Arquivo diário: 3 de Janeiro de 2022

Barragem de Fagilde – A saga continua


Quando eu nasci, já se ouvia falar… Uma barragem em Fagilde! Parecia um sonho, algo difícil de concretizar. Como seria? Quais os seus impactos na região e na população?
Em 1979 iniciou-se o projeto. Os populares, curiosos faziam visitas regulares à obra e testemunhavam o seu andamento. Concluída em 1984, foram 5 longos anos de espera. A Barragem de Fagilde era uma realidade. Em pleno leito do Rio Dão, tinha como principal objetivo o fornecimento de água aos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
Seguiram-se noticias de esgotos que corriam livremente para o Rio Dão, Estações de Tratamento a montante em mau funcionamento e outros focos de poluição, que ainda hoje, a serem verdade, põem em risco a qualidade da água da barragem de Fagilde. Continuamos a ouvir noticias semelhantes, sem certezas e sem saber, sequer, que medidas corretivas são aplicadas, se é que são…
Em novembro de 2017, a Barragem de Fagilde saiu do esquecimento e voltou a ser noticia. Durante o período de seca que se viveu em toda a Península Ibérica, a Barragem de Fagilde chegou a 10% da sua capacidade, garantindo apenas 20 dias de abastecimento. Foi preciso estabelecer um plano de contingência para salvaguardar a rutura, com dezenas de camiões cisterna a fazerem o transporte de água e a descarga diretamente para a Barragem de Fagilde.
Este grande susto ditou o destino da já velhinha barragem de Fagilde, que chegou ao fim do seu período de validade, pondo de lado soluções como o desassoreamento. Promessas de uma nova barragem em 2018 deram início a um novo processo de expropriação dos terrenos adjacentes, criando mais uma vez uma enorme expectativa e dúvida na população.
Finalmente, a constituição de uma Empresa Intermunicipal denominada “ Àguas da Região de Viseu” em julho 2020, seria responsável pela construção da nova barragem e assegurar a captação e tratamento de águas para abastecimento dos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas, Sátão e Penalva do Castelo. Investimento a aguardar o próximo quadro comunitário, não contemplado no PPR, emaranhado em burocracias, pareceres e aprovações, nunca chegou a ver a luz do dia.
A recente notícia de que Viseu está á procura de outras soluções, mais rápidas e com menores custos, recorrendo por exemplo à Águas de Portugal, põe em causa a necessidade da construção da nova barragem. E assim sendo, qual será o destino dos municípios minoritários?
Não há soluções perfeitas, mas quem paga a fatura no final? Quem utiliza águas potencialmente poluídas? Quem paga o tempo perdido com processos que ficam na gaveta? Parece que somos todos nós. Ficamos assim a aguardar as cenas dos próximos capítulos desta história que parece não acabar…

