Parte 98 Continuação. Elevação da Consciência Parte 2 Mas como definimos Consciência? Um Inconsciente que não possui personalidade nem nenhum Eu. Apenas se experiencia no mundo manifesto. Algo transcendental, fora do Espaço/Tempo, Não Local e que está em tudo. Que nos liga uns aos outros e ao mundo. E o Inconsciente, como definimos? O Inconsciente engloba o Inconsciente pessoal, coletivo e quântico. O Inconsciente pessoal enraizou-se no corpo físico, mais propriamente nas recordações do cérebro, tais como experiências traumáticas que a pessoa ao longo de sua existência reprimiu. Emoções desagradáveis fortemente rejeitadas. O Inconsciente Coletivo encontra-se na memória coletiva e suas influências vão além da psique humana. A pessoa não se recorda das imagens de forma consciente, embora tenham sido padrões herdados dos antepassados. Um exemplo: Podemos ficar assustados com um réptil ao seu primeiro contacto. Este facto deve-se ao inconsciente coletivo. Um sintoma do medo, enraizado num sistema que podemos chamar de matrix. O Inconsciente Quântico, é onde se encontra toda a potencialidade que supera a soma dos Inconscientes Pessoal e Coletivo. Onde estão as novas possibilidades não condicionadas? Quando passamos da possibilidade à “Realidade-Matéria ou energia densa” há uma elevação na consciência ou seja, no potencial das infinitas possibilidades, há uma probabilidade de acontecer. É o estremecer do Universo quando recebe o alerta e provoca o Colapso da função de Onda.
VELHAS LEMBRANÇAS DOS TEMPOS DOS NOSSOS AVÓS Vejo-me infinito e sem idade nos tempos de outrora em que ir á escola não era obrigatório . O ensino era privilégio apenas de muito poucas pessoas . Nossos avós tiveram de lutar muito para ter acesso a um ensino limitado , sendo muitos deles quase forçados a desistir a meio do percurso como um sonho inocente iluminado pelas mágoas encantadoras dos seus rostos . Hoje ir à escola é um forte motivo para resistir às desigualdades ocasionais impostas pelos tempos . Diziam-nos os nossos avós : - “ na minha época era diferente “ .. Leva-nos a pensar que se trata apenas de coisas relacionadas com a tecnologia . Indubitávelmente os seus costumes e estilo de vida mudaram nos seus mais variados aspectos . Os seus pais não os iam levar nem buscar à escola . Iam a pé pelas névoas da manhã , por entre dias de sol e de brumas , fosse longe ou perto , chovesse ou fizesse sol . A maioria dos meninos andavam descalços enquanto o vento passava declamando dias de tragédia . Quando chovia chegavam molhados e assim permaneciam várias horas . A “ braseira “ ou “ escalfeta “ com as brasas tremeluzentes de uma lareira temporã acesa de manhãzinha para fazer o cafézito na púcara de barro e que alguns transportavam , já despidos da pouca alegria .Não aquecia e as mãos e os pés enregelavam , e já tristemente da garganta lhes saía um murmúrio de prece num suspiro rumoroso . Poucos e austeros eram os móveis que compunham a sala . As carteiras com macerações de luz e vagos tons de cinza como fantasmas errantes vencidos eram o assento de dois ou três alunos , tinham um tampo inclinado com uma ranhura para o lápis e um buraco para meter o tinteiro das canetas de aparo , uma mesa a cadeira do professor e um armário rústico . Numa parede lateral branca, caliçada , pendia um mapa de Portugal e na parede central o quadro negro de ardósia encimado centralmente por um crucifixo , ladeado pelas sismáticas fotografias do Presidenta da República e do Primeiro Ministro . Diáriamente e logo pela manhã era obrigatório rezar e cantar o Hino Nacional . A tabuada , os rios , as vias férreas , as montanhas, a história de Portugal ( dinastias e reis ), tudo tinha que ser sabido e recitado na pontinha da língua . Ditados e contas que o professor corrigia no intervalo ( aproveitavam-no os alunos para comer o pedacito da