Arquivo mensal: Outubro 2021

MUNICÍPIO DE MANGUALDE recebeu AÇÃO “Bullying! Conhecer para Prevenir!”


Decorreu no passado dia 13 de outubro, a ação “Bullying! Conhecer para Prevenir!” no auditório da Escola Ana de Castro Osório, em Mangualde. Uma iniciativa da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Mangualde (CPCJ) em colaboração com o Instituto de Apoio à Criança – Pólo Coimbra (IAC), e em parceria com o Município de Mangualde e o Agrupamento de Escolas de Mangualde. A sessão de abertura contou com a presença do Presidente da CPCJ de Mangualde, Fernando Espinha e da Coordenadora de Estabelecimento, Ana Marto. 
A ação “Bullying! Conhecer para Prevenir!” está inserida na operacionalização do Plano Local de Promoção e Proteção das Crianças e Jovens de Mangualde, com o objetivo de mobilizar a comunidade contra a violência.
A iniciativa dirigiu-se a crianças do 1º ciclo e Assistentes Operacionais do Agrupamento de Escolas de Mangualde, com as temáticas dos direitos da criança e bullying – alerta e prevenção.
Os técnicos do Instituto de Apoio à Criança, Cristina Barros e José Coelho, realizaram duas sessões dirigidas a 80 alunos do 1º ciclo das escolas do concelho de Mangualde e uma sessão dirigida aos Assistentes Operacionais dos vários estabelecimentos de ensino do concelho de Mangualde.

Parlamento chumba Orçamento de Estado


País mergulha na crise política
Afinal, embora tarde, o diabo sempre apareceu, como alvitrava Passos Coelho.
Na passada quarta feira, dia 27 de Outubro, a Assembleia da República chumbou a proposta de Orçamento do Estado para 2022.
Votaram a favor 108 Deputados do PS, 5 abstiveram-se e 117 votaram contra.
Os Partidos que votaram contra o Orçamento foram o BE, PCP, PEV, PSD, CDS, IL e CHEGA. Abstiveram-se as Deputadas não inscritas e o PAN.
Este chumbo conduz á dissolução do Parlamento e á realização de Eleições Legislativas antecipadas, conforme anunciou, préviamente, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.
O Acto Eleitoral deverá ser o mais breve possível tudo apontando para fins de Janeiro de 2022.
Na história da Democracia Portuguesa destes 47 anos foi a segunda vez que um Orçamento foi chumbado no Parlamento.
António Costa, Primeiro Ministro, assumiu a derrota e disse, ao verificar o resultado: “Fiz tudo o que estava ao meu alcance! Estou de consciência tranquila”!
O Governo mantém-se em funções com todos os seus poderes já que António Costa não se demite e vai governar em duodécimos.
O Presidente da República no dia 30 de Outubro ouve os Partidos Políticos com representação na Assembleia da República e vai convocar o Conselho de Estado para o dia 3 de Novembro.
Neste momento Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República tem nas mãos a decisão do futuro do País.

JOÃO CARLOS ALVES É O NOVO DIRETOR
DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DO ROTARY CLUBE DE MANGUALDE

Em reunião realizada no passado dia 7 de outubro, o Rotary Clube de Mangualde, nomeou o Dr. João Carlos Alves, Diretor da Universidade Sénior de Rotary de Mangualde, substituindo a Drª. Teresa Cruz que, por motivos de saúde, cessou funções no cargo.
Para nos dar a conhecer um pouco mais sobre a Universidade Sénior e as atividades que nela se desenvolvem falámos com o novo Diretor que, com reconhecido empenho e determinação assume as novas funções.

