Arquivo diário: 2 de Fevereiro de 2022

EDITORIAL Nº 815 – 1/2/2022

O Desperdício da Água
Vou falar novamente na Barragem de Fagilde e falarei tantas vezes quantas as precisas para relevar esta importante infraestrutura para Mangualde e para a Região.
Mas, vou começar por contar uma pequena história, que vem muito a propósito do desperdício que fazemos da água, um bem escasso e essencial à vida.
O meu amigo Carlos é transmontano natural de Izeda , onde foi autarca na Junta de Freguesia.
Vive no Porto e um dia, entre dois cafés contou-me o seguinte:

  • Um dia recebeu lá na sua terra um grupo de Israelitas. Ao passarem junto do Rio Sabor, que nasce em Espanha perto de Zamora entra em Portugal, atravessa a Serra de Montesinho e vai desaguar na margem direita do Rio Douro, um dos Israelitas perguntou : Para onde corre toda esta água ?
    O amigo Carlos respondeu :- Vai por aí fora e depois desagua no mar.
    E logo, espantado, o Israelita disse:- Se, em Israel tivessemos esta água, até as pedras davam frutos.
    Os Israelitas, esses sim, dão valor à água!
    Há poucos meses fomos surpreendidos com a afirmação do novo autarca de Viseu, que a Barragem de Fagilde, a nova, fruto da negociação levada a efeito pelas Câmaras de Viseu, ainda em vida do saudoso Dr. Almeida Henriques, Mangualde, Nelas, Satão e Penalva do Castelo já não tinha interesse para o abastecimento da água á Região.
    Tinha outros projectos !… E o que me admirou foi não ter visto as outras Câmaras reagir a estas declarações.
    Penso que até esta data ninguém sabe nada do que vai acontecer.
    Pois bem, o ano que começa está a ser um dos mais secos dos últimos anos, não chove o suficiente e estamos a poucos meses do Verão e da seca que se perspectiva. Fenómeno em vários pontos do País, como se vê nas notícias.
    Se tivermos uma seca como a que tivemos ainda não há muito tempo e se a Barragem ficar sem àgua o que vai acontecer?
    Ou, os camiões cisternas descarregam água para a Barragem, ou o autarca de Viseu tem uma mangueira para injectar água na rede.
    As mudanças de pessoas e muitas vezes a substituição de planos e projectos, nem sempre dá bons resultados.
    Já não falta muito tempo para ver o que vai acontecer.
    E voltaremos a este assunto sempre que for preciso em defesa da Nossa Terra.

IMAGINANDO

Parte 106
PRIMEIRA LEI UNIVERSAL – Parte 2
Dando seguimento ao capítulo anterior, vou concluir a Primeira Lei Universal.
Sendo o Universo de natureza mental, há o poder de considerarmos a transmutação mental uma arte de mudar as condições do Universo, dividindo-as em matéria, força e mente.
Os Mestres fundadores das escolas ocultistas de pensamento, sabedores da arte de transmutar as condições mentais, eram também considerados diretores das condições materiais.
Tinham o poder de dominar os Elementos da Natureza, assim como produção ou cessação de grandes fenómenos físicos, tais como tempestades e terramotos, só transmissíveis a certos adeptos.
Fácil será compreender, que existem atualmente homens que usufruem deste poder, mas que não o exibem em público, antes porém procuram afastar-se de uma sociedade desordenada que é a nossa actualmente, com o intuito de abrir o seu caminho na Senda do Conhecimento. Através do seu poder Mental, operam conforme as linhas da mais elevada Transmutação Mental seguindo o Princípio Hermético de Mentalismo, porque o Universo é Mental.
Dado o domínio da Igreja Católica na idade média, as Leis Universais, nunca foram escritas em algum livro, mas apenas transmitidas aos Adeptos, quando aptos para receberem tal ensinamento.
Recordemos as frases incluídas no livro “Caibalion”, autoria dos Três iniciados:
“Em qualquer lugar que estejam os vestígios do Mestre, os ouvidos daquele que estiver preparado para receber o seu Ensinamento se abrirão completamente”
“Quando os ouvidos de discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os encher com Sabedoria”
Estas pessoas detentoras da verdade quando manifestavam suas ideias, eram queimadas vivas. Foi uma época com uma população embrutecida e presa aos dogmas religiosos, só alteradas a partir do Renascimento.
Como na época da idade Média prevalecia e até aos dias de hoje, o materialismo, estes Grandes Mestres, denominados de Magos, para poderem transmitir o que significava Transmutação e para se livrarem do cadafalso, aplicaram aquela sigla de “transformar o chumbo em ouro” ou seja utilizavam este alegoria para se expressarem.
Então o que estes Mestres queriam transmitir?
Os princípios básicos da Arte da Alquimia, ou seja, o Domínio das Forças Mentais e não materiais, transmutação das Vibrações mentais, em outras.
Alguns manipulam pelo que chamamos de fenómenos psíquicos, influência mental, mentes menos sensíveis e até populações, porque todo este trabalho e seguindo aquele princípio, é feito no Plano Mental e não no plano da energia com uma vibração condensada.
Estamos esperançados que brevemente, a maioria se irá sintonizar com sua Consciência Não-Local (Mente Cósmica ou Campo) e no seu conjunto milhares de Seres vão compreender este Princípio Hermético para chegarem ao Autoconhecimento.

