Arquivo mensal: Março 2021

MONTE DA SENHORA DO CASTELO – UMA BÔLHA DE AMOR

SOLITÁRIOS PASTORES DE SORRISOS INQUIETOS DE BONDADE CORRENDO-LHES A SEIVA DAS PAISAGENS NO FULGOR DAS SUAS VEIAS MAS QUANDO ANOITECIA E A SERRA ERA UM DESERTO ELES SEGUIAM O SEU CAMINHO
A penumbra da madrugada esboçava uma trémula luz , era o luar que lembrava a luz do dia e se escoava por entre as frechas das paredes e das telhas do curral como um nevoeiro pálido de mágoas . É Darei uma pequenina aldeia encolhida entre a penedia . Eram três horas matinais de uma noite de lua cheia , de um rosto enorme e luminoso com um sorriso misterioso sobre a aldeia que ainda dormia de um mês de Julho que se adivinhava escaldante ,em breve as lágrimas da noite lhe dissiparia o manto de penumbra . Zé das Trindades apressava-se , e o seu andar era música escrita na pauta de uma branca solidão de madrugada . Cedo queria chegar ao monte da Senhora do Castelo . Zé das Trindades despinchava o caravelho do curral das borregas a seguir o das ovelhas e mais tarde o das cabras ; era um mar de gado vigiado sob o olhar atento dos seus três cães , o Mondego o Fiel e o Verdugo , seus fieis companheiros , cúmplices e partilhantes das suas emoções , seus olhos e os seus ouvidos ; alegravam-se com a alegria do dono e entristeciam-se com a sua dores e angustias .Zeladores da segurança do rebanho e do pastor seu dono ante o ataque inesperado de algum lobo faminto . Rasgando a névoa densa em passo apressado , calcorreando veredas estreitas converge para o monte da Senhora do Castelo em cujo sopé vicejam vales de ervas verdejantes e pequenos lagos de água que ainda resistem , mantendo-a como reserva da chuvas de Inverno . Maria Rosa apascentava o seu pequeno rebanho que era o seu pensamento e o seu pensamento eram todas as sensações sentidas . Pensava com os olhos , com os ouvidos e com a boca . Pensava uma flor ou a erva do pasto quando a via ou cheirava , sabia o sentido e o gosto de um fruto silvestre quando o comia . Era do lugarejo do Coval paraíso circundado de outeiros verdes , onde o sol casa com as águas murmurosas do rio . Zé das Trindades passou junto , tão juntinho que as ovelhas se misturaram . E naquele momento trocaram-se olhares de uma expressão imorredoira e o coração lhe deu um baque , começou a pensar também com o coração . Era Maria Rosa uma moçoila de faces rosadas muito graciosa . Seus mimosos dezoito anos de lei faziam dela uma moça de delicado reparo , mulher perfeita em sonho e realidade.
(continua no próximo número)

SANFONINAS

Viseu sabe bem
Começam os responsáveis políticos a ter consciência de que o seu mundo não é exactamente o de todos os seus concidadãos. Só agora, parece, se compenetraram, por exemplo, de que não há computadores em todas as casas e que nem todas as famílias têm dinheiro sequer para as necessidades básicas do dia-a-dia, como é o comer, quanto mais para pagarem uma mensalidade de Internet!….
Vêm estas considerações a propósito de os municípios terem optado, na sua generalidade, por dar primazia à elaboração de uma página digital, na convicção de que, dessa forma, todos os munícipes estariam a par das iniciativas em curso. Pressuposto errado, portanto.
Cumpre, pois, aplaudir quem, ao invés, anda com os pés assentes na realidade.
Sempre com o sabedor apoio do Dr. Alberto Correia, brindou-nos o município de Viseu com um bonito ‘estojo’ cartonado que contém 12 livrinhos – em papel e magnificamente ilustrados – que integram a colecção «Viseu Sabe Bem». Todo o património gastronómico ali servido em beleza e num eco perfeito de mui centenares tradições, apanágio das nossas terras. A merecer um enorme aplauso! Assim, sim, se ajuda a criar comunidade, a fazer com que as gentes privilegiem o que, na verdade, constitui a distinção.
Vale a pena enumerar os títulos: A broa de Vildemoinhos; Pão de S. Bento; Pastéis de feijão; Castanhas de ovos; Viriatos; Enguias da Murtosa; As farturas; Tabernas de Viseu; Rancho à moda de Viseu; Pão de Santos Êvos; D. Zeferino; Filhós de mel de Várzea de Calde.
E a aliciante poesia que ressuma dos subtítulos?! Ora veja-se: «Viriatos: uma saborosa invenção»; as farturas: «doce manjar do povo»; as tabernas: «convivialidade e ócio»… Maravilha! Até apetece. E D. Zeferino – quem é? O criador de um restaurante típico da cidade, a alma-máter do «Cortiço», onde se come «coelho bêbado três dias em vida» ou as «feijocas com todos à maneira da criada do Senhor Abade»!
Sim, as iguarias são para saborear; mas, Amigo, os textos, numa linguagem simples, estilo deveras atraente e bem burilado, são de saborear também.
Está de parabéns o Dr. Alberto Correia e o município viseense.