Dr. João Carlos, foi nomeado recentemente, Diretor da Universidade Sénior do Rotary de Mangualde. Quem gosta de História e do Património, conhece concerteza o Dr. João Carlos mas, para quem não conhece, quem é o Dr. João Carlos?
Sou uma pessoa que veio para Mangualde há mais de três dezenas de anos, desde que me casei (a minha esposa é natural de cá). Aqui desenvolvi grande parte da atividade profissional e Cultural, embora, nos primeiros anos tenha estado fora de Mangualde, porque fui Chefe de Inventário do Museu de Grão Vasco, onde participei nessa qualidade na primeira cerimónia oficial, na companhia do então Diretor Dr. Abel Flórido, de receção a todos os embaixadores acreditados em Portugal, na primeira comemoração do 10 de junho, realizada em Viseu. Depois disso, dediquei-me ao ensino e à história e investigação, que procuro fazer, principalmente, na área da história local. É muito importante e é uma forma das pessoas começarem a gostar das terras onde vivem e, ao mesmo tempo, potenciarem o seu desenvolvimento futuro, deixando às gerações vindouras um legado, que lhes permita gostar e investigar mais. Aliás, todos são unânimes em reconhecer, o património e a cultura, como uma das áreas com mais potencial, e que, mais riqueza trás ao país, naturalmente associado ao turismo, nas suas diversas vertentes, militar, religioso, paisagístico, gastronómico…

Como foi receber o convite para dar continuidade ao legado da Drª Teresa Cruz na Universidade Sénior?
Trabalhei com a Drª Teresa Cruz, na qualidade de Vice - Presidente nos primeiros tempos da Escola Ana de Castro Osório, onde depois da senhora se reformar, fui o primeiro Presidente eleito e também primeiro Diretor do Agrupamento, com o mesmo nome. Fomos nós, que tivemos a ideia de propor para esta Instituição, o nome dessa grande individualidade dos primórdios da República, natural de Mangualde, defensora do Feminismo, e percursora da Literatura Infantil em Portugal. Sempre pensámos na escola, como uma comunidade viva, interativa, onde as pessoas (alunos, professores, pais…) se sentissem bem e fossem felizes. Onde fossem tratados com as devidas condições, porque, só num ambiente feliz é que é possivel haver progressão e ter futuros cidadãos de consciência no Portugal do amanhã. Neste sentido, e seguindo esta forma de pensamento, depois da Drª Teresa Cruz me pedir para tomar conta dos destinos da Universidade Sénior, e depois de eu perceber esse alcance, aliás, eu já lá trabalhava há alguns anos, sendo responsável da disciplina de História e Património, com um outro grande amigo o Dr. Rui Sacadura, logo, senti-me na obrigação de responder afirmativamente. Assim, este desafio e este pedido, foram aceites no sentido de dar continuidade e se possível procurar fazer mais e melhor.

Quais as valências de que dispõe atualmente a Universidade Sénior?
A Universidade Sénior possuiu um vasto cardápio de disciplinas, cerca de 16. Este ano, já foi possível acrescentar mais duas, Ginástica de Manutenção e Comunicação Social (jornalismo e televisão), esta, na minha ótica, será uma área atrativa e atual, e sou de opinião, que as pessoas irão gostar. Mas haverão outras na calha, vai depender das inscrições e das Instalações.

Quais os requisitos para entrar na Universidade e qual o número de alunos/vagas?
Face ao quadro de pandemia provocado pela Covid 19, que atravessamos, tive o cuidado de contatar logo, nos primeiros dias a Senhora Delegada de Saúde, com quem conversei, e também com os docentes, que vão dar as disciplinas. Concluí, após ter ouvido todos os colaboradores, que algumas disciplinas teriam que ter um número limite para acautelar essas regras de segurança que ainda se mantém em vigor. Depois, há outras disciplinas, que também terão um número mínimo, para poderem funcionar. No caso de haver mais alunos inscritos, a certas disciplinas, de caráter mais prático, estou a ver a possibilidade de haver mais colegas, que possam trabalhar connosco.
Relativamente à Universidade Sénior, no âmbito dos protocolos que temos com a Câmara Municipal e com a Junta de Freguesia que saudamos e agradecemos, podemos afirmar com segurança que, sem essas colaborações seria muito difícil. Os alunos pagam uma pequena quantia para inscrição nas disciplinas, mas depois, há o pagamento do seguro, e portanto, o valor da receita, não chega para tudo, o que seria desejável oferecer. Se não fosse essa ajuda, e outras como a do Rotary Clube a Universidade Sénior, não teria hipótese.
Tal como todas as instituições vivas da sociedade que têm uma função social, também a Universidade Sénior a tem, porque ao sermos solidários uns com os outros é que se consegue fazer uma sociedade mais igualitária, mais justa e mais fraterna.