NOS PRIMÓRDIOS DA SINALIZAÇÃO DAS RUAS

Pretendemos abordar o tema referente aos sinais que regulam, quanto à sua orientação ou ritmo, o tráfego ou a orientação de veículos que circulam nas vias. Atualmente a sinalização rodoviária é indispensável e são muitas as espécies de sinais que são utilizados, desde os de obrigação, de proibição, de informação, de perigo e semáforos. Não vai longe o tempo em que havia com frequência os polícias sinaleiros. Quando, antigamente, os meios de transporte eram lentos e o trânsito pouco intenso, não se sentia a necessidade de o regular, a não ser em circunstâncias muito especiais. Foi uma destas circunstâncias que deu origem ao primeiro sinal de trânsito na cidade de Lisboa.
Este sinal está situado na Rua Salvador, nº 26, em Alfama. É uma placa do ano de 1686, a qual foi mandada afixar por D. Pedro II para regular o trânsito dos coches que passavam por esta rua estreita. Diz o seguinte, como se pode ainda ler na placa: Ano de 1686. Sua Majestade ordena que, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte.
Quer dizer, os coches e as liteiras que vinham de cima, perdiam a prioridade em relação aos que iam de baixo. Tudo isto, porque a rua tinha muito tráfego, visto ser muito importante, pois ligava as portas do Castelo de São Jorge à Baixa de Lisboa. A meio da subida da rua existe um edifício que está fora do alinhamento dos restantes e provoca um estrangulamento que não permitia o cruzamento de dois daqueles veículos. Este estrangulamento, no tempo de D. Pedro II, dava origem a discórdias entre os carroceiros que subiam e os que desciam a rua, dado que não era fácil obrigar os cavalos a recuar. A determinação da perda de prioridade visava pôr termo a tais conflitos, que chegavam a resultar em mortes.
A rua que foi tão importante no século XVII, atualmente é apenas uma pequena travessa, com prédios em mau estado de conservação, entre a Rua das Escolas Gerais e a Rua de São Tomé.

LAÇOS DE SANGUE CONVERTIDOS EM HUMANOS SEMTIMENTOS

O PARENTESCO  
Num canto ignorado, humilde e incerto das nossas aldeias, numa quimérica beleza das suas fontes cristalinas onde todos os habitantes bebem água de puro amor , por entre brilhos de intimo fulgor, das mais variadas maneiras, mais próximas ou afastadas , todos são parentes . E num rejuvenescimento do tronco secular era como se a aldeia fosse uma enorme família . Vincavam-se relações indissolúveis de afetividade e de solidariedade . Os laços de sangue são vínculos de coesão e união muito fortes , que unem e solidificam as famílias . É como centro de um mundo pequenino e ainda hoje é costume tratarem-se as pessoas mais idosas por “ tios “ . O parentesco entre “ primos “ é muito valorizado . Todos nós temos uma família e nela vivenciamos relações de parentesco o que nos torna plenos conhecedores dos significados dessas palavras . Outrora em sociedades que não havia estado era pelo parentesco que se designavam os direitos e deveres das pessoa . Parentesco é como um êxtase Divino a beleza cósmica do mundo , uma sólida rocha de granito .  
Na minha pequena aldeia  
Não há ódios mas estimas 
tem-se respeito pela vida alheia  
Todos são primos e primas.

