Arquivo mensal: Setembro 2021

Portugal, um país curioso…


Atravessamos nos últimos anos duas grandes crises. A económica e a pandémica, que levaram muitos portugueses à perda do seu emprego.
Todos sabemos que o emprego é um meio privilegiado para a inclusão social, pois constitui a principal fonte de rendimento das pessoas que trabalham e garante os meios essenciais para se possuir o mínimo de condição de vida.
Noticiam os jornais nacionais que foram abertas inscrições para 23.236 vagas de emprego Actividades Imobiliárias e Administrativas, Alojamento, Restauração e Construção). Concorreu muito pouca gente. Inscrições quase desertas, porque ninguém quer aceitar.
E não se trata de trabalhos sazonais.
Este problema já se arrasta desde 2019, antes da pandemia em que o número de ofertas era de 19.294 e mesmo desde 2017 em que a oferta era de 24.335 vagas.
A Região que acumula mais ofertas é a de Lisboa e Vale do Tejo. Segue-se o Norte, o Alentejo, o Algarve e no fim as Regiões Autónomas.
É um problema nacional.
O bom tempo, as praias, os passeios sempre são mais apetecíveis que trabalhar. E se há subsídios, tanto melhor!…
No Norte há 5.000 trabalhadores da construção civil desempregados e em Lisboa 3.600. E no resto do País ? Outros tantos.
Um dos motivos para a não aceitação do emprego é o ordenada oferecido ser muito próximo do valor do subsídio de desemprego.
Para quê trabalhar! …

A Valsa da Morte…


Na sua Crónica aos domingos num Jornal Nacional, António Saraiva, Presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal), ao fazer a apreciação da economia portuguesa dá como exemplo o trágico naufrágio do Navio Titanic, dizendo :- “ Estamos a afundar-nos em termos de crescimento económico e a orquestra continua a tocar”.
Foi em 14 de Abril de 1912, que o RMS Titanic, então o maior navio do mundo, construído para enfrentar todas as adversidades , naufragou ao colidir com um enorme iceberg vindo da Gronelândia.
Depois do embate foi ao fundo, partindo-se ao meio, 2 horas e 40 minutos depois.
Quando o navio já metia água, muitos ainda duvidavam que um colosso daqueles iria afundar e recusavam-se a abandonar o barco.
No luxuoso salão de baile a Orquestra continuava a tocar a popular Valsa de Archiball Joyce - Song d’Automne (Sonho de Outono). Era a Valsa da Morte… Morreram 1.496 pessoas, o maior desastre marítimo do mundo.
Tinha a bordo 2.208 pessoas de diversos escalões sociais, da sociedade milionária e de gente menos rica que procurava uma nova vida na América.
António Saraiva falava no discurso do Primeiro Ministro, no encerramento do Congresso do Partido Socialista. Um País “Côr de Rosa”!
E a Orquestra continua a tocar em todos os outros discursos que se seguiram.
O crescimento que o País atravessa deve-se ao relançamento do consumo privado, já que as exportações e os investimentos caíram respectivamente 3,2% e 2% face ao primeiro trimestre e muito longe da actividade pré-crise.
O PIB ficou 3,4% abaixo do de há dois anos e a restauração, alojamento e comércio estão ainda aquém 9,3% dos valores anteriores à pandemia.
Na opinião de António Saraiva, numa visão de curto prazo, podemos dizer que já não estamos a afundar mais, mas ainda não reemergimos acima da linha de água.
O Primeiro Ministro fala nos Fundos. Fundos para tudo e para todos. Até as Autarquias, agora em período eleitoral, vão ter Fundos, são importantes para a boa aplicação dos Fundos.
Mas, todos nós sabemos que o Plano de Recuperação e Resiliência ( PRR) não parte das necessidades do País, mas das conveniências políticas.
Nos discursos há táctica política a mais e estratégia económica a menos, muitas promessas na distribuição, que não é possível porque nunca se pode dar riqueza que não produzimos. Ninguèm pode dar o que não tem!…
Por isso em plena Campanha Eleitoral para as Autárquicas, as terras de Portugal enchem-se de cartazes com frases, ôcas, vazias, sem conteúdo e que felizmente os Portugueses não levam a sério.
Nos discursos as palavras são as que se gostam de ouvir, de circunstância, mas enganadouras.
Os Discursos, procuram dirigir-se, falar ao coração.
Mas, o que é preciso é falar principalmente à Razão.