Mas a nível de vagas, qualquer pessoa se pode escrever ou há limite de número de inscritos?
Neste momento as vagas estão abertas. Ainda não tenho o número total de alunos inscritos nas diversas disciplinas. Com os Vice Diretores que nomeei, o Sr. António Messias e o Dr. Luís Ângelo, estamos à espera do levantamento final, para ver de facto, o número de alunos que estão inscritos em cada disciplina. Há uma ressalva, qualquer número que ultrapasse o limite que foi estabelecido terá que me ser perguntado a mim, na qualidade de Diretor, e eu auscultarei os docentes das disciplinas para ver da pertinência ou possibilidade de entrar mais um ou dois. Temos que gerir com algum bom senso, porque é necessário acautelar as regras de segurança para o bem de todos, e para um mais rápido regresso à normalidade. Mas de uma forma aberta pessoalmente não concebo, nenhuma Universidade Sénior, que não seja para todos, e no nosso caso para todos os Mangualdenses do Concelho.

Estamos a falar de um universo de quantos alunos?
No ano passado andou à volta de noventa. Este ano, gostaríamos de atingir a meta dos cem.
Falei com o responsável da paróquia, senhor Pe. Paulo Domingues, a quem solicitei o favor de mandar distribuir um e-mail pelos párocos das diversas aldeias e localidades do Concelho, que imediatamente, se prontificou a fazê-lo, e será outra forma de atrair mais interessados. A Universidade Sénior não deve ser só para quem consegue pagar a quota, deve ser também, para aqueles que não podem, e é nesta dicotomia, se podermos ajudar os cidadãos, que não têm meios, mas teriam gosto de participar. Vamos procurar ajudar, porque é assim que se faz solidariedade a sério.
Não se pode deixar as Universidades Séniores, não só em Mangualde como no resto do país, estarem abertas, apenas para pessoas com mais formação que vão naturalmente sempre atrás de mais conhecimento. Devem ser para todos, porque é isso que provoca o desenvolvimento e atrai as pessoas, numa sociedade mais humanista.

Dr. João Carlos, que projetos tem para a Universidade Sénior?
A Universidade Sénior tem que se potenciar como uma oferta positiva para todos aqueles que estão numa fase etária da vida, mais avançada, e procuram manter-se ativos e conviver a todos os níveis. Altura essa, em que as pessoas, através de uma simples palavra, de um gesto ou de um sorriso, possam sentir-se mais felizes. Por vezes estas, sentem-se sozinhas por diversos motivos, doença, isolamento… e precisam sentir um bocadinho de calor, e esse calor, está nas palavras, porque somos uma sociedade essencialmente comunicacional.
Convidei a Drª. Ana Loureiro, que de pronto se voluntariou, e irei falar também com o Dr. Rui Sacadura, a quem já dei também uma palavra ao correr da pena, para que, com mais alguém, consigamos abordar a área da saúde, sobre diversos temas, desde alimentação, nutrição, prática desportiva, saúde mental, aos cuidados primários, etc., em que todos possam participar e sintam de fato, que a Universidade Sénior está a proporcionar bem-estar e felicidade, que é o que se pretende, seja possível cruzar conhecimentos e experiências, e que, devemos estar preparados para aprender sempre ao longo da vida.
Relativamente a projetos, há umas ideias que estão em mente. Necessitávamos que as instalações fossem maiores, mas, como Roma e Pavia não se fizeram num dia, teremos de aguardar por melhores dias.