OS VOTOS INÚTEIS


Em 2019, 4,7% dos votos nas eleições legislativas de 2019 foram para o “lixo”. Só do CDS/PP, que foi o mais castigado dos partidos, foram quase 103 mil votos “ignorados” que não serviram para eleger ninguém. No total, houve perto de 720 mil eleitores cujo voto “não serviu para nada” a não ser dar algum dinheiro aos partidos.
Os partidos médios são sempre os mais prejudicados; os grandes (PS e PSD) são os mais beneficiados. No caso das eleições de 2019, os sociais-democratas apenas não viram convertidos em mandatos 2,19% dos votos enquanto que os socialistas não registaram uma única perda. Se olharmos para os círculos eleitores, o caso de Portalegre destaca-se de todos. Mais de metade (53,41%) dos votos válidos não contaram para eleger ninguém. Dito de outra forma: mais de metade da população votou “em vão”.
Votos desperdiçados, votos ignorados, votos inúteis ou votos válidos em vão, como se lhe queira chamar, existem sempre, a questão é que não precisam de ser tantos. O mesmo acontece com a abstenção: continuam a ser os dois maiores, PS e PSD, a beneficiar com o sistema em vigor. Diria que, por isso, o interesse em mudar é nenhum. Mas deviam, fariam com que a população se sentisse mais representada, sentisse que o seu voto tinha servido para algo.
O sistema eleitoral devia promover uma ligação mais próxima entre eleitor e eleito. Nos círculos mais pequenos, os eleitores podem ser obrigados a fazer o “voto útil”. É só conferir o mapa:

Nestas circunstâncias, a pouco representatividade do dos distritos mais pequenos vai-se agravar pois os governantes vão continuar a investir o dinheiro dos nossos impostos onde se ganham as eleições, ou seja nos distritos que elegem mais deputados. Para os outros vão sobrar promessas e migalhas.

Ferramentas digitais na Saúde: Informar para melhorar


É inevitável escapar ao “bicho” da internet, sendo o entretenimento a função mais disseminada por todo o mundo. Redes sociais; plataformas de partilha de vídeos; plataformas de distribuição de aplicativos\ aplicações…. Este novo sistema de informar traz uma lacuna imensa, entre gerações que não aprenderam a ler ou escrever e os seus descendentes que não reconhecem o valor de uma enciclopédia, por considerar ridículo folhear um calhamaço quando um dedo revolve a questão em segundos! Respeitar o que foi, e o que é, sempre foi uma luta constante entre gerações. Saudosista das canetas permanentes versus canetas para os écrans tácteis; Revivalistas dos jogos da glória versus jogos online; Fiéis presenciais nas idas ao banco e serviços públicos versus utilizadores de aplicações gratuitas dos mesmos!
A transição da informação, de papel para digital tem sido uma corrida para chegar ao aumento de conhecimento e mais facilidade na aquisição do mesmo. No entanto, o investimento para capacitar os intervenientes\ pessoas para a evolução tecnológica tem sido muito escassa, e cada vez mais uma pessoa que não alcança a competência de trabalhar com um computador é excluída! De fato a capacidade de ter dinheiro para adquirir um telemóvel de topo, não confere uma superioridade em melhorar o seu conhecimento. Pode dar uma falsa sensação de posição social, por ter um objecto valorizado pela sociedade actual, mas se não sabe utiliza-lo é como dar “pérolas a porcos “! Apesar de ser uma expressão rude, a realidade sobrepõe-se à evidência: ter algo que lhe dá benefícios e não utilizar remete ao obsoletismo! Por isso, há que reconhecer a vontade de adaptar às novas tecnologias, sabendo que terá de aprender pacientemente as novidades e riscos de lidar com um computador\ telemóvel.
Ultimamente, devido ao efeito pandémico, o distanciamento social cria uma necessidade emergente em aderir às novas tecnologias para ter acesso a coisas tão mundanas como: ir a um restaurante; ao cinema; transportes longo curso em outros. O Sistema Nacional de Saúde, tão fortemente valorizado por uns e criticado por outros, tem tido fornecido uma constante panóplia de ferramentas digitais, sendo o seu site bastante intuitivo mesmo para o mais resistente inábil no mundo informático. Área do Cidadão do Portal SNS é o pináculo de todas as ferramentas disponíveis, sendo apenas necessário o cartão de cidadão! Claro que ter uma boa visão e paciência também são requisitos para autenticar, mas virar as costas a esta evolução não lhe dá mérito algum.