broa com a sardinha ) . O número de erros e as contas erradas eram equivalentes ás reguadas . O professor era severo mas respeitado e os castigos pesados . Não fazer os trabalhos de casa “ eram premiados “ com umas reguadas , uns puxões de orelhas ou uma canadas na cabeça . Não eram tidos como agressões físicas apenas “ correctores disciplinares “ . Os livros e o lápis de carvão , a “ ardósia ou “ lousa “ um caderno de contas e um de linhas eram levados nas sacolas feitas de pano cru ou de serapilheira , e só os filhos de famílias mais abastadas usavam malas de cabedal. Os trabalhos eram inicialmente feitos na “ ardósia “, e só quando os alunos sabiam escrever bem lhes era permitido escrever nos cadernos com a tinta do tinteiro e a caneta de aparo . Não havia luz electrica , nem televisão . E já um luar romântico os apertava nos braços quando o dia findava dos seus trabalhos agrícolas ,ou brincadeiras na rua . Jogos desportivos só acompanhados presencialmente onde eles aconteciam , ou no máximo ouvir informações pela rádio . Foi apenas na década de sessenta que surgiu o primeiro satélite meteorológico , o primeiro computador e o homem foi ao espaço e caminhou na lua .
Certas práticas para melhorar o estado de saúde são originárias da tradição familiar, cultura passada de geração em geração sustentada em resultados de experiências sensoriais. Quase sempre transmitidas pelos antigos, sabedores iletrados desvalorizados pelos eruditos elevados pelos diplomas pendurados na parede a modo de evidenciar a sua superioridade dos demais… Charlatanice, bruxaria, magia são os termos quase sempre associados às medicinas tradicionais e alternativas, por quem o pensamento é fundamentado na evidência fornecida pelo método científico, alicerçado na razão. No entanto muitas aplicações de base científica são oriundas de aplicações tradicionais, tais como os vapores, os chás\tisanas, a aplicação de calor. Com o retorno do frio é natural que o corpo se ressinta e fique mais permissivo a constipações, inflamação das vias respiratórias ou gripes. Tradicionalmente o senso comum imperava e iniciava-se a prevenção com ingestão de bebidas quentes (chás) porque é inegável o alívio do chá de limão com mel quando a rouquidão domina, para além da ingestão hídrica tão necessária para ajudar em eliminar as mucosidades dos pulmões. Também é inquestionável o poder aromático do eucalipto, lavanda que potencia mais o relaxamento muscular e remete a um repouso balsâmico que o sistema imunitário tanto precisa. As inspirações profundas dos vapores de eucalipto, quase sempre vigiadas pela mãe ou avó zelosas, eram incómodas pela sensação claustrofóbica da toalha a tapar a visão, a eminência de irritação dos olhos e a potencial queimadura da pele para os mais incautos, no entanto a impressão de nariz desentupido e o frescor que advinha desta prática eram tão reconfortantes que facilmente caía no esquecimento o ardor dos olhos e o cheiro intenso de eucalipto. O famoso escalda pés com sal grosso para espantar o frio; as compressas geladas na testa para atenuar a febre; o xarope de cenoura que qualquer criança adora… São muitas as intervenções preventivas, mas pouco promovidas pelos diplomados do método cientifico cuja o pensamento encaixotado à razão descartam a evidência secular de um conhecimento não financiado pela industria farmacêutica. Certo é que cada pessoa deve ser informada dos riscos da toma inadequada da medicação, e que a prevenção da doença nem sempre tem de vir sob a forma de receita. Nada se opõe à complementaridade do tradicional chá acompanhado de um comprimido para baixar a febre comprado na farmácia! Apenas esteja consciente que não podemos negligenciar as palavras e conhecimento de gerações e ficar subjugados ao poder da razão. Se assim é não surgiam novas ideias… seja criativo, consciente e responsável!
