo
Parque Tejo - 20.2M€
Parque Eduardo VII - 3.4M€
Terreiro do Paço - 0.7M€
Alameda D. Afonso Henriques - 0.7M€
Bela Vista - 0.6M€
Bombeiros, Polícia e Proteção Civil - 6.6M€
Outros custos - 1.1M€
Total - 33.2M€

Viva o Papa e o Mundo!
Abraço Amigo,

SAIBA COMO

Casado ou unido de facto, sou ou não herdeiro?
Já lá vai o tempo em que casar era um compromisso para toda a vida. Mas a sociedade evoluí e o tema divórcio fez cair por terra o “viveram felizes para sempre”, mudando mentalidades e intuindo a ideia de que para se “juntar os trapinhos”, era mais fácil não existir qualquer contrato formal (como acontece com o casamento), facilitando o processo legal na hora de uma eventual separação.
Contudo, a longo prazo a facilidade inicial pode tornar-se num problema futuro para aqueles que vivem em união de facto, com questões como a gestão do património construído e adquirido conjuntamente, as contas bancárias ou dívidas contraídas em nome dos dois ou com o momento do falecimento de um dos elementos da união de facto, que impede o sobrevivo de ser herdeiro do falecido (caso diferente é quando as pessoas são casadas, que independentemente do regime de casamento o cônjuge sobrevivo é sempre herdeiro).
Assim, em situações de gestão patrimonial, caso surja uma separação, a solução passa pela aplicação das regras que tenham sido estabelecidas no pacto de coabitação que possa ter sido celebrado ou, não existindo, as normas de compropriedade ou enriquecimento sem causa.
Importa ainda clarificar que, apesar da lei não conceder aos unidos de facto a condição de herdeiro legitimário, o mesmo pode sê-lo caso o membro falecido deixe testamento deixando ao sobrevivo a totalidade ou parte do que se designa por quota disponível, ou seja, um terço da totalidade da herança.
Ainda assim, em caso de morte, para que o membro da união de facto sobrevivo não fique totalmente desprotegido, a lei permite que este possa permanecer na casa de morada de família e se a mesma for propriedade de um deles ou de ambos, ao unido de facto sobrevivo é-lhe reconhecido o direito real de habitação e um direito de uso do recheio pelo prazo de cinco anos ou, se superior, pelo tempo igual ao da duração da união, não podendo os herdeiros legitimários do falecido opor-se ao referido.
Por outro lado, se a casa de morada de família for arrendada, apenas ocorre a transmissão de posição, mantendo-se o contrato em vigor nos termos inicialmente contratados, protegendo uma vez mais o membro sobrevivo.
Em complemento ao descrito, o unido de facto goza ainda do regime jurídico aplicável e equiparado a pessoas casadas, vinculadas por contrato de trabalho em matéria de férias, feriados, faltas e licenças, à aplicação do regime do IRS nas mesmas condições aplicáveis aos sujeitos passivos casados e não separados de pessoas e bens, à proteção social na eventualidade de morte do beneficiário, por aplicação do regime geral ou de regimes especiais de Segurança Social, e às prestações por morte resultante de acidente de trabalho ou doença profissional.
Não deixe os seus direitos e as suas dúvidas por mãos alheias, procure um profissional habilitado como o Solicitador para o esclarecer.