CONSULTÓRIO

ESTAMOS À PORTA DO INVERNO!
COMO VAMOS RESISTIR ÀS CONSTIPAÇÕES?
O inverno acompanha-se sempre de uma diversidade de pequenas afecções que se traduzem por um nariz que corre, espirra ou entope, por uma garganta que incomoda, dói ou fica irritada, por tosses e expectoração…
E porque é que o inverno é assim tão propício às constipações, às bronquites, à gripe e às anginas ou amigdalites? E como nos devemos proteger?
É uma evidência: o inverno é propício ao aparecimento de constipações. Mas porquê?
A explicação é relativamente simples. O tempo mais frio e húmido facilita a transmissão e contágio pelos vírus respiratórios (são mais de 200) que vão passando de pessoa para pessoa. Mas nem todas as pessoas que entram em contacto com estes agentes infectantes vão ficar constipadas. Só as mais frágeis ou mais debilitadas é que vão ficar doentes. E o arrefecimento fragiliza as vias aéreas. Com efeito, ao provocar uma constrição dos vasos sanguíneos do nariz, as defesas imunitárias da mucosa nasal diminuem, facilitando a entrada dos vírus. Em resumo, o inverno agride as mucosas das nossas vias aéreas superiores, as quais se tornam menos eficazes no seu papel de barreira antiviral.
Primeiro conselho para limitar as constipações: evite os ambientes fechados e com muitas pessoas.
Se no exterior o risco de arrefecimento aumenta, a verdade é que os vírus andam mais dispersos pelo ar (desde que não haja uma grande aglomeração de pessoas que vão aumentar o risco de transmissibilidade dos vírus). Ao contrário, os ambientes fechados podem transformar-se num verdadeiro ninho de vírus, porque estes se encontram confinados e se transmitem mais facilmente entre todos os residentes, não só por transmissão através da via aérea, mas também através das superfícies.
É preciso arejar, com regularidade, a casa e renovar o ar, pelo menos, uma vez por dia. Não convém sobreaquecer as divisões e é conveniente humidificar as mesmas porque o ar muito seco agride também as mucosas nasais e torna-as mais sensíveis aos agentes infecciosos.
Segundo conselho para limitar as constipações: lavar as mãos regularmente.
Lavar as mãos com frequência deve constituir quase um reflexo. É preciso também secá-las com uma toalha limpa e pessoal utilizando, de preferência, toalhetes descartáveis; o mesmo em relação aos lenços de assoar, assim como com os agasalhos.
Inverno: alguns reflexos anti-frio.
Convém relembrar os conselhos de base que revelam bom senso: evitar as exposições prolongadas ao frio e ao vento, as correntes de ar, manter-se aquecido, usar um impermeável para impedir que a humidade atravesse a roupa…
Em contrapartida, esquece-se, com relativa facilidade, que em caso de grande frio é preciso evitar o álcool, sob todas as formas (grogues, vinho aquecido, gemada com vinho do porto…). Contrariamente a uma ideia preconcebida o álcool não reforça o sistema imunitário mas, ao contrário, fragiliza-o ao congestionar as vias aéreas e diminuindo a eliminação dos microrganismos. Em caso de tratamento medicamentoso, o álcool pode favorecer o aparecimento de efeitos secundários.
Os antibióticos não devem ser prescritos ou tomados de uma forma automática. Com efeito, como a maior parte das infecções das vias aéreas são de origem viral (constipações, rino-faringites, bronquites, bronquiolites…) os antibióticos não têm, aqui, qualquer cabimento.
Também, outro preconceito errado, não aproveitar o frio para comer mais. O organismo não tem necessidade de mais calorias para passar o inverno. O único resultado será um aumento de peso, o qual irá aumentar a fadiga.
Finalmente, verificar o bom funcionamento dos sistemas de aquecimento e dos esquentadores, as braseiras, a limpeza das chaminés e promover uma boa ventilação das diferentes divisões da casa. Tudo isto para prevenir as intoxicações pelo monóxido de carbono, um gás mortal que todos os anos faz um número muito significativo de vítimas mortais. Uma razão de peso para que se areje, diariamente, cada divisão.

correio do leitor


Um nosso leitor, fez-nos chegar o seguinte reparo “A Câmara Municipal de Viseu inaugurou a 1/9/2021 algumas avenidas em Viseu com placas toponímicas.
No entanto, os dados pessoais da placa toponímica da Avenida João Luís Inês Vaz não estão corretos, como se comprova facilmente consultando a Internet ou então com os dados da placa toponímica colocada em Rebordinho, São João de Lourosa, perto da casa onde viveu.
O Município, alertado prontamente para o lapso, ainda não conseguiu alterar a situação e repor a verdade dos factos.”