Posta perante as falhas cometidas durante o “restauro das Ruinas Romanas da Raposeira e a ausência de dados importantes na pequena publicação que daí resultou, terei por dever de consciência e pela Verdade, trazer a público alguns esclarecimentos sobre toda esta problemática. Assim vou socorrer-me da planta final de toda a área descoberta e sinalizar só alguns dos locais de extrema importância para melhor conhecimento histórico da construção. LEGENDA 1 – Centro de trabalho oficinal – Casa com forja - localização do sítio do fole, da safra ou bigorna, da têmpera – um tanquinho de tijoleira para a água. No outro extremo uma lareira cavada na terra, emparedada com tégula e no chão uma laje negra das fogueiras, onde provavelmente os ferreiros faziam a sua comida. No exterior sul, um lastro em cascalho de granito seria um pátio. Ainda para sul destes ficariam as cortes do gado a ferrar e talvez espaços para abrigo dos trabalhadores. O terreno foi adquirido pela Autarquia entre 1997-98 para eventual continuação das pesquisas, futuramente. Para meu espanto passado algum tempo tudo foi aterrado, por quem? Tanto que ficou por conhecer !. No corpo principal da estalagem 2 - Existia uma lareira, donde foram exumados significativos objectos em ferro. 3 – Provável local de armazenagem- Havia um numero incontável de fragmentos de recipientes contentores, de cerâmica ( dolia , ânforas, outros potes).
(Continuação da legenda da imagem, no número seguinte)
A música pode definir-se como uma forma de arte resultante da combinação de sons e ritmos, segundo uma certa organização, ao longo do tempo. Suponho que não haverá alguém que, de um modo geral, não goste de música. Pode mesmo afirmar-se que não existe nenhuma civilização ou qualquer povo que não tenha manifestações musicais próprias. Parece haver evidências de que a música terá sido praticada desde a pré-história. No concelho de Mangualde existem várias Bandas de Música em algumas das suas aldeias: Associação da Filarmónica da Boa Educação de Vila Cova de Tavares, Associação Humanitária e Cultural de Abrunhosa-a-Velha, Sociedade Filarmónica Lobelhense e Sociedade Filarmónica de Tibaldinho. Outras já foram extintas, mas estas têm uma duração superior a um século. A de Lobelhe tem mais de um século e meio de existência. Inicialmente teria sido registada com a designação de “Contrato de Aprendizes de Música”, com cerca de 15 alunos. Lembro-me de que, quando jovem, tinha um lugar na sala dos ensaios, a convite do Regente de então, Júlio Teles Ferreira, de quem era amigo, para assistir aos ensaios. Algumas noites me desloquei à sala para ter o prazer de ouvir a Música de Lobelhe. As referidas Bandas deram oportunidade a que muitas pessoas pudessem aprender a tocar um instrumento e algumas delas enveredaram pela carreira musical. É o caso de Joana Neves que, tendo aprendido a tocar clarinete, alcançou recentemente o primeiro lugar no concurso INATEL/ORQUESTRA METROPOLITANA de LISBOA, tendo sido homenageada pelo Município de Mangualde. Embora eu seja natural de Lobelhe, não a conheço, como aliás já não conheço muitos dos seus habitantes. Conheço, porém, os pais, pelos quais tenho apreço e simpatia. Segundo li, com o prémio pretende-se “estimular e promover a excelência da formação pedagógica e artística dos alunos da Academia Superior da Orquestra Metropolitana” e “tem também como objetivo a apresentação a solo do intérprete”. Todos temos conhecimento de outros casos de jovens que estão a singrar na vida, graças aos conhecimentos de música que adquiriram junto da Banda de uma dessas aldeias. É claro que nem todos na vida seguiram uma profissão baseada em conhecimentos musicais. Mas sentir-se-ão satisfeitos por poderem cultivar o prazer de tocar algum instrumento. Por outro lado, as Bandas têm ainda o mérito de ocupar o tempo livre de alguma juventude, o que é de uma enorme importância, pois que evita que enveredem por certos caminhos que conduzem ao consumo de estupefacientes ou outros vícios. A minha vida profissional deu-me a conhecer inúmeros casos de jovens que não souberam furtar-se a esse consumo, o que os arrastou para a vida do crime. Ainda hoje gosto imenso de ouvir qualquer orquestra. Esperamos que as Bandas Musicais se mantenham ativas e com capacidade para enfrentar todos os obstáculos que se lhes deparem. O Município de Mangualde também se preocupa com a sua sobrevivência, pois atribuiu-lhes um pequeno apoio económico que as auxilie a “enfrentar os tempos da pandemia”.