IMAGINANDO

PARTE 130
“OS CÓDIGOS DA SABEDORIA:
Código 3
Como então utilizar o Código da Sabedoria
Identificando as três Suplicas, usando-as como oração de Proteção, ou então a versão integral da oração, que vou descrever e extraído do Aramaico Original.
Tradução do Aramaico antigo:
·Pai Nosso que estás no Céu, santificado seja o Teu Nome;
·Venha a nós o Teu Reino;
·Seja feita a tua vontade;
·Assim na Terra como no Céu.
·Dá-nos hoje o pão de que precisamos;
.Perdoa-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos aos que nos ofenderam.
·E não nos deixeis cair em tentação;
·Mas livra-nos do mal.
O poder destes Códigos da Sabedoria, advém da sua repetição e esta ser feita de uma forma afirmativa, de modo  que seja impresso um Código no Subconsciente.
É então que quando criamos harmonia Coração/Cérebro, abrimos uma “Linha Direta” para comunicar com o subconsciente da mente.
Nota: A partir de um estado de harmonia coração/cérebro, recitem o código acima, que se encontra em resumo, linha a linha, seja em silêncio ou em voz alta, até sentirem um acréscimo na vossa confiança, e a certeza de que não estão sozinhos. Muito importante é interiorizar este código com o foco na consciência, na respiração e em sentirem com o coração em vez de com a mente.
A Técnica Rápida de Coerência:
Comece por alterar o seu foco para o coração e para a respiração.
Mude o seu foco da sua mente para a área do seu coração e comece a respirar um pouco mais devagar do que o habitual, como se a respiração viesse do coração. Quando desacelera a sua respiração, está a enviar um sinal ao resto do corpo, e ao seu coração em específico, de que está  num sítio seguro e pode virar a sua atenção para dentro.
Este passo pode ser uma técnica poderosa e individual quando se estiver a sentir esmagado pelos acontecimentos do dia, ou desejar apenas estar mais conectado consigo mesmo. Também serve de base para o passe B que se segue.
Ative os seus sentimentos positivos. Do centro do seu coração, faça uma tentativa sincera para obter um sentimento regenerativo, como gratidão, apreço, ou carinho por alguém ou alguma coisa na sua vida. A chave neste passo é criar primeiro o sentimento o melhor que conseguir e, depois, render-se ao sentimento, entregando-se totalmente a ele, ao mesmo tempo que permite que ele irradie do seu coração para encher o seu corpo e percorrer todo o seu ser.
Os simples passos que se seguem criam as condições no corpo para otimizar a harmonia e a coerência entre o seu coração e o seu cérebro. (Adaptado com autorização do HeartMath Institute)
 
Baseado no Livro “Códigos da Sabedoria”
Autor GREGG BRADEN”, (Ver biografia na Internet)

A GUERRA FICA MUITO CARA


Todos os dias ouvimos relatos da guerra da Rússia contra a Ucrânia e ficamos a conhecer a destruição perpetrada nos edifícios das diversas povoações e a quantidade de mortes das pessoas que não quiseram abandoná-los, ao contrário do que fizeram milhões de ucranianos. Quando a guerra terminar é enormíssima a despesa para a recuperação de toda esta destruição.
No entanto, como facilmente se pode concluir, a despesa não se esgota com a reconstrução dos edifícios e a reconstituição das vidas dos habitantes que tudo abandonaram para fugir à morte e salvar a sua família. Lembrei-me, a propósito, de algo que li, a esse respeito, num livro que relata “Histórias Desconhecidas da II Guerra Mundial”.
O esforço de guerra não acabou com o fim do conflito. Os americanos envolveram-se numa operação de resgate dos seus compatriotas mortos nos cinco continentes. As Unidades de Registo de Túmulos trabalharam no sentido de confirmar a identidade de 250 mil americanos sepultados em 450 cemitérios espalhados por 86 países da Europa e Mediterrâneo. Na Europa conseguiram a identificação de mais de 14 mil soldados mortos supostamente em aviões caídos atrás das linhas inimigas e de outros mortos em hospitais-prisões da Alemanha. Estenderam as suas buscas a terras tão distantes como o Círculo Polar Ártico, a Cidade do Cabo, os Açores e o Irão. Depois de nove meses de pesquisa através da Alemanha, conseguiram encontrar 6200 corpos nos campos de batalha e mais 1000 em túmulos espalhados pela Alemanha e República Checa e ainda 300 nos Países Baixos. As pesquisas prolongaram-se por mais três anos e assim encontraram mais corpos isolados em campos, florestas, hortas e caves.
Em 1947, dois anos depois de ter terminado a guerra, as famílias dos 270 mil americanos que tinham sido identificados e enterrados temporariamente na Europa receberam a possibilidade de repatriarem o corpo dos seus entes queridos, o que foi aceite por mais de 60% das mesmas. O custo médio da repatriação de cada um ascenderia a 564,50 dólares. Em julho do mesmo ano começaram as exumações. A sepultura era aberta à mão e os restos eram pulverizados com um composto químico de embalsamamento. O corpo era embrulhado numa manta e depositado numa almofada num caixão de metal com o interior revestido em cetim. As dezenas de milhares de corpos foram transladados para os Estados Unidos em 20 navios, o primeiro dos quais chegou a Nova York em 27 de outubro de 1947.
Embora o preço mais importante seja o que se paga em vidas humanas, o valor económico despendido vai mais além. A derrota do Eixo importou para os americanos em 296 mil milhões de dólares, que corresponderiam a mais de 4 biliões em 2015. No século XXI ainda continua a gerar custos. Dos 16 112 566 soldados que tomaram parte no conflito, 1 milhão deles ainda estavam vivos em 2014. Um em cada cinco recebe uma pensão devido a deficiências sofridas, além das ajudas financeiras recebidas pelas viúvas e órfãos. As despesas tenderão a diminuir com o tempo, à medida que forem morrendo, prevendo-se que em 2024 já só sobrevivam menos de 100 mil, em 2036 menos de 400 e que a última pensão seja paga por volta de 2040.