Queremos ser a Região Demarcada do Dão Não a Região Demarcada do Lítio


O título desta Crónica é do Arquitecto José Perdigão, Vitivinicultor, Grão Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão que na passada Campanha Eleitoral Autárquica recebeu na sua Quinta do Perdigão a Senhora Ministra da Agricultura, Dr.ª Maria do Céu Antunes a quem disse: - “Senhora Ministra, queremos ser a Região Demarcada do Dão e não a Região Demarcada do Lítio”.
O Lítio aparece como o novo “ouro branco”, uma espécie de “volfrâmio” do início do Século passado.
Tem presentemente aplicação na indústria cerâmica, do vidro e da farmacologia, mas surge agora como a grande aposta na substituição dos combustíveis fósseis, gasolina e gasóleo, para alimentar todas as baterias e pilhas, desde os telemóveis aos carros do presente e do futuro. O Mundo procura fazer a transição energética, descarbonizar a economia, para combater as alterações climáticas. Este pacote faz parte da agenda social e política, hoje global.
Contudo, a sua extração da natureza é uma solução difícil de gerir. Em causa estão as populações locais das áreas a explorar, o património natural que tem de ser protegido.
Olhando para o passado, este mostra-nos que a exploração mineira não é muito abonatória.
Explorações mal feitas, mal programadas, acabaram por destruir definitivamente o património natural, afectar as populações e isso além de não se poder repetir, é inaceitável e até criminoso.
Nem todos os desígnios económicos e estratégicos são bons e aceitáveis.
É importante avaliar se os recursos que Portugal dispõe no que se refere ao Lítio, justificam uma exploração e se esta não é imposta por outros países, para se verem livres desse fardo e passarem os prejuizos para outros.
Há países com maiores reservas e preços de exploração mais baixos.
Uma coisa podemos ter a certeza. A mineração verde não existe!
O que existe são os interesses económicos e a especulação.
Esta exploração é uma actividade de elevado risco ambiental, mesmo feita em favor de causas maiores.
Não podemos trocar um problema por outro. A poluição automóvel existe. Mas a exploração do Lítio traz consigo a extração, a mineração, a lavagem. Qualquer uma delas agride a natureza. A extração o horroroso aspecto visual, a avaliação dos terrenos, a compra, a especulação, a supressão dos baldios tão importante para a pastorícia e para o mel. A mineração com a lavagem a poluição das águas, as infiltrações invisíveis. E onde vão buscar a água? Ao rio? E volta contaminada outra vez para o rio?
O assunto neste momento é político. Por isso os Partidos deveriam incluir este assunto na próxima Campanha Eleitoral.
Estão em causa os Direitos Humanos das Populações.
Não pode haver outro imperativo que não seja preservar os espaços naturais, a biodiversidade, os ecossistemas, o Investimento Turístico sustentável e o supremo bem das populações.
António Fortes

MANGUALDE inicia entrega de compostores domésticos nas Escolas


No âmbito da implementação do Projeto “Biobairros – da Terra à Terra”, promovido pelo Fundo Ambiental e pelo Ministério do Ambiente e Acão Climática, o Município de Mangualde iniciou no passado dia 15 de dezembro, a entrega de compostores domésticos na Escola Gomes Eanes de Azurara. O momento contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, e do Vice-Presidente e Vereador do Ambiente e Sustentabilidade, João Pedro Cruz.
O projeto contempla a distribuição de 35 compostores domésticos pela comunidade escolar do concelho e tem como principais objetivos promover a valorização de resíduos orgânicos, reduzindo a quantidade de resíduos enviados para aterro, bem como promover o aproveitamento do composto natural para fertilização dos espaços verdes das escolas e sensibilizar a comunidade escolar para esta temática.
O Município de Mangualde contribui assim com mais uma iniciativa rumo a uma maior sustentabilidade ambiental.

