Arquivo diário: 1 de Setembro de 2015

Francisco Sales apresenta ‘Valediction’

Francisco Sales apresenta ‘Valediction’

13 DE SETEMBRO, 18H30, SOLAR DE ALMEIDINHA 

No dia 13 de setembro, domingo, Francisco Sales apresenta o seu álbum ‘Valediction’ num concerto a decorrer no Solar de Almeidinha, em Mangualde. O concerto tem início às 18h30 e a entrada é gratuita. A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Mangualde e conta com a parceria do Solar de Almeidinha e da Associação Bombeiros Voluntários de Mangualde. A programação cultural está a cargo do Gabinete de Gestão e Programação do Património Cultural da autarquia mangualdense e de Inês Pina.

Valediction é o nome do primeiro álbum do Francisco Sales, gravado no ano de 2014 (nos “Livingston Studios” em Londres), e marca o início da sua carreira a solo. Sendo a guitarra protagonista da sua música, com efeitos surpreendentes ao utilizar pedais em tempo real e de uma maneira muito original, este é um disco com forte cunho cinematográfico.

Este concerto insere-se numa iniciativa de estágio de verão estabelecida entre a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Mangualde.

 

«MANGUALDE, O NOSSO PATRIMÓNIO!»:

IGREJA SANTIAGO

IGREJA DE SANTIAGO DE CASSURRÃES

EM DESTAQUE NO MÊS DE SETEMBRO

MANGUALDENSES FICAM MAIS PRÓXIMOS DO PATRIMÓNIO DO CONCELHO

A campanha da autarquia mangualdense, «Mangualde, o nosso património!», continua a dar a conhecer o vasto património do concelho. Para aproximar a população do património mangualdense, em setembro, o destaque vai para a Igreja de Santiago de Cassurrães.

 

Igreja de Santiago de Cassurrães

Construída fora do antigo povoado de Cassurrães, a Igreja Paroquial de Santiago – dedicada a Santiago Apostolo – é referenciada já em documentos do século XVIII, e, naquela época, à sua volta havia apenas a residência paroquial. Em 1758, era descrito como tendo sete altares e duas torres no frontispício. Uma das torres foi demolida, algures no tempo, criando-se uma fachada que também já não é a mesma da actualidade. Em época posterior, já depois de 1960, houve obras de restauro e conservação que lhe deram o actual aspecto: foi suprimido o escadório de acesso ao piso exterior – tipo varanda – que forma o pórtico de entrada, completando-se o arco abatido da mesma, mas manteve-se a balaustrada; foi alteada a torre sineira, sobretudo ao nível do corpo central.

A torre sineira, que hoje vemos, mantém o óculo do primeiro corpo, exibe um painel azulejar no corpo central, e as ventanas da última porção mantém-se inalteradas.

O remate é feito com coruchéu piramidal finalizado com cruz idêntica, na forma, àquela que encima o vértice do frontispício. O esplendor da igreja manifesta-se no seu interior! É deveras notável a decoração ornamental do arco triunfal, com os dois altares laterias e a volta do arco profusamente preenchida em estilo barroco, que sugere uma separação forte entre a capela-mor e a nave central. O retábulo do altar-mor exibe uma talha ricamente trabalhada, evidenciando já apontamentos neoclássicos.

Coordenadas geográficas: 40º 34.682’ | 7º 42.313’

António Tavares

Gabinete de Gestão e Programação do Património Cultural

 

Com esta campanha todos ficam mais próximos de todo o esplendor patrimonial do nosso concelho. Nesse sentido, continua a ser colocada, em vários pontos de encontro do concelho, informação sobre o monumento/património apresentado. O património material e imaterial vai sendo apresentado consoante a categoria com a qual foi classificado: arqueologia, pelourinhos, fontes, palacetes e religiosos, bem como outros bens patrimoniais. Cada categoria será representada por uma cor que a distingue das restantes.

 

Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos dois anos. Em 2015, continuamos a aproximar a comunidade de todo o nosso património, tendo sido apresentada nos primeiros meses do ano, a Igreja de São Tomé de Cunha Baixa, o Fontenário dos Seabra Beltrões, em Cassurrães, o Penedo da Cruz, em Póvoa de Cervães, Vila Cova de Tavares…1663, a Capela dos Cabral Pinto – Cassurrães e a Ponta da Barca, ou o que resta dela.

 

“ESCOLAS EXIGENTES” – ESCLARECIMENTO

 

Os meios de comunicação divulgaram recentemente um estudo do Ministério da Educação sobre as classificações que as escolas secundárias atribuem aos seus alunos.

Nesse estudo, a nossa Escola Secundária Felismina Alcântara aparece no grupo das “mais desalinhadas para baixo”. Quer isto dizer, rigorosamente, que quando se comparam escolas que obtêm nos exames nacionais a mesma nota (em média), verifica-se que a nossa escola está no grupo das que atribuem notas internas mais baixas.