Como pretende dinamizar e atrair mais pessoas às atividades realizadas pela Universidade Sénior?
As pessoas começam a gostar cada vez mais da Cultura, da História e do Património, ainda mais num Concelho, que tem tanto para oferecer. É importante, que se diversifiquem as atividades, para que todos, se sintam de fato pertencentes a uma comunidade, e possam participar. Para fazer melhor, precisamos de todos, portanto, todas as atividades são bem-vindas e ajudam de facto a enriquecer o back ground de cada um.
Gostaria ainda de tornar a Universidade itinerante, abrangendo todas as freguesias do Concelho, e então sim, seria a forma mais simples de as pessoas perceberem a sua pertinência e participarem.

Alguma outra observação que queira deixar e nos tenha falhado.
Acho que Mangualde e as terras deste país (tivemos há pouco tempo as eleições autárquicas é altura de deixar assentar a poeira da política), devem pensar que todos somos poucos para fazer um mundo melhor e, precisamos que as diversas Instituições e pessoas colaborem umas com as outras. As Universidades Séniores independentemente da sua origem, devem ter o mesmo objetivo, fazer bem, melhor e servir todas as pessoas.

EDITORIAL Nº 808 – 15/10/2021

Entramos na recta final do ano de 2021
Ano difícil, condicionado pela pandemia, pelas restrições, que nos retirou a satisfação de contactar, dos afectos e causou muito sofrimento e mortes.
Estamos a recomeçar, com cuidado, para recuperar tudo o que se perdeu e normalizar, aos poucos, as nossas vidas.
Mesmo assim, apesar de todos os condicionamentos, o Jornal Renascimento procurou trilhar novos caminhos para uma maior implantação territorial, mais leitores, mais visibilidade.
No início de 2021 abrimos a Delegação de Viseu. Entramos numa cidade de média dimensão, das maiores do interior de Portugal para conquistarmos o nosso lugar.
Foi apoiante determinante o saudoso amigo António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, na altura , vítima da pandemia, a quem prestamos o nosso profundo agradecimento.
Com este ponderoso apoio, alcançamos os meios políticos, os Serviços, as Empresas, o Comércio, o Turismo, onde o Renascimento se implantou.
Mas, não ficamos por aqui. Avançamos até à Capital, a magnífica cidade de Lisboa, onde entramos nos Ministérios, nas Secretarias de Estado, nas diversas Acessorias, recebendo notícias e levando notícias da nossa terra.
Trouxemos para as nossas páginas em mensagens e entrevistas as principais figuras nacionais. Presidente da República, Ministros, Secretárias de Estado, Dirigentes Empresariais, Presidentes de Câmara e outras grandes personalidades, nacionais ou regionais.
Um trabalho que não parou, bem pelo contrário, vai continuar.
Anima-nos colocar o Jornal Renascimento entre os principais da Região Centro do País.
Há pouco tempo avançamos para a Grande Comunicação Social. Para as Redações, Agendas, Direcções de Informação dos grandes Canais de Televisão ( RTP, TVI, SIC, CMTV) onde se forma e se transmite a informação nacional.
Com todo este trabalho, aumentamos o número dos nossos leitores, somos mais lidos, conhecidos e respeitados, porque fazemos um trabalho sério em prol do desenvolvimento da “nossa” Terra.
Não esquecemos os nossos assinantes espalhados pelo País e pelo Mundo. Para eles fizemos uma parceria com o segundo maior Grupo Hoteleiro Português – Grupo Vila Galé- para que possam beneficiar de descontos especiais da Cadeia, em Portugal e no Brasil, nas suas deslocações quer em serviço, quer em lazer.
Outros projectos se seguirão tendo sempre em conta os nossos assinantes que ao longo dos quase 95 anos de existência do Jornal Renascimento (faz em Janeiro), continuam a ser fiéis assinantes e leitores.
O caminho não chegou ao fim! Há muito mais caminho a percorrer.
Mas, como diz o nosso Povo que é sábio, o Caminho faz-se caminhando.