Um governo no espeto


O senhor Primeiro-Ministro, António Costa, tem-se comportado como rei e senhor destas terras ao largo de Espanha, e, vai daí, também preparou uma grande festa popular no governo. Para isso, convidou todos os seus amigos socialistas, familiares e acólitos não só para o governo, mas também para todas as instituições e cargos públicos. Como qualquer família que se preze, também a do polvo socialista tem as suas peripécias e desavenças, “casos e casinhos”.
O que os portugueses têm assistidos nos últimos tempos é um espetáculo lamentável e que nos envergonha a todos. O primeiro ministro comporta-se como o assador de um porco no espeto que, deixando o governo no espeto, como se fosse um qualquer bácoro que vai rolando no assador, assando ora daqui, ora de lá, queimando aqui e acolá e aspergindo com umas folhas de loureiro um molho especial providenciado pelo Presidente da República para não se queimar muito! Para ajudantes nesta grande missão, convidou todos os seus amigos socialistas, mesmo aqueles que lhe querem tomar o lugar assim que ele decida que está na altura de largar tão árdua tarefa que é gerir o recreio socialista em que se tornou Portugal.
O triste espetáculo a que os portugueses têm sido sujeitos nos últimos tempos tem um único responsável, de seu nome António Costa. Na grande novela socialista da TAP, suportada por todos os portugueses que pagam impostos, é lastimável ver a falta de bom senso e de nível de quem tem altos cargos na função pública!
Costa não veio para reformar, não veio para mudar. O que Costa quer é sobreviver. António Costa nunca será apanhado a governar e nem é esse o seu objetivo. O objetivo de António Costa é manter-se e gerir os problemas conforme vão aparecendo. É acordar mais um dia como primeiro-ministro mesmo sem ter uma ideia para Portugal.
Ouvimos toda a gente dizer que Costa é hábil, astuto, inteligente, etc.; mas alguém diz que é um bom primeiro-ministro? Pois… António Costa funcionou muito bem enquanto a tarefa tinha que ver com jogadas políticas, negociações, bluffs, até traições. Mas quando a tarefa passou a ser governar, começou a falhar.
Não vale a pena perder muito tempo com as joão-galambices do próprio e de outros. O problema está mesmo na falta de sentido de Estado, amplamente demonstrada na arrasadora intervenção de Cavaco Silva. Uma pedrada no charco! O ex-Presidente não se limitou a denunciar o desastre da governação de António Costa e a incentivar Montenegro, fazendo-lhe um guião de estratégia do PSD na social-democracia legada por Sá Carneiro. Cavaco deixou ainda um recado ao seu sucessor em Belém, lembrando-o que em democracia há sempre soluções.
Voltando à raiz de todos os males e sobre quase todas as polémicas, o primeiro-ministro tem sido o infrator e posteriormente desempenha a função de testemunha, advogado e juiz e depois não se fala mais nisso como se não fosse o responsável por nomear os ministros.
Aguardemos que o grande baile socialista termine depressa que nós cá estamos cansados e fartos de pagar tanta incompetência!