ESPETÁCULO MUSICAL “NAS CORES DA BEIRA” EM MANGUALDE COM LOTAÇÃO ESGOTADA


Foi com uma lotação esgotada que o Município de Mangualde recebeu, no passado dia 2 de setembro, o espetáculo musical “Nas cores da Beira”. O evento, que ocorreu no âmbito do projeto “Cultura no Dão”, teve lugar no Largo Dr. Couto, pelas 21h30. Depois de Mangualde, o espetáculo teve ainda mais duas apresentações: dia 4 de setembro em Penalva do Castelo; e dia 5 de setembro em Canas de Senhorim. “Nas Cores Da Beira” é um espetáculo multidisciplinar, que pretende enaltecer as paisagens, costumes e tradições da região.
A lotação do evento foi limitada e os lugares foram marcados, de forma a respeitar as normas emanadas pela DGS. A entrada foi gratuita, mas com aquisição obrigatória de bilhetes.
A iniciativa, que passa por Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo, é esforço conjunto de ligar em rede os três Municípios no projeto “Cultura no Dão”. Um programa cultural itinerante, alicerçado na apresentação de espetáculos, contribuindo, decisivamente, para apoiar os agentes culturais e estimular a dinâmica económica, bem como para valorizar o património artístico-cultural da região, a sua identidade e comunidades, reforçando a atratividade do território e o incremento do seu valor turístico. Um projeto cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

NAS CORES DA BEIRA
NAS CORES DA BEIRA, um espetáculo musical que pretende enaltecer as paisagens, costumes e tradições da região. Com um elenco composto por atores profissionais, artistas de circo e população local, o espetáculo conta-nos a bela história de Maria e Ilídio, um jovem casal que, mesmo de terras e estatutos diferentes, escrevem uma história de amor sem igual. Com uma pitada de humor da coscuvilheira da aldeia e os dramas de uma tia de nariz empinado, NAS CORES DA BEIRA vai conquistar o coração do espectador.

Slackline “voa” pelos 4 concelhos do Alto Mondego


É um espetáculo de teatro, mas com a particularidade que é feito em cima de fitas. O primeiro estreou em julho, em Nelas e os 4 concelhos da rede beneficiaram da iniciativa coordenada pelo Campeão Nacional de Slackline, Rui Mimoso, no âmbito da Rede Cultural do Alto Mondego, onde os grandes protagonistas são elementos da comunidade que sobem ao palco para contar diferentes perspetivas de uma história comum.
A história por detrás do espetáculo varia de concelho para concelho. Enquanto nos concelhos de Nelas e Mangualde a trama roda em torno de despedidas e de reencontros, das festas e das romarias; em Gouveia, à história juntou-se a poesia de Virgílio Ferreira. Em Fornos de Algodres, o desafio alterou-se, e passou por pedir emprestado o olhar do rio Mondego e mergulhar na travessia, no tempo e no espaço, desde a origem aos dias de hoje
Gouveia recebeu os espetáculos nos dias 4 e 5 de setembro. Depois, foi a vez de Fornos de Algodres, nos dias 9 de 10 de setembro. A 11 de setembro, o espetáculo regressou a Nelas. A digressão termina em Mangualde que acolhe o espetáculo no dia 17 de setembro. Todos os espetáculos decorrem ao livre e estão marcados para as 21h30.
Dinamizar o interior do país com atividades culturais distintivas e com uma forte ligação aos territórios é a missão desta iniciativa que quer também aproximar a cultura das suas comunidades. Serão eles os protagonistas. Os espetáculos resultam de um conjunto de capacitações, onde puderam aprender as bases da modalidade e aplicá-la às artes. Na verdade, um dos pilares desta iniciativa passa pelo intercâmbio cultural entre os vários territórios que têm aqui uma oportunidade de trocar experiências, mas também de desenvolver um sentimento de pertença pela sua terra.
Recorde-se que o projeto “Alto Mondego’ Rede Cultural” junta os municípios de Nelas, Mangualde, Fornos de Algodres e Gouveia e é cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