O que fazer com os 16 mil milhões de euros? Salvar o Partido Socialista, claro!!!


A “bazuca” aprovada em Bruxelas destina a Portugal mais de 16 mil milhões de euros. O executivo traçou um plano que pôs agora à consulta pública. O PM apela à participação de todos os portugueses para decidir como deve ser gasto o dinheiro do Mecanismo de Recuperação e Resiliência da União Europeia.
Mas é inútil fazermos de “treinadores de bancada” (expressão usada pelo PM no dia 3 de Fevereiro quando opinava sobre os critérios de vacinação) pois este processo é um mero pró-forma. A forma como este dinheiro será distribuído terá em conta os interesses do Partido Socialista e do calendário eleitoral. Portugal e os interesses dos Portugueses ficarão, mais uma vez, colocados de lado.
Apesar de António Costa reconhecer que o tempo é de exceção, o PRR traz consigo muitos milhões de investimento (e muitos mais para desperdiçar) mas sempre onde se pode captar mais votos, nas grandes áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto deixando o interior do país, uma vez mais, de fora dos grandes investimentos.
Na distribuição de verbas, a área da resiliência fica com mais de oito mil milhões de euros do total das subvenções (61% do total) e servirá sobretudo para o investimento público e em áreas públicas.
Conclusão: O Estado precisa de investimento, como é evidente pelo que se viu nesta crise e pelos níveis de investimento público dos últimos cinco anos, inferiores ao investimento público no período da troika. Mas o que se vê é a utilização destes fundos para compensar o que não foi feito, o que não é propriamente uma estratégia para aumentar a competitividade do país e das empresas.
No distrito de Viseu, o centro oncológico do Hospital de Viseu continua omisso. A requalificação do hospital psiquiátrico de Abraveses nem uma linha! O IP3 vai continuar no bate boca dos políticos mais uns tempos. O IC 26 na gaveta, a requalificação da EN 229 e EN 222 uma miragem.
Como afirma Carlos Santos Silva, Presidente do Município de Sernancelhe e Presidente da CIM Douro, o “Governo assina a sentença de morte do interior com o PRR” pois este serve para “encomendar centenas de estudos e planos, reformas teóricas para a floresta, ações de informação e sensibilização e destine 1032 milhões de euros para o Metro de Lisboa, Porto, Loures.”
É fundamental desenvolver setores económicos de futuro que possam ser âncoras de desenvolvimento da região mas também do país. Devia haver um reforço da industrialização, na capacitação e na internacionalização das empresas para acelerar a transformação estrutural da economia portuguesa e na formação dos seus quadros.
Mas tanto dinheiro deve ser bem gerido, por isso o “Portal da Transparência” aprovado no OE de 2021 para monitorizar a aplicação dos fundos europeus e para evitar fraudes tem de ser uma realidade o mais rápido possível, pois quanto dinheiro irá efetivamente para as empresas com projetos produtivos, com real impacto na economia e na criação de empregos?