REFLEXÕES

Património cultural
Janeiro 2022
No dia a dia dou comigo a recordar acontecimentos passados, outros mais recentes, que me levam muitas vezes a sorrir, outros…nem por isso! Afinal é com tudo isto que se constrói uma vida. Mas não tenho dúvidas de que à medida que os anos vão passando foi-se construindo uma vida - a minha vida - com imensos tijolinhos subindo no espaço a caminho da dimensão dum arranha-céus… afinal a existência de cada um não é mais que uma construção. Umas vezes fica muito tosca, atarracada como as igrejas românicas, sempre lindas aos olhos de quem sente; outras uma mansão bem estruturada com belas varandas e escadarias em caracol, ou outras enormes, altíssimas- querendo furar o Universo e que demonstram a enorme criatividade, imaginação e capacidade de execução a que chegou a Humanidade. E aqui já nem penso nas minúsculas descobertas que, no seu todo, levam o homem a viajar por biliões de quilómetros nesse Espaço misterioso que nos envolve! Desço à Terra e vejo-me metida num grosseiro e térreo espaço que se resume a uma mina – um túnel escavado ao longo de, não se adivinha, quantos metros… Pelo saber do povo seria apenas uma amostra da hipotética rede de fuga dos soldados franceses. Ficaríamos por aqui, se entretanto um outro facto não viesse aguçar a nossa curiosidade. Passado pouco tempo sobre a descoberta do túnel no quintal do senhor Valentim, outra situação semelhante ocorreu junto ao quintal da Mangualdense - famosa pintora do séc. passado D. Beatriz Pais – ou talvez fosse no próprio quintal. Foi feito um desaterro entre a rua da Igreja e a dos Combatentes da Grande Guerra exactamente no local onde agora foi construído o “centrinho de refeições rápidas”
Não sei quem precisou daquele túnel, quem o fez, donde vinha, nem para que efeito. O certo é que no corte justamente encostado à Rua da Igreja ficou visível a bocarra de um outro túnel! Com a curiosidade própria lá fui entrando, mas “aquilo” não oferecia segurança. Estando nesse tempo ao serviço da direcção da ACAB e já com o peso das descobertas arqueológicas, entendemos que o problema da “rede” de túneis não estava no nosso âmbito pesquisar, mas antes por técnicos ligados à Espeleologia. Para tal ainda resolvi contactar o GRUPO DE ESPELEOGOGIA DO POMBAL, convivências de Conímbriga, que era especializado neste tipo de investigações nas Grutas de Mira d’Aire. Este grupo ficou de imediato disponível e curioso por fazer o seu estudo. No entanto a sua deslocação e instalação acarretaria despesas que a autarquia não se dispôs a suportar…. e assim sendo, foi mais um mistério da história de Mangualde que ficou no escuro do NÃO SABER!…. Faz-me muita pena tantos documentos da vida cultural de Mangualde que já se perderam para sempre …. e assim também a hipótese de se fazerem roteiros maravilhosos. Enfim, ficamos com o que temos… um pouco mais pobrezinhos!