A Grande Oportunidade


Este é o último Jornal antes do Acto Eleitoral Autárquico que se realiza em 26 de Setembro.
Por isso, esta é a última oportunidade para esclarecer os Eleitores.
O Jornal Renascimento ao longo dos seus 94 anos, sempre teve uma postura independente.
Nasceu em plena Ditadura Republicana, atravessou a Ditadura do Estado Novo, vive hoje em Democracia e sempre, ao longo destes longos anos, se manteve independente de Governos e Grupos. E assim continuará!
Nunca deixou de criticar o que está mal, ou elogiar o que está bem.
Mangualde é o seu berço e quem não se preocupa com ele não é digno de ter nascido aqui.
E é o actual estado, uma espécie de “Plano Inclinado” em que o Concelho se encontra que preocupa muito, os que vivem e amam a sua terra.
Mangualde nos últimos 47 anos de Democracia não se tornou uma terra próspera, não cresceu e nem evoluiu no sentido certo.
De Vila passou a Cidade em Julho de 1986 e quando se previa uma onda de expansão, quase parou no tempo.
Em 1950 atingiu o seu máximo populacional, 25.340 habitantes. Desde então começou o seu declíneo populacional. Desde essa data até ao último Censo de Julho de 2021 perdeu 7.046 habitantes. Uma sangria que não foi, nem é estancada, porque o Concelho não oferece oportunidades aos seus habitantes. Nos últimos dois anos perdeu 270 habitantes e até os estrangeiros residentes começaram a ir embora, 146 pessoas.
São estes os dados Oficiais do Instituto Nacional de Estatística publicados e por isso dados indesmentíveis.
Os Orgãos Oficiais do Concelho em que se inclui a Câmara Municipal, chegam à seguinte conclusão :- “ A dinâmica demográfica do Concelho de Mangualde é sobretudo marcada pelo declíneo populacional, pelo acentuado envelhecimento populacional, por mudanças ocorridas ao nível das estruturas familiares que sinalizam novas formas de vida em família e por um saldo migratório negativo, já que os residentes estrangeiros estão a abandonar o Concelho”.
Não podíamos ter uma radiografia mais nítida do que a conclusão dos principais Orgãos do Concelho de Mangualde.
Chegados aqui, surge a pergunta. O que é preciso fazer para inverter esta situação?
A resposta está no próximo Acto Eleitoral, que tem que ser um ciclo de mudança.
E a decisão está nos Eleitores, no seu Voto, conscientes desta gravíssima situação.
Escolher um Presidente de Câmara, uma Vereação, uma Assembleia Municipal, Junta e Assembleia de Freguesia, não é tarefa fácil.
A escolha está no Voto, Secreto, Consciente, uma arma importante que é preciso saber usar para que não se vire contra nós.
Em Eleições Autárquicas, de proximidade, todos nos conhecemos. Sabemos quem são os Candidatos, os seus valores e os seus deméritos.
Por isso, o Voto, tem de ser bem pensado e colocado no lugar certo.
Um Presidente de Câmara, já que é o máximo responsável, tem de ser uma figura com perfil, sério, trabalhador, que ponha acima dos seus interesses pessoais e partidários o seu Concelho.
Tem de ser um líder, conhecedor profundo do seu espaço e acima de tudo ter uma ideia, um projecto para o seu Concelho e para o espaço envolvente, outros Concelhos, com quem tem de colaborar.
Um Presidente de Câmara não tem de ser indicado pelo Partido, só por que é do Partido, ou amigo do Chefe do Partido.
Um Presidente de Câmara, de Partido, ou Independente, tem de merecer o respeito e a admiração do seu povo, com provas dadas de seriedade, de trabalho demonstrado ao longo da sua vida, para que receba o Voto que o vai eleger e tornar o principal condutor do Concelho.
A Cidade enche-se de Cartazes. Fotografias e frases ôcas, sem nenhuma verdade. Frases que podiam ser outras e que no fundo não dizem nada.
Nas Campanhas eleitorais, os Candidatos menos sérios prometem tudo, para falharem e se esquecerem logo a seguir, se por ventura forem eleitos.
Um Candidato que quer ser eleito tem de apresentar projectos, viáveis, sérios, concretizáveis e não utopias, que de antemão sabem não poder executar.
Ser sério é muito difícil. Prometer tudo e a todos é muito mais fácil.
No entanto o Concelho de Mangualde tem todas as condições para ser de primeira grandeza.
Falta-lhe uma Área Industrial. Mangualde tem indústrias localizadas no Concelho. Isto não é uma Zona industrial. Uma verdadeira Zona Industrial é outra coisa bem diferente e para melhor.
As localidades que estão dependentes de uma grande unidade industrial, onde trabalham centenas de pessoas, às vezes da mesma família, quando há um encerramento é um problema colossal. Ter uma empresa dessas na terra, é quase como ter uma bomba de relógio. Quando rebenta provoca estragos inimagináveis. Aconteceu recentemente em localidades conhecidas.
Ter várias empresas, de pequena, média e grande dimensão é muito mais seguro.
Há outros polos para desenvolver.
Tem a Barragem de Fagilde, uma mancha de àgua magnífica, um lago tão azul como o céu.
Há projectos para o desenvolvimento turístico da Barragem? E pergunta-se :- Porque é que a Barragem de Fagilde não é classificada como praia fluvial?
O aproveitamento da A25, o Terminal Ferroviário são outros grandes projectos para fazer e relançar o Concelho de Mangualde.
A ligação a Nelas. Alguém faz pressão sobre o Governo para fazer uns escassos 16 Kms de autoestrada ?
Que maravilha ligar o Nó de Mangualde a Santa Comba Dão e a Coimbra.
Quantos benefícios traria esta obra?
A ligação à Cidade de Viseu, ao Turismo, à Cultura. Mangualde tem de viver paredes meias com uma cidade de média dimensão como Viseu.
Há muito a fazer, mas tem havido pouca vontade de fazer obra para o futuro. Projectar Mangualde, sair da anemia que a mata.
O Voto no dia 26 de Setembro pode mudar muita coisa. Fazemos “votos” para que assim aconteça.
Vote em Consciência!