O grande vencedor foi Fernando Ruas que conseguiu evitar uma hecatombe do PSD em Viseu apesar do partido socialista ter obtido mais 11,8% de votação em relação às últimas eleições autárquicas. No entanto, ficou o aviso que “nem tudo são favas contadas” e que é preciso parar para refletir e repensar algumas estratégias no PSD. O PS, apesar de ter “metido a carne toda no grelhador”, saiu queimado, e nem as 3 visitas do secretário-geral do PS e também Primeiro-Ministro de Portugal para ajudar o seu protegido, conseguiram retirar a CMV ao PSD. A arrogância do PS em andar a pavonear-se com a bazuca teve um preço a nível nacional. A nível local os eleitores demonstraram que não querem “príncipes herdeiros”. O vencido, João Azevedo, candidato do PS, afirmou na noite em que se confirmou a sua derrota eleitoral que “só se perde quando se deixa de lutar “ e que se provou “que em Viseu há alternativa e este resultado prova que daqui a quatro anos vamos ganhar as eleições”. Ora, é evidente que só perde ou ganha quem vai à luta e o candidato do PS deu muita luta obtendo uma votação e mobilização meritórias para as hostes socialistas. Como as eleições autárquicas são daqui a 4 anos, João Azevedo tem tempo para ficar a conhecer melhor o concelho e fazer uma oposição útil e construtiva. Resta saber se aqueles que foram nas listas do PS vão esperar tanto tempo pela concretização das promessas entretanto feitas! Aguarda-se agora a remodelação governamental (para depois da aprovação do orçamento) para ver o que o PM vai fazer aos seus amigos socialistas que foram à luta e saíram derrotados. João Azevedo está na lista de espera e pode sempre ansiar por uma Secretaria de Estado em Lisboa para procurar um local para colocar o seu próximo outdoor. Para os restantes partidos que concorreram à CMV há claramente derrotados à Esquerda (o BE) e à Direita (o CDS). Lamento que o partido Iniciativa Liberal (IL) não tenha confirmado nas urnas os bons resultados das sondagens. Nas freguesias, o combate político também foi muito renhido e arrastou para a política cidadãos que nunca haviam pensados nestas lides. O PS conquistou as freguesias de Lordosa, Mundão, Repeses e São Salvador e Rio de Loba mas o PSD recuperou as freguesias de São João de Lourosa e Silgueiros. Para finalizar, vamos aguardar que o PM regresse a Viseu em breve nem que seja para descerrar uma placa de qualquer coisita. Fica aqui o desafio!
Aquele pacote de açúcar Gosto do açúcar amarelo. Desde pequeno. Faz torrões. O branco não. À socapa, roubava-se um para a boca. Um, dois, três – se a mãe ou o pai não nos descobriam de açucareiro de alumínio aconchegadinho ao peito… Aprendi na escola que fora uma descoberta relevante. Primeiro, na Ilha da Madeira. E o açúcar, nesse século XV, fez as delícias de comerciantes. Veio, no século XVII, a concorrência do Brasil e toda a magnífica construção de engenhos, manobrados pela mão-de-obra negra ida de S. Tomé, Guiné e Angola. «Senhor de engenho», o senhor importante. Surgiram ao lado os solares (outro nome teriam, quiçá), casas apalaçadas a mostrar o estatuto elevado do senhor e que, depois, os brasileiros de torna-viagem copiaram em Portugal. Grande riqueza o açúcar brasileiro até que os bandeirantes adregaram entrar sertão adentro e deram em encontrar pepitas de ouro nos terrenos de aluvião. Servia para a doçaria conventual, ninguém se preocupava nem sabia o que era isso da diabetes. Os doces, uma tentação; e os boticários até proclamavam os benefícios do açúcar no tratamento de maleitas várias. Hoje, ai de ti se comes um torrão, olham-te de soslaio. «Ai tomas o café com açúcar? Eu já não tomo! Sabe-me melhor o café a café!». Pronto. Azar do açúcar, que não há boticário cientista que ora lhe proclame as benfeitorias. Por isso apreciei deveras aquele pacote de açúcar. Houve um tempo em que coleccionei para uma das minhas afilhadas. Agora, seriam precisas 1001 gavetas ou álbuns para arrumar tudo, tantas são as campanhas. Gostei muito daquele, surgido assim que a epidemia aliviou. Bem pensados os dizeres. Profunda e bem ajustada a mensagem:’ Volte ao… BOM DIA SR. JOSÉ! É O JORNAL E UM CAFÉ! Aquele reencontro matinal, descontraído, ante de nos encafuarmos no emprego, olhos fixos no computador. Saboreia-se o café, folheia-se o jornal, sente-se a textura do papel… Abençoado quem tal pensou. Abençoado quem tenha voltado a poder usufruir da benesse tão eloquentemente assim enunciada! Oxalá que muitos! Muitos!