SANFONINAS

A informação camarária
Como docente de Comunicação Social no Curso de Especialização em Assuntos Culturais no Âmbito das Autarquias – agora, Mestrado em Política Cultural Autárquica, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – tive oportunidade de conversar com os estudantes acerca do que poderia ser uma correcta política de informação aos munícipes por parte do Executivo.
Hoje, com a criação das páginas informáticas, a ideia generalizada é que isso basta para manter o contacto entre governantes e governados. Creio que não.
Num concelho do Algarve, o presidente optou por responder, no jornal mensal local, às questões levantadas, sempre as mais candentes no momento. Não sei, confesso, se se trata de publicidade paga – o que, diga-se, até nem seria despropositado, na medida em que o jornal local, sabemo-lo bem, exerce uma função ímpar e carece de verbas para sobreviver; mesmo sendo publicidade, acho a ideia excelente.
Noutro concelho, do Alentejo, há jornal camarário mensal, que inclui separata a dar conta das resoluções tomadas nas mais recentes reuniões camarárias e da Assembleia Municipal. Tem o jornal larga difusão, gratuitamente distribuído porta a porta.
Num concelho, este da Estremadura, além de se ter mantido a agenda cultural em papel (atitude com que deveras me regozijo), há o boletim camarário mensal, onde também constam, em separata, as decisões da Câmara e da Assembleia.
Nas aulas, eu preconizei que o formando – caso viesse a integrar o Gabinete de Comunicação camarário – incitasse o seu presidente a fazer, pelo menos, uma conferência de imprensa semestral, em que também auscultaria a população – através dos jornalistas – sobre o que era mais premente e de que ele poderia não estar informado. Dir-se-á que para isso são as sessões camarárias abertas, com tempo para intervenções do povo; mas, confessemos, não é a mesma coisa.
Temos, de facto, os mais variados perfis de presidente: este convoca os jornalistas, sempre que há assuntos importantes; aquele diz «se me tivesse perguntado, não teria escrito assim» (mas a gente pergunta, pergunta, e as respostas tardam, tardam!…); aqueloutro, quando o jornal tem opinião diversa da sua, corre logo, ofendido, a enviar carta ameaçadora. Enfim…

Dia dos Namorados


No próximo dia 14 de Fevereiro celebra-se o Dia dos Namorados também chamado Dia de São Valentim. Atualmente é uma data explorada comercialmente das mais variadas formas, desde a hotelaria, restauração, flores, joias, perfumes, chocolates, cartões e todo o tipo de incentivo à troca de presentes, mas na verdade é uma data repleta de simbolismo.
Perante a sociedade, namorar é sinal de compromisso, menos formal, antes de se estabelecer um vínculo matrimonial à luz da lei civil ou religião. Alguns casais usam o anel como forma de simbolizar o elo, o respeito e o amor um pelo outro. Uma antiga crença romana, dizia que uma veia do corpo chamada amoris passava pelo dedo anelar da mão esquerda e que ligava diretamente ao coração. Seria esse o dedo escolhido para se usar um anel que representasse o amor.
Antigamente, ter um namorado ou um conversado, significava cortejar a pessoa desejada, sem implicar qualquer tipo de intimidade. Os Lenços dos Namorados também conhecidos por Lenços dos Pedidos, remontam a uma tradição do séc XVII. Adaptados pelas mulheres do povo, eram usados como um ritual de conquista. Feitos em linho e bordados com versos de amor e motivos variados, depois de terminados eram oferecidos pelas raparigas em idade de casar aos seus amados. Quando estes se ausentavam, se os usassem em publico significava que tinham assumido a relação amorosa.
Mas quem foi São Valentim que dá nome ao Dia dos Namorados? Na Roma antiga, o imperador Cláudio II proibiu a realização de casamentos. O seu objetivo era reunir um poderoso exército e seria mais fácil se os jovens não tivessem mulheres ou família. Um bispo romano chamado Valentim, mesmo com esta proibição do imperador, continuou a realizar casamentos em segredo. Quando a pratica foi descoberta, Valentim foi condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens manifestaram-se atirando flores e mensagens, dizendo que ainda acreditavam no amor. Entre eles uma jovem cega filha do carcereiro, conseguiu permissão do pai para visitar o prisioneiro. Apaixonaram-se e milagrosamente a jovem recuperou a visão. Valentim foi decapitado no dia 14 de Fevereiro de 270, mas deixou um cartão de amor assinado “do seu Valentim”. São Valentim tornou-se um santo e no ano de 494 o papa Gelásio I determinou que o dia 14 de fevereiro seria o dia de São Valentim. Em 1969 a data deixou de ser celebrada pela igreja católica, mas manteve-se a tradição.