CÂMARA MUNICIPAL DE MANGUALDE APROVA ORÇAMENTO PARA 2022


Na reunião de câmara ordinária realizada na manhã do passado dia 16 de dezembro 2021, o Município de Mangualde aprovou o orçamento para 2022, com os votos contra da coligação PSD-CDS. O orçamento base é um dos maiores dos últimos anos, no valor global de 34.014.441 euros.
As grandes opções do plano assentam num investimento previsto no valor de 18.595.260 euros, sendo que as prioridades de investimento enquadram-se no atual quadro comunitário, na estratégia do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e na estratégia do Portugal 20/30.
Os eixos estratégicos prioritários assentam na inovação, na sustentabilidade dos recursos, na coesão social e na qualidade de vida dos mangualdenses. O orçamento da Câmara Municipal de Mangualde pretende, de forma integrada, dar resposta à pandemia de COVID-19, à emergência energética, à emergência climática e à transição digital do concelho.
O orçamento e as suas grandes opções são documentos projetados com planeamento e visão estratégica, que procuram o exercício de boas práticas de gestão autárquica como o rigor e o equilíbrio orçamental, mantendo desta forma políticas de controlo do endividamento, assunção de novas competências e responsabilidades no âmbito do processo de descentralização para as autarquias e reforço da qualidade de vida de todos os mangualdenses.
REDUÇÃO DO IMI PARA O ANO DE 2022
Na mesma reunião de câmara, o executivo da autarquia aprovou a redução do IMI. A proposta do executivo, aprovada por maioria, contempla a redução do IMI de 0,34% para 0,32%.
Foram também aprovadas as propostas do executivo sobre os restantes impostos e taxas que se mantêm inalteradas.
Para o presidente da autarquia, Marco Almeida, “a redução do IMI foi um compromisso que assumi com os mangualdenses e que faço intenções de cumprir reduzindo para o ano de 2022 de 0,34% para 0,32%.”
“Esta redução do IMI significa que os mangualdenses vão pagar menos 200 mil euros de IMI já no próximo ano e com isto pretendemos aliviar a carga dos impostos sem colocar em causa o equilíbrio financeiro da autarquia.”
EXECUTIVO PRETENDE REDUZIR O IMI PARA A TAXA MINÍMA ATÉ 2023
Para o edil mangualdenses “a redução do IMI está em linha com o compromisso de querermos reduzir o IMI para a sua taxa mínima em 2023, ou seja, 0,30%. Esta redução é uma redução que se quer fazer financeiramente sustentável e que será executada com responsabilidade e disciplina orçamental para que, além de reduzirmos os impostos aos mangualdenses possamos continuar a dar a resposta necessária às necessidades da nossa comunidade, do nosso concelho.”

Uma reflexão sobre o Concelho de Mangualde

Fez no passado dia 12 de Dezembro 45 anos sobre a data em que se realizaram as primeiras eleições autárquicas após a Revolução de 25 de Abril, no País e por conseguinte em Mangualde.
Passaram rapidamente 45 anos.
Nessas eleições democráticas tive o privilégio de ser eleito para a Assembleia Municipal pelo CDS, como independente, em número 2, já que rejeitei primeiros lugares.

Hoje, passados tantos anos, duas gerações, cá estou novamente na Assembleia Municipal de Mangualde na Coligação PSD/CDS-PP, como Independente, na defesa intransigente dos valores que levem Mangualde a um patamar diferente de maior desenvolvimento.
Sou o único resistente dessa época, mais velho, mais experiente e também mais desiludido.
Mas, vamos ao que nos interessa, ao estado actual em que se encontra o Concelho de Mangualde.
Vou apontar números, pois os números são indesmentíveis. As palavras, têm muitas vezes várias leituras, sentidos diversos, muitos significados.
Assim o entendeu o Padre Jesuíta Gabriel Malagrida, no Sec. XVII, quando dizia :- “a palavra foi dada ao homem para esconder os seus pensamentos”.
Mas, os números só podem ter uma leitura. Uma única!
E são esses números que nos têm de fazer pensar.
Uma Câmara nova em funções, uma Assembleia Municipal fiscalizadora, Juntas de Freguesia empenhadas no desenvolvimento dos seus territórios, é altura de todos pensarem seriamente no que nos afecta e de como o debelar.
O primeiro problema que nos afecta é a dinâmica demográfica do Concelho.
É sobretudo marcada pelo decréscimo populacional, pelo acentuado envelhecimento da população e pelas mudanças ocorridas ao nível das estruturas familiares com novas formas de vida.
Por outro lado o saldo migratório é negativo, pois Mangualde não consegue prender os estrangeiros residentes que estão a abandonar o Concelho.
Vejamos o decréscimo populacional. Em 1950 atingiu o seu máximo 25.340 habitantes. Em 2021 diminuiu para 18.294. Como disse o Eng.º Guterres em tempos passados “é só fazer as contas”.
Se o Governo Central, articulado com a Câmara Municipal não articular políticas apropriadas só podemos esperar o despovoamento e a desertificação das nossas terras do Interior.
Outro ponto importante é o da população empregada que tem decrescido, em parte, também consequência do ponto anterior.
O emprego é um meio privilegiado para a inclusão social, pois constitui a principal fonte de rendimentos das pessoas que trabalham e por isso garante os meios essenciais para se possuir o mínimo de condições de vida.
O Concelho de Mangualde tem um enorme Património Histórico e Cultural. A sua história remonta ao Neolítico cujos testemunhos estão espalhados pelo Concelho em muitos monumentos.
Este Património Cultural que liga o passado e o presente é uma das bases do desenvolvimento turístico. Mas, não chega.