A VIDA É FEITA DE EMOÇÕES


REVIVENDO UM PASSADO ESCRITO NA PELE E NA ALMA  
Embalado pela melodia do tempo , todos os dias aprendo um pouco mais . São as tradições vividas e que os nossos pequenos olhos captaram , para sempre são retidas na nossa memória e nos fazem reviver as coisas boas do nosso passado . Nesta aldeia alimentada pela seiva do tempo em despreocupada e amena cavaqueira com conterrâneo amigo de longa data , Amadeu de sua graça , homem honesto e bom , fazendo do trabalho o seu modo de vida , vivendo sempre em espírito saudoso , possuidor de muitas peças antigas da nossa lavoura , um pequeno museu etnográfico, peças de um quotidiano rural impregnadas de uma clamorosa simplicidade rústica . Vivo a fantasia de um passado em que a melhor magia que recordamos com simpatia, generosidade e simplicidade ,é aquela que transportamos nos nossos pensamentos . Somos um pouco daquilo que já conhecemos , dos lugares em que fomos felizes , um pouco das saudades com que ficámos e das coisas que gostámos e amámos . Tempos em que bens essenciais não chegavam “ on line “ a nossa casa , mas numa oferta personalizada alimentada pelo convívio e pela amizade . E com o entusiasmo de uma paixão recordada , falava com um coração de pura saudade . Todas as 5ª feiras , mas nem sempre á mesma hora vagueando num frio de Outono ou Inverno, temperaturas amenas de Primavera ou escaldantes de Verão , era despertada a população pelo som de uma corneta : era o azeiteiro . Vendia os mais diversificados produtos , o azeite medido ao litro , ao meio litro ou ao quarto ( quartilho ) , o petróleo para as lanternas e candeeiros , máquinas de cozinhar os alimentos ( fogões da época ) o sabão azul para a roupa e tomar banho , o amarelo para lavar o soalho da casa .  
De quando em vez o homem do ferro velho , como ser que divagava solitário , que se anunciava batendo com um pequeno martelo numa “ sertã “ “ velha , declamando em bom som o seu pregão : “ troco pratos e tijelas novas por ferro velho , farrapos de lã , peles de coelho e denticão “ . A tarde vai andando e entre velhas lembranças , a sorrir, nele se percebia um vulto de esperança . Procurava abrigo no pátio da tia Rosinha onde sempre lhe era garantida uma “ tijela “ de sopa quentinha . Um gesto lindo que se gravou dentro de nós . Ou no silencio da noite que faz medo pernoitava no forno comunitário , e na dor de criatura de Deus lembrava a vida de sua miseranda imperfeição .  
O amola tesouras como vulto que resplandecia na distancia como uma perpetuação da eternidade , tocava a sua gaita de beiços , transportava uma “ geringonça “ feita de madeira acupulada de uma roda como a das carroças dos burros e quando fixa tinha uma pedra de esmeril ligada a uma correia accionada com o pé e que agoçava facas , tesouras, canivetes e outra peças de corte .  
Infalivelmente todas as sexta-feiras , vencendo fantasmas de arvoredos e estrelas , o capador assinalava a sua presença tocando um apito de um som estridente . Quase todas as famílias compravam dois leitões , um para consumo da casa outro para vender. Sendo normalmente machos aos três meses tinham que ser capados , não o sendo eram animais chamados “ barrascos “ servindo apenas para “ cobrição “. 
Não foi esta a vida por eles escolhida , mas quase ninguém a escolhe . Foram destinados a uma vida de sacrifícios e privações , fadados a mover a terra de sol a sol de semear e colher algum fruto . À noite cansados da labuta do dia , quando transpunham a soleira da porta suavemente pousavam os objectos do seu sacrifício os utensílios da lavoura.