Estudos revelam que Existem 900 milhões de pessoas no mundo que todos os dias passam fome;Cerca de metade da comida produzida no mundo vai para o lixo. Isto faz sentido? O mundo não está em equilíbrio e as consequências não são apenas éticas, mas também ambientais. O gasto desnecessário dos recursos usados na produção excessiva de alguns alimentos e a emissão dos gases resultantes da decomposição daqueles que não são consumidos têm consequencias graves e Portugal também conta para os números. A produção intensiva, más condições de armazenamento e transporte, prazos de validade demasiado curtos e o marketing agressivo, que leva os consumidores a comprar em excesso, são os motivos para todo este desperdício. Acresce a preferência por produtos perfeitos, mas muitas vezes sem qualquer sabor, e que resulta numa perda de quase 30% da produção agrícola na Europa. Apesar de usados na indústria de sumos, compotas e molhos, o preço pago ao agricultor é tão baixo que por vezes não cobre os custos de produção, não sendo por isso uma solução economicamente viável. Outro fator importante é o abandono da dieta mediterrânica, com consequências graves e que atirou Portugal para o top 5 na obesidade infantil. A OMS divulgou que 1 em cada 10 rapazes na europa é obeso. As causas são a diminuição do consumo de frutas e legumes, associado ao sedentarismo. O exercício físico e as brincadeiras de antigamente foram substituidas pelas novas tecnologias. Os jovens tendem a alimentar-se cada vez pior e correm o risco de ficar para sempre com comportamentos pouco saudáveis, com impactos graves na saúde quando adultos. Este comportamento está relacionado com as diferenças socio-económicas. A fruta é cara quando comparada com o pão. É necessário uma política que ataque estas diferenças e diminua as desigualdades. A recente medida do Governo de proibição de produtos prejudiciais à saúde nas escolas públicas em todos os bares e nas máquinas automáticas, tem como objetivo contrariar esta tendência. O Governo pretende com esta medida, que as escolas públicas comecem a oferecer refeições “nutricionalmente equilibradas, saudáveis e seguras”. Para combater o desperdício surgem projetos com origem tanto nos pequenos produtores como nas grandes cadeias de hipermercados. Desde parcerias, a plataformas digitais que promovem os pequenos produtores nacionais, à venda e distribuição de cabazes com os produtos que são rejeitados devido ao seu aspeto, a preços acessíveis, quer a nível nacional mas também incentivando a exportação. Todos estes projetos combatem o desperdício alimentar e reduzem o gasto dos recursos utilizados na sua produção. Neste sentido, a fruta desidratada tem ganho cada vez mais espaço no mercado quer nacional quer internacional. De fácil transporte e validade prolongada, não deve substituir a fruta fresca, mas é um ótimo complemento à dieta e contribui para o combate ao desperdício. 2021 é o Ano Internacional das Frutas e dos Legumes proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. É preciso promover a consciencialização e a atenção dos intervenientes políticos e públicos para os benefícios nutricionais e de saúde do consumo de frutas e legumes. É preciso apoiar os pequenos produtores e incentivar a realização de feiras locais, parcerias com lojas de produtos naturais e a exportação. Temos o dever ético de ajudar quem precisa, quem passa fome, distribuindo os excedentes de produção, cujo destino mais certo é o lixo. É preciso ter vontade de ajudar.