O verdadeiro motor de arranque da economia é a industrialização. Produzir e exportar.
Mangualde pela sua posição geográfica estratégica, pelas importantes acessibilidades que possui, tem de apostar forte, muito forte na sua industrialização.
Mangualde tem indústrias, algumas de importância e dimensão, mas tem de criar uma verdadeira Zona Industrial.
Ter uma Zona Industrial, é muito diferente. É ter uma plataforma de serviços, em terrenos camarários, poder fazer uma política de preços, de escolha de empresas.
Tal como no Turismo interessa menos a quantidade que a qualidade. Escolher as melhores empresas, de tecnologia avançada e que não venham pagar ordenados mínimos.
Os principais responsáveis pela governação do Concelho de Mangualde não podem esquecer as infraestruturas básicas para um desenvolvimento equilibrado.
O aproveitamento do Caminho de Ferro para os transportes, principalmente da indústria automóvel, com a criação de uma plataforma, a ligação do Nó de Mangualde a Nelas por autoestrada, a criação de uma verdadeira Zona Industrial, o desenvolvimento turístico da Barragem de Fagilde, a recuperação do Convento de Maceira Dão, Monumento Nacional com 900 anos, criando uma nova acessibilidade e a digitalização de todos os serviços.
São estes os pontos que deviam unir todos, sem olhar à política partidária, para que possamos alcançar um verdadeiro desenvolvimento. E não se conseguem resultados de um dia para o outro, é necessário um caminho,longo e duradouro.
Todos nós estamos fartos, cansados de ouvir as mesmas frases, em todos os actos eleitorais, a dizer, agora é que é, vamos ser a mudança e afinal tudo vai ficar na mesma.
É bom que de uma vez por todas tenhamos consciência do que será o nosso futuro, dos nossos filhos, netos, da herança que queremos deixar ficar, se não tivermos a coragem de mudar.
Termino com uma frase de Alexandre Dumas: -“Os Homens às vezes podem mudar o futuro …”

António Fortes

LICENÇA POR FALECIMENTO DE FILHO AUMENTA PARA 20 DIAS


O Presidente da República promulgou no passado dia 15 de dezembro o diploma da Assembleia da República que alarga o período de faltas justificadas em caso de falecimento de descendente ou afim no 1º grau da linha reta, de 5 para 20 dias, alterando assim, o Código do Trabalho.
Esta medida aprovada em novembro na Assembleia da República, teve por base uma petição da associação Acreditar, de Pais e Amigos das Crianças com Cancro.