Direito à indignação

Os números da abstenção não me preocupam absolutamente nada. No entanto, a participação cívica das pessoas e o modo como estão em comunidade já é preocupante.
Posso ficar indiferente com a possibilidade de alguém se demitir de contribuir para determinar o futuro do seu país ou do seu concelho, até triste, mas nada preocupado. Eu posso é estar descontente com quem não vai e está sempre a reclamar e a queixar-se dos governantes. Não quer saber, não se informa, não vota.
Existe uma diferença gritante entre a opinião pública e a opinião publicada.
Os escândalos sucessivos que assolaram as governações socialistas (poder central e Lisboa) foram sendo menosprezadas e minimizados por boa parte da comunicação social.
Como disse Tiago Mendonça no jornal “O Novo”, O caso de Eduardo Cabrita “assume proporções dantescas. Em qualquer outro país, já não existia ministro há muito tempo. Aqui já ninguém fala do assunto. O caso do procurador José Guerra, da não recondução de Joana Marques Vidal, do SIRESP, da obscuridade do plano de recuperação e resiliência, enfim, das teias de interesses no aparelho do estado, dos boys e girls que tomaram o poder, o envio de informações para a Rússia, é tudo obsceno”. O último caso foi a completa falta de sentido de estado que teve como protagonista o Ministro da Defesa.
Como se isto não fosse suficientemente grave, ainda tivemos o caso Rendeiro que tratou de fugir do país, aproveitando-se da extrema tolerância da nossa magistratura, incapaz até de lhe apreender o passaporte, e da inacreditável lentidão da burocracia responsável pela execução de penas.
A ministra da (in)Justiça reagiu admitindo haver “desconforto social”. Rendeiro beneficiava da medida de coacção mais ligeira - a do termo de identidade e residência, mesmo nunca tendo pago as coimas a que fora condenado em processos anteriores.
Algures onde se refugiou, diz agir “em legítima defesa” e recusa figurar como “bode expiatório do sistema financeiro nacional”. Por outras palavras: não está disposto a pagar pelos graves ilícitos que cometeu dando uma valente bofetada na justiça portuguesa. Foi mais um caso entre muitos!
Bem pode o Presidente da República exigir um país “mais rico, mais inclusivo e mais justo” que enquanto tivermos esta passividade com os nossos governantes nada mudará.
Embalados por uma imprensa domesticada, perdemos a capacidade de nos indignarmos e de pedir contas a quem nos governa. Já os partidos políticos deviam preocupar-se mais em formar bons quadros e menos em ser centros de emprego para os seus boys.

“Em terra de terra de cegos quem tem olho é rei!”


Já a sabedoria popular sabia estimar a importância da visão, apesar de ser uma metáfora que ilustra o sentido de oportunidade e a vantagem de ter mais “visão” ou conhecimento, escolhi este provérbio com o intuito de alertar sobre a saúde ocular.
É cada vez mais evidente, a necessidade de doenças do foro ocular ou visuais na população, sendo transversal à idade. Normalmente algumas crianças podem já ter problemas congénitos ou de nascença, mas só há um alerta aquando da entrada para a comunidade escolar devido à dificuldade em acompanhar as atividades. Daí já existirem alguns centros de saúde que realizam avaliação dos olhos das crianças a partir dos 2 anos, para além da conhecida avaliação visual da consulta médica\ enfermagem aos 5\6 anos. Este rastreio realizado nas crianças de 2 e 4 anos é gratuito, e realizados por profissionais com formação na área de oftalmologia com o objectivo que encaminhar prováveis alterações visuais para consultas de oftalmologia a nível hospitalar. A operacionalização desta norma, tem sempre alguns obstáculos… Mas caso os direitos alheios invadam os seus direitos, saiba que a maior parte das ópticas têm profissionais que realizam estes exames de forma rápida e gratuita! E de que vale imputar a responsabilidade na burocracia estatal quando quem se prejudica é o seu filho\a?
Também a restante população não está isenta de avaliação visual, especialmente se tiver sintomas tais como vista cansada, olhos vermelhos, vista turva, pontos escuros no campo visual, ardor ocular, sensibilidade à luz. Quando estes sintomas ocorrerem, se desvalorizar surgem quase sempre atribulações. Devido ao distanciamento geográfico e à diminuição do acesso aos especialistas médicos do foro oftalmológicos, as fatalidades podem ser irreversíveis! Logo a prevenção impera nos casos de problemas crónicos, com o objectivo de não chegar a cegueira! Já existe um rastreio do foro oftalmológico para pessoas diabéticas e até é aconselhado aos hipertensos, mas com o receio de redundância volto a persistir na rede de clínicas\ oculistas sempre disponíveis, conforme agendamento, com profissionais certificados e credenciados!
Porque hoje em dia a visão é um dos sentidos mais necessários, e não tenha apreensão em ser “sabichão” e manter os dois olhos saudáveis! Porque sábio é aquele que antecipa os problemas que pode prevenir!