Uma dedicação ao Concelho de Mangualde


João Fernando de Albuquerque Lopes, João Lopes, completa brevemente 12 anos como Vereador, em tempo inteiro, na Câmara Municipal de Mangualde.
Nos doze anos de dedicação ao Concelho assumiu diversos Pelouros, como a Cultura e o Património, Energia e Iluminação Pública, Resíduos Sólidos e Transportes, Apoio ao Emigrante e outros mais.
Na Cultura e Património, de que faz parte a Biblioteca Municipal de Mangualde, esta é uma Organização exemplar. Honra a Cidade e os profissionais que lá exercem as suas funções.
A Cultura e o Património são dois dos mais importantes sustentáculos da riqueza do Concelho de Mangualde, essenciais para a sua valorização, para o desenvolvimento do Turismo e da qualidade de vida dos seus habitantes.
Neste Sector, João Lopes deu o seu melhor. Sempre atento, dedicado, imaginativo e inovador.
Ao deixar a sua vida pública, ao serviço do seu Concelho, ao fim de 12 anos, João Lopes parte em paz com a sua consciência, porque deu sempre tudo o que tinha de melhor.
Os Mangualdenses estão agradecidos. Bem Haja, João Lopes

“Connecting Europe Expresso”

O Comboio já partiu…
No Jornal Renascimento de 1 de julho anunciavamos a partida do comboio europeu “Connecting Europe Expresso” da Estação de Lisboa, S.ta Apolónia no dia 2 de Setembro, para uma visita a 70 cidades europeias. A viagem termina no dia 7 de Outubro em Paris e pretende comemorar o “ Ano Europeu do Transporte Ferroviário”.
Porém, o facto mais relevante desta viagem é a passagem de um comboio português na Fronteira de Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro, onde desde Março de 2020 não passou um único comboio.
Com a pandemia foram suspensas as ligações internacionais do “velhinho” Sud Expresso criado em 1887 que liga Lisboa a Paris e do Comboio Hotel Lusitânea Expresso, Lisboa/ Madrid. Mais de ano e meio depois e as ligações ainda não foram repostas com grande prejuizo para os habituais utentes.
O comboio que partiu no dia 2 de Setembro de Lisboa às 8h20m foi pela Linha da Beira Baixa, reaberta recentemente após 12 anos de encerramento e passou com as suas seis carruagens pela Covilhã e pela Guarda, rumo a Vilar Formoso/ Fuentes de Oñoro.
A nova Linha da Beira Baixa, electrificada, acabada de refazer permitiu uma viagem sem solavancos tendo como paisagem a magestosa Serra da Estrela.
Em Vilar Formoso houve necessidade de trocar de locomotiva, uma máquina a diesel, já que o troço Fuentes de Oñoro/ Medina del Campo ainda não está electrificado.
Depois das curvas portuguesas, contornando a Serra, seguem-se as planícies da Meseta Castelhana, dominadas pelo silêncio.
Este silêncio só foi interrompido pelos protestos das gentes espanholas em Medina del Campo que defendiam o regresso dos comboios suprimidos.
E de Medina del Campo, novamente em rede eléctrica para Madrid e daqui para as cidades europeias.
De tudo isto ressalta a nossa pobreza. A C.P. não tem seis carruagens para constituir um comboio. Foi necessário recorrer à Renfe para arranjar seis carruagens há muito encostadas.
Madrid e Lisboa, Capitais, são como os eucaliptos. Secam tudo à sua volta. O Interior de Portugal e a Raia Espanhola sofrem do mesmo mal - Isolamento, despovoamento, desertificação.