Um olhar por 2021


A 1 de janeiro de 2021 teve início a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que se estendeu pelo primeiro semestre de 2021.
Ainda neste primeiro mês do ano, no dia 15, e face ao crescimento exponencial das contaminações de COVID-19, com uma sucessão de números recorde de novos casos diários, de mortes e de internamentos e doentes em unidades de cuidados intensivos, entrou em vigor um novo confinamento geral no território nacional continental, semelhante ao imposto em Março de 2020. Embora as atividades escolares fossem uma das exceções ao novo confinamento geral, face ao agravamento da situação da pandemia de COVID-19, no dia 22 de janeiro suspendem-se todas as atividades letivas e não-letivas, pelo período de 15 dias.
A Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa (EHCL), hospital de campanha albergado nas instalações do Estádio Universitário de Lisboa para doentes COVID-19 com sintomatologia ligeira, recebeu os primeiros doentes no dia 23 de janeiro.
Janeiro de 2021, ficou também marcado pelas Eleições presidenciais. Marcelo Rebelo de Sousa, foi reeleito à primeira volta com 61% dos votos. Em segundo lugar ficou Ana Gomes com 13%, e em terceiro André Ventura, líder do Chega, com 12%.
Chegados a Fevereiro, logo no segundo dia deste mês, Francisco Ramos, coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação contra a COVID-19, demitiu-se do cargo por irregularidades no processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde do Hospital da Cruz Vermelha, sendo sucedido pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, nomeado pelo governo no dia seguinte. Um dia depois, a 3 de fevereiro, uma equipa clínica alemã chegou a Portugal para dar apoio ao sistema de saúde português face à pressão provocada pela pandemia de COVID-19, depois de um pedido de ajuda dirigido pela Ministra da Saúde, Marta Temido, à Ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer. A equipa, constituída por 26 profissionais de saúde, equipados com 40 ventiladores móveis e dez estacionários, 150 bombas de infusão e outras tantas camas hospitalares, ficou alocada durante um período de três semanas ao Hospital da Luz, numa unidade desativada e temporariamente sob a organização do Serviço Nacional de Saúde.
A tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa para o segundo mandato enquanto Presidente da República Portuguesa, teve lugar a 9 de março, numa cerimónia adaptada às restrições impostas pelo estado de emergência.
A 30 de março terminou o estado de emergência devido à pandemia de COVID-19, ao fim de 173 dias consecutivos em vigor com onze renovações (15 renovações ao todo), desde 9 de Novembro de 2020.
Na Cimeira Social do Porto, que teve lugar a 7 e 8 de maio, e reuniu os chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros da União Europeia, foi aprovada e assinada, no Palácio de Cristal, a Declaração do Porto sobre a agenda social da União, no sentido de mobilizar os recursos necessários para solucionar a crise económica e social numa altura em que se vivem tempos sem precedentes provocados pela crise sanitária.
No futebol, a 11 de maio, o Sporting Clube de Portugal venceu o Boavista Futebol Clube por 1-0 em jogo da 32.ª jornada da Primeira Liga, resultado que lhes garantiu o título de campeão nacional, que não alcançavam desde 2002.
Um veículo que transportava Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, atropelou e matou um homem de 43 anos que trabalhava na manutenção da via da A6, perto de Évora, no dia 18 de junho.
E a 29, o empresário Joe Berardo é detido por suspeita de burla agravada, fraude fiscal e branqueamento de capitais, no contexto de uma megaoperação desencadeada pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público.
Este mês, ficou ainda marcado, pelo fim da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que passou para a República da Eslovénia.
Em julho, o mundo do futebol volta a ter destaque, quando no dia 7,  Luís Filipe Vieira presidente do Sport Lisboa e Benfica, foi detido no âmbito da Operação Cartão Vermelho, sob suspeitas de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento que terão lesado o Estado, o clube e o Novo Banco em 100 milhões de euros.
A 19 de agosto, Marta Temido, Ministra da Saúde, anunciou que desde o dia anterior 70% da população portuguesa se encontrava com o esquema vacinal contra a COVID-19 completo. A meta, atingida semanas antes do inicialmente previsto (5 de setembro), esteve associada à passagem para a segunda das três fases de desconfinamento do plano do governo para a gestão da pandemia, equacionando-se o levantamento de medidas restritivas de contenção da pandemia. Nesse dia, simbolicamente, Henrique Gouveia e Melo, o coordenador da task force responsável pelo plano de vacinação, foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis.
A 10 de setembro, Jorge Sampaio, faleceu. Foram decretados 3 dias de luto nacional (11 a 13 de setembro) pelas exéquias e funeral de Estado do ex Presidente da República.
O mês de setembro, ficou ainda marcado pelas Eleições autárquicas. O Partido Socialista obteve uma vitória a nível nacional, conquistando 147 autarquias, contra 109 do Partido Social Democrata; contudo, verificaram-se pesadas derrotas para o PS, nomeadamente Lisboa, Coimbra, e o Funchal, todas para o PSD.
A Seleção Portuguesa de Futsal Masculino sagrou-se, pela primeira vez, Campeã do Mundo, no dia 3 de outubro, derrotando a Argentina.
A meta de 85% da população com esquema vacinal completo contra a COVID-19, foi conseguida a 9 de outubro.
Ainda neste mesmo dia, tiveram lugar as eleições para os órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica; Rui Costa, que já exercia interinamente o cargo desde o afastamento de Luís Filipe Vieira devido às acusações resultantes da Operação Cartão Vermelho em julho, foi eleito Presidente da Direção.
O chumbo do Orçamento do Estado, a 27 de outubro, marcou não só o mês, como o ano de 2021 em Portugal. A proposta do governo para o Orçamento do Estado para 2022 foi chumbada com os votos contra dos partidos à sua direita (PSD, CDS-PP, IL, e CH), mas também do B.E., e PCP-PEV, a abstenção do PAN e das duas deputadas não-inscritas, e com os votos favoráveis apenas dos 109 deputados do PS.
Na sequência do Chumbo do Orçamento de Estado, a 4 de novembro, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, anunciou formalmente a sua intenção de dissolver a Assembleia da República  e divulgou a data das próximas eleições legislativas antecipadas, para 30 de janeiro de 2022.
Ainda na vida politica, e no resultado das eleições Eleições diretas, realizadas a 28 de novembro,  Rui Rio foi reeleito, vencendo ao candidato Paulo Rangel para a liderança do Partido Social Democrata.
A pandemia mantém-se ativa no país e os casos de infeção apresentam cada vez mais uma tendência crescente. A 29 de novembro, são identificados os primeiros casos da variante Ómicron da COVID-19 em 13 jogadores e membros da equipa técnica do Belenenses SAD.
Somos chegados ao último mês do ano, dezembro, e com ele, logo no seu primeiro dia, Portugal regressa à situação de calamidade, numa tentativa de conter o aumento de casos de COVID-19; regressa a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços abertos e o reforço da testagem, e é anunciada uma “semana de contenção” com alguns estabelecimentos fechados e teletrabalho obrigatório em janeiro de 2022.
Contudo, após o conselho de ministros extraordinário de 21 de dezembro, algumas medidas foram revistas, entre elas a antecipação para as 00H00 do dia 25 das medidas previstas para a semana de contenção.