lendas, historietas e vivências

A ESTRADA DE PARALELOS
Começava e acabava no Largo da Estação. Parece um contra senso, mas na verdade ela passou a existir pela necessidade de servir na partida e na chegada dos comboios em finais do séc XIX. Como já referi anteriormente o seu traçado terminava na vila de Mangualde, quando encontrava as ruas de piso semelhante. Embora o centro do burgo fosse ainda relativamente pequeno estava apetrechado com Repartições, Tribunal, Bancos, Correios. Nada mau para os habitantes do concelho e não só… Como a vila se situava num planalto, para o traçado da linha férrea foram sendo escolhidas, tanto quando possível, as meias encostas, já que desde Vilar Formoso até à Pampilhosa do Botão o terreno era bem bravio de penedias. O lugar da Gare da Estação foi implantado entre barrocal e área de matos e pinhais. A cerca de 1km havia a pequena aldeia de Cubos à qual se chegava por carreiros e só mais tarde se foram criando outros fracos acessos para a passagem de carros e carroças de tração animal. Assim, o único percurso desde a Estação que nos levaria mais de três quilómetros de subida até à vila seria a linda e recente estrada. Em 1913 já se pensava num transporte regular e relativamente cómodo criando carreiras de diligências que transportassem passageiros e alguma mercadoria para Vila Nova de Tazem, Gouveia e também Viseu. À medida que o tempo ia passando os utilizadores do comboio davam-se conta da necessidade que mais transportes complementares lhes facilitassem a vida nas suas viagens de lazer e de negócios. Por tudo isto, viajar de comboio tornava-se cada vez mais exigente em relação à comodidade e à rapidez – o Rápido, o Correio, o de Mercadorias - mais tarde o Sud que fazia o percurso internacional. Era bem evidente que a movimentação de passageiros na Gare quando chegavam ou partiam criavam uma dinâmica muito própria e entusiasmante para a precária população. O largo foi calcetado e por ali já estacionavam os diversos meios de transporte - as já referidas diligências de tração animal. A outra população, o chamado “pessoal” deslocava-se a pé. Os habitantes próximos começaram a ver hipóteses de criar negócio instalando algumas lojas de comércio ao longo do percurso. As diversas actividades existentes na Vila, desde armazéns com comércio de tecidos, oficinas de várias especialidades, armazéns de produtos para tratamento dos campos e outras, acabaram por chamar ao seu meio os primeiros automóveis de aluguer, ditos táxis, as caminhetas dos Bernardinos de Castendo (hoje Penalva do Castelo) e outros de carga para servir no transporte de produtos mais pesados. Lembramos as pequenas mas divertidas viagens que como alunos dos Colégios tínhamos a sorte de poder fazer nas Caminhetas desde a Estação até ao Largo do Rossio ultrapassando muito frio, chuva e neve… As memórias que nunca se gastam e partirão connosco.

Arrogância no dia-à-dia


“O desenvolvimento exponencial dos meios tecnológicos é um desafio da contemporaneidade e levanta questões ao nível do acesso ao conhecimento, da gestão da informação, que afeta as relações de poder e de autoridade, influenciando valores, atitudes e comportamentos, com implicações claras em matéria de saúde e de educação.”
Este conceito expresso, foi citado sob a temática Saúde Mental nas crianças e adolescentes no site da Direção Geral de Educação, tratando-se de um alerta para aquilo que tanto se fala: que os telemóveis, televisão, computadores são portas para o bem-estar social, mas o equilíbrio passa por manter contatos reais com a família, amigos, comunidade e cultura!
Competências sociais, aptidões, habilidades… enfim! Antigamente era denominada por educação, sendo a forma que a família (núcleo primário do indivíduo) fornecia valores, crenças, tradições para a pessoa interagir no grupo criando um sentimento coletivo de pertença. Posteriormente esse papel passou a ser delegado para terceiros, como por exemplos escolas, Igreja. Mas a realidade mesmo mudando a designação, por civismo, educação, competências sociais é cada vez mais evidente a intolerância, a falta de conduta, egoísmo e arrogância patente no quotidiano. Tal é espelhado nas gerações vindouras que consideram exemplos a seguir quem maltrata, ofende, inveja, ridiculariza! Numa era em que o respeito, a humildade, a empatia, são ministradas em meios escolares e familiares sendo refutadas por redes sociais, grupos virtuais, mexericos de celebridades, a sociedade e os núcleos familiares devem estar mais alerta dos riscos dos falsos julgamentos e injustiças. O típico “já sei tudo; a culpa não foi minha; eu nunca me engano; eu sei mais que tu” é tão recorrente que muitas vezes se confunde com determinação. Ser determinado é ser consciente dos seus limites e delinear um caminho para chegar, com mérito, ao objetivo. Ser arrogante é atribuir a si próprio, propriedades pessoais sem considerar que é falível e necessita de aprender sempre novos conhecimentos. Tal faceta é mais referida em pessoas acometidas de maior riqueza financeira, no entanto esta mazela é transversal a todas as classes sociais e económicas. Curioso é, que esta “surdez” em saber escutar os outros e esta “cegueira” em reconhecer que tem limites, está atualmente tão presente contribuindo a conflitos e difamações desnecessárias e constrangedoras. Porque afinal, o tempo é tão curto para gastar com quezílias.