Assim, as pessoas podem ficar com a ideia de que a nossa escola atribui notas mais baixas do que as outras, ou de que as nossas notas internas são mais baixas do que as de exame.

Tal não é verdade.

De facto, antes de fazer qualquer comparação, é preciso verificar se a escola “x” obtém nos exames a mesma nota que nós. Ou seja, é preciso, primeiro, verificar se a posição no ranking dos exames nacionais é semelhante. Se o for, a comparação pode fazer-se. Caso contrário, a comparação é ilegítima.

Ora, em 2014, fomos a 23.ª melhor escola pública do país e em 2013, a 47.ª.

Significa isto que, por um lado, os nossos alunos se candidataram ao ensino superior com muito boas classificações de exame, que, como se sabe, são determinantes no acesso, e, por outro, que não é fácil encontrar, nas proximidades, escolas que obtenham as mesmas notas de exame do que nós, logo, escolas com as quais se possam fazer comparações.

 

Concluindo, pode a comunidade estar tranquila quanto às classificações que atribuímos. Não prejudicamos os alunos. Somos exigentes porque nos preocupamos com o sucesso futuro dos nossos alunos e é a sua história que fala por nós.

 

Agnelo Figueiredo
Diretor

EDITORIAL Nº 668 – 1/9/2015

SR

Caro leitor
Qual a diferença: comer do trabalho ou trabalhar para comer? Eis a questão. Há tempos atrás já falei dos meus tempos de miúdo quando chegava da escola a casa e antes de meter a chave. na porta, tinha primeiro de ler um bilhete com aquilo que tinha de fazer a seguir pois, era sempre trabalho.
Cresci e aprendi que tínhamos de trabalhar e muito para comer. Cheguei à conclusão que do céu só vem sol e água, o resto temos e devemos de fazer nós para não sermos acusados de deixar o Mundo pior do que o encontramos e terem outros de trabalhar para a nossa sobrevivência. Já diz a estatística que trabalham cinco para três que nada fazem.
Nos anos sessenta, na minha aldeia vivia-se do trabalho da lavoura de onde vinha o sustento para todo o ano. Grandes searas logo, muito trabalho. Grandes arcas de milho e centeio eram cheias para alimentação do ano inteiro, até chegar o tempo de deitar novas sementes à terra, nova colheita, para mais um ano após outro e assim sucessivamente. No tempo dos meus avós nasciam e morriam e o mundo em pouco mudava - até que chegou o 25 de abril de 74.
Da agricultura vinha o sustento do homem que era obrigado a saber dividir pelo ano inteiro o que tinha granjeado nas suas colheitas. Dizia minha mãe que Deus tem e com razão que “o relego é no cimo do saco”, pois quando chega ao fundo já há pouco a fazer e vem ao de cima o desespero. Para os dias de hoje, poupar é com a carteira cheia, vazia não tem solução mas, nos tempos que correm parece haver pouca gente que saiba aplicar estas práticas de bem viver e foram na onda de gastar mais que o que ganham com o seu trabalho e já que o banco empresta, vamos gastar que amanhã é outro dia, assim, muitos ficaram sem o dinheiro e sem casa, perderam o esforço de uma vida, porque ninguém dá nada a ninguém. Que explicações darão agora aos seus filhos ou netos. Será que pensam: se ao menos pudesse voltar atrás! O filho pródigo voltou, arrepiou caminho e viu que valeu a pena revestir-se de um homem novo, coisa que muitos não têm coragem e continuam no caminho que não os leva a lado algum.
Só o trabalho nos dignifica, pois feliz daquele que trabalha e trabalha com gosto, pois tudo o que se faz com gosto não custa na vida, passa bem o dia e dá lucro por tudo aquilo que faz mesmo sem o sentir.
Vou contar-vos um episódio, em 1950 foi construída a Igreja da minha terra e para além de muitos trabalhadores, andavam lá dois rapazes da mesma idade a carregar pedra para a construção da torre, que tem 20 metros de altura e chegou o benemérito que pagava tudo, Elísio Ferreira Afonso, e procurou ao primeiro, este que trabalhava sem vontade: “que andas a fazer” “eu ando aqui escorraçado, cansado, roto e cheio de calos a carregar pedra para colocarem umas em cima de outras”. Ao passar pelo outro da mesma idade que trabalhava com gosto faz-lhe a mesma pergunta e este responde-lhe: “eu ando a carregar pedra para construir uma torre que vai levar dois sinos e um relógio para bem de todos os habitantes da nossa aldeia”. Vejam bem a diferença dos que trabalham com vontade e dos que trabalham sem vontade.

Abraço amigo