Os que partiram
2021 ficou também marcado pela partida de milhares de portugueses. Na impossibilidade de nomearmos todos os que no ano de 2021 partiram, fica na pequena lista abaixo a nossa sentida homenagem a todos, conhecidos ou não, que nos deixaram neste ano que terminou.
Carlos do Carmo, fadista; João Cutileiro, escultor; Carmen Dolores, atriz ; Maria José Valério, cantora; António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu; Jorge Coelho, gestor e político; Maria João Abreu, atriz; Neno, futebolista; Otelo Saraiva de Carvalho, estratega da revolução de 25 de Abril de 1974 e implicado no caso FP-25 ; Jorge Sampaio, ex-Presidente da República ; Vítor Feytor Pinto, sacerdote católico e eticista ; José Eduardo Pinto da Costa, médico-legista e professor catedrático; Rogério Samora, ator; João Paulo Cotrim, jornalista, editor, escritor e fundador da Bedeteca de Lisboa 

COVID19


A exemplo do que se verifica por todo o país, Mangualde, tem registado um elevado número de infeções por COVID19 nas últimas semanas.
O cumprimento das normas preventivas divulgadas pela Direção-Geral da Saúde continuam a ser essenciais para o bem geral

  • Uso de máscara 😷
  • Lavar as mãos regularmente
  • Manter o distanciamento social
  • Arejar bem os espaços privados e de acesso público
    À hora de fecho da nossa edição a barreira dos 2000 casos confirmados no concelho já foi ultrapassada, contando-se atualmente 146 casos ativos. Também os óbitos aumentaram em relação aos dados publicados na nossa última edição, havendo agora, mais uma vitima a registar.