ALGUNS FACTOS OCORRIDOS DURANTE A 2ª GUERRA MUNDIAL

Ainda não há muito tempo que tivemos oportunidade de ver vários episódios da segunda Guerra Mundial que foram exibidos pela RPT2. Vieram-me então à memória muitos pormenores relatados por Jésus Hernandéz no seu livro HISTÓRIAS DESCONHECIDAS DA II GUERRA MUNDIAL.
Uma dessas “histórias” é conhecida da maior parte das pessoas e repetiu-se, entre nós, por ocasião da guerra do Ultramar. Refiro-me às noivas de guerra. É consabido que milhares de soldados se corresponderam com mulheres com quem vieram a casar. Mas a “história” relatada no livro vai muito mais longe nas informações esclarecendo que, “durante os dois anos que antecederam o desembarque na Normandia, aproximadamente um milhão de soldados americanos e canadianos permaneceram no solo britânico, preparando a invasão do continente. Destes, 70 mil americanos e 47 mil canadianos aproveitaram a sua estadia para se comprometerem ou casarem com mulheres inglesas, as quais foram depois viver com eles para os seus países de origem. Metade delas chegaria à sua nova casa já com um ou mais filhos”.
Os noivados relatados não se ficaram por aqui. Na Austrália, 7 mil mulheres também se casaram com os soldados americanos que tinham começado a ir para aquele país em Dezembro de 1941, com o fim de proteger o país contra a ameaça da invasão japonesa.
Dos soldados americanos que integraram as tropas de ocupação da Alemanha alguns também acabaram por se relacionar com mulheres alemãs. Assim, em 1950, cerca de 14175 mulheres alemãs passaram a residir nos Estados Unidos da América por terem casado com aqueles soldados.
Houve mesmo um número mais reduzido de mulheres japonesas, num total de cerca de 758, que chegaram à América acompanhando os maridos.
Porém, as mulheres japonesas não foram bem acolhidas na Austrália, chegando mesmo a ser proibida a sua entrada na Austrália até 1952, devido à memória dos maus tratos que os soldados australianos tinham sofrido às mãos dos seus captores japoneses. E, mesmo quando a essas mulheres foi facultada a entrada, continuaram a ser marginalizadas pelas australianas.
Considerando que estamos a recordar a ligação de mulheres aos combatentes da guerra, parece-me oportuno mencionar ainda o nome duma mulher que foi ela própria combatente, tendo sido a primeira mulher piloto a abater um avião. Trata-se da piloto soviética Olga Yamschchicova que, a 24 de Setembro de 1942, abateu um junkers ju 88 sobre Estalinegrado (atual São Petersburgo). Esta mulher pertencia a um Regimento de Caças que realizou 4419 missões, abatendo um total de 38 aviões alemães.
Nesta guerra quase um milhão de mulheres serviu as forças armadas soviéticas, “embora só uma pequena parte tenha sido destacada para missões de combate”.

Luxos de outros tempos

Luxos de outros tempos
A colher de Torga
Diz-se que o garfo só chegou a Portugal em meados do Século XVIII. Ter um garfo era um luxo e as gentes mais modestas contentava-se com a colher. Forjado no ferro pelos mesmos artesões que produziam as alfaias agrícolas, só na segunda metade do século XX é que se generalizou.
O povo, usava a colher e para isso utilizava a Torga. A Torga, planta existente nas regiões pobres do centro do país, tem um crescimento lento, mas é facilmente moldável e trabalhada à mão. No entanto, rachava com facilidade, o que desaconselhava a sua utilização como colher.
O povo Português, sábio e desenrascado, encontrou a solução. Cozer a madeira de torga na panela da cozinha umas horas antes de ser trabalhada, garante-lhe uma resistência invulgar, mesmo em colheres bastante finas.

A tesoura das luvas
De algodão, renda, pelica, brancas, cinzentas, pretas e castanhas, eram exclusivas das mãos delicadas e dedos elegantes das senhoras ricas, que as combinavam com os seus vestidos chiques. Para o povo, de mão rudes e calejadas eram apenas uma peça de admiração.
Os seu dedos tão estreitos dificultavam a sua utilização e logo foi inventada uma tesoura de madeira que as ajudava a alargar. No entanto, uma vez calçadas, retirá-las continuava a ser uma tarefa difícil e demorada. Por isso, manda a etiqueta que as senhoras, ao contrário dos homens, não deviam descalçar as luvas para cumprimentar quem quer que fosse, ficando assim resolvida esta enorme dificuldade.

As cuecas
Desprezadas por ricos e pobres, durante séculos ninguém as usou. Para os pobres não tinham qualquer utilidade e para os ricos iam contra as regras da igreja, sendo mesmo proibidas, uma vez que eram associadas às prostitutas parisienses dos finais do seculo XVIII. Senhoras honradas, dignas e mães de família “passavam” o uso de cuecas, por ser altamente impróprio. No entanto, senhoras mais abastadas, durante o inverno para proteção do frio eram autorizadas a usar cuecas, mas com aberturas diversas, para satisfazer todo o tipo de necessidades fisiológicas.

O lenço
Também o lenço teve na sua história múltiplas funções, mas nenhuma associada, imagine-se, a assoar o nariz.
As pessoas de condição social e comportamento requintado não se assoavam em público, porque o ruído caraterístico era tido como de muito mau gosto.
O lenço serviu, ao longo dos tempos e das modas para: acenar em sinal de satisfação, proteger o rosto do sol ou a garganta contra constipações, limpar as lágrimas e também como guardanapo. As senhoras francesas usavam um lenço de mão, que deixavam cair ao chão quando queriam demonstrar o interesse por um homem, que o devia apanhar de imediato.
Em Portugal, essencialmente no norte do pais, era costume as moças oferecerem um lenço ao namorado. Mas a verdadeira utilização do lenço pelas gentes portuguesas, era para limpar o suor, ou proteger a cabeça do sol e ainda como bolsa para guardar valores, deixando a função de assoar o nariz para a mão.