E por isso os povos destas zonas desfavorecidas protestam, pedem mais atenção aos seus governos, reagem contra o esquecimento, o distancionamento.
Como diz o adágio popular - Lá Como Cá, Más Fadas Há.

EDITORIAL – 805 – 1/9/2021

Boas notícias para os nossos Assinantes

Um Jornal dirige-se principalmente aos seus leitores.
É esta a sua razão de ser.
O Jornal Renascimento faz jus ao seu nome. Está a renascer aos 94 anos para uma nova caminhada.
Caminhada que se dirige aos seus leitores fiéis, que compram e assinam o Jornal Renascimento.
A Imprensa Regional, principalmente, vive uma grande crise. A pandemia levou muitos jornais a fechar. Últimamente, títulos, mesmo centenários, fecharam. O Estado poucos apoios deu, revelou mesmo uma grande falta de sensibilidade e abandonou a Imprensa Regional tão extraordinariamente importante para a coesão social e que é a guardiã das tradições e da identidade do Povo.
Imprensa que leva a vida da nossa terra aos mais diversos locais do País e do Estrangeiro.
Este jornalismo de proximidade defende as culturas locais num são comprometimento entre as Pessoas e a Região.
Devemos incentivar a leitura, pois deve ser este o foco de uma Sociedade comprometida com a inclusão cultural e com o desenvolvimento intelectual dos seus membros.
A leitura é o principal mecanismo para a apropriação do Conhecimento e perpetuação da Cultura.
Por isso, toda a iniciativa que promova o impulsionamento das manifestações culturais são bem vindas e ler é a forma mais simples para o enriquecimento pessoal e para a valorização da diversidade cultural.
Um Jornal tem de criar leitores, àvidos da informação, mas mais competentes, críticos e autónomos.
A Cultura é uma forte componente do desenvolvimento económico de um País, base do seu crescimento.
É a Cultura que determina a separação do Homem dos outros seres. Porque a Cultura é a civilização na dimensão colectiva formada ao longo de gerações. Cultura é cuidar da educação do nosso espírito.
O Jornal Renascimento, neste ano de 2021, deu um passo em frente ao abrir uma Delegação na Cidade de Viseu. Aumentou a sua tiragem, tem mais leitores, a publicidade é mais vista, os cronistas mais lidos e conhecidos e pretende ter mais assinantes.
Foi a pensar nos seus Assinantes que o Jornal Renascimento estabeleceu uma parceria com o Grupo Vila Galé, a segunda maior Cadeia Hoteleira Portuguesa, de forma a proporcionar descontos especiais nos seus Hotéis (alojamento e demais serviços) aos actuais e futuros assinantes.
Para isso foi criado o Cartão Jornal Renascimento-Grupo Vila Galé, sem quaisquer custos para os utilizadores. O Jornal Renascimento vai oferecer este Cartão a todos os actuais e aos futuros assinantes, para que nas suas deslocações em negócios, ou em férias possam beneficiar de importantes descontos.
Com esta parceria, vamos procurar ser melhores na informação, mais abrangentes e contribuir para o desenvolvimento do Sector do Turismo tão importante para o desenvolvimento do País.
Na primeira vez que utilize o Cartão, o desconto obtido é superior ao valor da assinatura.
Não gostamos, nem queremos estar sós. Associe-se a nós, torne-se Assinante do Jornal Renascimento. Beneficie de importantes descontos.