IMAGINANDO

Parte 99
ONDAS CEREBRAIS: O QUE SÃO E O QUE FAZEM
Parte 1
Como nosso cérebro funciona em função das diversas ondas cerebrais, vamos numa síntese explicar esse mesmo funcionamento, porque ele depende da frequência em que vibramos.
No momento atual, podemos avaliar através de um aparelho de Eletroencefalograma moderno
Iniciemos pelas Ondas cerebrais. O que são?
Ondas Cerebrais,
são ondas eletromagnéticas que resultam da atividade elétrica das células cerebrais.
Como a amplitude de cada tipo de onda está diretamente relacionada com as mudanças de estados de consciência, as ondas Cerebrais têm a capacidade de modificar as respetivas frequências, que dependem das diversas atividades do ser humano, no seu dia a dia.
Ondas Gama
, são ondas cerebrais com as frequências mais altas (40 a 100 Hertz) e da qual podemos tirar partido quando o cérebro está num período de aprendizagem. Elas estão associadas à integração de informação de todas as regiões do cérebro havendo uma conexão, porque todas se sincronizam.
Quando o cérebro produz muitas ondas Gama, além de refletir uma organização neural completa, também reflete uma grande atenção. Como exemplo podemos pensar na função cerebral sincronizada de uma criança a brincar, a revelação de determinado problema que nos preocupava ou um escritor inspirado numa obra prima. Elas estão associadas a níveis com funções muito elevadas, criatividade e integração. Aos monges após meditação, nos seus cérebros foram detetados grandes clarões de Ondas Gama, atingindo maior intensidade quando entraram em “extase”.
Ondas Beta
:
·Beta Alta
(15 a 40 Hz). Típico das pessoas com ansiedade, stressadas e frustradas. Quanto maior fôr esta amplitude, menos capacidade de decisão elas têm, porque o fluxo sanguíneo que vai para o “cérebro pensante” tem uma redução de cerca de 80%, provocando falta de oxigénio e nutrientes, que impedem o cérebro de pensar com clareza.
· Beta baixa
(12 a 15 Hz). Sincronizam as funções automáticas dos nosso corpo. Absolutamente necessárias em ações criativas, porque entram em estado de vigília, deixando a pessoa com a mente concentrada ao executar um trabalho que necessite de grande atenção. É uma onda de cognição sempre presente quando estudamos, cozinhamos, dirigimos um veículo etc., e que exige o máximo de reflexão.
·  Continua…

REFLEXÕES

(Cont. da legenda da edição anterior)
5 - Espaço onde existiria provavelmente uma escada para o andar superior.
6 – Grande átrio com saída para o exterior leste através de uma porta com colunatas ( 4 ). Este átrio ainda tinha o pavimento em “opus signinum” que poderia ser base para um outro mais rico. Mas com o restauro desapareceu!
7 – Cozinha- ainda tinha o pavimento do lar “ lareira” com cinzas, num dos cantos estava fixo na terra a metade inferior de um grande “dollium” provável contentor de água para serviço da cozinha e que deveria ser cheio pelos criados. Também não foi consolidada. Desapareceu.
8 – Localização duma terceira lareia.
9 – Pátio com o lajeado de pedras irregulares havendo acesso para uma provável latrina (10) e não “um poço” como foi interpretado pela equipa de restauro. Clarificarei mais tarde.
11 – A enorme conduta por onde seria conduzida grande quantidade de água captada em poços no sopé do Monte Sra do Castelo.
12 – O corpo das termas foi francamente restaurado apressadamente. Com menos preocupação na economia, poder-se-ia ter feito parte da sua reconstituição porque se tinham dados concretos .
Lamentamos que uma importante base de informação sobre os achados tenha sido ignorada….
Há ainda mais para clarificar. Quanto a mim num restauro correcto não basta deixar muros muito direitinhos e apagar aquilo que se pensa ser supérfluo, lateral, sem importância. Lá iremos.