CONSULTÓRIO

PRESBITIA É O MESMO QUE VISTA CANSADA
Quando começamos a esticar o braço e a afastar a mão dos olhos para ler o que está escrito numa folha de papel, é sinal que a presbitia se instalou. Sim, presbitia… o nome porque é conhecida a vista cansada.
O que se sabe sobre a vista cansada?
É na década dos 40 anos de idade que ela se instala.
Vai surgindo de uma maneira paulatina até que, de uma forma definitiva, ela se instala pela idade dos 45 anos.
E atinge qualquer pessoa, seja homem, seja mulher como resultado do envelhecimento do cristalino. Nas pessoas que sofrem de hipermetropia a presbitia surge mais precocemente, ao passo que nas que sofrem de miopia ela surge mais tardiamente.
Pouco a pouco a vista cansada obriga a que a leitura se faça de braços estendidos.
Um presbítero reconhece-se facilmente pelo modo como lê: com os brações esticados… Com efeito, para ver ao perto, o portador de vista cansada vai afastando cada vez mais o texto até ficar com os braços totalmente esticados.
Afinal o que é que acontece?
A presbitia surge na sequência do processo natural de envelhecimento do cristalino.
Com os anos, o cristalino vai perdendo a sua elasticidade e não consegue mais a acomodação para a visão ao perto.
Com que idade a presbitia estabiliza?
Começa pelos 40-45 anos e estabiliza pelos 65 anos. A partir desta idade, ou por aí, ela não avança mais o que significa que o cristalino perdeu, na totalidade, a sua capacidade de acomodação e não há outro remédio senão a sua correcção.
Como se corrige a presbitia?
Com lentes de contacto ou com óculos que vão compensar a incapacidade de acomodação do cristalino. E, ao mesmo tempo que as lentes corrigem a presbitia, podem corrigir a miopia ou a hipermetropia por meio de lentes progressivas. No caso da miopia, e se a presbitia estiver numa fase de início, pode haver recurso a cirurgia.
Existem lentes de contacto progressivas que podem corrigir a presbitia num dos olhos e a miopia ou a hipermetropia no outro. Todos nós temos um olho que predomina para a visão ao longe, devendo ser o outro que deve ser corrigido para a visão ao perto. Depois cabe ao cérebro a escolha das imagens mais nítidas que recebe dos dois olhos.
Posto isto, se está na década dos 40-50 anos e se, para ler, tem necessidade de afastar o jornal ou o livro esticando os braços, está na altura de começar a pensar em corrigir esse defeito de acomodação do cristalino.

Os Anteros


A Literatura Portuguesa teve no Sec. XIX dois grandes vultos com o nome de Antero.
Comecemos pelo mais velho, Antero Tarquínio de Quental. Nasceu em Ponta Delgada, nos Açores em 18 de Abril de 1842. Poeta e Filósofo morreu novo, aos 49 anos de idade, em 11 de Setembro de 1891.
Contemporâneo e amigo de grandes figuras, Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, entre muitos outros, teve a Cidade de Coimbra como palco da sua actuação literária e política, onde constituiu uma lenda.
Poeta de grande qualidade, dizem os críticos, que os seus poemas igualam Camões e Bocage. Pertenceu a uma das mais ricas gerações de intelectuais portugueses. Pode ser considerado o pai do “ Pensamento da Geração de 70”. Um Poeta que viveu entre o sentimento e a razão, a sensibilidade e a vontade, o temperamento e a inteligência.
Das suas principais obras, destacam-se “ Sonetos Completos” , “ Odes Modernas” e “Sonetos Completos”,
Contestou sempre o papel da Igreja, atitude normal nos que estiveram ligados à geração de 70.
É, juntamente com Oliveira Martins o fundador do Jornal República.
O outro Antero, Antero de Figueiredo, é Beirão, nasceu em Coimbra no dia 28 de Novembro de 1866 e faleceu na Cidade do Porto em 10 de Abril de 1953. Viveu ainda na primeira metade do Sec. XX.
Conheceu e conviveu com o Poeta António Nobre, João Penha, Agostinho de Campos e Eugénio de Castro. Todos grandes figuras da Literatura e do Pensamento Português.
No Porto frequentou a Faculdade de Medicina, mas foi em Lisboa que se licenciou em Letras.
Foi um viajante, conheceu meio mundo e daí a sua linguagem policrómica, os seus ideais da Pátria e da Fé. Começou por ser agnóstico para se tornar num crente ferveroso e convicto.
A sua prosa é um exemplo, um requinte da linguagem e do seu purismo.
Um cultor da Língua Portuguesa, uma mistura de filógolo, linguísta e Poeta.
Dizia :- “ Eu amo tanto a nossa Língua…”. Usou a Língua Portuguesa como ninguém!
Das suas obras sobressai - “ Jornadas em Portugal” e “ Non Sun Dignus”.
Também não escapou ao Sebastianismo, escrevendo “ D. Sebastião, Rei de Portugal”.
Duas grandes Figuras da Literatura e do Pensamento Português.
António Fortes