Tem 65? Então já é idoso!

A partir das 2ª Guerra Mundial ficou estipulado a divisão das populações por grupos etários consoante a sua idade. Devido ao caos da guerra, surgiu um movimento social para a reedificação da Europa, sendo natural considerar um adolescente de 15\16 anos um jovem adulto capaz de integrar no mercado de trabalho emergente e faminto por mão de obra rápida! Assim o 1ª grupo etário\ jovens era do nascimento até aos 15 anos de idade; o 2º grupo\ adultos era dos 15 aos 64 e por fim o 3º grupo\ idosos dos 65 anos para adiante…. Hoje é inconcebível considerar um jovem de 15 anos optar por uma vida de labuta e rejeitar a vida académica, no entanto são fisiologicamente mais desenvolvidos que os seus avós e são desresponsabilizados de certos comportamentos… Por sua vez, é cada vez mais impraticável iniciar a vida ativa antes dos 18 anos, sendo evidente um atraso na entrada no mercado de trabalho em cada geração. De fato, temos um nicho de doutorados desempregados que desconhecem o que é ter trabalho! Sobrevalorizamos a formação académica em detrimento do futuro profissional, para mim é comum escutar “Sabe a minha neta já acabou o curso, mas para arranjar emprego já tirou o mestrado e agora vai para o doutoramento!” Quando questionada a idade do prodígio, é que verifica-se o incómodo: “Pois tem 32, mas ainda vai a tempo de encontrar um bom emprego! Afinal não quero que seja uma balconista!” É um fato consumado que a formação é uma mais valia, mas desvalorizar quem está nas bases das hierarquias profissionais é obscurecer o atendimento ao público; é difamar quem produz os serviços prestados; é esquecer que as grandes fortunas

vieram de grande humildade e que a arrogância era um desmérito!


Mas retornando ao tema desta missiva, é curioso considerar idosa uma pessoa de 65 anos, colocando-a num espectro de debilidade e necessidade emergentes só por ter 65 anos de idade! Se por um lado existe uma panóplia de direitos associados ao idoso cronológico, por outro lado existe uma incompreensão do idoso social e produtivo! Ter descontos, gratuitidades ou subsídios por ter 65 anos…Pessoas que ainda têm uma energia e jovialidade superior a muitos de 40 anos, que nada têm de direito por serem frágeis…quer seja idoso, adulto ou jovem, mantenha sempre presente que todos chegamos a velhos, e compete a si mesmo preservar-se e não encalhar no idoso sovina que reclama de direitos sem altruísmo ou bom senso!