Vacinação contra a gripe Está na altura de falarmos, de novo, da vacinação antigripal. A gripe é uma doença viral aguda causada pelo vírus da gripe (vírus Influenza). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), durante as epidemias anuais de gripe, a taxa de ataque global é de 5 a 10% na população adulta e 20 a 30% nas crianças. A infecção processa-se através das secreções respiratórias e tem um período de incubação de cerca de 2 dias. A doença dissemina-se rapidamente entre a população. As crianças que frequentam creches e infantários, de acordo com a OMS, são as principais disseminadoras do vírus na comunidade. Como ainda vivemos em tempos de Pandemia, tal como no ano anterior, a Direcção Geral da Saúde (DGS) instituiu, de acordo com a Norma 006/2021, de 25/09/2021, novas regras de vacinação que abrangem a gratuitidade a novos grupos, e não só, e que passo a transcrever algumas partes: Em 2021, em contexto de pandemia COVID-19, mantêm-se as medidas excecionais e específicas no âmbito da vacinação gratuita contra a gripe, nomeadamente o início mais precoce, a vacinação faseada e a inclusão na gratuitidade dos profissionais que trabalham em contextos com maior risco de ocorrência de surtos e/ou de maior suscetibilidade e vulnerabilidade. A 1ª fase da vacinação gratuita, que tem início a 27 de setembro, destina-se à vacinação em determinados contextos, incluindo residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados, profissionais do SNS e grávidas. A 2ª fase integrará os outros grupos-alvo abrangidos pela vacinação gratuita, incluindo os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos. Para as pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita no SNS, a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias comunitárias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%. A. Recomendações da vacinação:
A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os seguintes grupos prioritários: - Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; - Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade; - Grávidas; - Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados;
Recomenda-se também a vacinação das pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos.
A vacina deve ser administrada, de preferência, até ao fim do ano civil.
A vacinação deverá ser adiada em caso de doença febril, moderada ou grave ou doença aguda.
A administração da vacina contra a gripe deve respeitar um intervalo mínimo de 14 dias em relação à administração da vacina contra COVID-19. 2 Vacinação gratuita no SNS - A vacina contra a gripe é gratuita, no âmbito Serviço Nacional de Saúde, para os seguintes grupos:
Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
Grávidas;
Residentes em instituições incluindo ERPI (estruturas residenciais para pessoas idosas), utentes de Serviço de Apoio Domiciliário e Doentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, reclusos em estabelecimentos prisionais.
Pessoas com mais de 6 meses de idade com determinadas patologias crónicas e condições.
Profissionais de saúde, bombeiros, de apoio a Lares, Residências de idosos ou de Apoio temporário, etc… O Serviço Nacional de Saúde, este ano, adquiriu 2,24 milhões de doses de vacinas para administrar gratuitamente. A 1ª fase de administração está prevista ter o seu início na 1ª semana de Outubro. A vacina deve ser administrada, preferencialmente, a partir de 15 de Outubro, podendo ser administrada durante todo o Outono/Inverno.
As pessoas vacinadas na época anterior também devem ser vacinadas, mesmo que a composição antigénica da vacina seja idêntica. É que a imunidade conferida tem uma duração limitada no tempo. A pneumonia é a complicação mais frequente da gripe no idoso sendo o agente causador mais frequente, o Pneumococo, cujo nome científico é Steptococcus pneumoniae. Por isso, nas pessoas idosas, é de aconselhar, vivamente, a administração simultânea da vacina contra a Pneumonia. As vacinas são eficazes e seguras. O principal objectivo da vacinação é evitar as formas graves e as complicações, reduzindo a incidência de doença grave e a mortalidade prematura.